Fragatas antiaéreas para Portugal: Qual a escolha certa?

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Tiger22

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Fragatas antiaéreas para Portugal: Qual a escolha certa?
« em: Fevereiro 14, 2005, 04:54:05 pm »
Este é um tema que mais tarde ou mais cedo se colocará. Quando as OHP chegarem perto do fim da sua vida útil, Portugal terá de escolher 2 ou 3 novas fragatas antiaéreas capazes e modernas.

Qual seria a vossa escolha? A minha recairia nas holandesas DE ZEVEN PROVINCIEN ou então nos navios americanos ARLEIGH BURKE que não podendo ser considerados fragatas e dado que na altura poderiam ser cedidos (comprados) a US NAVY em segunda mão, seriam a meu ver um óptima escolha para a Marinha Portuguesa.

Deixo de fora as espanholas F-100 por obvias razões estratégicas.

Espero as vossas opiniões.


DE ZEVEN PROVINCIEN CLASS


ARLEIGH BURKE CLASS (AEGIS)


HORIZON CLASS ANTI-AIR WARFARE FRIGATES, FRANCE/ITALY


SACHSEN CLASS

http://www.naval-technology.com/projects/#Destroyers_and_Frigates
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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emarques

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Re: Fragatas antiaéreas para Portugal: Qual a escolha certa?
« Responder #1 em: Fevereiro 14, 2005, 05:33:49 pm »
Citação de: "Tiger22"
Qual seria a vossa escolha? A minha recairia nas holandesas DE ZEVEN PROVINCIEN ou então nos navios americanos ARLEIGH BURKE que não podendo ser considerados fragatas e dado que na altura poderiam ser cedidos (comprados) a US NAVY em segunda mão, seriam a meu ver um óptima escolha para a Marinha Portuguesa.

Deixo de fora as espanholas F-100 por obvias razões estratégicas.


Os Arleigh Burke devem ter custos de operação bastante mais altos que os outros navios, não? São bastante grandes, a tripulação é bastante maior que a dos outros...

Já agora, que óbvias razões estratégicas?
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Miguel

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« Responder #2 em: Fevereiro 14, 2005, 07:04:38 pm »
Este tipo de unidade naval, é utilizado para escolta de meios tipo Porta Aviões, portanto Portugal não deve investir neste tipo de armamento que envolveria uma grande fatia do nosso orçamento da defesa, acho que seria mais evidente dentro do prazo 2020 adquirir 6 Unidades Polivalentes e mais ligeiras para substituir as VdG e OHP.

No nosso caso devemos apostar unicamente em meios de escolta (6) e submarinos(3).
 

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emarques

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« Responder #3 em: Fevereiro 14, 2005, 07:39:40 pm »
Porta-aviões... e "navios polivalentes logísticos". :P Uma boa defesa aérea na área em que o NAVPOL esteja a realizar uma operação também é importante. Essa operação estaria bastante exposta a ataques aéreos, e a presença de uma fragata AA ainda seria mais importante se a operação fosse de envergadura suficiente para que estivessem na área navios de transporte sem grande capacidade de auto-defesa.

As VdG também não são assim tão "polivalentes", o desenho é bastante orientado à guerra anti-submarina. Claro que o ideal seria que todos os navios fossem bastante polivalentes, só que navios com essa capacidade seriam bastante caros de comprar e manter.
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Miguel

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« Responder #4 em: Fevereiro 14, 2005, 07:58:34 pm »
Citação de: "emarques"
Porta-aviões... e "navios polivalentes logísticos". :P Uma boa defesa aérea na área em que o NAVPOL esteja a realizar uma operação também é importante. Essa operação estaria bastante exposta a ataques aéreos, e a presença de uma fragata AA ainda seria mais importante se a operação fosse de envergadura suficiente para que estivessem na área navios de transporte sem grande capacidade de auto-defesa.

As VdG também não são assim tão "polivalentes", o desenho é bastante orientado à guerra anti-submarina. Claro que o ideal seria que todos os navios fossem bastante polivalentes, só que navios com essa capacidade seriam bastante caros de comprar e manter.


Caro companheiro:

o nosso futuro NAVPOL so pode ser utilizado em situações de Alta-Média Intensidade com o apoio de outras marinhas poderosas....

Utilizar o futuro NAVOL mesmo com 2 ou 4 Fragatas AA com ameaças de ataques aéreos seria suicidario, qualquer operação anfibia tém que ter uma cobertura aérea por isso tem que haver PAviões.....
E mesmo assim pode haver baixas , ver exemplo das Malvinas o LSD Sir Galahad que fui atingido por um Exocet e aqueles soldados quem em poucos minutos ficaram totalmente perdidos, portanto o RU tinha Porta Aviões e Destroiers AA etc...

Caro emarques o nosso Futuro NAVPOL será apenas utilizado em situações de baixa intensidade tipo Africa ou apoio a populações ou em cooperações com outras marinhas!
 

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Spectral

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« Responder #5 em: Fevereiro 14, 2005, 08:21:50 pm »
O miguel tem uma certa razão no que diz...

Uma fragata moderna multifunções equipada com ESSM/Aster 15 e um radar como o APAR/Spy-1 é um elemento de defesa aérea formidável, sendo o único problema o alcance, que não passa dos 40, 50km para alvos a grande altitude. Para alvos "sea-skimmer", o maior alcance do SM-2/Aster 30 ( que é a verdadeira razão de ser das fragatas como a LCF) é anulado, devido à curvatura da Terra. Com uma boa defesa intermédia (mais de ponto com os RAM) nos navios da esquadra  a situação resolvia-se. Não poderíamos "dominar" o ar a médias/altas altitudes, mas caso fosse preciso não acredito que estivéssemos sozinhos...

(Ainda) sou a favor das fragatas anti-aérea, mas cada vez mais penso se uma frota única de 5-6 navios multirole com uma boa capacidade de defesa aérea ( as F-310 Nansen por exemplo), não seria uma solução mais atractiva, substituindo também as VdG.

Dava-se igualmente capacidade de ESSM ao NPL et voilá.

Não sei não...
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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emarques

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« Responder #6 em: Fevereiro 14, 2005, 09:08:07 pm »
Citação de: "Miguel"
caro companheiro

o nosso futuro NAVPOL so pode ser utilizado em situações de Alta-Média Intensidade com o apoio de outras marinhas poderosas....

Utilizar o futuro NAVOL mesmo com 2 ou 4 Fragatas AA com ameaças de ataques aéreas seria suicidario, qualquer operação anfibia tém que ter uma cobertura aérea por isso tem que haver PAviões.....


Não é completamente verdade que seja essencial um PA para existir cobertura aérea. Essa pode ser baseada em terra. :)

Bolas, tinha conseguido espetar aqui 4 vezes a mesma mensagem. Estava-me a dar um erro qualquer, e pensei que não estivesse a funcionar.
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Miguel

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« Responder #7 em: Fevereiro 14, 2005, 10:06:40 pm »
:rir:

PS: tudo bém emarques :G-Ok:
 

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emarques

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« Responder #8 em: Fevereiro 14, 2005, 10:52:49 pm »
Então diga lá Miguel, qual deveria ser a FUFRAPOL (Futura Fragata Polivalente) ;) da Marinha Portuguesa?
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dremanu

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« Responder #9 em: Fevereiro 15, 2005, 03:59:43 pm »
A minha escolha recai sobre uma fragata que seja fábricada em Portugal.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Miguel

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« Responder #10 em: Fevereiro 15, 2005, 05:47:21 pm »
Citação de: "emarques"
Então diga lá Miguel, qual deveria ser a FUFRAPOL (Futura Fragata Polivalente) ;) da Marinha Portuguesa?


Caros amigos:

Dentro de alguns anos vamos ver os NPO em operações no Atlantico, eu acredito que podemos desenvolver uma "Fragata Made In Portugal", apenas os sistemas de armas seriam importados.
Dentro dessa optica existe a possibilidade de nos juntarmos a Espanha para fazer um modelo conjunto, porque por essa altura a Armada Espanhola deve substituir as suas OHP em numero de 6.
Caso contrario a minha escolha seria em comprar Fragatas Polivalentes tipo LA FAYETTE ou outra em França ou na Alemanha.

Mas repito temos que estar, atentos ao comportamento dos nossos NPO, porque poder-se-a eventualmente fazer a partir desse desenho umas boas Fragatas.
 

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papatango

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« Responder #11 em: Fevereiro 16, 2005, 11:06:01 am »
A possibilidade de não termos necessidade de navios de defesa anti-aérea, é uma possibilidade que vale algum estudo.

Confesso que não tenho opinião formada, embora assim de cabeça, também possa dizer que, a não existência de um navio com essas capacidades, tornará definitivamente a marinha portuguesa numa marinha secundária, uma especie de Guarda Costeira.

Os navios, valem, não só pela capacidade militar que têm, mas também pelas implicações tácticas e estratégicas que decorrem da sua posse.

Ou seja:
Nos durante todos estes anos, tinhamos passado sem grande parte dos navios da marinha, mas o facto de os termos, permitiu a  Portugal, assumir posições a nível internacional, que de outra forma não poderia ter tomado.

Lembro o caso da Guiné-Bissau, ou de Timor.

É uma questão que merece um artigo bem pensado, e uma análise das capacidades dos misseis e radares dos vários navios para depois colocar tudo nos pratos da balança.

= = =

Relativamente ao NPO-2000

Pode fazer-se uma fragata ligeira, ou uma corveta, capaz, mas nunca uma fragata.

Num extremo, poderiamos mesmo considerar que a marinha portuguesa se poderia resumir a três contra-torpedeiros, substituindo as Vasco da Gama por corvetas.

As unidades da marinha ficariam assim, dentro de 15 anos:

3 contra-torpedeiros
6 corvetas NPO
8 patrulhas NPO
2 patrulhas NCP


É uma questão interessante.

Cumprimentos


Quando falo nestes tipos de navios, estou a referir-me a:


http://www.areamilitar.net/marinha/Contratorpedeiro_AEGIS.asp?tp=FUT&rm=Marinha&pa=Portugal


http://www.areamilitar.net/marinha/npo2004.asp?tp=FUT&rm=Marinha&pa=Portugal
« Última modificação: Fevereiro 17, 2005, 08:58:18 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #12 em: Fevereiro 16, 2005, 09:14:37 pm »
Agrada-me essa ideia dos contratorpedeiros, PT. Provavelmente as economias de escala seriam maiores assim como a eficiência e força.
Os NPO acorvetados seriam multiplicadores de força (com capacidade de lançarem mísseis mesmo que não os carreguem em tempo de paz).
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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NotePad

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« Responder #13 em: Fevereiro 16, 2005, 09:19:15 pm »
Por que raio temos de comprar sempre as coisas que ja ninguem as usa? Espero bem que quando tivermos de substituir as vdg e ohp ja estejamos a construir as nossas proprias fragatas stealth! 8ou pelo menos a desenha-las)
 

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Miguel

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« Responder #14 em: Fevereiro 16, 2005, 09:23:34 pm »
Caros amigos e PapaTango:

Na minha visão eu acredito que seria suficiente ter por volta de 2020:

3 Fragatas topo de gama(esse tipo que vc mostra com AEGIS)
3 Submarinos.

12 Corvetas NPO/NCP com peça de 76 ou 40 , heli e capacidade de transporte de um pequeno grupo de fuzileiros.


Um pequeno exemplo 1 Fragata dessas de 6000t faria aquilo que é preciso 2 VDG ou OHP.