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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: Marauder em Fevereiro 14, 2006, 10:24:55 am

Título: A (falta de) democracia na Madeira
Enviado por: Marauder em Fevereiro 14, 2006, 10:24:55 am
Ai o nosso Alberto voltou a fazer das suas...

 
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Jardim desaloja escritor para poder comemorar aniversário

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, assumiu publicamente ter desalojado o escritor Gonçalo Cadilhe da Casa do Artista para aí festejar o seu aniversário na companhia de familiares.


A notícia surge na edição desta terça-feira do jornal Público, que refere que o autor do livro «Planisfério Pessoal» tinha sido autorizado pelo governo madeirense a permanecer na Casa do Artista, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, com o objectivo de ultimar um novo livro.

No entanto, segundo revelou o Diário de Notícias funchalense, o escritor acabou sendo surpreendido por um bilhete deixado pela empregada de limpeza da referida casa a comunicar-lhe que deveria abandonar as instalações no passado fim-de-semana, durante o qual ficaria hospedado num «hotel da Calheta, a expensas do Governo Regional da Madeira».

Contudo, o facto da história ter vindo a público levou a que o Governo Regional da Madeira tenha transformado o «desalojamento» temporário em definitivo, com Gonçalo Cadilhe a receber a ordem de expulsão no momento em que se preparava para regressar ao solar.

«Parece-me que fui apanhado numa série de mal-entendidos para além da minha compreensão. Como gosto imenso da Madeira e dos seus habitantes, como estou a escrever o livro com muita inspiração e tenho muita simpatia pela qualidade de vida local - mérito sobretudo do desenvolvimento que a ilha teve nos úlltimos anos -, vou continuar a escrever o livro», afirmou o escritor ao diário madeirense.

Em artigo publicado no Jornal da Madeira, Alberto João Jardim explicou já o «desalojamento» do artista, assumindo ter solicitado a casa para seu uso particular, embora tivesse «outras alternativas para passar, retirado, o meu aniversário, acompanhado da família».

O facto de «a questão ser escarrapachada» no Diário de Notícias funchalense acabou tendo, afirma Jardim, «resultado contrário», advertindo que «enquanto exercer a autoridade democrática, isto, cá, não é o piroso «poder na rua»».

O DN refere ainda que, no mesmo matutino, propriedade do governo regional, o cartoon, cuja autoria do texto tem sido atribuída a Jardim, comentava a expulsão com este diálogo: «O escritor aboletado por meses, afinal foi despejado»... «Quem morde a mão que dá de comer...»


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=214828 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=214828)


     Alguem me consegue explicar como é que este homem ainda está no poder? Não aprovaram no outro dia legislação a favor da delimitação dos mandatos que os governantes possam ter?

     Ele é verdadeiramente eleito? Quero dizer, se tirarmos a lavagem cerebral que ele faz com os media, dá para afirmar que ele é verdadeiramente eleito?

    Cumprimentos
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 14, 2006, 03:27:52 pm
Bem...olha eu nem tenho palavras!  :oops:
Madeira...
Título:
Enviado por: pedro em Fevereiro 14, 2006, 05:59:21 pm
Nada de anormal. :?
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 15, 2006, 10:04:13 am
Epá....depois da cena da Fátima Felgueiras...já aceito tudo neste país....

     Ainda estou estonteando como é ela fugiu à justiça, perseguida pela policia, refugiou-se no Brasil enquanto recebia do estado uma Pensão mensal de 3.999 euros por ter trabalhado apenas 10 anos como professora na Secundária de Felgueiras, e volta em altura de eleições, protegida judicialmente por 1 lei que não faz sentido e neste momento é a presidente de Felgueiras....é preciso não ter vergonha na cara...e Portugal é que devia ter vergonha, fechar esse buraco legislativo, e assim que ela deixe de ser presidente se o caso n tiver prescrito apanhar a cabra antes que entre no avião de volta ao Brasil!!!!!

    Porra que somente em Portugal!!!!!
Título: Re: A (falta de) democracia na Madeira
Enviado por: TOMKAT em Fevereiro 15, 2006, 02:43:18 pm
Citação de: "Marauder"
Alguem me consegue explicar como é que este homem ainda está no poder? Não aprovaram no outro dia legislação a favor da delimitação dos mandatos que os governantes possam ter?

     Ele é verdadeiramente eleito? Quero dizer, se tirarmos a lavagem cerebral que ele faz com os media, dá para afirmar que ele é verdadeiramente eleito?

    Cumprimentos


É "verdadeiramente" eleito e continuará no poder pelo tempo que quiser.
Foi criada uma teia de interdepedências que garantem e eleição do "JJ" enquanto ele entender concorrer a eleições.
E quando ele deixar a política activa, seguir-se-ão os seus correligionários mais chegados.
O "esquema" está montado à muito.

Mais de metade dos agregados familiares madeirenses estão directa ou indirectamente dependentes do Governo Regional.

É o tacho,... é o tacho meus senhores, e o "bailinho da Madeira" continua à custa da carteira dos "contenentais" esses "cubanos" colonialistas de m****. :evil:
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Fevereiro 19, 2007, 08:10:20 pm
Bem, o homem foi em frente:

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Alberto João Jardim anuncia demissão
 O presidente do Governo Regional da Madeira toma esta decisão como retaliação à publicação da Lei das Finanças Locais.


 Alberto João Jardim, acabou de anunciar a sua demissão de Presidente do Governo Regional da Madeira e apresenta, ao mesmo tempo, a recandidatura para provar que não "está a fugir" das obrigações.

Referindo-se aos socialistas por diversas vezes durante o seu longo discurso, João Jardim afirma que o PS tem "instrumentalizado o Estado".

"Violando os direitos de cada um dos madeirenses e dos portosantenses, o poder socialista de Lisboa publicou a Lei das Finanças Regionais subtraindo-nos assim até 2014 à volta de 450 milhões de euros", afirmou Alberto João Jardim.

 A Lei das Finanças Regionais foi hoje publicada em Diário da República. O diploma prevê um corte substancial de verbas para a região o que, para o PSD Madeira, impede o Governo Regional de fazer o que prometeu nas eleições conquistadas em 2004.

"A situação criada aos madeirenses é como uma pessoa estar a fazer uma casa com o dinheiro que tem no banco e, de um dia para o outro, o banco tirar o dinheiro com o argumento que não gosta dessa pessoas. Trata-se de uma falta de respeito pelas decisões democráticas feitas pelso madeirenses", afirmou Alberto João Jardim.

Alberto João Jardim usou mesmo termos como "ditatorial" para definir a decisão do Governo ao publicar a Lei das Finanças Regionais.

Esta situação inédita levanta agora mais um problema para Cavaco Silva que agora terá de dissolver a Assembleia Legislativa e a convocar eleições antecipadas às quais João Jardim se assume, desde já, como candidato, dando ideia que o PSD não irá nomear um substituto ao cargo de acordo com o previsto na Lei.

Recorde-se que Alberto João Jardim está no poder do Governo Regional da Madeira desde 1978 e tem conquistado todas as eleições realizadas até ao momento.

Neste discurso, Alberto João pede legitimidade ao povo madeirense para continuar a governar mas tendo em conta o novo panorama imposto pela Lei das Finanças Locais.

A ser reeleito, João Jardim ganha mais um ponto ao Governo de José Sócrates e recupera a legitimidade para continuar a governar.

As eleições deverão realizar-se entre Maio e Junho deste ano.
 


Para quem pensa que esta é uma derrota política de AJJ, desengane-se.....
Título:
Enviado por: SANTACRUZ em Fevereiro 20, 2007, 02:35:32 pm
o que é o problema destas pessoas com alberto?? se fossem madeirense então compreenderiam porque nós não o queremos sair.

você apenas tem que olhar a evolução do continente comparado àquele da madeira, para realizar que ele está fazendo um bom trabalho.

e se for posto na carga de Portugal, tenho a certeza que nós como um povo ficamos melhores, e respeitado talvez melhor a volta do mundo.

eu penso que vocês deve girar a sua atenção a o que passa em lisboa, os políticos sao a razão que nós somos onde nós estamos.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 20, 2007, 03:32:32 pm
Citação de: "SANTACRUZ"
o que é o problema destas pessoas com alberto?? se fossem madeirense então compreenderiam porque nós não o queremos sair.

você apenas tem que olhar a evolução do continente comparado àquele da madeira, para realizar que ele está fazendo um bom trabalho.

e se for posto na carga de Portugal, tenho a certeza que nós como um povo ficamos melhores, e respeitado talvez melhor a volta do mundo.

eu penso que vocês deve girar a sua atenção a o que passa em lisboa, os políticos sao a razão que nós somos onde nós estamos.


 :roll:

SANTACRUZ, o problema é que o Srº Alberto tem feito "omeletas sem ovos", o que causou um enorme buraco financeiro por parte do Governo Regional e agora que lhe querem por ordem, o Srº começou a estrebuchar, mais do que das últimas vezes.
Título:
Enviado por: Rui Conceicao em Fevereiro 20, 2007, 04:49:54 pm
O que tem feito os politicos em Portugal, senão esbanjar dinheiro.
Em que lugar nos encontramos neste momento em termos de desenvolvimento na CE?
O défice devesse a quem?E esse défice foi porque gastamos mais, mas desenvolvemos o pais?
O Alberto gastou muito sim, mas desenvolveu a Madeira que de região das mais pobres do pais e da CE passou a uma das mais" ricas" do nosso pais.
Título:
Enviado por: Lancero em Fevereiro 20, 2007, 06:23:43 pm
Citação de: "Rui Conceicao"
O que tem feito os politicos em Portugal, senão esbanjar dinheiro.
Em que lugar nos encontramos neste momento em termos de desenvolvimento na CE?
O défice devesse a quem?E esse défice foi porque gastamos mais, mas desenvolvemos o pais?
O Alberto gastou muito sim, mas desenvolveu a Madeira que de região das mais pobres do pais e da CE passou a uma das mais" ricas" do nosso pais.


Razão pela qual não vai receber tanto dinheiro do Governo Central e da UE. Não será justo? Não há zonas do País a precisar de mais ajuda (dinheiro)?

Ler com atenção: Só Lisboa tem riqueza acima da média UE (http://http)
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 20, 2007, 06:24:04 pm
Citação de: "Rui Conceicao"
O que tem feito os politicos em Portugal, senão esbanjar dinheiro.
Em que lugar nos encontramos neste momento em termos de desenvolvimento na CE?
O défice devesse a quem?E esse défice foi porque gastamos mais, mas desenvolvemos o pais?
O Alberto gastou muito sim, mas desenvolveu a Madeira que de região das mais pobres do pais e da CE passou a uma das mais" ricas" do nosso pais.

Sr. Rui Conceição, o que diz é uma verdade, muito dinheiro se têm esbanjado, mas a realidade é que muito se tem feito.
No Continente foram realizadas grandes obras, e estas a nível de infranstruturas, veja o caso da rede rodoviária que tem neste momento e o que está por concluir.
O problema é que os fundos comunitários têm sido dispersos por vários organismos, nomeadamente aos serviços/organismos locais, e o pior deles todos o particular empreendedor, que os investem em rotundas, avenidas com palmeiras e afins, criam espaços industrias completamente descentralizados dos etenerários principais, e logo vêm pedir mais dinheiro ou obras, para fazer as respectivas ligações.
Visto ser oriundo do Alentejo, explique-me o porquê de os Alemães, Holandeses e agora Espanhois conseguirem criar empresas agricolas viáveis e os Portugueses não.
Sabe a resposta?
Se calhar é o mesmo que se está a passar na Madeira, fecham a torneira dos €, e logo decretam a falencia.
Conhece esta expressão?
 
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eu sou muito homem com as calças do meu pai

Acho que explica tudo :!:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 20, 2007, 06:34:05 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "Rui Conceicao"
O que tem feito os politicos em Portugal, senão esbanjar dinheiro.
Em que lugar nos encontramos neste momento em termos de desenvolvimento na CE?
O défice devesse a quem?E esse défice foi porque gastamos mais, mas desenvolvemos o pais?
O Alberto gastou muito sim, mas desenvolveu a Madeira que de região das mais pobres do pais e da CE passou a uma das mais" ricas" do nosso pais.

Razão pela qual não vai receber tanto dinheiro do Governo Central e da UE. Não será justo? Não há zonas do País a precisar de mais ajuda (dinheiro)?

Ler com atenção: Só Lisboa tem riqueza acima da média UE (http://http)


Mais aqui (http://http).
Título:
Enviado por: Sintra em Fevereiro 20, 2007, 09:12:14 pm
O que o Alberto João está a dizer é "Eu demito-me se me baixarem a quantidade de dinheiro que vem do Continente para a Madeira"...
 É precisamente isto que o homem está a dizer, e como os deputados do PSD Madeira por uma vez desde 1974 não contam para absolutamente nada no Parlamento Nacional, visto que o PS tem maioria absoluta o homem não pode utilizar a tática habitual que é chantagear o seu próprio partido quando este é governo ou utilizar o PSD como alvanca de "pressão" quando os Socialistas são governo minoritário...
 Por uma vez lixou-se, aleluia.
 Se a Madeira já não é uma das regiões mais pobres do País (segundo o próprio Alberto) então está na hora das contribuições que vêm do governo central serem enviadas para outros locaismais desfavorecidos, isto é justo.
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Fevereiro 20, 2007, 10:31:59 pm
Citação de: "Sintra"
O que o Alberto João está a dizer é "Eu demito-me se me baixarem a quantidade de dinheiro que vem do Continente para a Madeira"...
 É precisamente isto que o homem está a dizer, e como os deputados do PSD Madeira por uma vez desde 1974 não contam para absolutamente nada no Parlamento Nacional, visto que o PS tem maioria absoluta o homem não pode utilizar a tática habitual que é chantagear o seu próprio partido quando este é governo ou utilizar o PSD como alvanca de "pressão" quando os Socialistas são governo minoritário...
 Por uma vez lixou-se, aleluia.
 Se a Madeira já não é uma das regiões mais pobres do País (segundo o próprio Alberto) então está na hora das contribuições que vêm do governo central serem enviadas para outros locaismais desfavorecidos, isto é justo.


Acha mesmo, caro Sintra ????
Sendo madeirense, e considerando-me suficientemente lúcido para não ir em algumas baboseiras debitadas pelo meu presidente, acho que esta demissão e consequente recandidatura foi uma jogada de mestre.....
Pois bem:
Ao forçar esta demissão, o Dr. João Jardim colocou a pressão sobre Lisboa já que avançamos para eleições antecipadas, eleições essas que ganhará com nova maioria absoluta ( quiçá a maior ), tendo ainda o bónus especial de poder renovar o grupo parlamentar e o governo regional, no que for necessário.
Jardim joga para tentar transformar 29 anos de desgaste político e partidário, numa cruzada contra os que apelida "colaboracionistas" e "traidores" - os deputados do PS-M com assento em S. Bento que votaram favoravelmente na aprovação da Lei das Finanças das RA.
Para a oposição, os acontecimentos de ontem foram uma catástrofe.
O PS-M está minado por uma luta interna tremenda, o PP está à deriva ideologicamente e eclipsa-se cada vez mais, somente a CDU está no terreno e é o rosto da oposição regional.
Se a estratégia ( já utilizada por Guterres) Governo Central - PS-M era "apertar o garrote" para que em 2008, ano de eleições regionais,  poderem apresentar-se como salvadores da Madeira a vários níveis e lesar as ambições de Jardim e influenciar o eleitorado.... podem esqueçer.
Como foi dito num matutino regional hoje:

Citar
Ontem aconteceu política na Madeira
Título:
Enviado por: Sintra em Fevereiro 20, 2007, 10:42:36 pm
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "Sintra"
O que o Alberto João está a dizer é "Eu demito-me se me baixarem a quantidade de dinheiro que vem do Continente para a Madeira"...
 É precisamente isto que o homem está a dizer, e como os deputados do PSD Madeira por uma vez desde 1974 não contam para absolutamente nada no Parlamento Nacional, visto que o PS tem maioria absoluta o homem não pode utilizar a tática habitual que é chantagear o seu próprio partido quando este é governo ou utilizar o PSD como alvanca de "pressão" quando os Socialistas são governo minoritário...
 Por uma vez lixou-se, aleluia.
 Se a Madeira já não é uma das regiões mais pobres do País (segundo o próprio Alberto) então está na hora das contribuições que vêm do governo central serem enviadas para outros locaismais desfavorecidos, isto é justo.


Acha mesmo, caro Sintra ????
Sendo madeirense, e considerando-me suficientemente lúcido para não ir em algumas baboseiras debitadas pelo meu presidente, acho que esta demissão e consequente recandidatura foi uma jogada de mestre.....
Pois bem:
Ao forçar esta demissão, o Dr. João Jardim colocou a pressão sobre Lisboa já que avançamos para eleições antecipadas, eleições essas que ganhará com nova maioria absoluta ( quiçá a maior ), tendo ainda o bónus especial de poder renovar o grupo parlamentar e o governo regional, no que for necessário.
Jardim joga para tentar transformar 29 anos de desgaste político e partidário, numa cruzada contra os que apelida "colaboracionistas" e "traidores" - os deputados do PS-M com assento em S. Bento que votaram favoravelmente na aprovação da Lei das Finanças das RA.
Para a oposição, os acontecimentos de ontem foram uma catástrofe.
O PS-M está minado por uma luta interna tremenda, o PP está à deriva ideologicamente e eclipsa-se cada vez mais, somente a CDU está no terreno e é o rosto da oposição regional.
Se a estratégia ( já utilizada por Guterres) Governo Central - PS-M era "apertar o garrote" para que em 2008, ano de eleições regionais,  poderem apresentar-se como salvadores da Madeira a vários níveis e lesar as ambições de Jardim e influenciar o eleitorado.... podem esqueçer.
Como foi dito num matutino regional hoje:

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Ontem aconteceu política na Madeira


 Mas isso é evidente...

 O meu ponto é outro, independentemente dos casos politicos que o Alberto crie na Madeira, o dinheiro que vai sair do orçamento Geral do Estado para a Madeira vai diminuir...
 Que o Alberto João Jardim vai perpetuar-se "ad infinitun" no poder na Madeira isso já é um dado adquirido, ele não precisava deste tipo de "trocadilho" politico para manter o PS-M em cheque.
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Fevereiro 20, 2007, 11:01:24 pm
Só mais uma achega......
Circula pelo Funchal um comentário ( alarmista e despropositado....... ) que traça um paralelismo entre a presente situação e o ocorrido nas décadas de 30, 40 e 50 em que a Madeira foi votada ao ostracismo pelo governo de Salazar devido à revolta falhada ocorrida em Abril de 1931, conhecida como a Revolta da Farinha.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 21, 2007, 12:41:12 am
Citação de: "Bravo Two Zero"
Acha mesmo, caro Sintra ????
Sendo madeirense, e considerando-me suficientemente lúcido para não ir em algumas baboseiras debitadas pelo meu presidente, acho que esta demissão e consequente recandidatura foi uma jogada de mestre.....
Pois bem:
Ao forçar esta demissão, o Dr. João Jardim colocou a pressão sobre Lisboa já que avançamos para eleições antecipadas, eleições essas que ganhará com nova maioria absoluta ( quiçá a maior ), tendo ainda o bónus especial de poder renovar o grupo parlamentar e o governo regional, no que for necessário.
Jardim joga para tentar transformar 29 anos de desgaste político e partidário, numa cruzada contra os que apelida "colaboracionistas" e "traidores" - os deputados do PS-M com assento em S. Bento que votaram favoravelmente na aprovação da Lei das Finanças das RA.
Para a oposição, os acontecimentos de ontem foram uma catástrofe.
O PS-M está minado por uma luta interna tremenda, o PP está à deriva ideologicamente e eclipsa-se cada vez mais, somente a CDU está no terreno e é o rosto da oposição regional.
Se a estratégia ( já utilizada por Guterres) Governo Central - PS-M era "apertar o garrote" para que em 2008, ano de eleições regionais,  poderem apresentar-se como salvadores da Madeira a vários níveis e lesar as ambições de Jardim e influenciar o eleitorado.... podem esqueçer.
Como foi dito num matutino regional hoje:

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Ontem aconteceu política na Madeira


Nem mais! Além disso não podemos ser ingénuos e pensar que o objectivo do Governo central é fazer uma redistribuição do esforço financeiro pelas regiões mais desfavorecidas. O objectivo principal é político. Aliás, é um objectivo comum da esquerda: Retirar o AJJ do poder. Só que… :gren:

Lamento é que o AJJ seja a única voz acutilante da oposição. PSD e CDS-PP brilham pela sua ausência! Até quando? Eis a grande incógnita.
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 21, 2007, 01:30:32 am
A meu ver, essa análise é discutivel.
Noutra perspectiva: é politicamente dificil de sustentar perante a maioria dos eleitores do continente que, numa altura em que o Governo está a restringir o financiamento às autarquias, a Madeira não veja o seu financiamente reduzido.

Claro que tirar o AJJ do poder na Madeira seria um bónus mas pelo que me é dado a ver, é perfeitamente claro que isto só vai reforçar a posição do AJJ na Madeira.
Título:
Enviado por: p_shadow em Fevereiro 21, 2007, 02:30:30 am
Citação de: "lurker"
Claro que tirar o AJJ do poder na Madeira seria um bónus...


Não percebo esta onda (cada vez maior) que varre o país continental de norte a sul. Mas porque é que querem tirar o homem do sitio onde foi posto pela grande maioria dos seus eleitores? Desde à 29 anos p'ra cá!! :roll:  Cada vez mais uma esquerda "birrenta", talvez influência da sua "liderança".

Teoricamente tomou a atitude correcta. Na prática, tomou a que lhe convém.
Não esperaria outra coisa do AJJ. "Old school"...


Cumptos
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 21, 2007, 03:20:37 am
Citação de: "p_shadow"
Citação de: "lurker"
Claro que tirar o AJJ do poder na Madeira seria um bónus...
Não percebo esta onda (cada vez maior) que varre o país continental de norte a sul. Mas porque é que querem tirar o homem do sitio onde foi posto pela grande maioria dos seus eleitores? Desde à 29 anos p'ra cá!! :?


Er... simples.
No aspecto politico mais imediato, as consecutivas vitórias do AJJ na Madeira são um espinho para os restantes partidos e para o PS em particular.
Além disso, o discurso do homem cai muito mal junto dos continentais, talvez ao ponto de haver dividendos politicos junto dos eleitores continentais para quem tiver o crédito de o fazer cair.
Título:
Enviado por: Rui Conceicao em Fevereiro 21, 2007, 02:22:03 pm
É normal, já que o homem tem feito pela zona que governa, e deixa os outros politicos ficarem mal devido a esse FACTO.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 21, 2007, 05:40:56 pm
Eu acho que vocês se estão a esquecer que o dinheiro que ele vai perder vem do estado central, o mesmo que ele ofende sempre que abre a boca. Se o seu governo fosse assim tão bom, a esta hora a Madeira já não precisava desta forma do governo central. O problema é que o modelo de desenvolvimento que ele fez na Madeira exige fundamentalmente um investimento massivo do governo, através de grandes obras. Se formos a ver com calma, o que é a Madeira sem o apoio do governo central e do Turismo...nada! É uma zona onde não há grande variedade dos meios produtivos e isso acarreta grandes perigos. Eu acho que nisto tudo quem vai sofrer é o povo da Madeira, que ao apoiar de uma forma cega (mas compreensível), o AJJ, vai contribuir para uma crise sem precedentes na Madeira.
Título:
Enviado por: Rui Conceicao em Fevereiro 21, 2007, 07:28:31 pm
A crize que já existe em Portugal, aguentamos á quanto tempo?
Vizitem o Baixo Alentejo e vejam como está.
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 21, 2007, 08:10:36 pm
Caro Rui Conceição, a questão que o Cabeça de Martelo está a colocar é: quão robusta é a economia Madeirense é? Como vai lidar com estes cortes?
Os cortes nas transferências são relativamente pequenos, uns "miseros" 34M EUR em 2007 mas a proibição de o Estado "central" assumir de dividas dos governos regionais deverá ter algum impacto, porque o Governo Regional da Madeira tem um défice elevado.

E há aqui um principio politico muito importante aqui: até agora, as Leis de Finanças Regionais nunca reduziram as transferências paras as Regiões Autónomas. Diriam alguns, tal seria mesmo inconstitucional.
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 21, 2007, 09:22:46 pm
:banana:
Título:
Enviado por: Sintra em Fevereiro 21, 2007, 10:06:00 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que vocês se estão a esquecer que o dinheiro que ele vai perder vem do estado central, o mesmo que ele ofende sempre que abre a boca. Se o seu governo fosse assim tão bom, a esta hora a Madeira já não precisava desta forma do governo central. O problema é que o modelo de desenvolvimento que ele fez na Madeira exige fundamentalmente um investimento massivo do governo, através de grandes obras. Se formos a ver com calma, o que é a Madeira sem o apoio do governo central e do Turismo...nada! É uma zona onde não há grande variedade dos meios produtivos e isso acarreta grandes perigos. Eu acho que nisto tudo quem vai sofrer é o povo da Madeira, que ao apoiar de uma forma cega (mas compreensível), o AJJ, vai contribuir para uma crise sem precedentes na Madeira.


 Bingo
Título:
Enviado por: Lancero em Março 07, 2007, 10:41:29 pm
A prova que nem tudo vai mal na Madeira.
Estes juizes podem vir agora para o Continente que há aqui muito(s) por onde se entreterem.

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Madeira:Ex-presidente da câmara de Ponta do Sol condenado a seis anos de prisão

Funchal, 07 Mar (Lusa) - O tribunal de Ponta do Sol condenou hoje o antigo presidente do município António Lobo a seis anos de prisão pela prática, em cúmulo jurídico, dos crimes de corrupção e prevaricação.

      António Lobo (PSD) foi um dos cinco arguidos num processo que envolveu ainda dois arquitectos (Deolinda Santos e Marco Sousa), um fiscal de obras (João Silva) e um ex-vereador daquela autarquia da zona oeste da Madeira (Rafael Inácio).

      O antigo presidente do município foi inicialmente acusado de onze crimes, dois de corrupção activa, outros dois por subtracção de documentos, sete por prevaricação, mas acabou por ser condenado apenas por dois dos crimes.

      O colectivo aplicou ao ex-autarca uma pena de quatro anos e dois meses pelo crime de corrupção activa para acto ilícito e três anos pelo de prevaricação, que em cúmulo jurídico resultaram em seis anos.

      O tribunal absolveu António Lobo da acusação relativa à subtracção de documentos.

      O tribunal de Ponta do Sol deu como provado que o ex- presidente do município daquela localidade recebia pagamentos para aprovar licenciamentos de obras particulares, verbas que revertiam a seu favor.

      O advogado de defesa do arguido, Arnaldo Matos, anunciou que vai recorrer da sentença, considerando que "a montanha pariu um rato, porque [António Lobo] vinha acusado de onze crimes e foi condenado apenas por dois".

      Quanto aos restantes arguidos, os juízes sentenciaram a arquitecta Deolinda Santos e o fiscal de obras, João Silva, a penas de três anos, suspensa por quatro anos, pela prática dos crimes de corrupção activa para acto ilícito.

      O outro arquitecto envolvido, Marco Sousa, foi condenado a um ano e seis meses, uma pena suspensa por três anos, enquanto o ex- vereador da autarquia, Rafael Inácio, foi absolvido de todos os crimes.

      Este processo, que ficou conhecido como "caso Lobo", remonta a Outubro de 2004, quando na sequência de uma denúncia de um promotor à Polícia Judiciária de que teria de pagar 15 mil euros para obter a aprovação da câmara municipal para um projecto imobiliário na freguesia da Madalena do Mar, o presidente daquela autarquia foi detido.

      António Lobo esteve em prisão preventiva entre 11 de Outubro de 2004 e 01 de Fevereiro de 2006, passando para o regime de prisão domiciliária até ao início do julgamento, altura em que o juiz Filipe Câmara resolveu aplicar-lhe termo de identidade e residência, proibindo-o de ausentar-se da região.

      António Lobo, que se recusou a prestar declarações em tribunal, foi presidente da câmara da Ponta do Sol, eleito pelo PSD- Madeira, entre Novembro de 1987 e Julho de 2005, altura em que renunciou ao cargo.

      Este é segundo caso na Madeira em que um autarca é condenado a prisão pela prática de ilícitos durante o exercício do mandato de presidente de câmara municipal, sendo o outro caso o de Luís Gabriel, do município de Santa Cruz, que ainda se encontra a cumprir pena de prisão.
Título:
Enviado por: hellraiser em Março 09, 2007, 01:08:09 am
Acho piada este tipo de "boca aziada" querem dizer mal apenas pelo prazer de  mal dizer mas não sabem como dizer bem esse mal-dizer. Ou seja... Não sabem argumentar e são obrigados as bocas baixas e sem classe ou nível. Na Madeira existem eleições para o governo regional, essas eleições são supervisionadas pela CNE, existem tribunais, forças de segurança e serviços do estado. Tal e qual como no continente. Insinuar uma falta de democracia apenas para difamar é atacar o Sr. Alberto João, é sem duvida um golpe baixo e sem qualquer nível. O Sr. Jardim foi e tem sido constantemente eleito com maioria por sufrágio directo e mais uma vez repito, como no continente, essa suposta falta de democracia a haver seria então nacional e em toda a nação e não apenas localizada na Madeira, como querem fazer parecer. Agora pergunto eu, os madeirenses, por seu direito votam e escolhem, quem somos nos para julgar as suas opções?!
Título:
Enviado por: Lancero em Março 13, 2007, 03:09:03 pm
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Madeira:Jardim determinado a combater "mentiras dos bufos socialistas"

Funchal, 13 Mar (Lusa) - O PSD-Madeira, num comunicado assinado pelo seu presidente, Alberto João Jardim, declara hoje não temer "as leis policiais do Estado português, a própria República Portuguesa" e diz estar determinado a "combater a mentira" veiculada pelos "bufos socialistas".

        Esta declaração da comissão política do PSD-M surge numa reacção à manchete do Diário de Notícias insular que destaca que o PS-M vai apresentar queixa-crime, junto do Ministério Público, pelo facto do Governo Regional ter usado espaços publicitários pagos para responder às mensagens dos cartazes gigantes afixados pelos socialistas nesta fase de pré-campanha.

        O DN adianta que os socialistas pretendem denunciar uma dúzia de crimes apontando a violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade, peculato e abuso de poder.

        As queixas do PS-M seguirão também para a Comissão Nacional de Eleições, refere ainda o diário madeirense.

        No comunicado hoje divulgado pelo PSD-M intitulado "abaixo os bufos socialistas", Jardim critica a "cultura eleitoral do PS", conotando-a com "um amarfanhado de mentiras, de vigilância pidesca e de denúncias intimidatórias à boa maneira estalinista".

        "O governo social-democrata tem todo o direito de responder às mentiras que, sobre a sua acção, outros difundam, independentemente do período que esteja em curso", sustenta.

        Afirma que "a mentira não pode ficar impune e será sempre desmontada".

        "É este o desespero dos socialistas, por todos conhecidos como mentirosos", escreve, acrescentando que "para ganhar eleições, sabem que, primeiro, teriam de prender os sociais-democratas, não bastando o roubo do dinheiro dos madeirenses".

        "O PSD da Madeira não teme as leis policiais do Estado português, nem a própria República Portuguesa, combaterá a mentira, o pidesco e o rasca que são a "cultura" socialista", diz.

        Conclui realçando que também "não teme o poder do PS em Lisboa, nem os poderoso meios que controla, dados os financiamentos de que dispõe".
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Enviado por: Lancero em Março 13, 2007, 03:33:31 pm
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Madeira:PS-M acusa Governo Regional de fazer campanha com dinheiros públicos

Funchal, 13 Mar (Lusa) - O PS-M acusou hoje o governo regional do PSD de ter gasto nos últimos dias milhares de euros dos madeirenses para fazer campanha violando o disposto na Lei Eleitoral da Madeira.  

Em comunicado distribuído no Funchal, a direcção dos socialistas madeirenses reage ao facto da Secretaria Regional dos Recursos Humanos ter utilizado hoje espaço publicitário nos dois matutinos para esclarecer aspectos relacionados com o desemprego na Região apontados nos cartazes gigantes de pré-campanha afixados pelo PS-M.

Nestes cartazes, os socialistas apontam existir nove mil desempregados na Madeira.

O PS-M considera que esta atitude da Secretaria Regional dos Recursos Humanos, além de violar a Lei eleitoral da Madeira, revela a prática dos crimes de violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade, peculato de uso e abuso de poderes.

No espaço publicitário, publicado hoje na última do Diário de Notícias e Jornal da Madeira, o governo madeirense diz que a taxa de desemprego desceu 5,8 por cento na Madeira, enquanto subiu no país 8,2 por cento e escreve existirem na Região 8.392 pessoas sem emprego, sendo o total nacional de 457.634.

Para o PS-M, "o governo regional utiliza de forma indevida e abusiva o dinheiro público em proveito próprio e para fazer campanha eleitoral", acção que, acrescenta, "consubstancia um crime, é eticamente reprovável e financeiramente danosa para os madeirenses".

Considera também que o executivo regional do PSD "abusa dos poderes que lhe foram conferidos pela população, comete peculato usando o dinheiro dos madeirenses para fazer campanha eleitoral e mente de forma descarada" à população desta Região.

Desafia ainda os madeirenses a pesquisarem no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional onde poderão verificar "a evolução da taxa do desemprego na Madeira nos últimos anos e constatar que o desemprego aumentou nos últimos seis anos 119 por cento" nesta Região.  
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Enviado por: Luso em Março 13, 2007, 05:34:14 pm
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Madeira:PS-M acusa Governo Regional de fazer campanha com dinheiros públicos


Coisa que o PS "Contnente" é incapaz de fazer.
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Enviado por: ricardonunes em Março 23, 2007, 09:41:05 am
Jardim aprovou obras de 130 milhões de euros na sessão em que se demitiu

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Alberto João Jardim, o presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, mantém o calendário de inaugurações e intervenções políticas no período de pré-campanha. Deste modo ignora a advertência feita pelo Presidente da República, Cavaco Silva, quando marcou a data das eleições antecipadas, de que o executivo madeirense ficava "limitado à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios políticos da região".

Embora em gestão, o executivo madeirense mantém a sua actividade normal. Aliás, no conselho de governo em que Jardim transmitiu aos outros membros do executivo a decisão de se demitir, foram tomadas mais de uma centena de resoluções e a acta dessa reunião, realizada a 16 de Fevereiro, continua em aberto, como reconheceu o próprio presidente, para permitir a posterior inclusão de outras deliberações.

Referentes a esse plenário, no Jornal Oficial de 21 de Fevereiro, com o número 18 da primeira série e com direito a quatro suplementos, estão publicadas 102 resoluções que envolvem encargos superiores a 130 milhões de euros, entre adjudicações de novas obras, declarações de expropriações de terrenos, concessão de avales e subsídios a clubes de futebol e trupes de Carnaval. Nessa mesma reunião, o executivo decidiu suspender a Plano de Ordenamento Turístico, de modo a permitir a aprovação de novos projectos hoteleiros.

Para a próxima semana, a agenda oficial prevê cinco inaugurações, de segunda a sexta-feira, desde caminhos municipais a pequenas obras de regadio e remodelações de edifícios, actos que têm sido aproveitados por Jardim para explicar a sua demissão contra "o maior ataque colonial de Lisboa" contra a Madeira, através da nova lei das finanças, que corta 34 milhões à região. "Com milhões faço inaugurações, com inaugurações ganho eleições", tem sido a máxima do líder social-democrata nas três décadas de governação.

Estas cerimónias oficiais, com intervenções políticas, colidem com a natureza de governo de gestão em que se encontra o executivo após a demissão de Jardim, reclamam os líderes regionais Jacinto Serrão (PS) e Edgar Silva (PCP), fundamentando-se em jurisprudência do Tribunal Constitucional e em pareceres de Freitas do Amaral, Gomes Canotilho e Vital Moreira.

Apesar dos protestos da oposição, que acusa o governante de violar os deveres de neutralidade e imparcialidade e de utilizar meios públicos para fins partidários, Jardim mantém inalterável o calendário de inaugurações e recorreu a publicidade paga pelo governo e institutos públicos para responder a cartazes do PS, que já apresentou queixa ao Presidente da República, ao Tribunal do Funchal e à Comissão Nacional de Eleições, que ontem nomeou o juiz madeirense Paulo Barreto como delegado para as legislativas regionais de 6 de Maio. Mas Jardim já fez saber que "o PSD da Madeira não teme as leis policiais do Estado português, não teme a própria República portuguesa, combaterá a mentira, o pidesco e o rasca que são a cultura socialista".

Contactada pelo PÚBLICO, a Presidência da República escusou-se a comentar, "de momento", as alegadas violações da lei eleitoral por parte do governante madeirense. Também não se pronunciou sobre eventuais reclamações apresentadas pela oposição regional por considerá-las "informação reservada".

Incompatibilidades

O Parlamento rejeitou ontem o recurso apresentado pelo PSD para impedir a discussão do projecto que equipara os deputados da Assembleia da República aos dos parlamentos regionais em matéria de incompatibilidades. Hugo Velosa (PSD) classificou de "oportunismo político, porque há eleições na Madeira", o agendamento deste projecto do PCP.

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Enviado por: P44 em Março 23, 2007, 09:53:58 am
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que vocês se estão a esquecer que o dinheiro que ele vai perder vem do estado central, o mesmo que ele ofende sempre que abre a boca. Se o seu governo fosse assim tão bom, a esta hora a Madeira já não precisava desta forma do governo central. O problema é que o modelo de desenvolvimento que ele fez na Madeira exige fundamentalmente um investimento massivo do governo, através de grandes obras. Se formos a ver com calma, o que é a Madeira sem o apoio do governo central e do Turismo...nada! É uma zona onde não há grande variedade dos meios produtivos e isso acarreta grandes perigos. Eu acho que nisto tudo quem vai sofrer é o povo da Madeira, que ao apoiar de uma forma cega (mas compreensível), o AJJ, vai contribuir para uma crise sem precedentes na Madeira.


AH GRANDE CABEÇA!!!

 :G-Ok:
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Enviado por: pablinho em Março 24, 2007, 10:52:22 pm
Pero como está a  situacion de Madeira? perdoade pero por problemas de idioma non me entero.
¿Esta ou non baixo soberania portuguesa?
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Enviado por: PereiraMarques em Março 24, 2007, 11:15:53 pm
Sinceramente... :roll:  Só há duas hipóteses...ou o índividuo é pouco dotado intelectualmente e extremamente inconveniente...ou então é simplesmente um provocador barato e depois vem sempre dar desculpas esfarrapadas...
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Enviado por: ricardonunes em Março 24, 2007, 11:22:32 pm
Governo regional diz que nova lei visa “Jornal da Madeira”

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A futura legislação que vai impedir a posse de jornais pelo Estado visa o “Jornal da Madeira”, que é propriedade do governo do arquipélago, afirmou hoje o secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro.

Brazão de Castro, que detém a pasta da comunicação social, reagia às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que hoje negou que a futura legislação que vai impedir a posse de jornais pelo Estado se dirija em especial à situação na Madeira, onde um jornal é propriedade do governo regional, caso único em Portugal.

O responsável reconhece que as leis são abstractas, mas realça que "a sua aplicabilidade tem um determinado objectivo". "Se não é para o ‘Jornal da Madeira’, então o ministro que explique qual é a aplicabilidade dessa legislação", ripostou, afirmando que "é óbvio que se dirige", mas que "o governo regional está atento a estas coisas".

Horas antes, o ministro Santos Silva assegurava que "as leis são gerais e abstractas e nunca se dirigem a ninguém em especial", referindo-se à proposta de Lei (em discussão pública) sobre a concentração da propriedade dos media, que, nomeadamente, proíbe o Estado central, as regiões autónomas e os municípios ou suas associações de serem proprietários de jornais (órgãos de imprensa escrita).

O ministro, que tem a tutela da comunicação social, explicou que este impedimento se fundamenta na interpretação da Constituição da República (artigo 37º), que prevê apenas que o Estado deve assegurar um serviço público de rádio e televisão, não mencionando a imprensa escrita. Neste contexto, o governante disse que, "na interpretação inversa" do artigo, "o Estado não deve ter presença na imprensa escrita". "Pode é haver apoios públicos à imprensa, desde que não sejam discriminatórios", explicou.

Santos Silva falava no final da sessão solene das comemorações dos 31 anos de actividade do Gabinete de Imprensa de Guimarães, uma associação de jornalistas da região do Vale do Ave.

Em Fevereiro deste ano, e numa reacção a um relatório do Tribunal de Contas, o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou que os apoios ao “Jornal da Madeira” são para manter o pluralismo na comunicação social.

No relatório "Fluxos Financeiros entre a Administração Pública Regional e a entidades de comunicação social", o Tribunal de Contas detectou que o governo regional concedeu, em 2005, mais de 4,6 milhões de euros ao “Jornal da Madeira”, sob a forma de suprimentos e compra de publicidade.

O montante representa quase 75 por cento do total de apoios concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social, sublinhou ainda o Tribunal de Contas.

O “Jornal da Madeira” é detido maioritariamente pelo executivo regional, apesar de o estatuto editorial ser da diocese do Funchal, tendo sido seu director Alberto João Jardim.

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Enviado por: Bravo Two Zero em Março 25, 2007, 12:19:46 am
Citação de: "ricardonunes"
Governo regional diz que nova lei visa “Jornal da Madeira”

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A futura legislação que vai impedir a posse de jornais pelo Estado visa o “Jornal da Madeira”, que é propriedade do governo do arquipélago, afirmou hoje o secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro.

Brazão de Castro, que detém a pasta da comunicação social, reagia às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que hoje negou que a futura legislação que vai impedir a posse de jornais pelo Estado se dirija em especial à situação na Madeira, onde um jornal é propriedade do governo regional, caso único em Portugal.

O responsável reconhece que as leis são abstractas, mas realça que "a sua aplicabilidade tem um determinado objectivo". "Se não é para o ‘Jornal da Madeira’, então o ministro que explique qual é a aplicabilidade dessa legislação", ripostou, afirmando que "é óbvio que se dirige", mas que "o governo regional está atento a estas coisas".

Horas antes, o ministro Santos Silva assegurava que "as leis são gerais e abstractas e nunca se dirigem a ninguém em especial", referindo-se à proposta de Lei (em discussão pública) sobre a concentração da propriedade dos media, que, nomeadamente, proíbe o Estado central, as regiões autónomas e os municípios ou suas associações de serem proprietários de jornais (órgãos de imprensa escrita).

O ministro, que tem a tutela da comunicação social, explicou que este impedimento se fundamenta na interpretação da Constituição da República (artigo 37º), que prevê apenas que o Estado deve assegurar um serviço público de rádio e televisão, não mencionando a imprensa escrita. Neste contexto, o governante disse que, "na interpretação inversa" do artigo, "o Estado não deve ter presença na imprensa escrita". "Pode é haver apoios públicos à imprensa, desde que não sejam discriminatórios", explicou.

Santos Silva falava no final da sessão solene das comemorações dos 31 anos de actividade do Gabinete de Imprensa de Guimarães, uma associação de jornalistas da região do Vale do Ave.

Em Fevereiro deste ano, e numa reacção a um relatório do Tribunal de Contas, o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou que os apoios ao “Jornal da Madeira” são para manter o pluralismo na comunicação social.

No relatório "Fluxos Financeiros entre a Administração Pública Regional e a entidades de comunicação social", o Tribunal de Contas detectou que o governo regional concedeu, em 2005, mais de 4,6 milhões de euros ao “Jornal da Madeira”, sob a forma de suprimentos e compra de publicidade.

O montante representa quase 75 por cento do total de apoios concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social, sublinhou ainda o Tribunal de Contas.

O “Jornal da Madeira” é detido maioritariamente pelo executivo regional, apesar de o estatuto editorial ser da diocese do Funchal, tendo sido seu director Alberto João Jardim.

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Se alterarem a linha editorial ou mesmo encerrarem o Jornal da Madeira, a malta até agradece...........aquilo é o Pravda da Madeira
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Enviado por: Lancero em Maio 16, 2007, 09:19:52 pm
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Madeira não aplica lei das Incompatibilidades: "Mandem a Marinha"-diz Jardim

Funchal, 16 Mai (Lusa) - O presidente em exercício do Governo Regional,  Alberto João Jardim, disse, hoje, que a Madeira não vai aplicar a Lei de  Incompatibilidades dos deputados que será aprovada quinta-feira na Assembleia  da República.  

   O PS aprova quinta-feira no Parlamento nacional o diploma do BE que  alarga aos deputados regionais o regime de incompatibilidade dos nacionais.  

   "É uma atitude de violação da Constituição - disse à Agência Lusa Alberto  João Jardim, após ter participado na cerimónia litúrgica dos 25 anos de  episcopado do Bispo Emérito da Diocese do Funchal, D. Teodoro de Faria -  mas é sobretudo uma provocação, uma afronta e uma represália por parte do  PS em relação aos resultados eleitorais que tiveram na Madeira".  

   "Mas se quer de facto um braço de ferro, desde já fica claro que a lei,  para além de vir a ser impugnada constitucionalmente, nós não a vamos aplicar.  Agora mandem a marinha de guerra", declarou.  

   O vice-presidente do PSD-M e do Grupo Parlamentar dos sociais-democratas  na Assembleia Legislativa, Coito Pita, considera igualmente que o diploma  do BE que os socialistas vão aprovar "é inconstitucional" por ir contra  o Estatuto Político-Administrativo da Madeira ao considerar que a iniciativa,  nesta matéria, "tem de partir da Assembleia Legislativa".  

   "Vamos aguardar a atitude do Presidente da República que pode promulgar,  pedir a fiscalização preventiva ou vetar", acrescentou.  

   O vice-presidente socialista da Mesa da Assembleia Legislativa, Fernão  Freitas, também é de opinião que o diploma "é uma violação do Estado de  Direito e da Constituição".  

   Fernão Freitas sustenta que a Lei das Incompatibilidades para a Madeira  só pode ser uma emanação da Assembleia Legislativa por ser isso que estabelece  o Estatuto Político-Administrativo: "Não pode ser feita à revelia da sede  própria, é mais um erro, não percebo esta teimosia dos deputados socialistas  nacionais".