Quando D. João VI morreu, já o Brasil era independente.
No entanto, a influência inglesa na independência brasileira é absolutamente indesmentivel e não é por causa de nenhuma Maçonaria (ainda que houvessem maçons envolvidos). A Maçonaria e os seus contactos permitiram à Inglaterra desenvolver uma politica adequada que consistitu em jogar as elites brasileiras contra os portugueses.
Mas utilizar a rede de contatos para negociatas é o que as Maçonarias sempre fizeram, desde o tráfico de influências até ao de armas passando pelas redes de tráfico de droga ou de prostituição.
Não nos podemos esquecer de que a Grã Bretanha tinha perdido os Estados Unidos.
Na altura, considerava-se que se tinha criado um problema, pois os americanos tendiam a ser uma potência naval, já que precisavam estabelecer laços com a Europa, dependendo por isso da navegação atlântica, o que inevitavelmente levaria ao desenvolvimento de uma potência naval.
Ao criar o Reino Unido de Portugal e Brasil, D.João VI de alguma forma surpreendeu e desagradou aos ingleses, que não estavam interessados nisso.
De entre as razões que se levantam, está o facto de que uma potência que se estabelecesse em vários continentes, também precisaria de desenvolver uma marinha poderosa. Ora Portugal já tinha desenvolvido uma marinha de dimensão considerável para a dimensão europeia do país.
Se o Reino Unido de Portugal e Brasil prosseguisse, As coisas tenderiam a ficar mais complicadas, já que para Ligar Lisboa ao Rio de Janeiro e para ligar a Europa à America do Sul seriam sempre necessários recursos navais.
Mesmo independente, o Brasil assumiu-se nas décadas seguintes como uma potência naval, com construção em madeira de grande quantidade, resultado da abundância de matéria prima.
Porém mesmo o Brasil na sua industria de construção naval acabou por entrar em decadência com o advento do aço e dos navios a vapor e de costado de ferro que se tornaram a norma após a batalha de Sinope entre russos e turcos em 1853.
Após esse evento marcante, a capacidade naval que o Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves teria, seria inevitavelmente reduzida.
A evolução tecnológica acabaria por levar a água ao moinho dos ingleses. Não era preciso envenenar ninguém.