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Economia => Mundo => Tópico iniciado por: Cabeça de Martelo em Novembro 18, 2016, 02:51:52 pm

Título: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 18, 2016, 02:51:52 pm
Italexit? Referendo pode colocar a Europa (de novo) em risco

A subida das intenções de voto que dizem “não” ao referendo italiano sobre alterações constitucionais pode levar à ascensão do partido anti-Europa do comediante Beppe Grillo, tornando cada vez mais provável o ‘Italexit’.

No próximo dia 4, a Itália vai a votos para referendar a proposta do Governo de Matteo Renzi, que pretende acabar com o equilíbrio de poderes entre o Congresso de Deputados e o Senado. No caso de a proposta fracassar, o Movimento Cinco Estrelas pode vir a ascender junto do eleitorado, gerando um terramoto político que colocará a economia da zona euro em risco.

Depois do ‘Brexit’, o ‘Italexit’ tem conquistado popularidade nas últimas semanas. Numa Europa que ainda está a digerir o trauma do referendo que deu vitória ao ‘Brexit’ e as presidenciais norte-americanas que colocaram Donald Trump como novo inquilino da Casa Branca, há já quem preveja que o referendo das próximas semanas possa lançar a Itália num pântano político.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, quer resolver nas urnas a ingovernabilidade crónica de Itália, propondo a diminuição do peso do Senado, de 315 assentos para 100, impossibilitando assim que este órgão governativo vete orçamentos públicos e derrube executivos através da aprovação de moções de censura.

O sistema bicamarário atual foi introduzido logo após a Segunda Guerra Mundial, para garantir que o surgimento de um novo ditador como Benito Mussolini seria travado. Contudo, este sistema político conduziu a que a aprovação de uma proposta de lei ou a sua moção demorasse anos a ser feita, levando à transição interminável das propostas do Senado para o Congresso (e vice-versa), o que dificulta a implementação de reformas em várias áreas importantes para a política económica. Com isto, em 70 anos, a Itália viu nascer 63 governos desde da Implantação da República em 1946.

Inicialmente as sondagens davam vitória às alterações constitucionais propostas de Renzi, que ameaçou demitir-se no caso de estas não virem a ser aprovadas pelos eleitores, mas nas últimas semanas as intenções de voto parecem estar a inverter o sentido e o número de indecisos mantém-se ainda elevado.

O Nobel da Economia, Joseph Stiglitz já se pronunciou sobre o caso dizendo que a Europa está a caminhar para um “evento catastrófico” e insiste que Renzi deve cancelar o referendo para evitar que este assuma proporções incontroláveis, como o que está ainda por calcular em relação à saída do Reino Unido da União Europeia, hipótese que foi rapidamente descartada pelo primeiro-ministro italiano.

A situação instável em Itália e a eventual queda por terra da proposta de Renzi ameaça beneficiar o partido anti-Europa do comediante Beppe Grillo, o Movimento Cinco Estrelas, que garante que a prioridade será fazer um referendo em relação à permanência de Itália na zona euro.

A terceira maior economia da Europa tem apresentado um crescimento ligeiro – apenas 0,7% em 2015, cerca de metade do registado em Portugal em igual período – e entre os italianos começasse a apontar o dedo ao euro como causador da situação económica ténue.

No entanto, segundo o editor de economia do Financial Times, Wolfgang Münchau, “uma saída da zona euro por parte de Itália levaria ao colapso total da união monetária num período de tempo muito curto. O que levaria, provavelmente, ao choque económico mais violento da História, maior do que a bancarrota do Lehman Brothers em 2008 e do que o crash de 1929 em Wall Street”. É caso para dizer que a terra pode voltar a tremer em Itália e desta vez pode arrastar consigo toda a comunidade de países pertencentes à união monetária.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/referendo-italia-pode-colocar-europa-novo-sobressalto-89714
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 18, 2016, 02:59:05 pm
Primeiro-ministro francês acha que "é possível" Marine Le Pen ganhar as presidenciais de 2017

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, considerou hoje que "é possível" Marine Le Pen, candidata do partido de extrema-direita Frente Nacional, ganhar as presidenciais de 2017 em França, impulsionada pela vitória de Donald Trump nos EUA.

“É possível”, disse Valls numa conferência economia em Berlim em resposta a uma pergunta sobre se Le Pen tem hipóteses de vencer nas eleições previstas para 07 de maio.

“Todos os estudos de opinião dizem que a candidata Marine Le Pen estará presente na segunda volta. […] Isso que dizer que o equilíbrio da vida política francesa vai mudar completamente”, prosseguiu, alertando para “o perigo que a extrema-direita representa” numa altura em que as atenções estão centradas nas primárias dos partidos de esquerda e de direita.

“Naturalmente não vou misturar tudo: Trump era o candidato de um grande partido, o Partido Republicano, que já dominava o Congresso e vários estados dos Estados Unidos. Mas é o seu discurso e as suas propostas que são preocupantes”, disse o primeiro-ministro francês.

Em 2002 a Frente Nacional conseguiu chegar à segunda volta das presidenciais com o seu então líder, Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, que na primeira volta surpreendeu ao deixar para trás o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin. Na segunda, no entanto, foi derrotado por ampla margem por Jacques Chirac, com 17,8% e 82,2% respetivamente.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/primeiro-ministro-frances-acha-que-e-possivel-marine-le-pen-ganhar-as-presidenciais-de-2017
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 18, 2016, 03:00:28 pm
Valls quer que França e Alemanha evitem "colapso" da União Europeia

O primeiro-ministro francês reconhece que a vitória de Donald Trump nos EUA torna possível que Marine Le Pen, a candidata da extrema-direita em França, possa vir a ser eleita Presidente. E lembra a importância do eixo franco-alemão para o Velho Continente.

A menos que a França e a Alemanha respondam às preocupações dos cidadãos e desenvolvam políticas de crescimento e emprego, a Europa está ameaçada de colapso. O diagnóstico é do primeiro-ministro gaulês, deixado esta quinta-feira, 17 de Novembro, na capital alemã.
"A Europa está em perigo de colapsar. (…) Por isso a Alemanha e a França têm uma grande responsabilidade," afirmou Manuel Valls, citado pela Reuters, durante um evento organizado em Berlim pelo jornal alemão Sueddeutsche Zeitung.

As declarações de Valls surgem pouco mais de uma semana depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que analistas afirmam que poderá vir a ter influências nos actos eleitorais do próximo ano na Europa – quando França e Alemanha vão às urnas, nomeadamente resultando na chegada ao poder de políticos populistas.

No caso de França, a candidata da Frente Nacional Marine Le Pen é vista nas sondagens como podendo vir a ser eleita Presidente – o próprio Valls o reconheceu hoje: "O que mudou no mundo e na Europa desde 8 de Novembro [dia das eleições nos EUA] é que isso é possível."

Já na Alemanha, a crise dos refugiados fez subir nas sondagens e reforçar-se nas eleições regionais o movimento Alternativa para a Alemanha, AfD. Ainda esta quinta-feira, à CNBC, Frank Hansel, um responsável do partido, afirmou que a vitória de Trump pode ajudar a inverter sentimentos anti-americanos na Europa e melhorar a relação entre os dois continentes. "Temos de mudar um pouco o clima em relação aos Estados Unidos na Europa e penso que a eleição de Trump ajuda a tranquilizar a situação," afirmou.

Além das eleições francesa e alemã, existe ainda o risco de um acto eleitoral antecipado na Itália, caso o referendo constitucional marcado para 4 de Dezembro seja desfavorável à reforma proposta pelo Governo. Em caso de queda do Executivo de Matteo Renzi, o movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo prefigura-se como possível vencedor numa segunda volta.

Valls defendeu que a França deve continuar a abrir a sua economia, enquanto a Alemanha e a União Europeia devem estimular o investimento e a criação de emprego. E recordou que o eixo franco-alemão tem feito frente, nos últimos anos, a questões como a crise migratória, o terrorismo ou o Brexit.

Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o primeiro-ministro avisa que uma negociação que dê todas as vantagens a Londres sem os inconvenientes abre a porta para que mais Estados-membros deixem a UE.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/valls-quer-que-franca-e-alemanha-evitem-colapso-da-uniao-europeia
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 19, 2016, 05:46:24 pm
União Europeia substituirá austeridade por estímulos devido a Trump
Jornal Económico

Bruxelas encorajou os parceiros comunitários a aprovar medidas de estímulo de crescimento do PIB europeu, no valor de 50.000 milhões de euros.

A vitória de Donald Trump, vista pela Europa como a vitória do populismo, está a levar a Comissão Europeia a mudar a agulha, e estudar substituir a austeridade por medidas de estimulo à economia.

Mudança de austeridade da UE por estímulos após a vitória de Trump, é publicado hoje no “. O artigo diz que depois de anos de austeridade, a União Europeia prepara-se para consumar uma clara mudança para o campo das políticas expansionistas, com um duplo objetivo: para contrariar os potenciais efeitos negativos sobre o PIB do mais que provável protecionismo norte-americano; e para combater, com o investimento e, se possível redução de impostos, o avanço do populismo, que foi erguido na voz de uma classe média atingida pela crise e que está determinada em votar em políticos que são anti-sistema. Nesse sentido, Bruxelas encorajou os parceiros comunitário a adotar medidas de estímulo do PIB europeu no valor de 50 mil milhões de euros.

Uma das primeiras medidas anunciadas pelo Trump, na campanha após a vitória do último dia 8, foi que vai estimular a economia interna dos EUA com uma injeção de 500 mil milhões de dólares para investir na área de infra-estruturas. Mais típica de um governante socialista do que de um líder de direita, ou mesmo de extrema-direita como apelidaram os media europeus. Essa medida terá um impacto directo no crescimento do PIB dos EUA.

Esse impulso será acompanhado por uma clara aposta nos produtos made in América, o que irá melhorar a posição das empresas no país, mas terá um impacto significativo sobre as exportações do resto do mundo, especialmente os seus parceiros comerciais. E aqui está o problema: entre os principais estão o Reino Unido, mesmo na UE, França, Itália e Espanha.

Não é de admirar, portanto, que o Vice-Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, tenha alertado que a recuperação na Europa vai continuar fraca  – o crescimento económico não vai chegar a 2% este ano ou nos dois próximos – e pode sofrer nova deterioração à mercê de “incertezas” como a política que irá realizar Trump e o seu possível impacto sobre os mercados emergentes.

“Será necessário implementar medidas de estímulo e reformas destinadas a melhorar a competitividade na zona euro”, disse Constâncio num aviso claro à Comissão Europeia e aos países defensores de políticas de austeridade como a Alemanha, a Áustria, a Finlândia e a Holanda, entre outros. Não é nova a mensagem do BCE, que leva mais de um ano de avisos à necessidade de estimular a economia europeia em crise e aumentar os salários para promover o consumo e, em última análise, aumentar a inflação.

O calendário mais populista
Por detrás da mudança de política das instituições europeias não estão apenas razões económicas, mas também políticas. Trump ganhou as eleições norte-americanas, apelando à classe média, a mais afectada pelos efeitos da crise económica. O mesmo tinha sido explicado para a vitória do Brexit no referendo britânico de 23 de junho.

No seio da UE e entre os líderes das principais economias do continente europeu há grande preocupação que tenha sido acendido o pavio anti-sistema com a vitória de Trump. Pois a verdade é que nem a resposta social-democrata à crise, conduzida por Obama; nem a mais ortodoxa, praticado deste lado do Oceano Atlântico têm resultado. Os partidos UKIP, na Inglaterra, a Frente Nacional na França, a AFD na Alemanha; o Movimento 5 Estrelas na Itália, Sryza na Grécia e Podemos em Espanha têm registado um boom de eleitores que poucos acreditavam ser possível há um par de anos. Em Portugal poderia dar-se o exemplo do crescimento do Bloco de Esquerda, hoje um dos que sustentam a maioria parlamentar.

Diz o El Economista que hoje, de fato, os governos de tom populista tomaram o poder na Grécia (o partido de esquerda Syriza) e na Hungria, onde o governa o ultranacionalista Viktor Orban.

Este Dezembro, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, joga a sua sobrevivência política num referendo à reforma constitucional. Se for aprovado, vai mudar a constituição italiana e reformar os poderes do parlamento de duas câmaras, com o senado a perder alguns dos seus poderes para a câmara de deputados, e tornando mais difícil a queda do governo.

 Os apoiantes do referendo defendem que a mudança vai simplificar o processo democrático e a implementação de leis, assim como trazer estabilidade política, enquanto alguns dos seus críticos acreditam que o referendo vai criar um estado mais autoritário e uma maior concentração de poderes.
E é o mês em que a direita radical pode tomar o poder nas eleições na Áustria à boleia da crise aberta pela onda de refugiados.

No próximo ano, a França com Marine Le Pen líder nas sondagens, realiza eleições. E até mesmo a chanceler alemã, Angela Merkel, pode acabar perdendo o poder perante do surgimento da AFD e dos partidos mais à esquerda.

Antes de consumar uma mudança tão radical, as autoridades europeias estão dispostos a tentar reconquistar o apoio da classe média num momento em que a taxa de desemprego na UE continua à beira dos 10 por cento e crescimento económico mal ultrapassa o 1,5%; mas em que o défice abaixo de 3 por cento e da dívida pública abaixo de 90 por cento, parecem estar controlados.

O medo de um tsunami populista nas eleições do próximo ano na França, Alemanha e Holanda levou a Comissão Europeia a anunciar o fim da austeridade. A prová-lo está a disponibilidade para apoiar estímulos fiscais que cada vez mais vozes recomendam à Europa.

Bruxelas propôs pela primeira vez na última quarta-feira uma orientação orçamental expansionista de 0,5 por cento do PIB em 2017 para o conjunto da zona euro (50.000 milhões de euros). No entanto, o fato é que o impulso será significativamente menor, uma vez que a instituição presidida por Jean Claude Juncker espera que a área do euro mantenha uma posição fiscal positiva de cerca de 0,2 por cento no próximo ano, sem qualquer medida adicional.

Este passo tímido é mais simbólico que  outra coisa, uma vez que o renascimento da política fiscal expansionista é agora limitado pela necessidade de não aumentar a dívida; a falta de uma almofada Europeia para este estímulo adicional; e a oposição da Alemanha, o único com o espaço fiscal necessário para liderar essa mudança.

No entanto,  mesmo o mais ferrenho da ortodoxia orçamental pode encontrar obstáculos sérios na hora de defender a sua posição. O ministro alemão adjunto estrangeiro, o social-democrata Sigmar Gabriel, já apelou publicamente “o fim da austeridade na Europa o mais rapidamente possível”, perante o silêncio de Angela Merkel e do seu poderoso ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.

Nos Estados Unidos são esperadas subidas dos juros pela Fed já em Dezembro, e os analistas acreditam que é uma questão de tempo até que o contágio chegue à Europa, isto apesar do prolongamento do programa de estímulos anunciados pelo BCE esta semana.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/uniao-europeia-substitui-austeridade-estimulos-da-vitoria-trump-91493
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 06, 2016, 01:20:32 pm
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Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 06, 2016, 04:03:45 pm
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Eu vejo 2 países que fazem muita mais força para acabarem de vez com a UE, em vez desses 4. Os EUA e a Rússia fazem tudo ao seu alcance para destruírem a UE e passarem a negociar com cada um dos pigmeus que resulta de uma possível implosão da UE, com claras vantagens para cada um dos 2!!!!!!

Mas também estou curioso para ver a reacção dos outros blocos a notícias recentes de ameaças do Trump a qualquer empresa que saia de solo americano!!!!!!!! A China já deve estar preocupada! Se calhar, se calhar, cai mais depressa a OMC que a UE..........
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: mafets em Dezembro 07, 2016, 10:01:23 am
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Eu vejo 2 países que fazem muita mais força para acabarem de vez com a UE, em vez desses 4. Os EUA e a Rússia fazem tudo ao seu alcance para destruírem a UE e passarem a negociar com cada um dos pigmeus que resulta de uma possível implosão da UE, com claras vantagens para cada um dos 2!!!!!!

Mas também estou curioso para ver a reacção dos outros blocos a notícias recentes de ameaças do Trump a qualquer empresa que saia de solo americano!!!!!!!! A China já deve estar preocupada! Se calhar, se calhar, cai mais depressa a OMC que a UE..........
Lá fazer fazem, mas o harakiri não começa em Bruxelas? O resto só tem de aproveitar (as imagens são explicitas)...  ;D ;)
(https://nytsyn-production.s3.amazonaws.com/photos/0076/0689/760689_525_350_w.jpg)
(https://latuffcartoons.files.wordpress.com/2014/06/ukraine-signed-an-economic-trade-pact-with-the-european-union.gif)
(https://latuffcartoons.files.wordpress.com/2015/10/usa-european-union-syria-refugees-war-operamundi.gif)
(https://nytsyn-production.s3.amazonaws.com/photos/0114/7563/1147563_525_350_w.jpg)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.toonpool.com%2Fuser%2F82858%2Ffiles%2Feuropean_union_1982815.jpg&hash=939c07f2227826cae8c0ab6235db1fbe)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcitizenship.typepad.com%2F.a%2F6a00d8341cb34753ef01b8d1a295fe970c-500wi&hash=749666b015c6bc410b6d61212565d74b)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.toonpool.com%2Fuser%2F20106%2Ffiles%2Feu-2_1963665.jpg&hash=9ec18a677433a538c09efc0797c055ee)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fg8fip1kplyr33r3krz5b97d1.wpengine.netdna-cdn.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F02%2FBrexit-Grexit-EU-Cartoon.jpg&hash=53856e73ddd72f703f54724d2b609663)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.europarl.europa.eu%2Fresources%2Flibrary%2Fimages%2F20140623PHT50202%2F20140623PHT50202_original.jpg%3Fepbox%255Breference%255D%3D20140619AVI50014&hash=ec447ed7eb32bd0926752468299712b6)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcdn.static-economist.com%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fimages%2Fprint-edition%2F20140628_EUD000_0.jpg&hash=e54582a865df2f0b05e38b8142789c16)

Saudações
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 07, 2016, 11:14:55 am
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

No nosso caso melhoramos imenso as nossas infraestruturas, legislação (o parlamento nacional já só legisla 30% das leis que temos), uniformidade de tratamento entre membros, movimentação de pessoas como se estivéssemos no nosso país, investimento da investigação, enriquecimento cultural com a mobilidade de alunos, professores, profissionais de outras áreas, etc.....

Mas de facto a UE dá muitos tiros nos pés, não é perfeita (ninguém é), mas não tenho nenhuma dúvida que é o melhor possível que podemos ter. Mesmo tendo um tratamento diferenciado, eu não consigo imaginar o colapso para nós portugueses se de facto algum dia a UE terminar, até porque vejo em todas as obras por cá, as famosas placas azuis do co-financiamento comunitário para tudo, obras, formação, investigação, I&D nas empresas, incentivos à agricultura e até em investimentos militares!!!!!

O que faz falta é a existência de políticos competentes, estadistas como agora já não existem. Mas eu também acho que os políticos com peso nas decisões não querem por nada acabar com a UE. A Alemanha é áspera..... mas a Merkl não é burra e não vê nenhum interesse em acabar com a UE, mesmo sendo a maior contribuinte líquida para a UE, a sua economia depende em grande medida da UE (e a Merkl sabe isso, caso contrário já tinham tomado a liberdade de saír da UE). Nós por cá, mesmo com políticos medíocres, não me parece que o PS, PSD ou CDS aceitem abandonar a UE, por isso......

Ou vai haver mais integração dos que ficarem ou pode de facto haver a desintegração. Eu acho que para o bem e o mal vai haver mais integração (vimos isso com os bancos, o BCE e bem exigiu a coordenação dos maiores bancos, porque percebeu que nenhum país consegue controlar verdadeiramente 1 banco grande que opera pelo mundo inteiro..... basta um BPN qualquer esconder dívidas monstruosas numa qualquer delegação de um paraíso fiscal qualquer e ficam a olhar........

Aliás, julgo até que se o Trump colocar em causa a continuidade da NATO, poderá ser a oportunidade de ouro para uma natural e óbvia criação de umas forças armadas europeias (o Reino Unido que se opunham, até já saltaram fora :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: mafets em Dezembro 07, 2016, 11:31:52 am
Não sei se a Merkle não é Burra. Aliás, actualmente o maior problema da UE é a incompetência e a Burrice dos actuais lideres (e não a sua génese, independentemente dos problemas de execução).  ;)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbritishdemocraticparty.org%2Fwp-content%2Fuploads%2F2015%2F11%2FMerkle-Germany.jpg&hash=600e5f57ea4c466b3c7a0e51c7a03b9b)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcdn.spectator.co.uk%2Fcontent%2Fuploads%2F2015%2F09%2Fcover_120915_landscape.jpg&hash=baa9c6f5b6e5c6d60a1e8b975d66024d)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftwt-thumbs.washtimes.com%2Fmedia%2Fimage%2F2015%2F09%2F30%2Fmerkel_zuckerberg_c0-1-640-374_s885x516.jpg%3Fccf705fc71c8a501d1856ac275fc069bae05a0d8&hash=2f30a3cb4c3f9e51ada82e5ef68ec5c0)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cartoonmovement.com%2Fdepot%2Fcartoons%2F2015%2F09%2F14%2Frefugee_mother_merkel__marian_kamensky.jpeg&hash=635c26935e48188fb24d16b3eb2d323b)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.stephaniefiermanmarketingdaily.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F05%2Fmerkle-in-her-unmentionables.jpg&hash=cc575df4c6170c357aedccf6b47f698e)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fmobile.wnd.com%2Ffiles%2F2016%2F04%2FJan-Bo%25CC%2588hmermann.jpg&hash=84d82725f9e4748f07ff21d7f86e098b)

Cumprimentos
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Dezembro 07, 2016, 09:29:47 pm
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

Já para não falar que antes da CEE e UE os países europeus passavam o tempo a matarem-se uns aos outros. Portugueses com espanhóis, alemães com Franceses, franceses com ingleses, ingleses com irlandeses...
A História da Europa é basicamente a História das suas guerras. 
E no entanto muitos dão esta paz como garantida, pois não olham e pensam no passado.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 08, 2016, 11:08:38 am
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

Já para não falar que antes da CEE e UE os países europeus passavam o tempo a matarem-se uns aos outros. Portugueses com espanhóis, alemães com Franceses, franceses com ingleses, ingleses com irlandeses...
A História da Europa é basicamente a História das suas guerras. 
E no entanto muitos dão esta paz como garantida, pois não olham e pensam no passado.

Sim, sem dúvida. Se deixar de haver algo que una os povos europeus, o simples facto de passarem a preocupar-se com o seu umbigo, vai provocar imediatamente e de um dia para o outro novas guerrinhas. Acabando a UE, o espaço shengen, o Euro, como é que resolveriam o problema dos refugiados (que já é um grande problema)? E quanto é que teríamos de pagar pelo petróleo que consumimos sem euros nos bolsos? E a inflação? E as taxas de juro? Eu recordo-me do meu pai comprar um carro em 1984 e ele 1 e 2 anos depois, valia mais usado do que o valor dado em novo!!!!! (graças à enorme inflação!!!!!)

Mas o Mafets tem razão, com tantos políticos inteligentes por essa Europa a fora (só dão ainda mais força a quem quer acabar com a UE e o actual estilo de vida), não vamos a lado nenhum!!!!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 15, 2017, 02:15:32 pm
For the first time in a long time, every EU economy is growing at the same time

(https://qzprod.files.wordpress.com/2017/02/annual_real_gdp_growth_gdp_chartbuilder.png?w=640)

https://qz.com/909088/for-the-first-time-in-a-long-time-every-eu-economy-is-growing-at-the-same-time/
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 10, 2017, 11:05:35 am
Poland reacts with fury to re-election of Donald Tusk

Almost all EU nations back his second term as European council president but Poland’s opposition leaves it isolated in Europe


https://www.theguardian.com/world/2017/mar/09/donald-tusk-re-elected-as-european-council-president-despite-polish-opposition
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 11, 2017, 11:45:28 am
Como pode o euro ser salvo ou desintegrar-se

A Bloomberg analisou os próximos acontecimentos na Europa e os seus potenciais resultados, elaborando os cenários prováveis em cada situação. Vai o euro conseguir sobreviver ou não?

11 de março de 2017 às 09:50

Falar sobre o desintegração da Zona Euro voltou a ser excitante. Com populistas como Marine Le Pen a tentarem abanar o poder estabelecido e a popularidade da moeda única em queda, executivos e investidores, incluindo o presidente executivo do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, dizem que nada pode ser excluído.
 
Contudo, o euro já sobreviveu a uma série de sustos desde a sua criação, em 1999, tendo as elites políticas e económicas revelado disponibilidade para fazerem o que fosse necessário para preservar a moeda única.
 
Olhámos para três cenários que podem conduzir à divisão do euro e para outros três que podem levar a moeda a ultrapassar a onda de populismo ainda mais fortalecida. E pedimos a opinião a especialistas sobre a possibilidade destes cenários acontecerem.

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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcdn.jornaldenegocios.pt%2Fimages%2F2017-03%2FOriginalSize%242017_03_10_09_36_27_305084.jpg&hash=957108c96e803a128e8f4484d06376f0)

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/como-pode-o-euro-ser-salvo-ou-desintegrar-se?ref=HP_cruzados_blocohorizontal_correiodamanha
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 11, 2017, 12:22:28 pm
O mais provável é a Merkl vencer novamente as eleições. Já demonstrou que é de ferro e ainda não vi nada nem ninguém que a vergue, nem mesmo as superpotências.

Depois do Brexit, seja a Merkl ou o Shultz chanceler, nenhum deles vai deixar caír mais nenhum país (nem a Grécia), por muito que custe ao Schouble. Acho que a UE vai saír mais fortalecida, porque o que vai pesar mais na união da UE, não vai ser o Brexit, vai ser sim a Rússia e os EUA, ou mais directamente os presidentes que os lideram que têem como inimigo comum a Europa e vão tentar tudo para a destruírem. Trump porque percebe perfeitamente que há 2 países com superavites gigantescos à custa dos americanos, a China e a Alemanha e Putin quer recuperar o espaço europeu perdido com a queda do muro. A Rússia pode ser uma potência militar, mas a Alemanha é uma superpotência económica muito à frente da Rússia.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: perdadetempo em Março 11, 2017, 06:16:54 pm
O mais provável é a Merkl vencer novamente as eleições. Já demonstrou que é de ferro e ainda não vi nada nem ninguém que a vergue, nem mesmo as superpotências.

Depois do Brexit, seja a Merkl ou o Shultz chanceler, nenhum deles vai deixar caír mais nenhum país (nem a Grécia), por muito que custe ao Schouble. Acho que a UE vai saír mais fortalecida, porque o que vai pesar mais na união da UE, não vai ser o Brexit, vai ser sim a Rússia e os EUA, ou mais directamente os presidentes que os lideram que têem como inimigo comum a Europa e vão tentar tudo para a destruírem. Trump porque percebe perfeitamente que há 2 países com superavites gigantescos à custa dos americanos, a China e a Alemanha e Putin quer recuperar o espaço europeu perdido com a queda do muro. A Rússia pode ser uma potência militar, mas a Alemanha é uma superpotência económica muito à frente da Rússia.

A não esquecer a Holanda que vai ter eleições 14 de Março de 2017, pode pertencer aos "pequenos" mas há um ditado sobre pequenas causas provocarem grandes consequências.

Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2017, 10:17:37 am
"Os alemães querem manter a União Europeia unida", disse Steinmeier


Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Abril 12, 2017, 01:45:21 pm
Que futuro para a União Económica e Monetária? - real economy


Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Vicente de Lisboa em Abril 12, 2017, 02:55:44 pm
Ainda a tinta não estava seca no Tratado de Roma e já se proclamava a morte eminente do projecto.

Entretanto, o choque do Bexit conseguiu criar um movimento popular pró-Europeu (http://www.dn.pt/mundo/interior/todos-os-domingos-eles-saem-a-rua-para-defender-a-uniao-europeia-5734062.html).
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2017, 03:39:48 pm
Macron propõe orçamento comum e ministro europeu das Finanças para a zona euro

O Presidente francês quer garantir para a União Europeia uma voz internacional mais forte. Num discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, esta terça-feira, defendeu também a criação de uma agência europeia de asilo

O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs esta terça-feira um orçamento comum e um ministro das Finanças único para os países do euro, para permitir o investimento em projetos europeus e a estabilidade da zona euro.

Num discurso perante alunos da Universidade de Sorbonne, em Paris, Macron apresentou a sua visão para uma Europa mais forte e mais unida, defendendo também a criação de uma agência europeia de asilo e documentos de identidade comuns para gerir melhor o fluxo de refugiados na União Europeia (UE).

Na zona euro, o Presidente francês afirmou que "o desafio fundamental é reduzir o desemprego, que atinge um em cada cinco jovens" e fazer da eurozona "uma potência económica concorrente da China e dos Estados Unidos".

Para isso, defendeu, "é necessário um orçamento mais forte na zona euro" e "um ministro das Finanças da zona euro", garantia de uma voz internacional mais forte.

O financiamento desse orçamento comum pode ter de vir também dos orçamentos nacionais dos países do euro, por exemplo através dos impostos sobre as empresas.

A Europa deve dotar-se de "instrumentos de solidariedade concreta pela convergência social e fiscal", nomeadamente através dos "impostos sobre as empresas".

Para Macron, os Estados membros da UE devem ser obrigados, "até 2020", "a respeitar um intervalo de impostos sobre as empresas". "O respeito" por essa regra "abriria o direito aos fundos estruturais".

Macron defendeu também uma taxa sobre as transações financeiras na União Europeia (UE), cuja receita seja "integralmente afetada à ajuda" ao desenvolvimento.

"Há dois países na Europa que aplicam uma taxa às transações financeiras", França e o Reino Unido. "Vamos pegar nessa taxa e generalizá-la ao conjunto da Europa", disse.

O Presidente francês defendeu também que os "gigantes" da internet devem pagar impostos mais elevados e a regulação da atividade destas empresas coordenada.
"Acredito profundamente na economia da inovação", mas "temos de ter este debate" sobre como tornar mais justo o pagamento de impostos.

Macron propôs a criação de um mercado único digital e uma agência europeia de inovação para apoiar a investigação em matéria de inteligência artificial.

ALERTA PARA OS PERIGOS DO NACIONALISMO ANTI-IMIGRAÇÃO

Sobre fluxos migratórios, o Presidente francês defendeu que as fronteiras europeias têm de ser controladas e os processos de análise de pedidos de asilo acelerados e harmonizados, para o que é indispensável criar uma agência europeia que decida quantos migrantes podem ser recebidos e onde.

Emmanuel Macron alertou para os perigos do nacionalismo anti-imigração, argumentando que ele contraria os princípios de uma Europa comum nascida da tragédia de duas guerras mundiais.

"Pensámos que o passado não voltaria", disse, uma aparente referência à entrada da extrema-direita no parlamento alemão. Mas este isolacionismo, considerou, ocorre porque os europeus "esqueceram-se de defender a Europa".

Macron propôs também a criação de uma força de intervenção militar comum e a definição de um orçamento europeu de defesa comum.

As Forças Armadas francesas, defendeu, devem abrir-se a militares de outros países da UE, e outros Estados-membros deviam fazer o mesmo, na base do voluntariado.

A defesa da Europa deve também passar por uma agência de informações europeia, que permita tornar mais eficaz o combate ao terrorismo, e uma força de proteção civil partilhada.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2017-09-26-Macron-propoe-orcamento-comum-e-ministro-europeu-das-Financas-para-a-zona-euro
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Outubro 31, 2017, 03:34:50 pm
Problemas à vista? Bloomberg alerta para riscos políticos na Europa
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/problemas-a-vista-bloomberg-alerta-para-riscos-politicos-na-europa-227419

Citar
Mesmo que a confiança económica na área do euro tenha alcançado níveis historicamente altos, uma série de riscos políticos em toda a União Europeia ainda ameaçam minar a frágil recuperação do bloco”, diz a agência Bloomberg num artigo hoje publicado. O artigo, assinado por Viktoria Dendrinou, repórter sediada em Bruxelas, admite que as compras de títulos pelo Banco Central Europeu, o reaquecimento da indústria e o aumento do consumo – em níveis históricos desde o início de 2001 – são dados muito positivos; mas há o outro lado.

Desde logo a fraca performance eleitoral de Angela Merkel na Alemanha – pior que aquilo que se esperava, e que fez com que a chanceler tenha tido inesperados problemas para formar governo – o que de algum modo, diz a Bloomberg, vem equiparar o seu peso político ao de Emmanuel Macron, presidente francês.

As reticências de Bloomberg face a este equilíbrio de forças são difíceis de entender, dado que esse equilíbrio será uma plataforma perfeita de entendimento daquilo que há décadas se chama (e se espera) o eixo Paris-Berlim – que com certeza só funcionará numa ótica de equilíbrio e não de supremacia de uma das partes.

Novas eleições na Itália e a repressão da vontade independentista da Catalunha – problemas na terceira e na quarta maiores economias da zona Euro – são, para a Bloomberg, dois novos focos de problemas, principalmente se se admitir que as eleições são um problema.

A isto, diz o texto, vem juntar-se o acomodamento dos países da União Europeia à política altamente intervencionista do BCE – nomeadamente nas economias mais debilitadas pelos anos de chumbo da crise que começou em 2009. Mas parece estar definitivamente provado que foi precisamente essa política que permitiu a essas economias uma almofada financeira gasta na recuperação da economia – nomeadamente no que tem a ver com o poder de compra e o consumo, mas também com o relançamento da produção e das exportações.

Não sendo eterna – o que se calhar nem era mau – esta política permitiu equilibrar o todo da União; e nem sequer é muito diferente daquilo que faz a autoridade monetária dos Estados Unidos, que, possivelmente de forma menos óbvia para o público, intervém sempre que isso lhe parece necessário para manter equilíbrios monetários. Mesmo que haja sempre quem, como Carsten Nickel, diretor-geral da Teneo Intelligence, citado pelo artigho, ache que “todo o risco político virá a seguir”, quando o BCE tiver que alterar a sua política.

Finalmente o Brexit

Como não podia deixar de ser, o Brexit figura também na lista dos potenciais problemas que se afiguram no horizonte imediato da União Europeia. As negociações permanecem num impasse, recorda o artigo, apesar das promessas da União Europeia e do Reino Unido para acelerar o processo. Já se sabia que as negociações iam ser duras, mas será bom dar algum crédito aos observadores que afirmam que mais vale um bom acordo, mesmo que demorado, que uma saída precipitada, que deixe por resolver todos os problemas.

Na lista da Bloomberg de riscos potenciais estão ainda a deriva extremista de direita de alguns países da Europa, como a Polónia e a Hungria – a que acresce o aumento da prestação dos partidos eurocéticos nos vários atos eleitorais que têm decorrido um pouco por todo o continente; e a imigração – que, segundo o artigo, é uma das principais preocupações dos líderes da União Europeia. Para a Bloomberg, o cenário é negro – se não agora pelo menos no horizonte, mas o que a agência não diz é que, há quatro ou cinco anos atrás era bem mais negro e, na altura, ninguém (Bloomberg incluída) antecipou o bom momento económico que atravessa a União Europeia atualmente.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Outubro 31, 2017, 04:35:14 pm
Problemas à vista? Bloomberg alerta para riscos políticos na Europa

Os americanos sempre previram (desejam) o fim da UE, e no entanto ainda por cá anda. É verdade que o BCE tem ajudado e de que maneira os países mais fracos a ultrapassarem a crise (apesar de haver muitos ingratos que não reconhecem isso), ao comprarem dívida dos países mais fracos para forçar as taxas de juro dos países em crise a descer. Na realidade os americanos devem estar possessos ao não acreditarem como é possível os americanos pagarem dívida pública a 10 anos mais alto que os pés rapados dos portugueses:

https://www.bloomberg.com/quote/USGG10YR:IND (americanos pagam 2,3739% de juros a 10 anos)

https://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND (Portugal paga 2,073% de juros a 10 anos)

O que apetece dizer aos americanos é que embrulhem e aguentem, é a vida :)
E que o Draghi se mantenha por muitos e bons anos no BCE :)

Se é verdade que o BCE está carregado de dívida dos países mais fracos, isso não é nada a comparar com o fardo da FED!!!!!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 06, 2017, 05:42:17 pm
Alemanha está a preparar queda da Europa, segundo cronista do Guardian
Texto completo no link: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/alemanha-esta-a-preparar-queda-da-europa-segundo-cronista-do-guardian-229468
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Foje-50ea.kxcdn.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F12%2Falemanha-925x578.jpg&hash=9800a6b2360d73e47f786b70a26c3cf4)

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A divulgação de um documento secreto do governo alemão com cenários possíveis de conflitos que afetem a Europa é, de acordo com Paul Mason, um sinal da escalada de tensão no sistema global.

O documento de 120 páginas intitulado Perspetiva Estratégica 2040, assinado pelo ministro da Defesa da Alemanha, aponta que a entrada de países da União Europeia (UE) parou e que há Estados a abandonar o bloco (referindo-se ao Brexit). Nota ainda que o ambiente global está mais propenso a conflitos e a menor segurança.

“Os cenários que desenha são assustadoramente realistas: um conflito ente Oriente e Ocidente, no qual alguns dos Estados da UE se juntariam ao lado da Rússia ou a uma Europa ‘multipolar’, em que alguns Estados adotariam o modelo económico e político da Rússia à revelia do Tratado de Lisboa”, explicou o cronista de economia e justiça do Guardian sobre o documento.

Segundo Mason, a simples existência do documento reflete a escalada de tensão no sistema global. No entanto, o autor acredita que não há razões para dramatizar já que a tradição militar alemã é de um rigoroso planeamento logístico para qualquer eventualidade.

Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 07, 2017, 10:38:13 am
Pesquisem o que se passa aos submarinos da Marinha Alemã e depois venham cá falar se acreditam na tal "tradição militar alemã é de um rigoroso planeamento logístico para qualquer eventualidade." ::)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 07, 2017, 11:05:34 am
Pesquisem o que se passa aos submarinos da Marinha Alemã e depois venham cá falar se acreditam na tal "tradição militar alemã é de um rigoroso planeamento logístico para qualquer eventualidade." ::)

Em relação à corrupção que envolve a venda de Submarinos a Israel (Dejá Vu) https://www.haaretz.com/israel-news/LIVE-1.753695, ou à lista de espera que obriga a todos os submarinos a encostarem? http://www.businessinsider.com/ap-germanys-entire-u-boat-fleet-is-out-of-action-2017-10 (será este o motivo).

O planeamento alemão existe e já o comprovei, mas ele existe sobretudo no poder económico (empresas privadas). Nesse aspecto a organização germânica é de facto invejável, já ao nível do estado, não têem essa fama!!!! Será por esse motivo que reformaram o Schauble? :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 07, 2017, 11:29:52 am

 http://www.businessinsider.com/ap-germanys-entire-u-boat-fleet-is-out-of-action-2017-10 (será este o motivo).

O planeamento alemão existe e já o comprovei, mas ele existe sobretudo no poder económico (empresas privadas). Nesse aspecto a organização germânica é de facto invejável, já ao nível do estado, não têem essa fama!!!! Será por esse motivo que reformaram o Schauble? :)

x2
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 07, 2017, 12:48:05 pm
Posso estar errado, mas o fim da EU será um facto. Acho que a EU pouco pode fazer para evitar que a Europa evolucione de uma ordem unipolar para a multipolar.
A EU passou parte da última década defendendo uma ordem europea que já não funciona. O continente europeu é menos estável do que pensávamos e consequentemente, a EU no contesto global é menos influente do que esperavamos. As mudanças dentro do espaço europeu estão ocorrendo em um contexto global em que a Europa como um bloco está perdendo sua centralidade na política internacional.
Depois a EU tem dois problemas, a Rússia, que nunca pareceu favorável aos alargamentos da OTAN ou da EU. Em segundo Lugar a Turquia, frustrada pela visão limitada do futuro com a qual alguns estados membros da EU bloquearam suas negociações de adesão.
Por isso e muito mais contínuo a achar que a EU tem os dias contados. Portugal precisa fazer como os alemães, ter um rigoroso planeamento logístico ( militar ) para qualquer eventualidade no caso, a Espanha.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 07, 2017, 03:22:06 pm
Posso estar errado, mas o fim da EU será um facto. Acho que a EU pouco pode fazer para evitar que a Europa evolucione de uma ordem unipolar para a multipolar.
A EU passou parte da última década defendendo uma ordem europea que já não funciona. O continente europeu é menos estável do que pensávamos e consequentemente, a EU no contesto global é menos influente do que esperavamos. As mudanças dentro do espaço europeu estão ocorrendo em um contexto global em que a Europa como um bloco está perdendo sua centralidade na política internacional.
Depois a EU tem dois problemas, a Rússia, que nunca pareceu favorável aos alargamentos da OTAN ou da EU. Em segundo Lugar a Turquia, frustrada pela visão limitada do futuro com a qual alguns estados membros da EU bloquearam suas negociações de adesão.
Por isso e muito mais contínuo a achar que a EU tem os dias contados. Portugal precisa fazer como os alemães, ter um rigoroso planeamento logístico ( militar ) para qualquer eventualidade no caso, a Espanha.

Discordo!
Aliás há um contra-senso no que afirma, então se a Europa não se afirma mundialmente (devido a existir apenas uma união económica e não a uma verdadeira união ou federação de estados, a nível político, militar,......... etc) e vão partir para a fragmentação? Dessa forma mais irrelevantes se tornam e mais dependentes se tornam das vontades de Russos e americanos!

Quem afirma que a UE vai acabar, são sempre Russos, Americanos, Ingleses e a extrema esquerda e extrema direita europeias (são manipulados ou por Russos ou por americanos), mas a verdade é que ainda continua cá. Eu relembro uma entrevista recente do Tsipras, depois da Grécia bater de frente com a dura realidade (ninguém dá nada a ninguém), ele afirma realisticamente, "saír da Europa para irmos para onde? Para outra Galáxia?" http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/tsipras-diz-que-nunca-quis-sair-da-ue-ia-para-onde-para-outra-galaxia

Para quem diz que a UE vai acabar, eu digo, não fazem a menor ideia da integração e interdependências que já foram criadas entre os países da UE. E veja as dificuldades do Reino Unido ao firmar o Brexit, claramente eles estão arrependidos do Brexit. E repare que o UK até nem sequer tinha o Euro, tinham moeda própria, não tinham de ajudar os países em crise (fizeram-no voluntariamente com Portugal, porque também eram uma parte interessada).

Não tenho dúvidas de que ou vai haver uma maior integração, ou uma separação. Quanto ao facto dos alemães terem um plano para a hipótese de desagregação da UE, não tenha a menor dúvida de que tb têem de certeza um para a eminência de uma nova Guerra Mundial, para a queda dos Estados Unidos.......

Há sem dúvida muitos desafios, mas que na minha opinião, estão a levar a uma maior integração da UE. Se tem dúvidas, veja o que disseram a Merkl e Macron logo depois da eleição de Trump e depois deste menorizar a NATO. Não terá sido por acaso que vieram logo a seguir defender uma necessidade de defesa comum e de alocar verbas para a defesa comum. Disponibilizaram logo 5 mil milhões de euros anuais! É pouco, é...... mas, representa mais de 2 anos do Orçamento de Defesa Português!

Diga-me o seguinte, então a UE não acabou no pico da crise e vai agora acabar depois dos países pagarem uma factura fortíssima para saírem da crise? Não faz sentido.
E acha que o Brexit, Trump e Putin são aspectos que podem levar ao fim da UE? Eu acho exactamente o oposto, leva a uma necessidade de inter-ajuda e defesa comum, até no combate aos incêndios. Você vê algum país da UE a querer saír? As guerras internas que vai ouvir dentro em breve eu considero normais, até porque aproxima-se mais um quadro comunitário de apoios para negociar! Quanto às críticas externas, já à muito que sei que a Rússia e os EUA o que desejam é a destruição da UE. Então o Putin ouvir falar na possibilidade de um exército comum europeu.........

Julgo que todos os países europeus sabem, que a UE nasceu das fraquezas das desuniões dos países europeus, por esse motivo sabem que a desagregação não é positiva e também por esse motivo pode retirar o aspecto óbvio da recusa de apoio da UE aos separatistas Catalães......
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 07, 2017, 06:34:00 pm
Viajante
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Discordo!
Caro Viajante, tem todo o direito de discordar, repare que eu disse posso estar errado, ou seja, é simplesmente a minha opinião e vale o que vale.
Viajante
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Não tenho dúvidas de que ou vai haver uma maior integração, ou uma separação.
Aqui sim há um contra senso no que afirma, eu estou mais para o lado de uma separação. Com os países a seguirem os seus interesses nacionais, com a França e a Alemanha competindo pelas melhores posições e com as principais decisões a serem tomadas em reuniões informais, as divisões dentro da UE estão-se a aprofundar, mais, existe uma UE a duas velocidades, veja a questão dos refugiados e a falta de consenso que existe em alguns países da UE, inclusive, não respeitando as regras, caso da Hungria e Polónia.
Viajante
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Diga-me o seguinte, então a UE não acabou no pico da crise e vai agora acabar depois dos países pagarem uma factura fortíssima para saírem da crise? Não faz sentido.
Na minha modesta opinião, o projeto da UE atravessa um momento difícil, existe na UE o estatuto político degradado de determinados estados membros, quando formalmente todos os estados membros são iguais, Isto é perigoso, depois temos a divisão entre o Norte e o Sul da Europa e todos sabemos o que disse o presidente do Eurogrupo, ou seja, o que eles pensam acerca de nós. Nem os alemães acreditam, se não, não teriam um plano para uma eventual queda da UE, apesar de eu achar, que  só a Alemanha, por várias razões, está interessada em manter a UE unida. Só numa tal UE a Alemanha pode exercer a sua liderança e tirar proveitos reais da situação. A verdade é que a UE é tudo menos UE.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 07, 2017, 07:55:17 pm
Viajante
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Discordo!
Caro Viajante, tem todo o direito de discordar, repare que eu disse posso estar errado, ou seja, é simplesmente a minha opinião e vale o que vale.
Viajante
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Não tenho dúvidas de que ou vai haver uma maior integração, ou uma separação.
Aqui sim há um contra senso no que afirma, eu estou mais para o lado de uma separação. Com os países a seguirem os seus interesses nacionais, com a França e a Alemanha competindo pelas melhores posições e com as principais decisões a serem tomadas em reuniões informais, as divisões dentro da UE estão-se a aprofundar, mais, existe uma UE a duas velocidades, veja a questão dos refugiados e a falta de consenso que existe em alguns países da UE, inclusive, não respeitando as regras, caso da Hungria e Polónia.
Viajante
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Diga-me o seguinte, então a UE não acabou no pico da crise e vai agora acabar depois dos países pagarem uma factura fortíssima para saírem da crise? Não faz sentido.
Na minha modesta opinião, o projeto da UE atravessa um momento difícil, existe na UE o estatuto político degradado de determinados estados membros, quando formalmente todos os estados membros são iguais, Isto é perigoso, depois temos a divisão entre o Norte e o Sul da Europa e todos sabemos o que disse o presidente do Eurogrupo, ou seja, o que eles pensam acerca de nós. Nem os alemães acreditam, se não, não teriam um plano para uma eventual queda da UE, apesar de eu achar, que  só a Alemanha, por várias razões, está interessada em manter a UE unida. Só numa tal UE a Alemanha pode exercer a sua liderança e tirar proveitos reais da situação. A verdade é que a UE é tudo menos UE.

Mas é aí que está o cerne da questão. Eu não defendo esta geringonça que nos governo, muito pelo contrário, defendo que um país só com uma iniciativa privada muito forte, é que um país consegue enriquecer (não tenho absolutamente nenhum problema em eleger o lucro como objectivo principal de uma empresa, até porque é a minha área :)
Mas o que eu acho que falta na UE é unirmo-nos pelos aspectos comuns que ligam os europeus e não pelos aspectos que nos separam! É exactamente isso que faz o actual governo, é minoritário e consegue o apoio da extrema esquerda porque chegaram a um acordo mínimo!

Na actual Europa, faltam sobretudo estadistas, que consigam ver para lá das fronteiras e dos interesses dos seus países, que consigam tomar as decisões que devem ser tomadas.

Agora, quando refere-me que a UE vai desintegrar-se ..... eu não vejo como e estou a ser realista. Quem não trabalha na função pública, percebe claramente que é impossível ou praticamente impossível acabarem com a UE. Se não acredita, pergunte a qualquer empresa exportadora, o que acha de por exemplo regressarem as fronteiras ou os impostos alfandegários! Só essas 2 medidas colocavam imediatamente milhões de europeus no desemprego. E quem acha que vai ser o político louco que vai tomar uma medida dessas? Veja o grau de interdependência nas exportações-importações de cada país para perceber que o actual modelo europeu não tem marcha-atrás e quem se atirar do "veículo" em andamento, vai ficar economicamente muito mal tratado.

Obviamente a Alemanha tem muito a ganhar com a UE. Vou mais longe, não ganhou a 2ª Guerra Mundial, mas ganhou a "guerra" económica, claramente! E não vê qualquer interesse na desintegração da UE.

Eu vejo muita gente descontente, mas os únicos que efectivamente pretendem saír da UE, são o RU e tenho a certeza que já estão arrependidos. Aliás, querem manter algumas benesses inerentes aos membros da UE.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 07, 2017, 08:41:09 pm
Digo-lhe outro aspecto muito importante que existe porque fazemos parte da UE, chama-se benchmarketing. Ou seja, há uma troca de experiências entre todos os sectores de cada país, para cada delegação tomar nota das melhores ideias e das melhores práticas, para serem copiadas e implementadas nos seus países. E acredite que existe em quase todos os sectores! Dou-lhe o exemplo da educação, sector financeiro, administração pública, legisladores, etc..... não imagina o intercâmbio que existe nos países da UE. Voltar atrás agora, seria no fundo voltarmos no nosso caso, ao modo de vida entre 1974 e 1985, recorda-se?
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 08, 2017, 11:01:49 am
Parece-me que acima de tudo falta à UE duas coisas, estadistas dignos desse nome e uma maior transparência (processos de decisão verdadeiramente democráticos).
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2017, 12:36:46 pm
Parece-me que acima de tudo falta à UE duas coisas, estadistas dignos desse nome e uma maior transparência (processos de decisão verdadeiramente democráticos).

Sem dúvida!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 08, 2017, 01:45:49 pm
Viajante
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(não tenho absolutamente nenhum problema em eleger o lucro como objectivo principal de uma empresa, até porque é a minha área :)
Acho que nem você nem ninguém, tem essa dificuldade, em eleger o lucro como principal objectivo de uma empresa, eu diria mais, infelizmente no presente século é o objectivo principal de qualquer país, cidadão e não só duma empresa.
Viajante
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Mas o que eu acho que falta na UE é unirmo-nos pelos aspectos comuns que ligam os europeus e não pelos aspectos que nos separam! É exactamente isso que faz o actual governo, é minoritário e consegue o apoio da extrema esquerda porque chegaram a um acordo mínimo!
Unirmo-nos pelos aspectos comuns que ligam os europeus, mais quais seriam esses apectos comuns?  a lingua, cultura, tradições, não vejo muitos aspectos comuns a não ser o espaço geográfico e a moeda única, o euro. Digo-lhe mais, se não fosse o euro e o grande problema que dai advém, já muitos países tinham deixado a UE. A Alemanha também está a mudar e a tornar-se mais egoísta. Tomemos como exemplo a oposição inicial de Angela Merkel a um pacote de salvação para a Grécia e a posterior concessão deste, nos termos ditados pelos alemães.
Eu não diria extrema esquerda, mais sim os partidos de esquerda , não considero o BE um partido de extrema esquerda, mas é apenas a minha opinião.
Viajante
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Quem não trabalha na função pública, percebe claramente que é impossível ou praticamente impossível acabarem com a UE. Se não acredita, pergunte a qualquer empresa exportadora, o que acha de por exemplo regressarem as fronteiras ou os impostos alfandegários! Só essas 2 medidas colocavam imediatamente milhões de europeus no desemprego.
Claro, mas esse é exatamente o problema, pelo qual muitos países querem sair e não podem, pois o sistema os impede. Nem era preciso ir tão longe, bastava dar como exemplo o euro, e dos problemas que cada país teria em abandonar a UE.
Viajante
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Voltar atrás agora, seria no fundo voltarmos no nosso caso, ao modo de vida entre 1974 e 1985, recorda-se?
Nessa altura era apenas uma criança inocente. ::) :jok:
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2017, 02:41:12 pm
Daniel? Vou dar-lhe o exemplo do tão mal falado Euro. Você conhece algum exemplo mais paradigmático da ajuda aos mais necessitados do que o euro com taxas de juro de zero por cento!?!?!!? E na mesma medida quem é muito rico e criar uma poupança em euros, recebe zero ou pouco mais que zero!!?!?!!?

Dou-lhe o exemplo de Portugal. Neste momento temos uma dívida externa do Estado de 250 mil milhões de euros. Graças ao facto de estarmos na UE e consequentemente termos o BCE a ajudar, conseguimos ter taxas de juro inferiores a 2% a 10 anos!!!!!! Nem os americanos conseguem tal feito! E só esse facto tem um enorme peso na equação do dinheiro disponível para os portugueses. Repare nestas contas de merceeiro:
250 mil milhões de euros com taxa de juros a 2% a 10 anos, temos uma dívida a pagar anualmente de 5 mil milhões de euros. Se quisermos saír do euro, que taxa de juro acha que vão pedir a Portugal para pagar os empréstimos? 7%? 8%? Imagine que nos pedem 8%, sobre os 250 mil milhões dá a módica quantia de 20 mil milhões de euros de juros por ano!!!!!!! A título de comparação, basta dizer-lhe que Portugal cobra cerca de 60 mil milhões de euros em impostos, taxas, taxinhas, etc........ ou seja, só 1/3 do orçamento de estado ía direitinho para os credores. Está a ver porque é que os países falam, falam mas ninguém quer realmente saír da UE e até do Euro?

E podia continuar com exemplos de merceeiro, como por exemplo o preço do petróleo. É que faz toda a diferença você ter no bolso uma moeda que serve de padrão para comprar petróleo (o euro é aceite no mundo inteiro), já no caso de passarmos a ter moeda própria, você teria de a cambiar por outra mais forte para comprar a matéria-prima e nesse caso, para além da flutuação da commoditie petróleo negociado em dólares ou em euros, você ainda teria de somar a perda na compra de uma moeda forte.......

Dou-lhe mais exemplos, imagine a quantidade de portugueses que têem empréstimos à habitação. Saíamos do euro e depois como é que ía explicar às pessoas que elas têem uma dívida expressa em euros e passa a receber o seu salário numa moeda que vale muito menos do que o euro (fala-se numa desvalorização mínima da moeda em pelo menos 50%....... eu pessoalmente aponto no custo-prazo para pelo menos 100%), quer isto dizer que de um dia para o outro a sua dívida aumentava para o dobro! (pode dar uma vista de olhos neste artigo interessante: http://observador.pt/opiniao/sair-do-euro/).

E podia continuar. Como refiro, julgo que a UE não colocou nenhumas amarras a um país que queira saír do euro, mas nenhum país o faz. E o único que o fez (Brexit), veja lá quantas empresas passaram a sua sede para a Europa continental. E veja até o caso da Catalunha, quantas empresas a região já perdeu!

Mas imaginamos que por absurdo, a UE acaba (confesso que não acredito, já estivemos perto na altura crítica da crise, agora quando a Merkl vê-se encurralada entre Trump e Putin..... até já deve achar graça ao Tsipras :)
Se realmente a UE chegar ao fim da linha, não devemos ser nós a ovelha que se sacrifica!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 08, 2017, 03:08:19 pm
Daniel, como é que o BE não é de extrema esquerda?! as origens do dito partido foi a fusão da União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI (dissidentes do PCP).
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 08, 2017, 03:57:40 pm
Daniel, como é que o BE não é de extrema esquerda?! as origens do dito partido foi a fusão da União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI (dissidentes do PCP).

Sim, tem razão, as origens desse partido nasce da aproximação a essas 3 forças políticas, mas eu pessoalmente e pela política desenvolvida pelo BE não acho esse partido com tendências de extrema esquerda. Não é por um partido ter uma política anticapitalismo, deva ser considerado de extrema esquerda, mas também não ignoro a sua história, como disse, é apenas a minha opinião
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 08, 2017, 04:41:07 pm
Viajante
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Daniel? Vou dar-lhe o exemplo do tão mal falado Euro. Você conhece algum exemplo mais paradigmático da ajuda aos mais necessitados do que o euro com taxas de juro de zero por cento!?!?!!?
Caro Viajante, como suponho você sabe porque foi criada a moeda única e para que efeitos, a moeda única, euro, veio substituir as moedas nacionais, de um número expressivo de economias altamente desenvolvidas, o que não foi o caso de Portugal, que a meu ver teve uma entrada quase que forçada da frágil economia portuguesa para a moeda única. Exemplo um Café custava 50 Escudos, esse mesmo Café passou a custar 60 ou 70 Centimos, o que na moeda antiga equivale a 100 Escudos, ou seja os portugueses ficaram mais pobres.
Viajante
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Dou-lhe o exemplo de Portugal. Neste momento temos uma dívida externa do Estado de 250 mil milhões de euros. Graças ao facto de estarmos na UE e consequentemente termos o BCE a ajudar, conseguimos ter taxas de juro inferiores a 2% a 10 anos!!!!!!
Graças a facto de estarmos na UE temos o BCE a ajudar essa é para  nx2l1 ;D não têm outro remédio se não ajudar, assim como a Grécia e outros mais, pois existe o efeito Bola de neve, foi assim com a crise. Se não estou em erro Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e até chegou na Italia. Penso que deva saber por que motivo temos uma dívida tão grande? Eu continu a achar que existe um tratamento desigual na UE. Um país que é parte da UE no caso união monetária, deve ter a mesma taxa de Juros que os outros membros dessa união monetária, o que não é o caso. Sabe também que um país que faz para dessa união monetária não tem condições de usar a política de discricionária para aumentar o nível de emprego por exemplo, o que no tempo da crise nos fez falta. Por fim e a meu ver o euro criou vários problemas para os países chamados periféricos.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2017, 05:09:07 pm
Viajante
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Daniel? Vou dar-lhe o exemplo do tão mal falado Euro. Você conhece algum exemplo mais paradigmático da ajuda aos mais necessitados do que o euro com taxas de juro de zero por cento!?!?!!?
Caro Viajante, como suponho você sabe porque foi criada a moeda única e para que efeitos, a moeda única, euro, veio substituir as moedas nacionais, de um número expressivo de economias altamente desenvolvidas, o que não foi o caso de Portugal, que a meu ver teve uma entrada quase que forçada da frágil economia portuguesa para a moeda única. Exemplo um Café custava 50 Escudos, esse mesmo Café passou a custar 60 ou 70 Centimos, o que na moeda antiga equivale a 100 Escudos, ou seja os portugueses ficaram mais pobres.
Viajante
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Dou-lhe o exemplo de Portugal. Neste momento temos uma dívida externa do Estado de 250 mil milhões de euros. Graças ao facto de estarmos na UE e consequentemente termos o BCE a ajudar, conseguimos ter taxas de juro inferiores a 2% a 10 anos!!!!!!
Graças a facto de estarmos na UE temos o BCE a ajudar essa é para  nx2l1 ;D não têm outro remédio se não ajudar, assim como a Grécia e outros mais, pois existe o efeito Bola de neve, foi assim com a crise. Se não estou em erro Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e até chegou na Italia. Penso que deva saber por que motivo temos uma dívida tão grande? Eu continu a achar que existe um tratamento desigual na UE. Um país que é parte da UE no caso união monetária, deve ter a mesma taxa de Juros que os outros membros dessa união monetária, o que não é o caso. Sabe também que um país que faz para dessa união monetária não tem condições de usar a política de discricionária para aumentar o nível de emprego por exemplo, o que no tempo da crise nos fez falta. Por fim e a meu ver o euro criou vários problemas para os países chamados periféricos.

Vê os aspectos da adesão que nada tem a ver com o Euro. O custo do café de facto duplicou de preço, mas não foi culpa do euro. Já que fala no café, não reparou que o preço é praticamente o mesmo desde à 15 anos!!!!! Eu continuo a pagar o café entre 45 e 65 cêntimos!!!!! A grande vantagem de termos o euro, foi o facto dos políticos nacionais deixarem de nos roubar descaradamente com a desvalorização da moeda (passou-se nos anos 80, antes de aderirmos à CEE, aumentaram os salários em 60%, mas a inflação nesses anos foi de 87%!!!!!!). A grande vantagem de pertencermos a um mercado único, é o facto dos preços serem esmagados a favor do consumidor e se existir cartelização do sector, pelo menos temos uma instituição europeia que não se importa nada de multar a Apple em 15 mil milhões de euros!!!! Ou a Microsoft!!!!!

Quando refere o nosso aumento de dívida, estará a esquecer-se do que aconteceu em Portugal? É que se está eu relembro-lhe, entre nós, governou um senhor que teve a proeza de em 6 anos que foi Primeiro-Ministro, conseguiu elevar a nossa dívida pública de 100 para 200 mil milhões de euros!!!!!! Mas o governo central não foi o único culpado, as Câmaras Municipais tb todas elas fugiram ao criarem as famosas parcerias público-privadas que mais não serviram do que esconderem as dívidas dessas câmaras (para fugirem à lei do endividamento) e para fugirem ao limite da contratação dos boys!!!!!!

Sabe como é que descobriram os 6 mil milhões de euros de dívida que o Governo Regional da Madeira escondeu do estado português? Aterrou cá a troika e eles começaram a investigar os bancos, descobriram que estes andavam a emprestar muito dinheiro a empresas de construção civil sem colaterais (sem garantias sólidas), a única coisa que existia eram umas folhas timbradas assinadas pelo Governo Regional da Madeira (as chamadas cartas de conforto), para que os bancos emprestassem dinheiro às empresas, uma vez que o Governo Regional da Madeira não lhes podia pagar!!!!!! Essas despesas não apareciam nas contas do governo regional, e as empresas não emitiam facturas, para não terem de adiantar o dinheiro do IVA ao estado (já bastava não receberem e ainda tinham de entregar IVA adiantado ao estado)!!!!!!! O resto já todos sabemos o que se passou.

Com isto quero dizer-lhe que a dívida é culpa nossa! E se não houvesse a crise, íamos ter mais aeroportos, pontes sobre o Tejo, TGV de 12 mil milhões de euros e sei lá o que mais......

Há muitos países, principalmente do Leste Europeu, mais pobres que nós e com dívidas baixissimas, mesmo depois da crise!!!!! Veja a República Checa, a própria Irlanda que cita, a Lituãnia, a Polónia, Roménia, Bulgária, Letónia ....... nem sequer referi os países nórdicos para a vergonha não ser maior! Eu lembro-me de em 2009 a função pública ter um aumento de 2,9%. 1 ano depois o mesmo senhor que fez este disparate, cortou 5% os salários, lembra-se? O que é que podemos concluir dos nossos políticos? Desculpe mas não venha atirar a culpa aos outros países!!!!! Pode reclamar que em 2008 a UE aconselhou os países europeus a aumentarem a despesa pública, mas duplicar a mesma..........
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 08, 2017, 06:00:33 pm
Viajante
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Vê os aspectos da adesão que nada tem a ver com o Euro.
Como assim, em que parte eu vejo os aspectos da adesão que nada tem a ver com o Euro ?
Viajante
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O custo do café de facto duplicou de preço, mas não foi culpa do euro.
Pois não foi, foi por culpa minha, eu dei o café como exemplo, mas no geral tudo duplicou, menos os ordenados, em qualquer supermercado em pouca coisa deixa lá 30, 40 ou mais euros, com o euro os portugueses têm mais dificuldades isso é um facto, até os alemães se queixam e sei do que falo, contra factos não existem argumentos.
Viajante
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antes de aderirmos à CEE, aumentaram os salários em 60%,
Qual? o seu salário aumentou 60%, se não foi o seu, dê-me um exemplo, uma prova de que isso aconteceu. Percebo que voce é um defensor da UE e da moeda única, deixe me dizer, que eu também não sou contra, mas no final nós periféricos entramos a perder e quando se entra em desvantagem é sempre mais difícil recuperar. A entrada de Portugal na moeda única, assumida pelos políticos portugueses como um grande desígnio nacional, exigiu e continua a exigir, no plano econômico, a intensificação das privatizações, voce inclusive falous disso, a manutenção do rigor orçamental e salarial. Espero que daqui a mais 32 anos possamos estar melhor. :P ;D
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2017, 10:33:11 pm
Viajante
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Vê os aspectos da adesão que nada tem a ver com o Euro.
Como assim, em que parte eu vejo os aspectos da adesão que nada tem a ver com o Euro ?
Viajante
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O custo do café de facto duplicou de preço, mas não foi culpa do euro.
Pois não foi, foi por culpa minha, eu dei o café como exemplo, mas no geral tudo duplicou, menos os ordenados, em qualquer supermercado em pouca coisa deixa lá 30, 40 ou mais euros, com o euro os portugueses têm mais dificuldades isso é um facto, até os alemães se queixam e sei do que falo, contra factos não existem argumentos.
Viajante
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antes de aderirmos à CEE, aumentaram os salários em 60%,
Qual? o seu salário aumentou 60%, se não foi o seu, dê-me um exemplo, uma prova de que isso aconteceu. Percebo que voce é um defensor da UE e da moeda única, deixe me dizer, que eu também não sou contra, mas no final nós periféricos entramos a perder e quando se entra em desvantagem é sempre mais difícil recuperar. A entrada de Portugal na moeda única, assumida pelos políticos portugueses como um grande desígnio nacional, exigiu e continua a exigir, no plano econômico, a intensificação das privatizações, voce inclusive falous disso, a manutenção do rigor orçamental e salarial. Espero que daqui a mais 32 anos possamos estar melhor. :P ;D

O Euro não tem culpa que os comerciantes arredondassem os preços todos para cima, chegando mesmo a dobrar o valor na altura de transição.

Quanto à afirmação do aumento de salários de 60%, está mesmo em cima no link que lhe deixei, mas eu passo aqui a parte que interessa: "Passa a ser ainda mais fácil aos políticos enganarem-nos e acenarem-nos com falsos aumentos salariais. (no caso de moeda nacional) Por exemplo, entre 1981 e 1984, o salário mínimo aumentou 60%. Mas a inflação foi tão elevada que o seu valor real caiu 26%.", isto foi dito por um Professor Associado com Agregação da Universidade do Minho de nome Luís Aguiar-Conraria, novamente o link: http://observador.pt/opiniao/sair-do-euro/
Como vê, não afirmo coisas porque me apeteceu.

É verdade que pelo facto de estarmos dentro do euro, torna-se muito mais exigente para nós e é sem dúvida mais difícil saír de uma crise, mas também convém não escamotear os aspectos positivos.

Uma questão, que culpa tem o euro de que de um momento para o outro os portugueses endividassem-se para a vida, com a compra de uma casa, muitas das vezes acima das suas possibilidades, juntamente com carros adquiridos a prestações, férias com empréstimos, etc, etc, só porque as taxas de juro são tão baixas?

Em relação às empresas, se imaginasse a quantidade de empresas geridas (ou não) como comprarem carros topo de gama sem terem possibilidades de tal coisa.......

O euro não tem nenhuma culpa disso, é verdade que facilita que isso aconteça, mas o reverso é que temos de ser muito mais rigorosos do que éramos com uma moeda própria!

Já agora, esqueceu-se de referir uma coisa que os europeus e até americanos parecem esquecer, a Europa está a passar por uma fase de desindustrialização. É muito bonito fechar cá as empresas e abrir em mercados que exploram o trabalhador como é o caso da China, mas esse facto leva a que as nossas balanças comerciais de desequilibrarem. Não é a agricultura e grande parte do comércio que proporcionam o enriquecimento do país. É a indústria que permite isso!!!!! Por isso existiu o boom económico com a industrialização!

Eu estou curioso para ver o que esta espécie de governo, com a extrema esquerda que detesta o sector privado, mas que no fundo é quem pode criar riqueza, o que nos reserva. Mas depois da afirmação do Ministro da Solidariedade e Segurança Social, que referiu que a reversão do horário de trabalho de 40 para 35 horas não teve custos........ (tal só é verdade que os trabalhadores públicos fizerem o mesmo em 40 ou 35 horas, ou seja NADA!) estou esclarecido com os aldrabões que nos governam! Depois o EURO e a UE é que são o diabo!!!!!!!!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2017, 11:24:19 pm
O Cabeça de Martelo já referiu o que faltam. Faltam estadistas na UE. E nós por cá o que faltou, foram 2 referendos, o 1º a perguntar-nos se queríamos aderir à CEE/UE, o 2º a perguntar se queríamos aderir ao EURO. É verdade que podíamos responder com o não, mas caberia aos políticos da altura, esclarecer-nos devidamente dos prós e dos contras de cada decisão. Isso foi o que nos faltou, muitos portugueses sentirem que não foram tidos nem achados numa decisão tão importante como essa! Mesmo que esses políticos temessem o não (não tenho dúvidas disso), mas depois são acusados de falta de legitimidade e de perda de autonomia do país (muito por culpa das más negociações dos nossos políticos).
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 09, 2017, 11:37:16 am
Por falar em quem quer o quê....

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MEPs sound alarm on anti-EU propaganda from Russia and Islamist terrorist groups
Press Releases PLENARY SESSION 23-11-2016 - 13:35
 
       
Propaganda pressure on the EU from Russia and Islamist terrorist groups is growing, MEPs warn in a resolution voted on Wednesday. It seeks to distort the truth, incite fear, provoke doubt and divide the EU. To counteract anti-EU campaigns, MEPs suggest reinforcing the EU’s tiny “strategic communication” task force and investing more in awareness raising, education, online and local media, investigative journalism and information literacy.
“I was given the task of describing the propaganda of both state and non-state actors. We have seen many transformations of it. As regards the Russian Federation, the situation is now clear. After its annexation of Crimea and aggression in the eastern part of Ukraine, many countries are fully aware of its disinformation and manipulation“, said rapporteur Anna Fotyga (ECR, PL). “This report, in the course of its preparation, was also a target of hostile propaganda”, she added.

The resolution stresses that the EU needs to counter disinformation campaigns and propaganda from countries, such as Russia, and non-state actors, like Daesh, Al-Qaeda and other violent jihadi terrorist groups.

Hostile propaganda against the EU and its member states seeks to distort the truth, provoke doubt, divide the EU and its North American partners, paralyse the decision-making process, discredit the EU institutions and incite fear and uncertainty among EU citizens, says the text.

Russia seeks to divide

MEPs warn that the Kremlin has stepped up its propaganda against EU since annexing Crimea and waging hybrid war in the Donbass. They note that ”the Russian government is employing a wide range of tools and instruments, such as think tanks [...], multilingual TV stations (e.g. Russia Today), pseudo-news agencies and multimedia services (e.g. Sputnik) [...], social media and internet trolls, to challenge democratic values, divide Europe, gather domestic support and create the perception of failed states in the EU’s eastern neighbourhood”.

The resolution stresses that the “Kremlin is funding political parties and other organisations within the EU” and deplores “Russian backing of anti-EU forces” such as extreme-right parties and populist forces.

Daesh targets the EU
 
As the EU and its citizens are major targets of Daesh, MEPs call on EU member states to work more closely to protect society from its recruitment drives and enhance resilience against radicalisation. They also suggest developing a narrative to counter Daesh, “including through the empowerment and increased visibility of mainstream Muslim scholars who have the credibility to delegitimise Daesh propaganda.”
 
Information literacy

To counteract anti-EU campaigns, MEPs suggest investing in awareness raising, education, online and local media, investigative journalism and information literacy, which would empower citizens to analyse media content critically.  It is equally important to adapt communication to specific regions, including access to information in local languages, says the text.

The resolution also suggests deepening EU and NATO cooperation on strategic communication, reinforcing the EU’s 9-strong strategic communication task force and providing more support to boost media resilience in EU neighbourhood countries.

The resolution was approved by 304 votes to 179, with 208 abstentions.

Procedure:  Non-legislative resolution
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 09, 2017, 12:47:08 pm
Por falar em quem quer o quê....

MEPs sound alarm on anti-EU propaganda from Russia and Islamist terrorist groups

É uma evidência clara! Aliás tínhamos neste fórum alguém que só colocava notícias ou opiniões que favoreciam sempre os Russos.
Quem lhe deu o nome de Putin, diminutivo de Rasputin, acertou na mouche!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 09, 2017, 01:08:33 pm
Viajante
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O Euro não tem culpa que os comerciantes arredondassem os preços todos para cima, chegando mesmo a dobrar o valor na altura de transição.
Mas então de quem é a culpa? Não ouve regras quando se aderiu ao euro? Pelos vistos cada um fiz o que bem lhe apeteceu, Sem o governo ter colocado um limite nesse arredondamento. :N-icon-Axe:
Viajante
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Uma questão, que culpa tem o euro de que de um momento para o outro os portugueses endividassem-se para a vida, com a compra de uma casa, muitas das vezes acima das suas possibilidades, juntamente com carros adquiridos a prestações, férias com empréstimos, etc, etc, só porque as taxas de juro são tão baixas?
Aqui estou de acordo consigo, até porque a questão do endividamento dos portugueses não tem nada a ver com o euro, pois já era assim no tempo do Escudo. A questão do endividamento dos portugueses tem mais a ver com a falta de poder de compra, salários muito baixos, o que leva a constante pedida de crédito.
Viajante
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O Cabeça de Martelo já referiu o que faltam. Faltam estadistas na UE. E nós por cá o que faltou, foram 2 referendos, o 1º a perguntar-nos se queríamos aderir à CEE/UE, o 2º a perguntar se queríamos aderir ao EURO. É verdade que podíamos responder com o não, mas caberia aos políticos da altura, esclarecer-nos devidamente dos prós e dos contras de cada decisão. Isso foi o que nos faltou, muitos portugueses sentirem que não foram tidos nem achados numa decisão tão importante como essa! Mesmo que esses políticos temessem o não (não tenho dúvidas disso), mas depois são acusados de falta de legitimidade e de perda de autonomia do país (muito por culpa das más negociações dos nossos políticos).
Estamos de acordo, o grande problema do nosso país continua a ser os nossos políticos, pois não têm a capacidade suficiente, má-formação para governar Portugal, continuam ano após ano, a cometer erros gravíssimos. Se são acusados de falta de legitimidade não sei mas, que estão a perder a autonomia do país, lá isso estão. Mas isso foi exactamente o que falei, Portugal não estava em condições de aderir ao euro, derivado a fragil economia. O Euro foi bom para as economias altamente desenvolvidas, o que não foi o caso de Portugal, Grécia, Espanha e inclusive a Italia, já o disse e volto a afirmar, a meu ver Portugal teve uma entrada quase que forçada para moeda única.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 09, 2017, 01:22:13 pm
Viajante
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E nós por cá o que faltou, foram 2 referendos, o 1º a perguntar-nos se queríamos aderir à CEE/UE, o 2º a perguntar se queríamos aderir ao EURO.
Uma outra questão que para mim é muito importante. O sistema político suiço, seja eleições seja qualquer tipo de lei, vai sempre a referendo o povo é que decide se aceita ou não. Chamo a isso democracia moderna. Inclusive os suiços aprovaram um limite para os salários abusivos dos patrões
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 09, 2017, 02:48:33 pm
Daniel? Mas tem alguma dúvida que o abuso dos comerciantes na passagem do escudo para o Euro, é em primeiro lugar no abuso e ilegalidade praticados por estes e na falta de autoridade do estado em fazer cumprir a lei (IGAE-Inspecção-Geral das Actividades Económicas). Tem dúvidas de que se existisse a ASAE nessa altura isso passava-se?

Quanto ao exemplo que dá da Suíça e da participação cívica dos cidadãos nas escolhas do país, não considero um bom exemplo. Não acho que se deva referendar tudo e mais alguma coisa. E até o exemplo que deu, o salário dos ricos, não sei ao que se refere. Refere-se aos gestores das empresas que no fundo são alguém que gere a empresa em nome de um dono e portanto acaba por ser um funcionário? Ou está a referir-se aos donos propriamente ditos? É que se se refere aos gestores, digo-lhe já que é facílimo contornar esse limite! Se está a referir-se aos donos das empresas, então é mais absurdo esse limite, porque mesmo que nem sequer tenha salário, o dono (accionista) tem direito a distribuição do lucro que ele entender (senão despede o gestor)!

Mas também é caricato o exemplo que dá, não sei se reparou que nem sequer faz parte da UE e muito menos do Euro, mas sabe porque é que a Suiça enriqueceu, não sabe? Sabe que não se deve só aos chocolates e relógios? Aliás, os ricos que referiu, todos tinham contas na Suíça....... porque será? :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 09, 2017, 04:26:56 pm
Viajante
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Daniel? Mas tem alguma dúvida que o abuso dos comerciantes na passagem do escudo para o Euro, é em primeiro lugar no abuso e ilegalidade praticados por estes e na falta de autoridade do estado em fazer cumprir a lei (IGAE-Inspecção-Geral das Actividades Económicas). Tem dúvidas de que se existisse a ASAE nessa altura isso passava-se?
Depois de ler este seu comentário, a única coisa que posso dizer é, incompetência ao seu melhor nível.
Viajante
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Quanto ao exemplo que dá da Suíça e da participação cívica dos cidadãos nas escolhas do país, não considero um bom exemplo. Não acho que se deva referendar tudo e mais alguma coisa. E até o exemplo que deu, o salário dos ricos, não sei ao que se refere. Refere-se aos gestores das empresas que no fundo são alguém que gere a empresa em nome de um dono e portanto acaba por ser um funcionário? Ou está a referir-se aos donos propriamente ditos? É que se se refere aos gestores, digo-lhe já que é facílimo contornar esse limite! Se está a referir-se aos donos das empresas, então é mais absurdo esse limite, porque mesmo que nem sequer tenha salário, o dono (accionista) tem direito a distribuição do lucro que ele entender (senão despede o gestor)!
Deixe-me dizer que a Suiça é do melhor que há no mundo para trabalhar, viver etc, isso muito tem a ver com a grande capacidade cívica do povo suiço nas suas escolhas. Não sei se você conhece a suiça no geral, porque estou certo se conhece-se tinha outra opinião do que não considera um bom exemplo.
Os suíços aprovaram em 2013, em referendo, a adopção de medidas legislativas para controlar os salários dos conselhos de administração. A Iniciativa foi para reforça os direitos dos accionistas de impedirem salários e prémios muito elevados, proíbindo ainda certas formas de remuneração, como indemnizações milionárias ou prémios por aquisição de empresas.
Nessa altura foi dado como exemplo o caso do presidente cessante do conselho de administração da farmacêutica Novartis, para o qual estáva prevista uma indemnização de “saída” de 72 milhões de francos suíços (cerca de 60 milhões de euros). Também os problemas financeiros do banco UBS, que perdeu milhares de milhões de euros entre 2008 e 2011, tanto com activos tóxicos como com negócios fraudulentos, enfureceram os suíços, o que muito pesou no resultado desse referendo. O banco acabou por ser salvo com dinheiro público.
Viajante
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Mas também é caricato o exemplo que dá, não sei se reparou que nem sequer faz parte da UE e muito menos do Euro, mas sabe porque é que a Suiça enriqueceu, não sabe? Sabe que não se deve só aos chocolates e relógios? Aliás, os ricos que referiu, todos tinham contas na Suíça....... porque será? :)
O exemplo que dou, como assim, no que chamo de democracia moderna, em que o povo é que mais ordena? Quanto a riqueza da Suiça são muitos os fatores que vai desde o sistema bancário até indústria suiça que é muito forte. O nome Suiça no mundo é sinónimo de qualidade. Depois tem a parte política como, ouro da segunda guerra mundial, segredo bancário que na verdade hoje já não existe etc etc. ;D ;D
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 09, 2017, 04:51:47 pm
Quando referi a Suiça como não sendo o melhor exemplo, porque nunca foi alinhada com ninguém, para ganhar com ambos os lados. E como já deu conta, no passado tudo o que era fuga ao fisco nos respectivos países, o dinheiro ía parar invariavelmente à Suiça. (quase todo o dinheiro sujo do mundo, desde o tráfico de droga, armas, corrupção, etc passavam sempre pela Suiça).

Já ouviu falar certamente na proveniência do ouro do Banco Central Suiço!

Não conheço a Suiça, nem tenho lá contas, mas sei perfeitamente do modo de vida por lá, até porque tenho várias pessoas próximas que trabalham lá ou que dão lá um salto várias vezes ao ano. Sei que o padrão de qualidade é muito elevado, salários muito altos, excelente protecção social, etc.....
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Novembro 09, 2017, 05:19:19 pm
Viajante
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Quando referi a Suiça como não sendo o melhor exemplo, porque nunca foi alinhada com ninguém, para ganhar com ambos os lados. E como já deu conta, no passado tudo o que era fuga ao fisco nos respectivos países, o dinheiro ía parar invariavelmente à Suiça. (quase todo o dinheiro sujo do mundo, desde o tráfico de droga, armas, corrupção, etc passavam sempre pela Suiça).
Sim isso é verdade mas aos poucos e pela imposição da UE isso mudou.
Viajante
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Já ouviu falar certamente na proveniência do ouro do Banco Central Suiço!
Bom pelo que sei, a proveniência de grande parte do ouro do Banco Central Suiça, veio da alemanha, na segunda guerra mundial, em combois a mando do senhor Hitler  ;D, sei também que grande parte desse ouro é pertencente aos judeus.
Viajante
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Não conheço a Suiça, nem tenho lá contas, mas sei perfeitamente do modo de vida por lá, até porque tenho várias pessoas próximas que trabalham lá ou que dão lá um salto várias vezes ao ano. Sei que o padrão de qualidade é muito elevado, salários muito altos, excelente protecção social, etc.....
Não conhece a suiça mas pelo que escreveu já sabe o suficiênte.  :G-beer2: já Agora, caro Viajante, qual é a sua área de trabalho? Se é que posso saber.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Novembro 09, 2017, 05:37:46 pm
Sou gestor financeiro de uma Escola e sócio de uma empresa de serviços. E de vez em quando dá-me para fazer artigos científicos ligados à gestão pública relacionada com o ensino :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Dezembro 07, 2017, 07:08:14 pm
Schulz defende transformação da UE em “Estados Unidos da Europa”
https://sol.sapo.pt/artigo/591513
(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2017/12/7/615722.jpg?type=Artigo)
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No arranque do congresso do Partido Social Democrata (SPD) alemão, esta quinta-feira, no qual se decidirá se Martin Schulz tem luz verde para se sentar com Angela Merkel para, ao contrário do que o próprio apregoou durante o último ano, encontrar uma solução de governo que possa desbloquear o impasse político provocado pelo falhanço das conversas entre a União Democrata-Cristã (CDU), a União Social-Cristã (CSU) – “irmã” da CDU na Baviera – os Verdes e o Partido Liberal Democrata (FDP), com vista à constituição de um executivo, o líder social-democrata apresentou um ambicioso plano para o futuro da União Europeia.

No seu discurso inaugural no certame social-democrata, Schulz defendeu uma visão muito próxima da solução federalista. O ex-presidente do parlamento europeu defendeu a transfiguração do atual projeto de integração num compromisso entre os Estados-membros para a  composição dos “Estados Unidos da Europa” até 2025, através da negociação de um novo Tratado Constitucional.

“Este Tratado Constitucional deverá ser apresentado aos Estado-membros e aqueles que não o aprovarem deverão abandonar automaticamente da EU”, sugeriu o líder do SPD, citado pelo Financial Times.

Schulz mostrou-se igualmente aberto à proposta do presidente de França, Emmanuel Macron, que sugere a criação de um cargo de ministro das Finanças europeu e de um orçamento comunitário a todos os integrantes da zona euro. “Não precisamos de uma austeridade europeia imposta, mas de investimentos num orçamento europeu. Queremos uma Europa solidária e não uma [Europa] dos bancos e das multinacionais”, defendeu Schulz.

As bases do SPD vão votar, ainda esta quinta-feira, a autorização ou rejeição das negociações com Merkel, num congresso que apenas terminará no sábado, com a reeleição de Schulz ou com a escolha de um novo líder para o maior partido de centro-esquerda da Alemanha.

Será isto possível em 2025, ou será o princípio do fim da EU ?  :new_argue:
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 07, 2017, 09:54:07 pm
Já respondi no outro post. Federalismo é o oposto da desintegração da UE!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Dezembro 08, 2017, 01:45:10 pm
Viajante
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Já respondi no outro post. Federalismo é o oposto da desintegração da UE!

Eu penso exatamente da mesma maneira, deixo aqui este pequeno texto da autoria do deputado Miguel Morgado PSD, e Vitalino Canas PS. Da esquerda à direita os partidos políticos portugueses estão contra. Pessoalmente creio que o Federalismo seria o pior que poderia acontecer a EU até pela saída dos ingleses, mas também percebo, que os alemães não todos, tenham tal Interesse. Inclusive, e como você postou, estão a fazer um exército europeu, ainda que um pouco meio as escondidas. ;D 8)

O PSD também descarta o discurso do líder do SPD, considerando as declarações “disparatadas”. “Caso tivessem alguma sequência, provocariam a maior fratura na história da União Europeia”, diz ao i o deputado Miguel Morgado, vice-presidente do grupo parlamentar.

Do lado do partido do governo (PS), o deputado Vitalino Canas considera que o defendido por Martin Schulz “foi ligeiramente fora de tom”. “É uma ideia que não merece ser olhada como uma opção séria”, vaticinou o parlamentar socialista. “A opção federalista está muito mais distante do que já esteve no passado.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 09, 2017, 07:23:27 pm
Não esteja tão certo disso. Todos os passos que a UE está a dar vão no sentido de certa forma de uma Federação. Repare nestes pormenores:
- Defesa da UE comum;
- Orçamento das Finanças da UE;
- Mutualização da dívida dos países do Euro (na prática a dívida dos países passa para o BCE);
- Não sei se deu conta, mas desde Novembro de 2014 que o BCE é quem controla os grandes bancos de cada país (para evitar que façam asneiras noutros países sem o Banco Central que supervisiona esse banco dê conta). CGD, BCP, Santander-Totta, Novo Banco e BPI reportam ao BCE de todas operações que têem em toda a Europa!
- Entre outras.

No mínimo já existe pelo menos uma espécie de Federalismo Económico, não tenha dúvidas!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Dezembro 12, 2017, 09:50:17 am
Se for esse federalismo que nos irá proteger do dumping económico chinês, das ofensivas militares russas e do caos politico dos EUA...
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2017, 11:00:30 am
Se for esse federalismo que nos irá proteger do dumping económico chinês, das ofensivas militares russas e do caos politico dos EUA...

Os alemães já perceberam que a Europa está cercada: terrorismo no norte de África, invasão de coitadinhos de refugiados (mesmo que venham de países que nem sequer estão em guerra), Rússia a oriente (a Alemanha percebeu muito bem como age a Rússia na Ucrãnia). Depois ainda há a China que é neste momento um colosso económico, é onde nascem mais milionários à face da terra, num país supostamente comunista!!!!!!!

Eu vejo esse sinal no amenizar da retórica alemã por exemplo à nossa geringonça (até passou a apoiar o Centeno!!!), passou a ser muito mais tolerante com os Gregos (e estes deixaram de fazer tanto barulho! Também ajudou muito a esta ideia, o facto de estar um doido na Casa Branca e do RU querer isolar-se do continente.

Os alemães já perceberam que a Europa pode ser cilindrada economicamente, militarmente ou culturalmente....... ou então uma conjugação de ambas! Nós por cá ainda não atingimos esse cenário!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Dezembro 12, 2017, 04:23:54 pm
Viajante
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Os alemães já perceberam que a Europa pode ser cilindrada economicamente, militarmente ou culturalmente....... ou então uma conjugação de ambas! Nós por cá ainda não atingimos esse cenário!

Bom, no que diz respeito a parte económica e militar até posso aceitar o federalismo, mas culturalmente não, pois o federalismo não irá resolver a parte cultural, e muito importante a linguística, pelo contrário. Os alemães em pouco tempo 1 ano, receberam cerca de 1 milhão de refugiados, quem vive mesmo ao lado sabe bem do caos em que se encontra a Alemanha. Depois, impõem que outros países também recebam refugiados, e como voce falou, muitos deles nem sequer vêm de países que estão em guerra. A Alemanha está ajudar Europa a ser cilindrada culturalmente, reclamam de a Hungria e a Polonia não quererem receber refugiados. Dou-lhe um exemplo, a Suiça está quase com 1 milhão de muçulmanos a Alemanha nem se fala, pois cada família muçulmana tem de 3 filhos pra cima, e este problema não se resolve com o federalismo, creio que neste momento existe um caos politico europeu muito grave.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2017, 04:54:49 pm
Viajante
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Os alemães já perceberam que a Europa pode ser cilindrada economicamente, militarmente ou culturalmente....... ou então uma conjugação de ambas! Nós por cá ainda não atingimos esse cenário!

Bom, no que diz respeito a parte económica e militar até posso aceitar o federalismo, mas culturalmente não, pois o federalismo não irá resolver a parte cultural, e muito importante a linguística, pelo contrário. Os alemães em pouco tempo 1 ano, receberam cerca de 1 milhão de refugiados, quem vive mesmo ao lado sabe bem do caos em que se encontra a Alemanha. Depois, impõem que outros países também recebam refugiados, e como voce falou, muitos deles nem sequer vêm de países que estão em guerra. A Alemanha está ajudar Europa a ser cilindrada culturalmente, reclamam de a Hungria e a Polonia não quererem receber refugiados. Dou-lhe um exemplo, a Suiça está quase com 1 milhão de muçulmanos a Alemanha nem se fala, pois cada família muçulmana tem de 3 filhos pra cima, e este problema não se resolve com o federalismo, creio que neste momento existe um caos politico europeu muito grave.

Não estava a dizer que devemos de abdicar da nossa cultura em nome do Federalismo. Estava a referir-me ao facto da nossa cultura (nossa refiro-me à Europa) estar em risco.

Eu desconfio que a Alemanha tem muito mais do que 1 milhão de refugiados. Quase todos os que vêem para Portugal, fogem todos daqui..... e desconfio que estejam na Alemanha :)

Já vários foristas referiram o erro que é o "politicamente correcto". Numa localidade Italiana abdicaram do Natal Cristão, para não ofenderem os Muçulmanos! O Lidl por diversas vezes apagou as cruzes cristãs em vários anúncios publicitários (http://www.acidigital.com/noticias/supermercado-apaga-cruzes-de-uma-igreja-em-anuncio-para-nao-ofender-muculmanos-56534/)
Nós por cá perseguimos as autoridades (comunicação social) se estas baterem num bandido apanhado em flagrante! Se for ao contrário e algum agente de autoridade morrer é perfeitamente normal!!!! Até vimos à pouco tempo em Lisboa um agente da PSP a ser agredido por um cadastrado e a população a olhar para o espectáculo sem fazer nada!

Isto incomoda-me, assim como incomoda-me ouvir políticos falarem e mentirem com todos os dentes que têem..... então da parte económica, todas as semanas ouço disparates impossíveis de serem verdade, mas..... a comunicação social vermelha-rosa engole e lava tudo!!!!!

Mas a Suíça também tem muitos desafios pela frente, não é só a UE. E também têem aversão aos "emigrantes". O problema que gerou o Brexit e também preocupa a Suíça, não é os emigrantes da UE (sei que normalmente os portugueses são bem aceites na Suíça), mas sim os emigrantes que vêem aos milhões para a UE originários de África e com outra mentalidade totalmente oposta à nossa, que aliada à nossa passividade e ao "politicamente correcto" tornam toda esta situação num barril de pólvora!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Dezembro 12, 2017, 06:03:17 pm
Viajante
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Não estava a dizer que devemos de abdicar da nossa cultura em nome do Federalismo. Estava a referir-me ao facto da nossa cultura (nossa refiro-me à Europa) estar em risco.
Claro que não devemos abdicar da nossa cultura, mas se o Federalismo for avante levará a isso mesmo. Não creio que exista uma cultura europeia propriamente dita, a não ser a cultura religiosa (cristã) essa sim está em risco.
Viajante
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Eu desconfio que a Alemanha tem muito mais do que 1 milhão de refugiados. Quase todos os que vêem para Portugal, fogem todos daqui..... e desconfio que estejam na Alemanha :)
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Você desconfia, eu tenho a certeza muito mas muito mais de um milhão, só quis ser simpático. ;D
Viajante
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Já vários foristas referiram o erro que é o "politicamente correcto". Numa localidade Italiana abdicaram do Natal Cristão, para não ofenderem os Muçulmanos! O Lidl por diversas vezes apagou as cruzes cristãs em vários anúncios publicitários
Aqui na Suiça os muçulmanos quiseram proibir que na cantina de uma escola, fosse proibido servir carne de porco. >:(
A Europa com o politicamento correcto está a perder os seus direitos fundamentais, um deles a liberdade.
Viajante
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Mas a Suíça também tem muitos desafios pela frente, não é só a UE.

Sem qualquer sombra de dúvida.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Dezembro 13, 2017, 12:07:01 pm
então da parte económica, todas as semanas ouço disparates impossíveis de serem verdade, mas..... a comunicação social vermelha-rosa engole e lava tudo!!!!!

Tal como o Viajante nota nos temas económicos eu vejo o absurdo quando se aborda temas militares.
Mas também num país com jornalistas que dizem báctéria e vácina....
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Dezembro 13, 2017, 09:01:09 pm
então da parte económica, todas as semanas ouço disparates impossíveis de serem verdade, mas..... a comunicação social vermelha-rosa engole e lava tudo!!!!!

Tal como o Viajante nota nos temas económicos eu vejo o absurdo quando se aborda temas militares.
Mas também num país com jornalistas que dizem báctéria e vácina....

Mas por aquilo que vejo, essa dicção vem das "tias" de Lisboa :)

Eu já cansei-me de explicar às pessoas a diferença entre: Arrendamento (bens imóveis-Casas, terrenos) e aluguer (bens móveis-táxis, motas, bicicleta)! Nas imobiliárias e nos jornais então!!!!!

Mas na área económica vejo erros todos os dias, ao confundir unidades, milhares com milhões, números com casas decimais..... não é a mesma coisa dizer por exemplo que o novo Comissário Carlos Moedas vai gerir um orçamento de 80 milhões de euros, quando deveriam dizer 80 mil milhões de euros!

Julgo que a maioria dos jornalistas fugiram na Universidade aos cursos com matemática e então para alguém da área económica e financeira, é muito penoso ler asneiras todos os dias! Há muita falta de rigor!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 02, 2018, 04:07:16 pm
Para relembrar:

WHITE PAPER ON THE FUTURE OF EUROPE : Reflections and scenarios for the EU27 by 2025 / European Commission

https://ec.europa.eu/commission/sites/beta-political/files/white_paper_on_the_future_of_europe_en.pdf
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 16, 2019, 10:40:58 am
Como a “primavera europeia” de extrema-direita está a ser preparada à vista de todos

Há muito que o ministro italiano do Interior fala numa união de partidos nacionalistas. Com a aproximação das eleições europeias, sobe a parada. Contudo, mesmo partilhando o discurso anti-imigração, estes partidos “têm opiniões radicalmente diferentes sobre tudo o resto”, diz investigador. Com ou sem união de partidos, está aí a universidade que promete formar “a nova classe dirigente da extrema-direita”

TEXTO HÉLDER GOMES

ma “primavera europeia” contra “o eixo franco-alemão” dominante. Um “renascimento dos valores europeus” contra os burocratas. Uma rede pan-europeia de partidos nacionalistas. Estas não são ideias novas, são enunciadas pelo menos desde que o Governo italiano de coligação entre a Liga, partido de extrema-direita, e o Movimento Cinco Estrelas (M5E), populista, foi formado, em junho do ano passado. Mas o ministro do Interior, Matteo Salvini, repete-as com cada vez maior ênfase à medida que se aproximam as eleições de 26 de maio para o Parlamento Europeu.

Recentemente, a agência France-Presse noticiou que Salvini, que também comanda a Liga, está a tentar organizar uma frente europeia de extrema-direita. Em janeiro, num encontro com o seu homólogo polaco, falava da convergência de agendas com o partido Lei e Justiça (PiS), no poder em Varsóvia, em temas como a anti-imigração, o anti-islamismo e o euroceticismo. Foi então que falou numa “primavera”, que poderia ser desencadeada por Itália e Polónia, para libertar o continente dos burocratas. Em outubro, ao lado da líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, Salvini disse que as eleições europeias inaugurariam uma nova era, caracterizada pela restauração de valores como o orgulho e a dignidade dos trabalhadores comuns.

Mas será mesmo possível criar uma frente europeia de partidos nacionalistas e extremistas para as eleições de maio? O investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) Marco Lisi relativiza: “Salvini tenta ocupar o espaço da direita tradicional, que está em crise em vários países da Europa. Os partidos mais à direita, que já atraem um certo tipo de eleitorado, tentam agora expandir-se e atrair um eleitorado mais moderado, polarizando várias questões, nomeadamente a imigração e a identidade.”

As eleições “abrem uma janela de oportunidade para coordenar essa vontade a nível europeu, com os partidos extremistas a fazerem parceiros e a conquistarem uma maior legitimidade”, comenta o investigador do IPRI ao Expresso. Também isso não é exatamente novo. “As eleições europeias são sempre uma oportunidade para as forças antissistema e extremistas. São eleições em que as forças de protesto conseguem melhores resultados e que normalmente penalizam as mais moderadas”, recorda.

“Os partidos extremistas têm um discurso comum sobre imigração e soberania contra os poderes europeus mas têm opiniões radicalmente diferentes sobre tudo o resto”, sublinha, por sua vez, Simone Tulumello, investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. Sendo Itália um país com uma grande dívida, sempre explorou uma maior flexibilidade nos Orçamentos do Estado e a possibilidade de ter défices maiores. Ora, “os maiores inimigos dessa possibilidade são os países do Grupo de Visegrado”, com destaque para a Polónia e para a Hungria, diz ao Expresso.

A própria questão dos imigrantes e a sua distribuição pelos países europeus também abre profundas brechas na hipótese de um entendimento alargado. “Os países do leste são aqueles que nem sequer aceitam um número mínimo dos refugiados que chegam às costas italianas”, junta Tulumello. Por outro lado, continua, a Polónia e a Hungria estão entre os países que mais beneficiaram, nos últimos anos, dos fundos europeus, pelo que até “podem ter um discurso absolutamente contra a Europa mas querem continuar a receber os benefícios”.


“PARTIDOS EXTREMISTAS SÃO MUITO MAIS PRAGMÁTICOS E FLEXÍVEIS”

Ambos os investigadores concordam que a retórica de Salvini faz parte de uma estratégia de campanha eleitoral com potenciais ganhos internos, divergindo apenas na dimensão desses proveitos. “Se a Liga, como preveem as sondagens, se mantiver como o maior partido, isso dá-lhe uma grande força para romper com o M5E e ir a eleições rapidamente”, prognostica Marco Lisi. O investigador do IPRI deteta “cada vez mais incompatibilidades” no seio da coligação, como “era previsível desde o começo”.

Salvini poderá estar preocupado com a hipótese de não confirmar as sondagens que dão à Liga intenções de voto na ordem dos 30%. “Se o partido tiver essa votação, é possível que tente forçar a mão, criando uma maioria diferente no Parlamento e ‘libertando-se’ do M5E ou até fazendo cair o Governo. Mas não tenho a certeza de que isso venha a acontecer”, hesita Simone Tulumello. O investigador do ICS reconhece, ainda assim, que “a estratégia pode ser criar a imagem de uma direita europeia consolidada para tentar manter as expectativas altas”.

“Para chegarem ao poder, os partidos extremistas são muito mais pragmáticos e flexíveis do que as forças políticas moderadas, e isso é um ponto a favor deles”, reconhece Marco Lisi. Por isso é que “a política de alianças dos partidos tradicionais é fundamental”, algo que não aconteceu em Itália nas últimas eleições legislativas. “As forças de esquerda foram incapazes de fazer coligações”, o que acabou por resultar na atual solução governativa.

O investigador do IPRI reforça a tese da competição crescente entre os dois parceiros de coligação. À semelhança de Salvini, também o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio, líder do M5E, se tem desdobrado em contactos europeus, explorando afinidades políticas com partidos e movimentos na Polónia, Croácia e Finlândia, entre outros. Na semana passada, o seu encontro com figuras destacadas do movimento dos “coletes amarelos” levou mesmo a um incidente diplomático grave com Paris, com o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros a chamar o seu embaixador em Roma. Em comunicado, o Quai d’Orsay falou em “declarações ultrajantes”, “ingerência” e “ataques infundados” como já não se via desde o fim da II Guerra Mundial.

(https://images.impresa.pt/expresso/2019-02-11-gettyimages-1052616344.jpg/original/mw-960)
Luigi di Maio, Giuseppe Conte e Matteo Salvini
FOTO GETTY

“Com a chegada ao poder, surgiram duas alas no M5E: uma institucional – mais moderada, mais disponível para compromissos – e uma outra mais radical”, explica Lisi. “Em Itália, parece que o chefe de Governo é Salvini e que Di Maio e [o primeiro-ministro] Giuseppe Conte são vices dele. E isso também se reflete nas sondagens, com a Liga a subir e o M5E a descer ligeiramente”, diz. Este dado ajuda a explicar o endurecimento da retórica de Di Maio, que “está a tentar recuperar a alma de protesto que já fazia parte da sua identidade mas que perdeu com a ascensão ao poder”, refere o investigador do IPRI.

Mesmo que a tal frente de extrema-direita não se forme na Europa a tempo das eleições, está quase tudo pronto para abrir a primeira universidade que irá formar “a nova classe dirigente da extrema-direita”. As palavras são do presidente do instituto que administrará a nova estrutura e cujo epicentro fica a 100 quilómetros de Roma, na Abadia de Trisulti.

Segundo o jornal “La Stampa”, a abadia, que deverá transformar-se em breve em academia, visa “transmitir o pensamento de Steve Bannon às próximas gerações” e “formar os futuros Matteo Salvini e Viktor Orbán [primeiro-ministro da Hungria]”. O mesmo Steve Bannon que foi estratega da campanha do Presidente dos EUA, Donald Trump, e que se instalou em Bruxelas para aglutinar as extremas-direitas da União Europeia (UE). A confirmar-se, esta será a primeira universidade populista de uma rede a alargar-se pelo continente. Ainda este ano, poderá abrir uma sucursal em Roma.

A CULPA DA EUROPA

E que responsabilidades tem a Europa na emergência de forças políticas que recuperam alguns dos piores fantasmas do passado? “O aumento das desigualdades e a forma como a crise foi gerida na chamada década da austeridade criaram o húmus onde depois é mais fácil ter um discurso xenófobo, racista e soberanista”, afirma Tulumello. E deixa a crítica: “A UE nunca pôs em questão o seu modelo dominante de resposta à crise, de desenvolvimento económico. Não há um único país na Europa que tenha um pensamento racional sobre imigração. Se houvesse uma estratégia europeia, cairia toda a retórica da extrema-direita.”

Lisi concorda que as circunstâncias económicas, mas também as políticas de defesa e de segurança, “tornaram mais visíveis as falhas europeias”. “Não se vê uma UE capaz de dar resposta a alguns problemas da sociedade no curto e médio prazo. Não parece haver uma resposta adequada às frustrações da maioria da população. Não há políticas de coesão que possam ultrapassar as assimetrias no espaço comunitário”, elenca.

Quanto àquela que deveria ser a resposta das instituições europeias ao avanço dos movimentos extremistas, Tulumello é categórico: “Não há uma resposta porque não me parece que haja uma Europa. Há uma Europa noutros campos que avança silenciosa mas falta um sistema real de democracia e de política europeias.”

Fonte: Expresso
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: zocuni em Fevereiro 17, 2019, 09:25:01 am

“Os partidos extremistas têm um discurso comum sobre imigração e soberania contra os poderes europeus mas têm opiniões radicalmente diferentes sobre tudo o resto”, sublinha, por sua vez, Simone Tulumello, investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. Sendo Itália um país com uma grande dívida, sempre explorou uma maior flexibilidade nos Orçamentos do Estado e a possibilidade de ter défices maiores. Ora, “os maiores inimigos dessa possibilidade são os países do Grupo de Visegrado”, com destaque para a Polónia e para a Hungria, diz ao Expresso.

A própria questão dos imigrantes e a sua distribuição pelos países europeus também abre profundas brechas na hipótese de um entendimento alargado. “Os países do leste são aqueles que nem sequer aceitam um número mínimo dos refugiados que chegam às costas italianas”, junta Tulumello. Por outro lado, continua, a Polónia e a Hungria estão entre os países que mais beneficiaram, nos últimos anos, dos fundos europeus, pelo que até “podem ter um discurso absolutamente contra a Europa mas querem continuar a receber os benefícios”.

É um texto interessante que postaste Cabeça de Martelo.O que citei para mim é o que resume de mais importante foca ha países que claramente não estão na UE por mera convicção apenas para terem os fundos comunitários eu próprio penso o mesmo e ja o manifestei.
O tema é muito amplo e passivel de várias interpretaçoes sobre o mesmo mas o certo é que algo não anda bem.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2019, 01:07:24 pm
O euro segundo José Rodrigues dos Santos



Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Vicente de Lisboa em Maio 14, 2019, 02:50:50 pm
Eleições daqui a duas semanas, malta. Ide votar!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Maio 15, 2019, 02:48:36 pm
Poucos jovens portugueses devem votar nas europeias



Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Maio 19, 2019, 07:25:05 pm
Eleições antecipadas na Áustria em setembro


Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Lusitano89 em Maio 22, 2019, 07:22:51 pm
Os fantasmas da extrema-direita alemã estão de volta



Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Outubro 25, 2019, 11:38:32 am
Draghi na despedida: “Agora todos dizem que o euro é irreversível”

De forma discreta, Mario Draghi deixou, na sua última conferência de imprensa como presidente do BCE, recados aos críticos. “A realidade fala mais alto”, disse.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fmm.servidornoticias.com%2Fphotos%2Fw_800%2F9fd%2F15896876w.jpg&hash=c5edbcfe4ef88c2a4737941be7663a09)

Embora reconhecendo que o BCE ainda terá de manter por um longo período de tempo as medidas expansionistas que adoptou durante o seu mandato, Mario Draghi defendeu esta quinta-feira, na última conferência de imprensa como presidente do Banco Central Europeu, o seu legado, lembrando as melhorias registadas desde o auge da crise da zona euro e respondendo que “a realidade fala mais alto” às críticas que lhe são feitas desde a Alemanha.
A despedida de Draghi, não só das conferências de imprensa, como das próprias reuniões do conselho de governadores do BCE, aconteceu depois de nas últimas semanas presidentes dos bancos centrais nacionais de vários países (Alemanha, Holanda, França e Áustria) terem criticado publicamente as decisões tomadas por maioria entre os membros do BCE, nomeadamente o reinício do programa de compra de activos.

Será que isto pode colocar em causa o legado de Draghi como presidente do BCE? O ainda presidente da autoridade monetária optou por minimizar a importância dos desentendimentos, sem deixar contudo de reafirmar que ele – e a maioria dos membros do conselho de governadores – é que tem razão. “Francamente a resposta é não [à possibilidade de as críticas públicas poderem manchar o legado]. Todos os bancos centrais têm desentendimentos. Às vezes são tornados públicos, outra vez não. Tomei isto como parte das discussões normais”, afirmou, garantindo que não falou com os governadores em causa sobre o assunto.

Na reunião desta quinta-feira, disse Draghi, o que ouviu desses governadores dissidentes foi “apelos à união”, especialmente no que diz respeito à execução das medidas adoptadas pela maioria. E, para além disso, defendeu, “tudo o que aconteceu na economia desde Setembro mostraram que aquilo que o BCE fez é justificado”.

Em termos gerais, aliás, quando questionado sobre as críticas que, durante o seu mandato recebeu da Alemanha, Mario Draghi limitou-se a argumentar que os dados económicos e o mandato do BCE (de colocar a inflação “abaixo, mas perto de 2%") são o suficiente para justificar as suas acções. “A realidade fala mais alto”, disse - uma forma de se declarar o vencedor.
Draghi, sempre de forma discreta, também puxou dos galões, quando falou das crises vividas na zona euro nos primeiros seis anos do seu mandato e que é creditado por ter resolvido quando afirmou estar disposto a “fazer tudo o que for preciso” para salvar o euro num discurso em 2012.

Em relação à Grécia, que este mês emitiu dívida de curto prazo a taxas de juro negativas, disse que isso era, não um risco, mas “claramente um sucesso”. “É um bom momento para a Grécia e um bom momento para a zona euro”. E, em relação à Itália, quando questionado sobre os riscos de em algum momento o país querer sair do euro, Mário Draghi afirmou que, ao contrário do que aconteceu no auge da crise, “agora todos dizem que o euro é irreversível”.

Nem tudo é positivo na zona euro, reconhece no entanto. O maior risco é uma contracção da economia e aquilo que mais falta faz à união monetária “é uma capacidade orçamental central”, capaz entre outras coisas de pôr em prática uma política contra-cíclica.

Mas, por isso mesmo, justifica-se o regresso recente do BCE às políticas mais expansionistas. “É verdade, gostaríamos de ter tido uma normalização da política. E começámos a fazer isso. Mas as condições mudaram, e o que está acima de tudo é cumprir o mandato desta instituição. E por isso tivemos de mudar de curso outra vez”, afirmou, reconhecendo que “as taxas de juro vão manter-se baixas durante muito tempo”.

Conhecido por ser pouco expansivo, Mario Draghi não mudou de tom numa conferência de imprensa em que a maior parte das perguntas foram, não sobre política monetária, mas sim de carácter mais pessoal.

As respostas de Draghi foram sempre curtas, revelando o menos possível.
O que retira da experiência dos últimos oitos anos? “Foi uma experiência intensa, profunda, fascinante, vou levar isto comigo. Mas é demasiado cedo para reflexões pessoais”.
O que sente sobre o fim do seu mandato? “Sinto-me como alguém que tentou cumprir o mandato que tinha o melhor que me foi possível”
De que é que se arrepende mais? “Foco-me sempre naquilo que pode ser feito e não naquilo que não se pode mudar”.
De que é que se orgulha mais? “A forma como o conselho cumpriu o seu mandato. Nunca desistimos disso”.
O que vai fazer agora? “Não tenho uma ideia concreta. É melhor perguntar à minha mulher, ela deve saber. Espero que saiba”.

https://www.publico.pt/2019/10/24/economia/noticia/euro-irreversivel-afirma-draghi-despedida-1891243

Draghi é chamado e justamente, por essa Europa a fora, o salvador do Euro. E é graças às ajudas quase ilimitadas do BCE, que todos os países do Euro, conseguem-se financiar a custos mais baixos de sempre. Até a Grécia já consegue pedir empréstimos com juros negativos!!!!!!

Vamos ter muitas saudades de um governador corajoso e interventivo, contra tudo e contra todos. Para os endividados, Draghi foi um Deus (nós próprios agraciamos com Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique), para os aforradores do norte da Europa, é que podem não ter achado piada nenhuma os seus milhões renderem tostões, literalmente!!!!!!
Hoje mesmo, se o Estado Português quiser pedir um empréstimo a 10 anos, a sua taxa de juro é de 0,19% (isso mesmo, quase zero!!!!). Se o Brasil quiser um empréstimo igual, vai ter de pagar juros a 6,56%, os EUA pagam 1,76% pelo mesmo período de tempo, a China tem de pagar 3,25%, a Noruega (que não tem problemas de liquidez), tem de pagar 1,33% por um empréstimo também de 10 anos!!!! E se Portugal pedir dinheiro a 2 anos, os investidores ainda têem de pagar juros a Portugal -0,52%!!!!!!! (https://tradingeconomics.com/portugal/government-bond-yield)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Janeiro 21, 2020, 09:06:03 pm

Os desafios à Europa a partir de 2020.
Mais dependência energética da Rússia... a passar pela Turquia...
O Putin a querer manter-se no poder para sempre...
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 22, 2020, 02:33:20 pm
União Europeia: Líderes descrentes de serem capazes de ultrapassar diferenças

Os chefes de Governo da Alemanha, França e Espanha mostraram que as diferenças são grandes para que se chegar a um acordo sobre o próximo orçamento da União Europeia, no final, hoje, de um Conselho Europeu extraordinário e inconclusivo.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que as diferenças “são grandes demais para se chegar a um acordo sobre o orçamento da União Europeia”, após a cimeira dos 27 países da União Europeia, que começou quinta-feira e terminou hoje em Bruxelas sem um entendimento sobre o quadro financeiro plurianual para o período 2017-2027.

“Teremos de rever o assunto”, disse a líder alemã, deixando o problema nas mãos do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, mas avisando que os lideres devem “ser conscientes do que é realista2 nas suas demandas.

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, sublinhou a rejeição da proposta do orçamento da UE por, na sua opinião, não acautelar as questões económicas e sociais mais urgentes da Europa.

Sánchez considera que, “sem dúvida”, há espaço para melhorar o orçamento e que Espanha aposta nesse trabalho de transformação das propostas iniciais, mas reconheceu que há muitas diferenças para ultrapassar.

“Estamos a falar de justiça. E não há nada mais justo do que coesão, porque ela significa igualdade, estejamos onde estejamos”, disse o presidente do Governo espanhol, no final da cimeira.

Por isso, Sánchez disse que continuará a lutar para que a Política Agrícola Comum (PAC) e a política de coesão tenham um “financiamento justo e devido”.

Referindo-se também à PAC, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que ela não deve “pagar pelo ‘Brexit'”, referindo-se ao impacto no orçamento comunitário da saída do Reino Unido.

“Não sacrificamos a Política Agrícola Comum. E eu disse isso claramente: a PAC não pode pagar pelo ‘Brexit'”, disse Macron à saída da cimeira.

Nestas negociações em Bruxelas, os países do grupo dos Amigos da Coesão, onde se inclui Portugal e em nome dos quais falou o primeiro-ministro António Costa, e os países “frugais” – os contribuintes líquidos, designadamente um ‘quarteto’ formado por Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia – não conseguiram compatibilizar posições, o que Sánchez lamentou, dizendo que foram levantados equívocos entre o que se julga ser bom e o que se julga ser mau.

Para o líder espanhol, em sintonia com o Presidente francês, as políticas agrícolas e de coesão devem estar próximas dos anseios dos cidadãos, fortalecendo o mercado comum, criticando a forma como se estigmatiza estas áreas cruciais para o desenvolvimento da União.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/uniao-europeia-lideres-descrentes-de-serem-capazes-de-ultrapassar-diferencas
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 20, 2020, 12:55:03 am
2 factos curiosos:

- O negociador do Brexit apanhou o COVID-19!!!!
https://www.politico.eu/article/michel-barnier-has-covid-19/

- A nova líder do BCE, advogada de formação e aparentemente sem capacidade de antecipar os mercados, acordou tarde para acudir à crise que se avizinha (saudades do Draghi), vau comprar dívida dos países do Euro até 750 mil milhões de euros (é insuficiente), para manter as taxas de juro do financiamento dos estados baixas!!!!
https://observador.pt/especiais/bce-dispara-bazuca-contra-a-pandemia-mas-o-plano-chega-com-uma-semana-de-atraso-e-nao-vai-chegar/
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Março 23, 2020, 03:59:15 pm
Pandemia destrói mais de 1,8 milhões de empregos na Alemanha
https://eco.sapo.pt/2020/03/23/pandemia-destroi-mais-de-18-milhoes-de-empregos-na-alemanha/
Citar
A pandemia do Covid-19 implicará a destruição de 1,8 milhões de postos de trabalho na Alemanha, onde, para além disso, seis milhões ficarão em regime de horário reduzido, segundo estimativas do instituto económico alemão Ifo.

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão pode, mesmo assim, cair entre 1,5% e até 6% num cenário mais negativo devido ao impacto da pandemia, adianta o Ifo.
De acordo com estas previsões, a crise gerada pelo Covid-19 acabarão com a atual robustez do mercado laboral alemão, cuja taxa de desemprego estava em 5,3% no princípio do ano.

O impacto da pandemia na maior economia da zona euro vai traduzir-se em milhares de milhões de euros, entre a previsível queda da produção industrial, os custos resultantes do desemprego e também das prestações recebidas por aqueles que ficarem com horário reduzido.
Os custos ultrapassarão o que conhecemos nas últimas décadas depois de uma crise económica ou catástrofes naturais”, sustenta o presidente do Ifo, Clemens Fuerst, num comunicado difundido esta segunda-feira.

A economia alemã poderia contrair-se “seja qual for o cenário”, adverte, entre 7,2% e 20,6%, o que significa um volume de entre 255.000 e 729.000 milhões de euros.

No que se refere a este ano, isso teria como consequência a queda do PIB entre 1,5% e 6%, declarou Fuest ao explicar os resultados do estudo, sublinhando, contudo, que são previsões sujeitas a revisão em função da evolução da pandemia.
Fuest recomenda investir “todos os recursos imagináveis” em medidas sanitárias para atalhar a pandemia, ou seja, baixar parcialmente o ritmo da economia, sem alterar a luta prioritária contra o novo coronavírus.

O Governo da chanceler Angela Merkel está a preparar um plano de choque para atenuar o impacto do Covid-19 na economia alemã, tanto no que respeita à atividade das empresas como à dos cidadãos.

O plano vai começar a ser articulado esta segunda-feira, com um Conselho de Ministros extraordinário, para que possa dar entrada no Parlamento no final da semana.

Se realmente isto vier a acontecer na Alemanha, nem quero imaginar o que vai acontecer com o resto da Europa, Italia, França, Espanha, Portugal e por ai vai.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Camuflage em Março 23, 2020, 07:52:23 pm
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 28, 2020, 12:43:56 pm
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.

A Alemanha está a sofrer enormes pressões, também internas, de pessoas muito influentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros e pedem a emissão de eurobonds equivalentes a 8% do PIB da Europa, ou seja mil biliões de euros. Se a Alemanha aceitar, a emissão avança mesmo que não participem os outros países que discordam da medida.

Para perceberem a grande diferença desta medida, é como se desaparecesse da dívida de cada país, 8% do valor do PIB, porque essa dívida não seria atribuída directamente a cada país, mas a uma entidade acima, como o BCE por exemplo ou o ESSM.
Para além desse muito importante contributo, pelo facto das dívidas dos países não agravarem (até esses 8%), ainda conseguiriam uma enorme vantagem económica contra qualquer outro país que era a injecção massiva de dinheiro sem aumentarem a dívida!!!! O BCE até podia eliminar essa dívida facilmente..... não é preciso explicar-lhes que eles sabem como se faz :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Março 29, 2020, 06:29:58 pm
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.

A Alemanha está a sofrer enormes pressões, também internas, de pessoas muito influentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros e pedem a emissão de eurobonds equivalentes a 8% do PIB da Europa, ou seja mil biliões de euros. Se a Alemanha aceitar, a emissão avança mesmo que não participem os outros países que discordam da medida.

Para perceberem a grande diferença desta medida, é como se desaparecesse da dívida de cada país, 8% do valor do PIB, porque essa dívida não seria atribuída directamente a cada país, mas a uma entidade acima, como o BCE por exemplo ou o ESSM.
Para além desse muito importante contributo, pelo facto das dívidas dos países não agravarem (até esses 8%), ainda conseguiriam uma enorme vantagem económica contra qualquer outro país que era a injecção massiva de dinheiro sem aumentarem a dívida!!!! O BCE até podia eliminar essa dívida facilmente..... não é preciso explicar-lhes que eles sabem como se faz :)

Caro Viajante não querendo pedir muito, mas uma vez que trabalhas nessa área, poderias explicar melhor o que é o eurobonds?
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 29, 2020, 07:08:27 pm
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.

A Alemanha está a sofrer enormes pressões, também internas, de pessoas muito influentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros e pedem a emissão de eurobonds equivalentes a 8% do PIB da Europa, ou seja mil biliões de euros. Se a Alemanha aceitar, a emissão avança mesmo que não participem os outros países que discordam da medida.

Para perceberem a grande diferença desta medida, é como se desaparecesse da dívida de cada país, 8% do valor do PIB, porque essa dívida não seria atribuída directamente a cada país, mas a uma entidade acima, como o BCE por exemplo ou o ESSM.
Para além desse muito importante contributo, pelo facto das dívidas dos países não agravarem (até esses 8%), ainda conseguiriam uma enorme vantagem económica contra qualquer outro país que era a injecção massiva de dinheiro sem aumentarem a dívida!!!! O BCE até podia eliminar essa dívida facilmente..... não é preciso explicar-lhes que eles sabem como se faz :)

Caro Viajante não querendo pedir muito, mas uma vez que trabalhas nessa área, poderias explicar melhor o que é o eurobonds?

Sai já dentro de minutos, estou a terminar o artigo :)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Março 30, 2020, 09:11:08 pm
https://twitter.com/RadioSavana/status/1244616250216546304

Mais sinais da tempestade...
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: legionario em Março 30, 2020, 09:57:14 pm
https://twitter.com/RadioSavana/status/1244616250216546304

Mais sinais da tempestade...

Isso aconteceu no ano passado, no 1° Maio  2019 , mas é noticia de grande actualidade visto o clima anti-EU crescente em França :) 
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: HSMW em Março 30, 2020, 10:02:10 pm
É só um exemplo. O twitter está infestado de situações semelhantes...

Tudo tem um inicio, um auge e um fim. Só espero que o da UE não seja tão cedo...
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: miguelbud em Março 30, 2020, 11:29:41 pm
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.

A Alemanha está a sofrer enormes pressões, também internas, de pessoas muito influentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros e pedem a emissão de eurobonds equivalentes a 8% do PIB da Europa, ou seja mil biliões de euros. Se a Alemanha aceitar, a emissão avança mesmo que não participem os outros países que discordam da medida.

Para perceberem a grande diferença desta medida, é como se desaparecesse da dívida de cada país, 8% do valor do PIB, porque essa dívida não seria atribuída directamente a cada país, mas a uma entidade acima, como o BCE por exemplo ou o ESSM.
Para além desse muito importante contributo, pelo facto das dívidas dos países não agravarem (até esses 8%), ainda conseguiriam uma enorme vantagem económica contra qualquer outro país que era a injecção massiva de dinheiro sem aumentarem a dívida!!!! O BCE até podia eliminar essa dívida facilmente..... não é preciso explicar-lhes que eles sabem como se faz :)

Caro Viajante não querendo pedir muito, mas uma vez que trabalhas nessa área, poderias explicar melhor o que é o eurobonds?
O tópico tem alguma complexidade, daí a demora do viajante, mas acho que posso dar uma achega.

Em primeiro lugar é preciso distinguir eurobonds de Eurobonds. Eurobonds sao titulos de divida numa divisa diferente do país onde foram emitidos.

Eurobonds com "E" maiusculo sao titulos de divida emitidos pela uniao Europeia (nao sei se apenas pelos países da zona euro ou toda a EU). A grande vantagem das Eurobonds é que os países com economias mais fracas terao acesso a juros mais baixos do que se financiassem individualmente. Em 2012 juros da Alemanha estvam muito perto do 0 quando os da divida portuguesa estavam acima dos 10%; Se existissem Eurobonds, Portugal teria poupado imenso em juros, mas alguem (neste caso os outros todos) teriam de os pagar. A desvantagem é que o preco de financiamento das economias mais fortes vai aumentar. Como a UE nao é um estado federal, os estados do norte nao querem estar a financiar copos e mulheres para os estados do sul, uma vez que nao vao poder interferir nas medidas para controlar o defice e a longo prazo afetará a sua economia.

Uma das coisas que se poderá fazer é castigar os países no acesso de eurobonds. Quem nao cumpre com o os defices estabelecidos, tem de se financiar sozinho. No fundo será o mesmo que temos agora, com a diferença das Eurobonds deixarem de ser uma miragem, para passarem a ser algo que alguns países tendo algum deslize, muito dificilmente conseguirao alcancar.

Neste contexto especifico do CV-19, lançar Eurobonds servirá de facto para permitir o acesso facil ao capital e despejá-lo na economia, mas nao resolverá o problema principal, que é o facto da Espanha e a Italia estarem sobrendividadas. ( Portugal também está, mas a nossa divida sao trocos). E a questao volta a colocar-se: em que sectores vai ser despejado o dinheiro, para reactivar a economia o mais rápido possível, e como, quem e em que circunstancias se decide isso.

Os 8% de divida nao desaparecerao, apenas tera um nome diferente e um novo credor, que com o passar do tempo vai-se esquecendo  ;D pois pequenos ajustes serao feitos pediodicamente ou emprestimos a empresas privadas .

Para mim, melhor que as Eurobonds, era o banco central oferecer um cheque de €500 ou €700 ao pessoal do norte da Europa (acima de frança) que só poderia ser usado se passassem 15 dias de ferias em Espanha ou Italia ( apresentaçao da factura do hotel seria mandatória).
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 31, 2020, 01:01:18 am
A Alemanha tem um excedente económico gigantesco que acumulou ao longo destes anos, portanto isso não será problema para eles, até há meses eram criticados por não reinvestir na economia. Chegou o momento de investirem.
O resto dos países é que sofrem do mal do costume.

A Alemanha está a sofrer enormes pressões, também internas, de pessoas muito influentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros e pedem a emissão de eurobonds equivalentes a 8% do PIB da Europa, ou seja mil biliões de euros. Se a Alemanha aceitar, a emissão avança mesmo que não participem os outros países que discordam da medida.

Para perceberem a grande diferença desta medida, é como se desaparecesse da dívida de cada país, 8% do valor do PIB, porque essa dívida não seria atribuída directamente a cada país, mas a uma entidade acima, como o BCE por exemplo ou o ESSM.
Para além desse muito importante contributo, pelo facto das dívidas dos países não agravarem (até esses 8%), ainda conseguiriam uma enorme vantagem económica contra qualquer outro país que era a injecção massiva de dinheiro sem aumentarem a dívida!!!! O BCE até podia eliminar essa dívida facilmente..... não é preciso explicar-lhes que eles sabem como se faz :)

Caro Viajante não querendo pedir muito, mas uma vez que trabalhas nessa área, poderias explicar melhor o que é o eurobonds?
O tópico tem alguma complexidade, daí a demora do viajante, mas acho que posso dar uma achega.

Em primeiro lugar é preciso distinguir eurobonds de Eurobonds. Eurobonds sao titulos de divida numa divisa diferente do país onde foram emitidos.

Eurobonds com "E" maiusculo sao titulos de divida emitidos pela uniao Europeia (nao sei se apenas pelos países da zona euro ou toda a EU). A grande vantagem das Eurobonds é que os países com economias mais fracas terao acesso a juros mais baixos do que se financiassem individualmente. Em 2012 juros da Alemanha estvam muito perto do 0 quando os da divida portuguesa estavam acima dos 10%; Se existissem Eurobonds, Portugal teria poupado imenso em juros, mas alguem (neste caso os outros todos) teriam de os pagar. A desvantagem é que o preco de financiamento das economias mais fortes vai aumentar. Como a UE nao é um estado federal, os estados do norte nao querem estar a financiar copos e mulheres para os estados do sul, uma vez que nao vao poder interferir nas medidas para controlar o defice e a longo prazo afetará a sua economia.

Uma das coisas que se poderá fazer é castigar os países no acesso de eurobonds. Quem nao cumpre com o os defices estabelecidos, tem de se financiar sozinho. No fundo será o mesmo que temos agora, com a diferença das Eurobonds deixarem de ser uma miragem, para passarem a ser algo que alguns países tendo algum deslize, muito dificilmente conseguirao alcancar.

Neste contexto especifico do CV-19, lançar Eurobonds servirá de facto para permitir o acesso facil ao capital e despejá-lo na economia, mas nao resolverá o problema principal, que é o facto da Espanha e a Italia estarem sobrendividadas. ( Portugal também está, mas a nossa divida sao trocos). E a questao volta a colocar-se: em que sectores vai ser despejado o dinheiro, para reactivar a economia o mais rápido possível, e como, quem e em que circunstancias se decide isso.

Os 8% de divida nao desaparecerao, apenas tera um nome diferente e um novo credor, que com o passar do tempo vai-se esquecendo  ;D pois pequenos ajustes serao feitos pediodicamente ou emprestimos a empresas privadas .

Para mim, melhor que as Eurobonds, era o banco central oferecer um cheque de €500 ou €700 ao pessoal do norte da Europa (acima de frança) que só poderia ser usado se passassem 15 dias de ferias em Espanha ou Italia ( apresentaçao da factura do hotel seria mandatória).

Já respondi ao criar o novo tópico Coronabonds.
Com o duplo sentido de se referir a uma resposta comum ao coronavírus, mas também pelo facto de ser limitado e restrito a uma ajuda única de financiamento.

Para além do que referiu, ao ser criada uma massa monetária gigantesca e nova, a grande vantagem reside no facto de não aumentar o endividamento de cada país directamente, ajudando assim o rácio de dívida que vai disparar (pelo efeito de redução do PIB, a dívida absoluta mesmo não aumentando, o valor relativo vai disparar).

Permita-me discordar da afirmação de que dar um cheque aos povos nórdicos pode resolver o problema...... na minha opinião o turismo está no fim da linha a ser ajudado!!!! Porquê? Quem mora em Lisboa que diga os aspectos negativos que trouxe o turismo associado aos vistos gold (disparo do preço da habitação).

Em primeiro lugar devem de ser ajudadas as empresas industriais e até a agricultura e evitar e até limitar possíveis despedimentos.
Se sobrar dinheiro, então pode ser ajudado o turismo.

Palpita-me ainda que os estados vão ter de nacionalizar muitas empresas que interessam aos países!
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: miguelbud em Março 31, 2020, 09:44:17 am
Sim, de facto a industria e a agricultura deveriam ser os primeiros sectores a serem ajudados, e quem tem uma horta ou pequeno terreno é bom que comece a plantar legumes e batatas, pois os preços vao disparar. No entanto, cheques turismo para alemaes , holandeses e afins, seriam mais faceis de justificar perante a opiniao publica e como na Italia e Espanha tem regioes como o Algarve (onde se vive apenas de 4/5) esta medida acudiria ás necessidades imediatas de regioes mais pobres. Desta forma os governos ganhariam mais tempo para poderem investir nos motores da economia.

Nacionalizaçoes sao capazes de haver, mas acredito mais em emprestimos estatais com o estado a designar alguem para os "Boards" até estes serem pagos, o que certamente acontecerá com as transportadoras aereas.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Março 31, 2020, 11:35:15 am
Sim, de facto a industria e a agricultura deveriam ser os primeiros sectores a serem ajudados, e quem tem uma horta ou pequeno terreno é bom que comece a plantar legumes e batatas, pois os preços vao disparar. No entanto, cheques turismo para alemaes , holandeses e afins, seriam mais faceis de justificar perante a opiniao publica e como na Italia e Espanha tem regioes como o Algarve (onde se vive apenas de 4/5) esta medida acudiria ás necessidades imediatas de regioes mais pobres. Desta forma os governos ganhariam mais tempo para poderem investir nos motores da economia.

Nacionalizaçoes sao capazes de haver, mas acredito mais em emprestimos estatais com o estado a designar alguem para os "Boards" até estes serem pagos, o que certamente acontecerá com as transportadoras aereas.

Na ajuda às transportadoras, no caso da TAP esta teria de encolher bastante, para servir apenas os interesses do país, se é nacionalizar por nacionalizar (não concordo) ainda tinham de explicar o que faz a ex-manutenção da VARIG dentro da TAP a dar prejuízos colossais todos os anos!!!!!! E não acredito que nos próximos tempos as contas da manutenção no Brasil vão melhorar!

Vamos ver quantas indústrias vão fechar portas......
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: legionario em Março 31, 2020, 02:42:09 pm
Coronavírus: "Precisamos reconstruir a nossa soberania nacional e europeia", pede Emmanuel Macron
No local da PME Kolmi-Hopen, nos subúrbios de Angers, o chefe de estado disse que queria alcançar total independência..."

Simples mudança de tom ou mudança real de politica ?
À margem de uma viagem ao local da fábrica de máscaras da PME Kolmi-Hopen, nos subúrbios de Angers (Maine-et-Loire), Emmanuel Macron renunciou aos seus sotaques liberais tradicionais e optou por um discurso claramente mais soberanista.
O presidente francês falou da necessidade de recuperar a  autonomia da França  nas industrias estratégicas.

Estava a almoçar quando ouvi isto em direto, quase me engasguei.  Très bien chèr Président !  ;D
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Maio 24, 2020, 11:07:34 am
Países “frugais” apresentam plano alternativo de relançamento económico da UE
https://eco.sapo.pt/2020/05/23/paises-frugais-apresentam-plano-alternativo-de-relancamento-economico-da-ue/
Citar
Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia, os chamados países “frugais”, apresentaram este sábado um plano de estímulo ao relançamento económico da União Europeia (UE) que rejeita qualquer mecanismo de financiamento por dívida comum e defende uma distribuição através de empréstimo.

De acordo com a proposta apresentada pelo gabinete do chanceler austríaco, Sebastian Kurz, a ajuda de “emergência” destinada aos países mais afetados pela pandemia passa pela atribuição de “empréstimos únicos, em condições favoráveis, direcionado para atividades que mais contribuem para a recuperação, como pesquisa e inovação, fortalecendo o setor de saúde e uma transição verde”, segundo a agência France-Presse.

Esta proposta surge depois de a França e a Alemanha terem proposto um fundo de recuperação para a UE de 500 mil milhões de euros, financiado por emissão de dívida pela Comissão Europeia e distribuído a fundo perdido, através de subvenções, aos países e setores mais afetados pela crise.

A Comissão Europeia deverá apresentar a sua proposta para o fundo de recuperação, assim como para o orçamento da UE para 2021-2027, na próxima semana, propostas que têm depois de ser aprovadas pelo Conselho Europeu, constituído pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros.
Para os quatro países europeus, o financiamento desse fundo por dívida comum “permitiria que as economias europeias menos disciplinadas e mais fracas beneficiassem indevidamente de um financiamento mais barato, graças às economias mais fortes dos países do Norte”. Em contrapartida, defendem que “os países envolvidos devem assumir um firme compromisso de implementar reformas de longo alcance e de respeitar o quadro orçamentário imposto”.

Alertam também para a necessidade de proteger as verbas a distribuir de eventuais “fraudes”, num processo de fiscalização que deverá envolver “os promotores europeus e os responsáveis pelo combate à corrupção”.

A proposta, rejeita a possibilidade de qualquer “aumento significativo” do orçamento da UE, conforme previsto no plano Macron-Merkel, argumentando que o documento “deveria ser modernizado e que poderiam ser redefinidas as prioridades nas áreas com menor probabilidade de contribuir para a recuperação”. Já sobre verbas associadas à prevenção e combate ao coronavírus, a proposta dos quatro países europeus sustenta que “poderiam ser privilegiadas ou aumentadas, temporariamente, dadas as previsões económicas sombrias para este ano”.

“Fundos adicionais para a UE, por mais que sejam financiados, pesarão ainda mais nos orçamentos nacionais”, reforçam os quatro países.

Esta semana, o primeiro-ministro português, António Costa, considerou “uma excelente proposta” o plano franco-alemão para a criação de um fundo de recuperação europeu de 500 mil milhões de euros baseado em subvenções. Por outro lado, considerou essencial “vencer a resistência” daqueles quatro Estados-membros que procuram travar avanços na União Europeia, advertindo que ou saem todos os países da atual crise ou não sai ninguém.

A saga continua nos próximos capítulos.  ::)
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: P44 em Maio 27, 2020, 10:24:50 am
 :-P

https://eco.sapo.pt/2020/05/27/portugal-vai-pagar-para-o-fundo-de-recuperacao-da-ue-este-grafico-diz-que-sim/
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Maio 27, 2020, 02:57:38 pm
:-P

https://eco.sapo.pt/2020/05/27/portugal-vai-pagar-para-o-fundo-de-recuperacao-da-ue-este-grafico-diz-que-sim/

Não é nada disso que tenho lido e ouvido pelos responsáveis europeus e nacionais, aliás o governo nacional está muito contente com a proposta da Comissão. O estado português vai ter direito a fundo perdido a cerca de 15,5 mil milhões de euros (se for aprovado pelos 27, atenção) e ainda pode acrescer mais 10,8 mil milhões emprestados em condições muito vantajosas (só estes 10,8 mil milhões contam para o endividamento). E nada é dito sobre comparticipações nacionais.

Portugal pode ter acesso a um valor de perto de 50 mil milhões de euros, parte do tal pacote de recuperação e a outra do orçamento comunitário que está a ser negociado.

O jornalista não terá confundido a comparticipação portuguesa para o orçamento da UE? É que de facto já estamos a pagar à UE uns 2 mil milhões por ano, para recebermos 5 mil milhões em Fundos Comunitários, e por aí bate mais ou menos certo com o valor desse artigo.

Já o Fundo de Recuperação não é nada disso que está previsto. Mas posso estar enganado, mas olhe que já vi várias fontes, incluindo da própria UE!!!!

https://www.publico.pt/2020/05/27/economia/noticia/portugal-ir-buscar-26-mil-milhoes-novo-instrumento-recuperacao-economia-1918306
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Daniel em Maio 29, 2020, 09:53:54 am
Mais vinho sobre a mesa. "Nem mais um euro para o sul da Europa", pede revista holandesa
https://www.jn.pt/mundo/revista-holandesa-contra-apoios-nem-mais-um-euro-para-o-sul-da-europa-12251475.html
(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=b266289e-b8dc-481d-82b7-a64c70a3341a&t=20200528204712)

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Quando já poucos se lembravam das anteriores acusações aos países do sul da Europa, chega da Holanda uma caricatura incendiária. Mais uma acha para uma fogueira que se agiganta.

A proposta de 750 mil milhões de euros para o fundo de recuperação económica que a Comissão Europeia apresentou na quarta-feira - e que visa ajudar o bloco europeu a ultrapassar a recessão desencadeada pela pandemia, sobretudo os países economicamente mais afetados - caiu mal na Holanda. A posição do governo, que, tal como o austríaco, é a favor da emissão de créditos apenas para não compartilhar dívidas, está em linha com a da revista conservadora "Elsevier Weekblad".

Esta quinta-feira, a publicação aponta o dedo, sem meias palavras, a Merkel e Macron, que, na semana passada, propuseram 500 mil milhões em apoios para responder aos danos económicos da covid-19. Proposta que, atira a revista mais lida do país, "significa uma transferência de dinheiro do norte para o sul da Europa". "Isso é perverso. Os factos mostram que os países do sul não são de modo algum pobres e têm dinheiro ou acesso a dinheiro que chegue. Também podem melhorar facilmente o poder aquisitivo das suas economias, com reformas como as já implementadas no norte", pode ler-se num artigo online da revista, que desvenda a primeira página, um quanto provocatória, da edição impressa de sábado.

As formigas do norte e as cigarras do sul

"Por que é que o plano de Merkel e Macron de doar 500 milhões de euros não é bom" - é a primeira frase da capa, que acompanha a imagem de uma mulher em correria, atarefada, com o telemóvel numa mão e a pasta de trabalho na outra, e ainda a de um operário, trabalhador em sacrifício. Em baixo, "nem mais um euro para o sul da Europa". E um homem, latino, de bigode e mangas da camisa arregaçadas, joias pelo corpo, com café e vinho sobre a mesa. A figura feminina transforma-se e expõe agora a vida boa de uma mulher - a flor no cabelo lembra uma sevilhana - que está de biquíni na piscina a fazer scroll nas redes sociais.

Será uma versão, agora ilustrada, da antiga acusação de que o sul da Europa gastou dinheiro em "copos e mulheres", durante a crise que conduziu ao resgate financeiro de países como Portugal, Grécia e Espanha. Uma pérola do então (2017) presidente do Eurogrupo e ministro das finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, que não caiu bem às nações-alvo. Como não caíram também as declarações de Wopke Hoekstra, atual responsável pela pasta financeira da Holanda, que recentemente instou a Comissão Europeia a investigar países, como Espanha, que dizem não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo vírus, indignando António Costa.
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: Viajante em Maio 29, 2020, 11:11:30 am
Mais vinho sobre a mesa. "Nem mais um euro para o sul da Europa", pede revista holandesa
https://www.jn.pt/mundo/revista-holandesa-contra-apoios-nem-mais-um-euro-para-o-sul-da-europa-12251475.html
(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=b266289e-b8dc-481d-82b7-a64c70a3341a&t=20200528204712)

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Quando já poucos se lembravam das anteriores acusações aos países do sul da Europa, chega da Holanda uma caricatura incendiária. Mais uma acha para uma fogueira que se agiganta.

A proposta de 750 mil milhões de euros para o fundo de recuperação económica que a Comissão Europeia apresentou na quarta-feira - e que visa ajudar o bloco europeu a ultrapassar a recessão desencadeada pela pandemia, sobretudo os países economicamente mais afetados - caiu mal na Holanda. A posição do governo, que, tal como o austríaco, é a favor da emissão de créditos apenas para não compartilhar dívidas, está em linha com a da revista conservadora "Elsevier Weekblad".

Esta quinta-feira, a publicação aponta o dedo, sem meias palavras, a Merkel e Macron, que, na semana passada, propuseram 500 mil milhões em apoios para responder aos danos económicos da covid-19. Proposta que, atira a revista mais lida do país, "significa uma transferência de dinheiro do norte para o sul da Europa". "Isso é perverso. Os factos mostram que os países do sul não são de modo algum pobres e têm dinheiro ou acesso a dinheiro que chegue. Também podem melhorar facilmente o poder aquisitivo das suas economias, com reformas como as já implementadas no norte", pode ler-se num artigo online da revista, que desvenda a primeira página, um quanto provocatória, da edição impressa de sábado.

As formigas do norte e as cigarras do sul

"Por que é que o plano de Merkel e Macron de doar 500 milhões de euros não é bom" - é a primeira frase da capa, que acompanha a imagem de uma mulher em correria, atarefada, com o telemóvel numa mão e a pasta de trabalho na outra, e ainda a de um operário, trabalhador em sacrifício. Em baixo, "nem mais um euro para o sul da Europa". E um homem, latino, de bigode e mangas da camisa arregaçadas, joias pelo corpo, com café e vinho sobre a mesa. A figura feminina transforma-se e expõe agora a vida boa de uma mulher - a flor no cabelo lembra uma sevilhana - que está de biquíni na piscina a fazer scroll nas redes sociais.

Será uma versão, agora ilustrada, da antiga acusação de que o sul da Europa gastou dinheiro em "copos e mulheres", durante a crise que conduziu ao resgate financeiro de países como Portugal, Grécia e Espanha. Uma pérola do então (2017) presidente do Eurogrupo e ministro das finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, que não caiu bem às nações-alvo. Como não caíram também as declarações de Wopke Hoekstra, atual responsável pela pasta financeira da Holanda, que recentemente instou a Comissão Europeia a investigar países, como Espanha, que dizem não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo vírus, indignando António Costa.

Os Holandeses matam-se tanto a trabalhar que até têem quase todas as SGPS portuguesas com a sua sede na Holanda, recebendo dessa forma impostos das empresas que se "espreguiçam" em Portugal, quando estas decidem distribuir dividendos aos accionistas!!!!! Realmente os milhares de milhões de euros que ganham à nossa custa, faz suar os Holandeses muito!!!!!!!

Por esse motivo defendo que a dupla tributação deve acabar (bem sei que para os juristas ela não existe), mas uma empresa pagar 21% de IRC sobre o lucro declarado (esquecendo a taxa mais baixa para os primeiros 15 000€ que é de 17%). Se o lucro ficar na empresa, paga só o máximo de 21%, mas se distribuir como manda a lei, pelo menos 50% do lucro aos sócios, essa distribuição paga 28% de IRS (sócios particulares). E é aqui que a Holanda ganha rios de dinheiro a suar as estopinhas, as suas taxas de imposto são negociadas mas andam em torno dos 5%!!!!!!

Mas a nossa esquerda nunca vai permitir esse sacrilégio, os capitalistas só pagarem 5% a somar aos 21%, isso nunca!!!! É preferível termos as sedes das nossas próprias empresas a pagar os seus impostos na Holanda!!!!!!! :o
Título: Re: O colapso da união Europeia...
Enviado por: P44 em Maio 29, 2020, 11:36:19 am
(https://i.ibb.co/vwzYkJX/EZLa7b3-Xk-AAk2-Mf.jpg) (https://ibb.co/0DJtrfs)