Este Tratado, que infelizmente vai carregar o nome de Lisboa e cujas negociações terminaram no passado dia 18 de Outubro, é o culminar de uma velha aspiração dos movimentos europeístas, e o apogeu do anseio dos federastas (aqueles que pretendem alienar a soberania dos Estados) que vão governando a União e que o assinarão, com previsível pompa e circunstância, no próximo dia 13 de Dezembro.
Tal Tratado ao alienar pilares fundamentais da soberania dos Estados (a política externa, a justiça, a defesa ou a segurança, entre outras) conduz-nos inexoravelmente para uma Federação de Estados onde a soberania de Portugal, tal como a dos demais países será ferida de morte. Na realidade este Tratado criará uma realidade supra-nacional, que sobre as Nações prevalece. Ou seja, dos quase inócuos e aceitáveis pressupostos económicos e financeiros da velha CEE (genericamente a “liberdade de circulação de pessoas e bens”), chegamos agora a este Leviatã hobbesiano que decidirá sobre assuntos fundamentais dos Estados e seus cidadãos. A este novo monstro serão atribuídas competências em matérias como a Segurança, a Defesa (dizem eles comum), a Política Externa, a Justiça e mesmo os Assuntos Internos dos Estados. O grande “Estado Europeu” decidirá sobre o que lhe convêm e como deseja que os disciplinados Estados membros da União o executem, e sobretudo sobre o que não podem fazer de modo taxativo e vinculativo.
É este documento que afecta a nossa independência e soberania que os federastas pretendem que se não discuta em Portugal, aliás que não se discuta em nenhum país Europeu, não venham a ocorrer novas votações inconvenientes… Porém, se a ratificação for lograda é bom que os cidadãos europeus estejam preparados para verem o poder dos seus Estados e consequentemente o seu diminuídos. É o custo deste projecto para o qual nos pretendem arrastar.
E não se consinta na argumentação de uma continuidade, numa mera formalidade. O Tratado agora negociado é um instrumento propositadamente hermético mas de gravidade para o destino das Pátrias independentes. Apesar de tudo, até ao momento, a União Europeia tem respeitado, no essencial, a independência de cada Estado membro, o que aí está à porta é um modelo de Europa federal com governo e atribuições próprias e que diminui consideravelmente a autodeterminação das Pátrias. É isto, que abertamente deve ser dito e discutido e que os federastas pretendem ocultar. É contra esta aberração que os Nacionalistas, e com eles todos os Portugueses, ciosos da sua independência, se devem bater.
Fonte:PNR
E eu concordo em tudo com este texto.