A frota F-16 pode estar em risco motivados pelos prazos para a conclusão da modenização dos aviões.
À medida que vão sendo modernizados os 40 aparelhos envolvidos no programa de modernização tem sido notória a falta de capacidade das OGMA em cumprir com os prazos impostos.
Estes prazos são contratuais e críticos para a FAP, já que esta tem feito um esforço considerável na preparação da futura estrutura de combate, quer na formação de pilotos e equipas de terra, quer na modernização de infraestruturas e metodologias de operação.
Nos corredores do estado maior da FAP fala-se já com certeza dada, da impossibilidade das OGMA conseguirem cumprir o contrato.
A razão apontada parece ser o facto de que este contracto, anterior à actual administação das OGMA gerida desde 2005 pelo consórcio Airholding (Embraer, EADS) e estar, segundo a própria administração, desenquadrado daquilo que a nova gerência pretende para as OGMA e que acaba por ser o fim da nossa industria aeronautica.
Efectivamente a Embraer pretende que a empresa abandone a sua componente industrial, já que quer passar todas a produção de componentes para o Brasil , onde a mão de obra é mais barata.
As OGMA passariam assim a prestar apenas serviços de manutenção, assistencia técnica e costumizações não envolvendo a produção.
Como a Embraer considera prioritários os serviços que envolvem a manutenção das aeronaves por ela produzidas (Embraer 170 e jactos executivos) tem canalizado certos recursos, que deveriam ter sido empregues no programa F-16, para esta outra valência.
Nomeadamente espaço nas instalações e pessoal comum às duas valências.
A parte estatal tem procurado garantir o cumprimento dos prazos, mas as clausulas de entrada do capital da Airholding tem sido um obstáculo que o estado não tem sabido (ou querido) ultrapassar.
Existe já um clima de pessimismo na FAP perante a anunciada falha de cumprimento, que pode com grande probabilidade, colocar em risco a estrutura de combate.
Efectivamente, a FAP, que inicialmente pretendia ter no prazo considerado (2012) 2 esquadras completamente operacionais com 40 F-16, reduziu posteriormente os requisitos do programa, para 33 aparelhos entre 2011 e 2012, impondo um ritmo de 4 a 5 aparelhos por ano.
Neste momento a FAP tem apenas 8 aparelhos modernizados, um número que evidencia o significativo atraso do programa.
Uma outra questão, esta referente à operacionalidade, é o facto de que a FAP não pode considerar a operação com este aaprelho sem a modernização por questões de vida útil de sistemas, este factor determina já hoje que grande parte da frota esteja inoperacional enquanto aguarda a modernização.
Com o envio de 4 aaprelhos MLU para defender o espaço aéreo da Estónia, Letónia e Lituânia, apenas estão disponíveis no país 4 aparelhos operacionais, o que torna impossível a execução da maioria das missões e valências da FAP, nomeadamente a manutenção de 2 aeronaves em alerta imediato; as missões na Madeira e nos Açores que foram descontinuadas, e missões de patrulha. Isto porque a FAP dá prioridade absoluta à formação de pilotos (os aparelhos bilugar tiveram prioridade no MLU).
Neste momento pode-se dizer, que enquanto aqueles 3 países bálticos vão beneficiar dos seviços da nossa FAP, o nosso próprio país está sem defesa áerea.
Assim vai a nossa defesa!