Nova LPM

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P44

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« Responder #165 em: Março 15, 2008, 06:01:16 pm »
http://jn.sapo.pt/2008/03/15/nacional/n ... visto.html

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Navios vendidos por metade do previsto
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Duas fragatas foram vendidas por 13 milhões de euros, contra os 30 milhões previstos na LPM


Carlos Varela

A compra de equipamento para as Forças Armadas poderá estar em causa na sequência do negócio entre o Ministério da Defesa e o Uruguai que conduziu à venda de duas fragatas àquele Estado por um valor menos de metade abaixo do previsto na Lei de Programação Militar (LPM), segundo fontes militares adiantaram ao JN. É o primeiro negócio de venda de armas onde o Estado entra directamente, mas que acaba por se saldar por um verdadeiro fiasco, face às previsões orçamentais.

É que a LPM previa que a venda das duas fragatas da classe "João Belo", com mais de 40 anos na Marinha de Guerra portuguesa, trouxesse ao Estado português 30 milhões de euros, mas o negócio acabou por se concretizar por apenas 13 milhões de euros, segundo o Ministério da Defesa adiantou ao JN.

As preocupações de sectores militares passam pelo facto de na calha estar ainda a venda de helicópteros Puma e aviões F-16, um conjunto de negócios que a LPM antevia como um encaixe para o Estado de 90 milhões.

Segundo justificou, em 2005, o então ministro da Defesa, Luís Amado, durante a elaboração da LPM, o objectivo era conseguir uma forma de financiar a aquisição de equipamento para as Forças Armadas. Era uma medida completamente inovadora, mas na altura levantou várias dúvidas, não tanto pela oportunidade mas pelo facto de contar com um financiamento ainda antes de o negócio estar concretizado ou sequer existirem contactos. Pior, essas verbas resultantes dos negócios existentes iriam contribuir para a aquisição de material para as Forças Armadas, e a venda das fragatas por 30 milhões iriam entrar já nas contas do ano passado.

No entanto, logo no primeiro negócio a realizar pelo Estado nem a verba entrou em 2007, como estava previsto por lei, nem correspondeu ao valor inscrito na LPM. O secretário de Estado da Defesa, Mira Gomes, em declarações à agência Lusa, considera que mesmo assim "foi um bom negócio", mas face a outras ofertas, que seriam ainda inferiores aos 13 milhões, e, segundo fontes militares, o Governo preferiu ter essa verba nos cofres como certa a não ter nenhuma. Aliás, já Severiano Teixeira tinha admitido anteriormente que os valores de venda tinham sido demasiado optimistas.

Já quanto aos 12 aviões F-16 em venda e aos 10 Puma continua sem haver quaisquer ofertas. A Roménia chegou a mostrar algum interesse pelos Puma, no ano passado, mas os contactos não avançaram mais. E as verbas previstas pela venda destes dois tipos de aeronaves, 60 milhões de euros, deveriam entrar este ano para financiar a LPM.

Bem pelo contrário, prevê-se que a LPM venha, de facto, a ser revista, mas numa revisão em baixa, ou seja, os 380 milhões previstos para 2008 vão ser curtos para as várias aquisições e é possível que tenha que haver alguns cortes.

A própria venda dos Puma já não é, aliás, clara, face aos problemas que a frota de EH-101 está a enfrentar, por falta de contrato de manutenção com a Agusta/ Westland, e os velhos helicópteros poderão ter que voltar a voar.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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paraquedista

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« Responder #166 em: Outubro 25, 2008, 02:53:53 pm »
Ola a todos,

Eu andava curioso, por nao perceber porque e que este ano de 2008 nao ouve a revisao da Lei de Programacao Militar, uma vez que a lei no artigo 15 diz que a sua revisao deve ser feita em todos os anos pares. Por isso fiz uma pesquisa no Google e foi ai que descobri esta intrevencao de um deputado do PCP, e que me parece bastante interessante:

www.pcp.pt/index2.php?option=com_conten ... f=1&id=510

Esta intrevencao mostra por um lado que o governo arranjou uma artimanha para adiar a revisao da Lei para 2009, com efeitos a partir de 2010...e por outro que o PCP nao quer ver as nossas Forcas Armadas com meios militares significativos.

Outra coisa que nao entendo, e onde esta enquadrada a aquisicao dos Leopard 2 A6 na actual Lei de Programacao Militar...uma vez que na alinea "Capacidade Mecanizada" tem apenas um orcamento de 25 milhoes de Euros ate 2011...e os CC custaram 51,3 ao Estado Portugues. (+28 milhoes da Nato, o que da o total de 80 M.Euros)
 

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PereiraMarques

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« Responder #167 em: Outubro 25, 2008, 09:50:24 pm »
A minha opinião muito pessoal, sem grandes conhecimentos de instrumentos contabilisticos e legais, é que as LPM são apenas instrumentos indicativos (i.e. "para inglês ver"), a aquisição dos Leopard não está enquadrada na LPM e tratou-se acima de tudo de aproveitar a oportunidade de realizar um "negócio da China", de adquirir CC de boa qualidade a um preço competitivo.

Não estavam previstos desde 1997 (2.ª LPM - 1997/2003), a aquisição de armas ligeiras e de helicópteros para o Exército? E foram cumpridos estes programas ou outros? As taxas de execução anual das LPM situam-se em cerca de 60 e tal por cento, o que significa que mais ou menos um terço das aquisições ficam por cumprir :roll:
 

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Jorge Pereira

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« Responder #168 em: Julho 05, 2009, 11:36:12 pm »
A revisão da LPM foi adiada para a próxima legislatura. Segundo noticia o semanário SOL desta semana, era intenção do governo nesta revisão adiar para lá de 2012 programas como a modernização dos C-130, substituição da G-3 e dos helicópteros Alouette III :shock: . Finalmente optaram por passar a dita revisão para a próxima legislatura.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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typhonman

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« Responder #169 em: Julho 05, 2009, 11:54:01 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
A revisão da LPM foi adiada para a próxima legislatura. Segundo noticia o semanário SOL desta semana, era intenção do governo nesta revisão adiar para lá de 2012 programas como a modernização dos C-130, substituição da G-3 e dos helicópteros Alouette III :roll:
 

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nelson38899

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« Responder #170 em: Julho 06, 2009, 09:18:08 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
A revisão da LPM foi adiada para a próxima legislatura. Segundo noticia o semanário SOL desta semana, era intenção do governo nesta revisão adiar para lá de 2012 programas como a modernização dos C-130, substituição da G-3 e dos helicópteros Alouette III :shock: . Finalmente optaram por passar a dita revisão para a próxima legislatura.


E sem esquecer outros programas como o avenger o veículo 4x4 e o novo obus de 155mm
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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P44

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« Responder #171 em: Agosto 09, 2009, 05:55:10 pm »
Lei Programação Militar começou 2009 com défice de 87 milhões de euros

De André Teixeira de Oliveira Ferre (LUSA) – Há 6 horas

Lisboa, 09 Ago (Lusa)- A Lei de Programação Militar começou este ano com um défice de quase 87 milhões de euros face aos compromissos assumidos e as necessidades definidas pelo ministério da Defesa para 2009, revela o relatório de execução do diploma.

De acordo com o relatório de execução da Lei de Programação Militar (LPM) referente ao ano de 2008, a que a agência Lusa teve acesso, o valor disponível (a 'dotação corrigida') para os compromissos assumidos para este ano é de apenas 320,522 milhões de euros, enquanto o valor total dos compromissos ultrapassa os 407 milhões de euros.

Face a este défice global, o relatório defende ser "necessário descativar dotações" nesse mesmo valor, 86,929 milhões de euros.

© 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

http://www.google.com/hostednews/epa/ar ... ZMHu_mvavw
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cromwell

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« Responder #172 em: Agosto 10, 2009, 02:36:25 pm »
Citação de: "P44"
Lei Programação Militar começou 2009 com défice de 87 milhões de euros

De André Teixeira de Oliveira Ferre (LUSA) – Há 6 horas

Lisboa, 09 Ago (Lusa)- A Lei de Programação Militar começou este ano com um défice de quase 87 milhões de euros face aos compromissos assumidos e as necessidades definidas pelo ministério da Defesa para 2009, revela o relatório de execução do diploma.

De acordo com o relatório de execução da Lei de Programação Militar (LPM) referente ao ano de 2008, a que a agência Lusa teve acesso, o valor disponível (a 'dotação corrigida') para os compromissos assumidos para este ano é de apenas 320,522 milhões de euros, enquanto o valor total dos compromissos ultrapassa os 407 milhões de euros.

Face a este défice global, o relatório defende ser "necessário descativar dotações" nesse mesmo valor, 86,929 milhões de euros.

© 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

http://www.google.com/hostednews/epa/ar ... ZMHu_mvavw


E porque existe este défice? :x
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cromwell

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« Responder #173 em: Agosto 11, 2009, 07:16:05 pm »
Novos programas que espero que aparecem na LPM:

-substituição da peça de artilharia M-114 de 155mm;
-aquisição de mísseis de curto alcance para a FAP (AIM-9X ou IRIS-T), com o objectivo de substituir o Sindwinder;
-aquisição de um sistema AA de médio alcance para subsituir o obsoleto Chaparral;
-Modernização de 150 M-113, com a instalação de um novo motor, melhor blindagem e um canhão de 30mm (prioritário, visto que não vamos comprar VCI´s novos)
-substituição dos mísseis Sparrow das fragatas da marinha pelo Evolved Sea Sparrow;
-instalação de mísseis anti-aéreos nas bases da FAP;
-Anulação da venda dos F-16 ( SUPER-HIPER-MEGA PRIORITÁRIO :evil: );
-Aquisição de 20 helicopteros para a FAP e o Exército (10 para a FAP, 10 para o exército).

Visto que o dinheiro é, só isto por enquanto.
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Lightning

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« Responder #174 em: Agosto 12, 2009, 03:04:06 am »
Citação de: "cromwell"
- aquisição de um sistema AA de médio alcance para subsituir o obsoleto Chaparral;
- instalação de mísseis anti-aéreos nas bases da FAP


estes dois poderiam ser o mesmo sistema?
 

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nelson38899

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« Responder #175 em: Agosto 12, 2009, 12:25:57 pm »
Citação de: "cromwell"
Novos programas que espero que aparecem na LPM:

-substituição da peça de artilharia M-114 de 155mm;


acho que vais ter sorte, nesta
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cromwell

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« Responder #176 em: Agosto 12, 2009, 01:22:12 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "cromwell"
- aquisição de um sistema AA de médio alcance para subsituir o obsoleto Chaparral;
- instalação de mísseis anti-aéreos nas bases da FAP

estes dois poderiam ser o mesmo sistema?


Não.

Para defesa das bases da FAP serião mísseis como por exemplo o mistral, lançados a partir de uma coisa destas:



Para a substituição do Chaparral, o Avenger ou o NASAMS para equipar o exército.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #177 em: Agosto 12, 2009, 02:14:53 pm »
E qual a vantagem dos Mistral em relação ao Stinger? Acho que para defender as BA era melhor algo mais efectivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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typhonman

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« Responder #178 em: Agosto 12, 2009, 10:41:05 pm »
Qual a utilidade do Mistral ?

Um avião que queira rebentar uma base, vai usar bombas guiadas, largando-as a uma altitude de segurança.

Para isso metam uma bateria de NASAMs por base ou HAWK em 2º mão.
 

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dc

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Re: Nova LPM
« Responder #179 em: Outubro 23, 2009, 09:36:47 am »
Boas
Sou novo no forum e queria dar a minha opinião sobre a LPM.

Então cá vai
-modernizaçao dos m-113 e respectivas versoes (menos o chaparral)
-150 viat. tact. do programa VTLB
-30/40 MRAPs
-mais alguns leopards
-(+) viat. tact. (land rovers , unimogs , etc)
-subst. dos m-109 a5 por pzh-2000
-novas peças 155mm
-(+) sistemas stinger
-avenger para substituir o chaparral
-defesas anti-aereas de medio alcance (nasams ou patriot)
-16/20 helis ligeiros (FAP/Exercito)
-UAVs
-10 NH-90
-6 helis de ataque
-armas ligeiras  :N-icon-Gun:  :G-Ok:
cumps