Rangers, Comandos, Paras, etc

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saojorgexercito

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3210 em: Setembro 13, 2016, 10:58:07 pm »
É verdadeiramente incomum morrerem 2 instruendos logo no 1º dia de curso de comandos. Todas as mortes são de lamentar e as lições têm que ser retiradas para mitigar a ocorrência de acontecimentos trágicos (digo "mitigar" porque não acredito que seja possivel terminar"). Quero que fique bem clara a minha posição.

Posto isto, deixo este link para meditação:
http://www.usatoday.com/story/news/politics/2016/05/13/since-2013-more-seals-have-died-training-than-combat-records-show/84347974/
Acaba-se com os SEALS?
As Forças Armadas são o espelho da Nação ... e da visão de quem a governa.
 

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Lightning

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3211 em: Setembro 14, 2016, 12:16:33 am »
Acabem com os Royal Marines? o SAS? as Forças Armadas Britânicas? 131 mortos em instrução nos últimos 15 anos.

http://www.westernmorningnews.co.uk/royal-marines-died-training-mod-figures-reveal/story-28510060-detail/story.html

O que é de realçar é que isto acontece noutros países, e também por "golpe de calor".

soldado do exercito britanico morre em treino no dia mais quente do ano
https://www.rt.com/uk/352222-soldier-dies-hottest-day/

Em 2013 três soldados SAS também morreram na mesma zona de treinos por golpe de calor
http://www.theguardian.com/uk-news/ng-interactive/2015/jul/14/sas-brecon-beacons-march-army-reservists
« Última modificação: Setembro 14, 2016, 12:28:09 am por Lightning »
 

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Lightning

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3212 em: Setembro 14, 2016, 12:48:27 am »
E em relação a agora os militares não precisarem de tanta forma física pois anda tudo de helicóptero só digo duas coisas.

1 - Onde estão os nossos helicópteros?

2 - Nem sempre tudo corre conforme o plano, em 1982 na guerra das Falkland, os britânicos desembarcaram as suas forças no lado oposto da ilha e pretendiam movimentar essas forças de helicóptero, tiveram azar pois os argentinos deram cabo do navio que transportava a maioria deles, muitos Royal Marines e Para-quedistas tiveram que atravessar a ilha à pata, 90km, em ambiente gelado, com o seu material todo, e depois ainda entrar em combate.



« Última modificação: Setembro 14, 2016, 12:59:25 am por Lightning »
 

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tenente

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3213 em: Setembro 14, 2016, 09:44:22 am »
E em relação a agora os militares não precisarem de tanta forma física pois anda tudo de helicóptero só digo duas coisas.

1 - Onde estão os nossos helicópteros?

2 - Nem sempre tudo corre conforme o plano, em 1982 na guerra das Falkland, os britânicos desembarcaram as suas forças no lado oposto da ilha e pretendiam movimentar essas forças de helicóptero, tiveram azar pois os argentinos deram cabo do navio que transportava a maioria deles, muitos Royal Marines e Para-quedistas tiveram que atravessar a ilha à pata, 90km, em ambiente gelado, com o seu material todo, e depois ainda entrar em combate.





E muito bem lembrado, pois a memória de alguns foristas é bem curta...........
Não estivessem os Paras e os restantes elementos da task force bem preparados fisica e mentalmente e tinha dado para o torto.
Estive com alguns deles em Porto Santo em JAN/FEV82, enquanto quando os C's deles reabasteciam na base, para continuar para sul para ascensão e embarcarem nos navios de transporte, e posso dizer que o pessoal estava muito bem preparado mentalmente para o que aí vinha e o equipamento era do melhor, a preparação fisica das tropas especiais dos Bifes sempre foi das mais duras e mesmo com algumas mortes por ano, nunca, mas nunca extinguiram qualquer unidade .
Á e já me esquecia tinham e tem helis como merda e mesmo assim faziam e fazem marchas a penantes de 50 ou mais Kms, os RM que o digam !!!!

Abraços e fogo á peça
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3214 em: Setembro 14, 2016, 09:52:18 am »



O papel na história militar portuguesa dos Comandos ninguém lhes tira, mas chegou a hora de fechar portas, já foi muito discutido esse assunto neste fórum. A um país tão pequeno quanto nosso, não justifica ter tantas quintas especiais.

O papel na história militar portuguesa dos fuzileiros ninguém lhes tira, mas chegou a hora de reformar esse corpo da marinha e acabar com essa coisa de batalhões de fuzileiros porque para um pais com a nossa dimensão e dificuldades de recursos não se justifica este tipo de unidades. Mantenham-se quanto muito o Destacamento de Acções Especiais da marinha, ou em nome de uma boa gestão de recursos, funda-se o DAE com o CTOE e crie-se uma unidade única de operações especiais sob a alçada directa do CEMGFA.

O Core business da marinha é navios não é batalhões de infantaria. :-)

É só uma opinião.  8)  :G-beer2:

Eu sei que é uma mera provocação sem malicia e que não pensa assim, MAS, por acaso o Corpo de Fuzileiros já fez esse trabalho e já não existe Batalhões, apenas as três Forças de Fuzileiros que fazem de tudo um pouco.

http://warriors.pt/wp-content/uploads/2016/05/Revista-Warriors-n%C2%BA14-Reest-FUZ.pdf

 :nice:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mafets

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3215 em: Setembro 14, 2016, 10:03:38 am »
E por acaso os Comandos não foram extintos em 1993? E com um governo de direita? E reactivados 9 anos depois? Qual a dúvida neste caso passado de que a culpa não foi apenas dos soldados, sendo extinta a força em questão? Quantos militares passaram à reserva? Quantos acordos imdeminizatórios realizados com as famílias evitando assim que o Exercito, etc, fossem a julgamento? Aliás, o que v.exma agora pede foi exactamente o que ocorreu no passado e com o tal inquérito a chegar ao seu fim, portanto não estou a perceber a questão: Pega-se em toda uma força e apedreja-se em praça pública? Quer condenações por negligência? Veja quanto tempo é a pena e por norma qual a sua efectividade quando o condenado tem bom comportamento. Despedimentos? Veja quantos casos acontecem em que os indivíduos por pressão de A ou B são integrados novamente, ou v.exma também considera as péssimas leis deste pais culpa das Forças Armadas?   ::)

Caro Mafets, eu não tenho gosto absolutamente nenhum em que acabe com os comandos, como disse acima, são para mim a força com maior mística nas nossas forças armadas.

Mas o que fazer com uma força onde recorrentemente acontecem situações tão graves como aquelas que se têm verificado, algumas situações que jamais poderão ser classificadas como acidentais, onde o dolo é óbvio, e para as quais nunca se conhecem responsáveis?

Para mim é claro, para outros não será, que algo de muito errado se passa com quem manda nos comandos. E esses responsáveis nunca se demitem, nem ninguém é capaz de os demitir. Quando chegamos a um ponto destes só podemos concluir que a instituição está podre. Maçãs podres existem em todas as organizações, mas quando esta organização esta saudável ela é capaz de , perante acontecimentos tão graves, identificar as maçãs podres e conduzir à sua eliminação.
Agora quando a instituição deixa de ser capaz de ela própria corrigir o que está mal, nem deixa que outros o façam, pergunto eu, o que fazer? Deixar tudo como está?
Edu,  a "maça estava podre" em 1993, acabou-se com os comandos e 9 anos depois reactivou-se os mesmos. E pouco tempo depois começam as mortes novamente. Ou seja: Extingue-se novamente os comandos para algum tempo depois os reactivar outra vez? E voltarmos às mortes e aos militares hospitalizados novamente? Na minha perspectiva à que apurar de uma vez por todas responsabilidades e se for retirada a conclusão que o mal é geral e não é passível de correcção, extinguir-se mas de uma vez por todas. Agora extinguir e reactivar alguns anos depois, recomeçando tudo novamente não faz sentido, não resolve e "é andar a brincar com  isto tudo", seja instituição ou militares. Aliás soa a varrer a "porcaria para debaixo do tapete" e como a "trampa costuma vir ao de cima" é uma questãod e tempo até voltarem os mesmos problemas. E isso penso que conscientemente é algo que ninguém quer. 
Agora já sabemos onde o mafets foi buscar inspiração  ;D

Citar

O PCP lamenta os acontecimentos ocorridos com a prova de instrução de formação de tropas Comando, da qual resultou 2 mortes e outros instruendos a necessitar de cuidados médicos. O PCP expressa à família dos jovens falecidos as suas condolências e às famílias dos restantes jovens a sua solidariedade.

Para o PCP é fundamental que tudo seja devidamente apurado e as consequências retiradas já que, por mais dura que seja a formação ela tem de ter como limite a segurança dos envolvidos.

Para o PCP o cumprimento das missões constitucionais das Forças Armadas exige militares com diferente preparação militar o que inclui a existência de tropas especiais. Não deverão ser elementos circunstanciais a determinar opções que afectem a organização das Forças Armadas.

Tanta gente que se inspira no Bloco de Esquerda e essa "inspiração" passou ao lado...  ;)
Citar
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, lamentou este sábado a morte de dois militares dos Comandos, advogando que esta força deveria ser extinta porque não responde a uma “necessidade específica” na atual sociedade portuguesa.

“Reconhecer a tragédia exige extinguir o batalhão de Comandos”, sublinhou Catarina Martins, que falava em conferência de imprensa no final de uma reunião da Mesa Nacional do Bloco, órgão máximo entre convenções do partido, em Lisboa.

A bloquista lembrou que os Comandos estiveram extintos entre 1993 e 2002, tendo sido reativados quando Paulo Portas foi ministro da Defesa.

“Em 1993 acabou-se com o regimento de Comandos. E bem”, sustentou a coordenadora do BE, que acrescentou que esta força “não responde a uma necessidade específica hoje” na democracia portuguesa e tem sido permanentemente marcada “pela tragédia”.

“É necessário que, reconhecendo a tragédia, se acabe com o batalhão de Comandos, que não devia ter sido reativado em 2002”, insistiu.

http://expresso.sapo.pt/politica/2016-09-10-Bloco-de-Esquerda-exige-extincao-dos-comandos
   
E em relação a agora os militares não precisarem de tanta forma física pois anda tudo de helicóptero só digo duas coisas.

1 - Onde estão os nossos helicópteros?

2 - Nem sempre tudo corre conforme o plano, em 1982 na guerra das Falkland, os britânicos desembarcaram as suas forças no lado oposto da ilha e pretendiam movimentar essas forças de helicóptero, tiveram azar pois os argentinos deram cabo do navio que transportava a maioria deles, muitos Royal Marines e Para-quedistas tiveram que atravessar a ilha à pata, 90km, em ambiente gelado, com o seu material todo, e depois ainda entrar em combate.




Boa comparação. Mas existe quem não goste porque acha que a realidade dos outros é diferente da nossa, ou não serve cá para o burgo. Se calhar usava-se o nosso drone anfíbio, reactivavam-se os Puma que até faziam de "Mi24 estilo Rambo" , deixando tropas e fustigando as unidades inimigas...  ;D :D


Saudações  ;D :D


« Última modificação: Setembro 14, 2016, 10:08:52 am por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3216 em: Setembro 14, 2016, 02:59:21 pm »



O papel na história militar portuguesa dos Comandos ninguém lhes tira, mas chegou a hora de fechar portas, já foi muito discutido esse assunto neste fórum. A um país tão pequeno quanto nosso, não justifica ter tantas quintas especiais.

O papel na história militar portuguesa dos fuzileiros ninguém lhes tira, mas chegou a hora de reformar esse corpo da marinha e acabar com essa coisa de batalhões de fuzileiros porque para um pais com a nossa dimensão e dificuldades de recursos não se justifica este tipo de unidades. Mantenham-se quanto muito o Destacamento de Acções Especiais da marinha, ou em nome de uma boa gestão de recursos, funda-se o DAE com o CTOE e crie-se uma unidade única de operações especiais sob a alçada directa do CEMGFA.

O Core business da marinha é navios não é batalhões de infantaria. :-)

É só uma opinião.  8)  :G-beer2:

Eu sei que é uma mera provocação sem malicia e que não pensa assim, MAS, por acaso o Corpo de Fuzileiros já fez esse trabalho e já não existe Batalhões, apenas as três Forças de Fuzileiros que fazem de tudo um pouco.

http://warriors.pt/wp-content/uploads/2016/05/Revista-Warriors-n%C2%BA14-Reest-FUZ.pdf

 :nice:

Meu caro, estou ciente que a minha "opinião" tem pouco fundamentado e encerra alguma ignorância.  Qual é a novidade que introduzi? :G-beer2:
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3217 em: Setembro 14, 2016, 04:06:55 pm »
Seria interessante em saber há quantos dias os instruendos andavam sem beber uma gota de água! e mais não digo
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3218 em: Setembro 14, 2016, 04:37:16 pm »
Seria interessante em saber há quantos dias os instruendos andavam sem beber uma gota de água! e mais não digo
Salvo erro, os instruendos estavam no 2º dia do curso de comandos. Portanto, no limite, andavam sem beber uma gota de água fazia menos de 24 horas. De facto é um mistério como um homem jovem e (supostamente) saudável morre com falência hepática ao 2º dia de um curso de comandos, por mais brutal que este seja fisicamente. Aguardemos os resultados do(s) inquérito(s).  ::)
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3219 em: Setembro 14, 2016, 05:11:45 pm »
Eu sei que é uma mera provocação sem malicia e que não pensa assim, MAS, por acaso o Corpo de Fuzileiros já fez esse trabalho e já não existe Batalhões, apenas as três Forças de Fuzileiros que fazem de tudo um pouco.

Cabeça de Martelo eu percebo o que queres dizer, mas estás errado pois ainda existem o BF1 e BF2, a organização destes é que mudou ;D.

 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3220 em: Setembro 14, 2016, 06:08:10 pm »
Seria interessante em saber há quantos dias os instruendos andavam sem beber uma gota de água! e mais não digo
Salvo erro, os instruendos estavam no 2º dia do curso de comandos. Portanto, no limite, andavam sem beber uma gota de água fazia menos de 24 horas. De facto é um mistério como um homem jovem e (supostamente) saudável morre com falência hepática ao 2º dia de um curso de comandos, por mais brutal que este seja fisicamente. Aguardemos os resultados do(s) inquérito(s).  ::)

Pelo que me disseram eles já estavam à três dias sem beber água e que a morte se deveu ao facto de os rins terem deixado de funcionar devido à falta de água.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3221 em: Setembro 14, 2016, 06:36:59 pm »
 

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« Responder #3222 em: Setembro 14, 2016, 07:58:44 pm »
Seria interessante em saber há quantos dias os instruendos andavam sem beber uma gota de água! e mais não digo
Salvo erro, os instruendos estavam no 2º dia do curso de comandos. Portanto, no limite, andavam sem beber uma gota de água fazia menos de 24 horas. De facto é um mistério como um homem jovem e (supostamente) saudável morre com falência hepática ao 2º dia de um curso de comandos, por mais brutal que este seja fisicamente. Aguardemos os resultados do(s) inquérito(s).  ::)

Pelo que me disseram eles já estavam à três dias sem beber água e que a morte se deveu ao facto de os rins terem deixado de funcionar devido à falta de água.
Vale o que vale.
http://sol.sapo.pt/artigo/523206/comandos-curso-arrancou-sabado-militar-morreu-domingo

"O curso iniciou-se no sábado, dia 3 de setembro, no centro de Comandos da Carregueira. Esse dia foi reservado a tarefas administrativas como o preenchimento de fichas”. Sábado foi, portanto, o dia zero do batalhão. “No sábado à tarde os militares tiveram alguma instrução de nivelamento de sinais de combate, para relembrar algumas coisas, e à meia noite saíram nas viaturas para Alcochete”, explicou ao i o porta-voz do Exército. Nessa noite, os 67 militares aspirantes a Comandos dormiram já na base de Alcochete e iniciaram os treinos na manhã seguinte, por volta das 7h30. "

A ser verdade o que refere o porta-voz do exército, é difícil os instruendos estarem há 3 dias sem água. Entre o inicio dos treinos (07h30m) e o momento em que é detectada a situação do Furriel Hugo Abreu (cerca das 16h.), decorreram cerca de 8 horas.
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« Responder #3223 em: Setembro 14, 2016, 11:09:22 pm »
Acabem com os Royal Marines? o SAS? as Forças Armadas Britânicas? 131 mortos em instrução nos últimos 15 anos.

http://www.westernmorningnews.co.uk/royal-marines-died-training-mod-figures-reveal/story-28510060-detail/story.html

O que é de realçar é que isto acontece noutros países, e também por "golpe de calor".

soldado do exercito britanico morre em treino no dia mais quente do ano
https://www.rt.com/uk/352222-soldier-dies-hottest-day/

Em 2013 três soldados SAS também morreram na mesma zona de treinos por golpe de calor
http://www.theguardian.com/uk-news/ng-interactive/2015/jul/14/sas-brecon-beacons-march-army-reservists

Eu li os textos das ligações a a conclusão que cheguei não tem nada a ver com o que dá a entender a sua mensagem. É que nas mortes em treino eles incluem tudo. Desde acidentes de viação a acidente com explosivos ou em tiro de combate, etc, etc.  Assim sendo, no caso especifico dos Fuzileiros, a coisa sobe logo de 1 (morte durante a execução da pista de lodo em 94), para bem mais de uma dezena (só num treino de desembarque em costa aberta foram 2 mortos mais uma série de feridos graves).

Para mais, existe uma enorme diferença entre o treino dado em forças de um nível superior (SAS, RMC, SBS, SEALS, etc), onde os militares já têm de ter um X de anos de serviço operacional e recomendações nesse sentido e um exemplo em Portugal é (era?) o DAE onde a malta era convidada a concorrer pelos operacionais do destacamento após se terem destacado a nível operacional nas diversas unidades de Fuzileiros (havia malta que concorria sem ter sido convidada e rapidamente era desconvidada  :D ) e cujos patamares de exigência e risco para os candidatos é de conhecimento geral, sendo que especialmente em instrução em meio aquático, o risco de acidentes graves ou morte sobe exponencialmente (a malta ainda não vem equipada com guelras de nascença)

Geralmente, nessas forças, o treino dado, associado ao risco exponencial de a coisa dar jorda, traz ao militares uma série de valências únicas, que os diferenciam decisivamente das forças de elite consideradas "normais" e essas valências (mergulho de combate, inserção HALO/HAHO, etc) são consideradas como um factor que compensa o risco assumido.

O que eu continuo à espera (e pelo que vejo se calhar é melhor esperar sentado) é que alguém do responsável do Exercito explique que valências tão especiais recebem os intruendos Comando, em relação aos instruendos Páras, Fuzos ou Rangers, que justifique o que se passou por lá e que não se vê acontecer nas outras 3 forças de elite (nem das da GNR e PSP).

 
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3224 em: Setembro 15, 2016, 12:25:15 am »
Eu li os textos das ligações a a conclusão que cheguei não tem nada a ver com o que dá a entender a sua mensagem. É que nas mortes em treino eles incluem tudo. Desde acidentes de viação a acidente com explosivos ou em tiro de combate, etc, etc.  Assim sendo, no caso especifico dos Fuzileiros, a coisa sobe logo de 1 (morte durante a execução da pista de lodo em 94), para bem mais de uma dezena (só num treino de desembarque em costa aberta foram 2 mortos mais uma série de feridos graves).

É verdade, não são mortes só durante os cursos, mas eu coloquei esse link para mostrar que até o muito profissional exército britânico tem muitas mortes e continua a ter regularmente, não é algo que acontece a cada 10 anos.

Os dois links de baixo parecem-me casos em tudo idênticos ao dos Comandos, o golpe de calor.

Citar
Para mais, existe uma enorme diferença entre o treino dado em forças de um nível superior (SAS, RMC, SBS, SEALS, etc), onde os militares já têm de ter um X de anos de serviço operacional e recomendações nesse sentido e um exemplo em Portugal é (era?) o DAE onde a malta era convidada a concorrer pelos operacionais do destacamento após se terem destacado a nível operacional nas diversas unidades de Fuzileiros (havia malta que concorria sem ter sido convidada e rapidamente era desconvidada  :D ) e cujos patamares de exigência e risco para os candidatos é de conhecimento geral, sendo que especialmente em instrução em meio aquático, o risco de acidentes graves ou morte sobe exponencialmente (a malta ainda não vem equipada com guelras de nascença)

Penso que os Seals e Royal Marines aceitam pessoal directamente de civil, mas não é isso que está aqui em causa.

Citar
Geralmente, nessas forças, o treino dado, associado ao risco exponencial de a coisa dar jorda, traz ao militares uma série de valências únicas, que os diferenciam decisivamente das forças de elite consideradas "normais" e essas valências (mergulho de combate, inserção HALO/HAHO, etc) são consideradas como um factor que compensa o risco assumido.

O que eu continuo à espera (e pelo que vejo se calhar é melhor esperar sentado) é que alguém do responsável do Exercito explique que valências tão especiais recebem os intruendos Comando, em relação aos instruendos Páras, Fuzos ou Rangers, que justifique o que se passou por lá e que não se vê acontecer nas outras 3 forças de elite (nem das da GNR e PSP).

Não sei responder a isso, não sou Comando, se podiam fazer um curso com menos baixas e que no fim o resultado fosse o mesmo, se calhar podiam.