Homenagem aos Comandos

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Pedro Monteiro

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« Responder #15 em: Março 06, 2006, 09:41:38 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
No entanto eu tenho que referir que um meu amigo que esteve quase 5 anos no Regimento de Comandos, tirou o curso de Pára-quedismo e dizia-se Pára-Comando. Esse mesmo amigo queimou a sua boina numa cerimónia que houve na Amadora com outros ex-elementos dos Comandos, em sinal de protesto.


Os militares da BAI tinham que ter a especialidade de Aerotransportado, isto é, o curso de pára-quedismo militar. Os militares do Regimento dos Comandos que integraram a BAI frequentaram tal curso.
Por que motivo queimou ela a boina?
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Lightning

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« Responder #16 em: Março 06, 2006, 10:36:09 pm »
E já agora que boina é que queimou?
De certeza que tinha a boina vermelha dos comandos mas será que ao fazer o curso de paraquedismo militar também ficou com a boina verde?
 

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Miguel

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« Responder #17 em: Março 07, 2006, 12:04:12 pm »
2 coisas:

Antes da extinção do Regimento Comandos, varios elementos dos Comandos tiraram a suas asas em italia,alemanha, etc... porque apenas pessoal da FAP podia tirar curso de paraquedismo.

Penso que o actual modelo de utilização das nossa forças consiste em:

Operações Especiais e LRRP :arrow:  2 Bat.Paras

Infantaria Média Motorizada :arrow:  2 Bat I.Mec

No fundo cada unidade vai ter a sua propria utilzação tactica adequada ao terreno e a missão.


A extinção do 3°BPara vai permitir a duas restantes unidades, estarem com a sua dotação em efetivos completos.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #18 em: Março 10, 2006, 03:59:56 pm »
Mas que grande confusão, nem no Brasil eu consigo escapar do forum!
O tipo queimou a boina dos Comandos, já que ele nunca recebeu a Boina Verde, eles recebiam era o brevet. Vocês acham que que um Fuzo ou um Ranger quando vai a Tancos ganha a Boina Verde? Claro que não!
Os Comandos nos últimos tempos estavam a investir fortemente nas PLRA e por isso havia tipos que tinham tirado o curso de PLRA, SOGA e Mergulho de Combate na Alemanha.
Como já foi aqui dito pelo sô MIguel Machado o equipamento do regimento depois da sua extinção passou para os rapazes do CIOE.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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TazMonster

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« Responder #19 em: Março 10, 2006, 05:36:03 pm »
Ai que granel que  para aqui vai...
Ora bem...
1º - A missão dos Comandos e dos Paraquedistas, é distinta. Os comandos são forças de operações especiais, com a missão de executar missões de Acção Directa (Golpes de mão, emboscada, etc) atrás das linhas inimigas e sobre Objectivos Remuneradores, ou PRLRA. Os Comandos DEVIAM, ter a qualificaçao Para-quedista (ex: os RANGERS têm qualificação AIRBORNE). Saltar de paraquedas é apenas mais um meio de infiltração. A missão dos paraquedistas (Unidades Aerotransportadas) é diferente: Usam a infiltração por salto de paraquedas ou heli-assalto, para criarem bolsas atrás as linhas inimigas de onde se possa expandir o combate. Os paraquedistas não são forças de Operações Especiais, são forças especiais (com caracteristicas especiais de emprego), fazem guerra convencional. No chão, organizam-se como Infantaria convencional. Mas vão perder esta valência com a extinção da BAI.
2º - Quem tira curso de paraquedismo/CMDS/OE, recebe o crácha de qualifcação. A boina só devia ser usada por quem presta serviço nas unidades da especialidade. Mas como acabou por ser um simbolo emblemático e institui-se que quem tinha as ditas especialidades, a podia usar no dia a dia mesmo não estando numa unidade da especialidade. Em tempos idos (o meu TCOR que confirme o q digo), quando um paraquedista não fazia o semestre de saltos, ou não estava numa unidade paraquedista, arrumava a boina na gaveta (mas mantinha o uso do crácha). Quem vai tirar o curso de paraquedismo, recebe a boina verde, só que se for CMD ou OE continua a usar a sua.

De qualquer maneira... sempre se disse "não é o hábito que faz o monge"

E já agora uma achega, os OE, executam missões de Operações Especiais de Acção Indirecta (treino de forças irregulares em território inimigo) e também de acção directa.
Quando os CMDS foram extintos, criou-se em Lamego uma companhia com a organização CMD para levar a cabo as missões dos CMDS.
Taz
 

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Miguel

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« Responder #20 em: Março 11, 2006, 07:51:00 pm »
Comandos não morrem...
Reagrupam-se no inferno...



 :Bajular:
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #21 em: Março 11, 2006, 09:48:45 pm »
Citação de: "TazMonster"
Ai que granel que  para aqui vai...
Ora bem...
1º - A missão dos Comandos e dos Paraquedistas, é distinta. Os comandos são forças de operações especiais, com a missão de executar missões de Acção Directa (Golpes de mão, emboscada, etc) atrás das linhas inimigas e sobre Objectivos Remuneradores, ou PRLRA. Os Comandos DEVIAM, ter a qualificaçao Para-quedista (ex: os RANGERS têm qualificação AIRBORNE). Saltar de paraquedas é apenas mais um meio de infiltração. A missão dos paraquedistas (Unidades Aerotransportadas) é diferente: Usam a infiltração por salto de paraquedas ou heli-assalto, para criarem bolsas atrás as linhas inimigas de onde se possa expandir o combate. Os paraquedistas não são forças de Operações Especiais, são forças especiais (com caracteristicas especiais de emprego), fazem guerra convencional. No chão, organizam-se como Infantaria convencional. Mas vão perder esta valência com a extinção da BAI.
2º - Quem tira curso de paraquedismo/CMDS/OE, recebe o crácha de qualifcação. A boina só devia ser usada por quem presta serviço nas unidades da especialidade. Mas como acabou por ser um simbolo emblemático e institui-se que quem tinha as ditas especialidades, a podia usar no dia a dia mesmo não estando numa unidade da especialidade. Em tempos idos (o meu TCOR que confirme o q digo), quando um paraquedista não fazia o semestre de saltos, ou não estava numa unidade paraquedista, arrumava a boina na gaveta (mas mantinha o uso do crácha). Quem vai tirar o curso de paraquedismo, recebe a boina verde, só que se for CMD ou OE continua a usar a sua.

De qualquer maneira... sempre se disse "não é o hábito que faz o monge"

E já agora uma achega, os OE, executam missões de Operações Especiais de Acção Indirecta (treino de forças irregulares em território inimigo) e também de acção directa.
Quando os CMDS foram extintos, criou-se em Lamego uma companhia com a organização CMD para levar a cabo as missões dos CMDS.


Caro TazMonster (e outros),
Que grande confusão, de facto.
É aliás triste a situação que se verifica nas nossas Forças Armadas em relação às boinas e outros símbolos. E isto dá pano para mangas mas, infelizmente, julgo que não se vai alterar nos próximos anos. Só para falar nas boinas e indignias/emblemas/distintivos (nem nestas designações há uniformidade) dos cursos que fala, a situação actual (tem origem no Regulamento de Uniformes do Exército publicado depois da transferência dos pára-quedistas da Força Aérea para este ramo) e é assim: Quem tem averbado o curso de pára-quedismo militar, comandos e operações especiais, pode usar (não está definido quando ou por iniciativa de quem ) a boina respectiva. As insgnias/emblemas/distintivos, também. Ou seja, quem tenha os três cursos (independentemente da data em que os fez), pode usar uma qualquer boina e as três insignias. O que, diga-se de passagem, é muito frequente hoje em dia. No limite um militar nesta consições pode ir à formatura da manhã, de boina verde, à da tarde de vermelha e à do recolher de verde-seco! É claro que há unidades que definiram internamente algumas regras para evitar esta situação, mas em grande parte das unidades podem-se ver as três boinas em uso.
Quem quiser saber mais alguma coisa sobre isto leia "Uma questão de Boinas" no "Jornal do Exército" 519 (Junho 2003, páginas 52 a 54).
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
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Lightning

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« Responder #22 em: Março 11, 2006, 09:58:06 pm »
Pois essa situação é muito estranha mas penso que por uma questão de bom senso pelo menos nas unidades operacionais, os militares que tenham vários cursos devam usar a boina respectiva a unidade em que estam inseridos. Por exemplo um sargento ou oficial que possua os 3 cursos e esteja integrado na BRR deve usar a boina verde, no Bat. de Comandos a vermelha e no BEOE a verde seco, penso que até os restantes militares dessa unidade só com a respectiva especialidade seja melhor para o moral, já imaginaram uma companhia de Comandos comandada por um oficial com a boina verde, ou comandar uma unidade de Paras com a boina vermelha e etc, dá um certo mal estar penso eu.
Agora se for um militar que esteja colocado num Estado-Maior ou coisa do género tanto me faz a boina que usa.
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #23 em: Março 11, 2006, 10:17:31 pm »
Citação de: "Miguel"
Para quem tinha duvidas, e em particular o meu Amigo MMachado :wink:

Cumprimentos


Caro Miguel,
Lamento mas está enganado e já lhe digo porquê, leia até ao fim!
Como deve calcular não vou entrar "em guerra" com ninguém por causa disso e até sou daqueles que acha muito mal terem extinto os comandos em 1993. Os comandos tinham à data  (e terão sempre porque isso é História) aquilo que é mais dificil qualquer unidade militar adquirir: Feitos em combate. E não pode ser de ânimo leve que se extingue uma unidade com o passado e as valências que tinha o RCMDS. É claro que por essa Europa fora, e em Portugal também no passado, muitas unidades que se cobriram de glória nos campos de batalha, foram extintas. Se tal for absolutamente necessário, porque não? Mas no caso dos nossos comandos também sou de opinião que faziam falta ao Exército, não só pela História como pelas potencialidades que tinham.
Agora outra coisa é a questão legal: Como é que um despacho do CEME (está mal citado aliás, veja abaixo), pode contrariar o que está definido no Sistema de Forças Nacional? O SFN de 1991 "acabou" com os pára-quedistas na Força Aérea e com os comandos no Exército. O SFN de 1997 voltou a não contemplar unidades de comandos. Aliás o despacho do CEME que extinguiu os comandos referia expressamente que até à alteração do SFN apenas se manteriam cursos de comandos para oficiais e sargentos e mais alguns detalhes.
Só com a aprovação do actual SFN (2004) é que as duas CCMDS aparecem de novo legalmente. Ou seja, desde a sua recriação até 2004 funcionaram à margem da lei (tipicamente português não é?)
Aliás o despacho que cita não é do CEME mas do VCEME.
Para saber mais sobre esta história leia "A reactivação dos comandos" do TGen Abrantes dos Santos, no "Mama Sume" n.º 63 (Ago/DEZ05).
Com os melhores cumprimentos,
MMachado
Miguel Silva Machado
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Duarte

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« Responder #24 em: Março 11, 2006, 11:33:42 pm »
Alguém sabe qual o efectivo e a orgânica do RCmds no seu "tempo de glória"? Imagino que seriam quase 1800.. pelo menos 1600 homens.

Tanto quantoi sei a ORBAT incluía:

Batalhão de Comando e Serviços (que de facto ero o BApSvcs da Brigada de Forças Especiais)

c/ Comando
CCS
CManutenção
CReabastcimento e Transportes

Batalhão de Instrução
Comando
CCS
2 CInstrução
Companhia de Instrução de Especialidades

Batalhão de Comandos 11
Comando
CCS
CCmds 111
CCmds 112
CCmds 114 (Pesada) (inicialmente cada BCmds tinha duas CCmds e havia uma CCmds (pesada) comun aos dois BCmds, depois formaram-se duas CCmds pesadas (114 e 124) uma para cada BCmds.


Batalhão de Comandos 12
Comando
CCS
CCmds 121
CCmds 122
CCmds 124 (Pesada)

CCmds REDES (REconhecimento e DEStruição?) deixou de existir nos anos 80, mas foi-me dito que era uma unidade especializada em infiltração e golpes de mão

CCmds 131 (pesada) (foi substuída pelas CCmds 114 e 124)
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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Lightning

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« Responder #25 em: Março 12, 2006, 01:23:39 am »
Tenho alguma informação é sobre os Comandos durante a Guerra Colonial.

Em Angola havia 5 companhias a operar no fim da guerra, cada uma tinha a composição de 125 homens, num total de 625 Comandos. As unidades eram mistas e não maioritariamente europeias ou africanas.

Na Guiné, no fim da guerra existia 1 Batalhão com 3 companhias de Comandos Africanos.

Em Moçambique na mesma época o Batalhão de Comandos tinha 8 companhias de 125 homens cada, desses 1.000 Comandos metade era europeu e metade africano.

Gostava de saber mais pormenores... e talvez uma informação mais detalhada dos Comandos durante a Guerra Colonial se possivel.

não existiam comandos europeus na Guiné, provavelmente só a nivel de oficiais e sargentos mas e a nivel de praças?

As companhias de Comandos em Moçambique eram mistas como em Angola ou eram 4 companhias europeias e 4 companhias africanas?
 

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PereiraMarques

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« Responder #26 em: Fevereiro 06, 2007, 10:59:17 pm »
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CERIMÓNIA DE CONDECORAÇÃO DOS ESTANDARTES NACIONAIS DA 1ª E 2ª COMPANHIA DO CENTRO DE TROPAS COMANDOS
Em 06 de Fevereiro de 2007, terá lugar na cidade de Beja, a Cerimónia de Condecoração dos Estandartes Nacionais da 1ª e 2ª Companhia do Centro de Tropas Comandos (CTCmds).

Esta Cerimónia militar de imposição de Condecorações, será presidida por S. Exa. o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), General Luís Valença Pinto, contando ainda com presença de S. Exa. o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), General José Luís Pinto Ramalho e das autoridades civis e militares da região de Beja.

Do programa da Cerimónia destaca-se, Cerimónia de Condecoração, com Honras Militares a S. Exa. o General CEMGFA, a Leitura do Código Comando, a Leitura da Mensagem de S. Exa. o General CEME, a Alocução de S. Exa. o General CEMGFA, a Leitura do Decreto de Concessão das Condecorações e Imposição das Condecorações aos Estandartes Nacionais.

Fonte: http://www.exercito.pt
 

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zecouves

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« Responder #27 em: Fevereiro 07, 2007, 10:05:47 am »
Não se esqueçam do meu bitaite feito no fim desta página:

http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... c&start=80  :lol:

... é só uma fezada ...
 

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Lancero

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« Responder #28 em: Fevereiro 07, 2007, 12:03:35 pm »












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BEJA - BEJA - PORTUGAL
O CEMGFA, General Luis Valenca Pinto, condecora os Estandartes Nacionais das Companhias de Comandos que prestaram servico no Afeganistao, Beja, tercafeira, 06 Fevereiro 2007. NUNO VEIGA/LUSA
LUSA / STR / NUNO VEIGA
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito