Por fin os dais cuenta, en el fondo quereis ser espanholes
Questão já discutida.
É incorrecto chamar Espanha ao Estado Espanhol, e o Estado Espanhol não passa de uma forma de Estado Castelhano.
= =
De qualquer forma, o problema existe.
É evidente que o Zapatero vai acabar com o Estado Espanhol conforme o conhecemos. É uma questão de tempo e acredito mesmo ser algo absolutamente inevitável.
As coisas estão a acontecer EXACTAMENTE como na segunda república espanhola, só que agora não há "pronunciamientos" e o clima de instabilidade política dos anos 30.
Se a Espanha estivesse a atravessar uma crise económica, ou já tinha acabado como país, ou pura e simplesmente estava em guerra civil outra vez.
Desde que foi criado em 1714/15, que o Estado Espanhol balança no fio da navalha entre a dissolução e a manutenção do Status Quo.
= =
Mario Lino, é provavelmente mais um "Maria vai com as outras".
Não passa de uma forma de prostituto político, e a ser verdade o que disse (porque trata-se de uma fonte espanhola, e se há fontes duvidosas, são as fontes espanholas) o que ele fez foi provavelmente afirmar o seu ibérismo numa reunião onde existiam muitos empresários.
Trata-se de um Pina Moura - II, dos muitos escorraçados do PCP, que perceberam que tinham escolhido uma forma errada de sacar dinheiro e que ficaram desiludidos a partir do momento em que ficou claro que o PCP não ía ter acesso à teta do poder.
= =
Não nos podemos esquecer que sempre houve traidores em Portugal, e muitos em posições de relevo.
Não devemos achar que "estamos perdidos", porque um ministro ex-comunista disse que era Ibérista.
= =
No entanto, a situação é mais complicada que o que parece.
Que ninguém tenha dúvidas:
A ideia da república Ibérica nunca deixou a cabeça da esquerda espanhola.
Não há espanhois que não sejam ibéristas.
A direita, acha que devemos ser parte do império castelhano, e a esquerda acha que devemos fazer parte da república federal.
Nós somos o que a esquerda espanhola apresentará à direita como moeda de troca:
Vocês abrem mão da monarquia bourbónica/francesa que manteve unido o Estado Castelhano, e nós convencemos os portugueses a fazer parte do império.
Como é evidente, o perigo castelhano/espanhol, não é um perigo militar, é um perigo político.
Às vezes fico espantado com os comentários que vejo aqui escritos relativamente as minhas apreciações sobre os temas ibéricos, como se eu achasse que os espanhóis vão atacar no próximo fim de semana.
Esse problema não existe, muito pelo contrário.
Zapatero precisa de tornar o exército espanhol em algo absolutamente inerte do ponto de vista político, e depois passará ao ponto de promover a ideia de que cada nação peninsular terá o seu próprio exército, sendo que em caso de necessidade cada um desses países contribuirá com uma parte para a defesa.
É a ideia de uma espécie de NATO ibérica, uma espécie de tratado de defesa mútua, em que cada país terá obrigação de defender os outros em caso de conflito.
Existirá uma força supra-nacional, comandada pelo governo central e que será uma força pequena, e extremamente operacional e moderna.
= = =
O plano não é novo, e basta ler opiniões do tempo da República Espanhola para verificar quais são as ideias por detrás de tudo isso.
A ideia é na prática uma reconstrução do plano da União de Armas do inicio do século XVII, proposto ao rei pelo Conde-Duque de Olivares.
É no fundo o plano da União de Armas, que em clima de crise, acaba por destruir a coroa dos Habsburgos e acabar para sempre com essa espécie de União Europeia do século XVII.
= = =
Muita água vai correr debaixo das pontes, e esperem até alguém vir dizer que é melhor fazermos parte dessa construção repúblicana, porque assim é mais fácil garantir as reformas.
Analisem, esperem, e divirtam-se com o que ainda está para vir.
Cumprimentos