"
Represálias sobre a população civil são hoje consideradas crime de guerra" J.J. Esparza
"Dos 7 624 graduados militares na zona republicana a 18 de Julho,cerca de 1 500 foram fusilados" J.J. Esparza
Devo lamentar,em primeiro lugar,não haver mais participantes neste tema,que afinal tão perto esteve de assolar terra lusitana.
E assim cá está o Papatango e eu em mais um duelo de caneta na mão (perdão... de dedo no teclado) a desfiar argumentos.
Se Franco morreu em 20 de Novembro de
1975seria expectável que se abrissem os baús e vissem a luz do dia os tesouros
artísticos,literários,históricos,as informações sonegadas,as realidades escondidas e aconteceu tal como a 26 de Abril em Portugal,
a montanha pariu um rato.Entre as malfeitorias do fascismo esta é das maiores não dar livre expressão a um povo e impedir a
divulgação das obras primas.
A ser assim acontece algo estranho: Como se explica que estando o "caudillo" morto não houvesse de imediato uma correcção dos
números dos mortos,feridos e estropiados.É que
não chega dizer que os números estão manipulados,se é assim então quais
são os certos ? Se você não souber os números "correctos",como pode afirmar que estes são errados ? Brincar com números não é
para qualquer um, importa mais criticar o método de estudo,porque o número certo nunca se saberá,nem mesmo Franco!
O livro em questão titulado "Los datos exactos de la guerra civil",é multifacetado ao descrever o armamento dos dois lados,os
voluntários,as marinhas nacional e republicana,os bombardeiros soviéticos,os carros de combate italianos,e a estrela alemã, o
canhão de 88 estreado em Jarama.Foi este livro publicado já em regime de liberdade de imprensa e a oposição certamente não
deixaria de bradar sonoramente caso se detectasse alguma incorrecção.Modernamente estes casos são analisados por amos-
tragem, indo a uma dúzia de pontos cujos dados se conhecem bem e comparando. Não há notícia de desfasamentos importantes.
papatango escreveu:
...os militares espanhois ainda se achavam com capacidade de dar um golpe de estado como aconteceu
em 23 de Fevereiro de 1981.
O 23 de Fevereiro foi uma tentativa de alteração da ordem instituída em que não participou o Exército,apenas a Guarda Civil.
Foi um "puzzle" ao qual faltam peças para se reconstituir.Já li duas obras sobre o assunto e fiquei na mesma.
As forças armadas espanholas são,de momento, das mais bem equipadas da Europa e ao intervirem contra civis desarmados
em 2 a 3 semanas após um "blietzkrieg" teriam a Espanha na mão , mais uma semana em Portugal e estava concluída
a Peninsula Ibérica.
Hemingway disse um dia que estar num pequeno "pueblo" em que todos se conhecem, no início da G.C. foi das emoções mais fortes
que viveu.Na verdade, na Andaluzia e Extremadura, com a chegada dos franquistas deu-se o fenómeno da linchagem de milicianos
implicados nas execuções de presos por parte de familiares das vítimas. O exército tinha ordem para fazer "vista grossa".
Cumprimenta cr