A pergunta que deviam fazer era porque razão se deu o 25 de Abril? E se valeu a pena ou não ter sido feito uma "revolução" para "libertar" os Portuguêses de si próprios.
Na minha opinião pessoal dizer que "A nacionalização foi realmente a única solução possível, boa ou má.", é procurar fazer um branqueamento à história. As nacionalizações ilegaís ao qual recorreram os Abrilistas só falharam porque os comunas falharam no seu intuito de tomarem o poder em Portugal senão, hoje, Portugal era a Cuba da Europa. Nacionalizar o que já era nacional, não foi nada mais do que roubar a uns para dar aos outros em nome de uma suposta justiça em defesa dos direitos dos trabalhadores. E os direitos dos donos das empresas, não contam?
E as compensações que foram atribuidas a quem foi espoliado pelos revolucionários foram muito bem atribuidas, aí sim, justiça foi feita. Todos nós temos direito à nossa propriadade privada, especialmente se ela foi adquirida legalmente.
Claro que valeu o 25 de Abril, valeu a Revolução e Obrigado aos Revolucionários que libertaram os portugueses da opressão, não escolhida por si, de um regime bacoco, provinciano, feito à imagem de um homem, repressivo e limitativo em toda e qualquer liberdade de pensamento.
Em primeiro lugar, os comunistas não tentaram tomar o poder como a direita MENTIROSA o conta. É claro que interessava passar essa mensagem lá fora, segredar ao ouvido dos americanos - Frank Carlucci - que havia essa hipótese, para que estes escolhessem alguém para por no poder.
Quem andou a ameaçar com armas e a contá-las foi esse alguém, inchado que andava com o apoio do amigo embaixador pedófilo. Aliás se souberes um bocado de história saberás que as sedes do PCP foram atacadas no Norte do país, em algumas localidades, e o Cunhal mandou os comunistas, que na altura havia muitos não reagirem, assim como o fez em relação às ameaças de Guerra Civil do outro. E já agora se leres ainda mais um pouco saberás que a União Soviética não tinha qualquer interesse na instauração de um regime político semelhante em Portugal, coisas simples do equilibrio bi-polar - que facilmente desmentem a tese da Cuba da Europa. Reforçando a ideia, Cunhal era contra o partido único e foi crítico dos fechados regimes comunistas de Leste. Mas isto passa ao lado de muita gente, mais interessada em trautear de cor mitos da direita.
Por outro lado, o que a Esquerda fez foi um favor à direita em Governar por ela, já que os seus dois partidos eram tão novinhos coitadinhos, fundados que foram os dois DEPOIS do 25 de ABRIL.
48 ANOS de ditadura e faz-se uma Revolução para tratar dos direitos dos grandes proprietários coitadinhos....
REVOLUçÃO significa corte, não significa continuação. Quando há REVOLUçÂO alguém fica para trás, mas a REVOLUçÃO foi desencadeada porque houve um grupo, no caso português todo o POVO (em especial as FA), que quis mudar, cortar, com as relações de poder, não quis «evoluir na continuidade»...
As nacionalizações foram feitas em alguns casos porque foram necessárias, para tentar equilibrar um tecido produtivo desenquadrado com as necessidade do conjunto dos portugueses. Era um tecido produtivo que promovia a exploração (apenas não se trabalhava ao domingo, não havia férias, ou subsidios, etc...) e a miséria dos habitantes do país, exceptuando aqueles coitadinhos que andaram a mamar durante quase 50 anos e depois pediam pena. Eu acho que tiveram pena deles, realmente acho, não deviam ter tido. Ficou a meio a Revolução e servia de lembrança para o futuro. AÍ NÃO FOI FEITA JUSTIÇA!
Todavia, nacionalizou-se mal nalgumas coisas e as bem feitas deveriam ter sido mais profundas.
Como por exemplo naquelas realizadas na Reforma Agrária (que teve exemplos bons e maus), que acabou por não ir para a frente por causa dos contra-revolucionários.
Tinha sido necessário redistribuir as terras, a riqueza, de uma maneira que só interessava ao país, ao apostar nas explorações de dimensão média e organizadas. Assim não foi feito, os grandes proprietários voltaram a deter as suas terras, muitas delas sem qualquer aproveitamento, o Pagode recolheu às Vilas e continua a viver ao abandono.
Em relação ao Alentejo há um paralelismo interessante com a maioria dos países da América-Latina e a distribuição das terras, mas vá lá... ao menos cá não existe a Chiquita Brands, ex-United Fruit Co. (as bananas...)
Também lá, na América Latina, as terras são aquiridas legalmente e por pessoas que vêem os seus direitos à propriedade privada reconhecida, mas sob climas sociais e económicos bem específicos (ou seja sendo-lhes MUITO FAVORÀVEiS), como acontecia cá antes do 25 de Abril.
Mas sem dúvida que o Alentejo está muito melhor agora. O Alentejo aquando do 25 de Abril estava ao lado da Madeira como uma das regiões mais pobres do país. Mais de 30 anos depois o Alentejo continua lá em baixo, nada foi feito (em termos de desenvolvimento económico) não há substidios insulares para os alentejanos, mas «felizmente» que as terras foram devolvidas aos seus legitimos proprietários....