Há poucos dias atrás, escutei numa televisão, a opinião de uma analista da atual situação politica, na qual a senhora (não me perguntem quem era que não me lembro) disse algo que me deixou a pensar e que é ao mesmo tempo aterrador.
A senhora dizia que, o atual governo da República Portuguesa aparenta estar numa bolha, completamente isolado da realidade não só do país, como da realidade do mundo.
Esta análise dizia respeito às recentes demissões e escandalos, mas pensando bem, quando a extrapolamos para o Ministério da Defesa e para o Ministério das Finanças, é de meter medo.
Perguntados sobre o problema da guerra, a maior em toda a Europa desde a II guerra mundial, o ministro das finanças afirmou que estava tudo previsto e não era necessário alterar o orçamento.
Poucas declarações dos governantes portugueses em 2022 poderiam suportar mais esta tese.
Estas pessoas estão arredadas da realidade. Somos governados por um governo sem cabeça, de um homem que nem sabe como chegou ao poder, nem sabe como conseguiu uma maioria absoluta, e nem sabe como governar um país.
Esta é a mais estúpida maioria absoluta da história. Uma maioria que não é sociológica (é resultado do método de Hondt) e da dispersão de votos, mas que poderia ser aproveitada de alguma forma...
A única questão que ainda coloco - fazendo de advogado do diabo - é, que governo e que partido, poderia resistir a este tipo de notícias ?
Mal ou bem o PS tem mais quadros que os outros partidos.
Quem governará o país, com que quadros, com que especialistas ?
O homem dos ciganos, cospe perdigotos em todas as direções, mas ideias não as tem, e quadros, só se for os das bicicletas.
A IL, mergulhada numa crise existencial tenta criar a ideia de que não é apenas um partido inventado e subsidiado por grupos de interesses que deixaram de dar dinheiro ao CDS, se a IL fosse cordata e lhes defendesse a horta, nomeadamente os hospitais provados e os seguros de saúde.
O PSD se formar um governo, alguém acha que sobreviverá a este tipo de crivo a que o PS tem sido submetido ?
Duvido.