Noticia do "Público" sobre generais

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Azraael

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« Responder #15 em: Abril 07, 2006, 02:17:00 am »
Citação de: "papatango"
Casos como esses, não podem ser ignorados, a não ser, claro que passemos uma esponja na nossa memória colectiva, ou então coloquemos a cabeça dentro de um buraco, como a avestruz, fazendo de conta que não aconteceu nada.

Nem eu digo que devam ser ignorados ou esquecidos... apenas para segirmos em frente e deixarmos de viver no passado preocupados ou ofendidos com uma derrota de a centenas de anos atras quando existem batalhas muito mais importantes no presente.
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #16 em: Abril 07, 2006, 11:34:33 am »
A quem interessar saber o que diz o Exército (coisa que o "Público" aparentemente não fez, ou se fez não escreveu) sobre este caso dos "generais":
http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... sp?stage=1
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
http://www.operacional.pt/
 

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emarques

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« Responder #17 em: Abril 07, 2006, 12:49:03 pm »
É mais simples pôr aqui o texto, porque é difícil apontar directamente a qualquer coisa no site do exército.

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O JORNAL “PÚBLICO” ERROU

Na sua edição de hoje o jornal Público insere, com chamada à primeira página, uma notícia referente ao Exército. O respeito pela verdade e pelos leitores daquele jornal impõe uma posição pública de correcção e esclarecimento.
4/6/2006


Na matéria de fundo o que releva é que o processo de Transformação do Exército, traduzido em diplomas legais publicados em 21 de Março de 2006, se iniciou em 2003 e foi ao longo dos anos de 2004 e 2005 objecto de múltiplas acções de trabalho conjunto entre o Exército, o Estado-Maior General das Forças Armadas, o Ministério da Defesa Nacional, a Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e o Senhor Presidente da República. Com natural primazia para o esforço convergente com o Ministério da Defesa Nacional e para a intervenção do Conselho de Chefes de Estado-Maior e do Conselho Superior de Defesa Nacional. É assim evidente que, em todo este processo esteve presente, como não podia deixar de ser, total transparência. Só por ignorância, ligeireza ou má fé se pode sugerir que o Exército agiu diferentemente.

Na matéria de facto, e face ao somatório de erros e de ilações infundamentadas, incluídas no referido artigo, esclarece-se, em síntese, o seguinte:

- O texto do Decreto-lei 60/2006, reduzindo para oito (8) o número de Tenentes-Generais, corresponde a uma proposta apresentada pelo Exército em Junho de 2005 e acolhida pelo Governo; a redução será concretizada em 01 de Janeiro de 2007 após a efectivação da extinção das Regiões Militares do Norte, Lisboa e Sul, presentemente em curso;

- É completamente falso que os diplomas aprovados consagrem ou pressuponham qualquer aumento do efectivo de Majores-Generais do Exército ou que isso corresponda a uma intenção do Ramo;

- É completamente falso que o Exército não recorra, sempre que as circunstâncias o exigem, ou permitem, à figura da graduação em Brigadeiro-General; assim tem acontecido, por exemplo, para cargos na União Europeia, no Kosovo e em Timor-Leste.

Em obediência à verdade, às suas responsabilidades no plano do Estado e à obrigatória lealdade institucional, o Chefe do Estado-Maior do Exército rejeita a forma e o conteúdo do artigo do jornal Público.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Luso

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« Responder #18 em: Abril 07, 2006, 02:16:16 pm »
Acuso o conhecimento do desmentido e aceito a justificação do CEME.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Rui Elias

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« Responder #19 em: Abril 07, 2006, 04:10:49 pm »
Papaptango:

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As Olivenças, Gibraltares e outras que o valham, são importantes, porque nos permitem lembrar os erros do passado.

Eu não acredito na predestinação, que diz que o Homem tem o destino marcado. Logo, as pessoas podem-se regenerar. Se as pessoas podem, então as nações que elas formam também podem.


Eu acho que aos nossos olhos estamos a assistir a erros que comprometerão gravemente o futuro do Estado português no que se refere à sua independência e soberania plena sobre o território.

Podem chamar-me "Velho do Restelo" se quiserem.

Mas essa predestinação de que fala parece ser a mesma com que muitos assistem de braços cruzados de impotência perante o que parece ser uma fatalidade determinada pelo Divino que diz que Portugal nem consegue pilotos para operar 2 esquadras, e muito menos 3 de "caças" na FAP.

E isto é só um exemplo muito concreto.

É a hipoteca do Futuro.

É a rendição.

É o anúncio de um fim para Portugal, como nação soberana e independente.
 

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dremanu

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« Responder #20 em: Abril 07, 2006, 05:04:26 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Papaptango:

Citar
As Olivenças, Gibraltares e outras que o valham, são importantes, porque nos permitem lembrar os erros do passado.

Eu não acredito na predestinação, que diz que o Homem tem o destino marcado. Logo, as pessoas podem-se regenerar. Se as pessoas podem, então as nações que elas formam também podem.

Eu acho que aos nossos olhos estamos a assistir a erros que comprometerão gravemente o futuro do Estado português no que se refere à sua independência e soberania plena sobre o território.

Podem chamar-me "Velho do Restelo" se quiserem.

Mas essa predestinação de que fala parece ser a mesma com que muitos assistem de braços cruzados de impotência perante o que parece ser uma fatalidade determinada pelo Divino que diz que Portugal nem conseguer pilotos para operar 2 esquadras, e muito menos 3 de "caças" na FAP.

E istop é só um exemplo muito concreto.

É a hipoteca do Futuro.

É a rendição.

É o anúncio de um fim para Portugal, como nação soberana e independente.


Que dramatismo, calma Rui. Às vezes os países também precisam de entrar numa "noite escura do espírito" para, se possível, reflectirem sobre si próprios, encontrarem novas verdades, e sairem mais fortes da experiência.

Para mim o mais grave no país é que não se vê liderança nenhuma de qualidade, é só mediocridade, o que, nestes tempos difícies, mas também de oportunidade, só nos leva a perder tempo, e oportunidade de andar p'ra frente mais rapidamente.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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PereiraMarques

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« Responder #21 em: Abril 07, 2006, 05:20:07 pm »
Citação de: "Luso"
Acuso o conhecimento do desmentido e aceito a justificação do CEME.


X2

Contudo, há situações incompreensíveis, tal como aquela dos comandantes das brigadas serem majores-generais e de quando é preciso algum militar português assumir um cargo internacional, cujo comando corresponda à patente de brigadeiro-general, tem de se ir graduar alguém à pressa...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #22 em: Abril 07, 2006, 09:34:27 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Luso"
Acuso o conhecimento do desmentido e aceito a justificação do CEME.

X2

Contudo, há situações incompreensíveis, tal como aquela dos comandantes das brigadas serem majores-generais e de quando é preciso algum militar português assumir um cargo internacional, cujo comando corresponda à patente de brigadeiro-general, tem de se ir graduar alguém à pressa...

Cumprimentos
B. Pereira Marques


É muito raro haver necessidade de nomear alguém à pressa. Os pedidos para preencher cargos internacionais são feitos com muita antecedência. Excepto se for um cargo novo, naturalmente, ou que nos seja atribuído a nós, portugueses, de novo. No Exército as graduações em BGeneral são feitas de entre os coronéis tirocinados que se oferecem ou são nomeados para determinado cargo e tem curriculum compatível.
O que ali havia de verdade e é um tema ainda não resolvido trata-se da questão da desejável uniformidade de postos/cargos entre os páíses da NATO. Isso sim já tem criado embaraços mas duvido que se resolva em breve...O mal destas noticias "encomendadas" e elaboradas por jornalistas pouco conhecedores da realidade militar ´´e que misturam mentiras com meias-verdades e mesmo com verdades (como é o caso) e perdem credebilidade. Conseguiu uma primeira páginas bombástica, sem consequências para nada nem ninguém, a não ser irritar o CEME! Possivelmente era mesmo esse o objectivo.
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
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pasa

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« Responder #23 em: Abril 07, 2006, 11:44:57 pm »
Como podemos fácilmente verificar, tratou-se de uma notícia "encomendada" e provocada para alguém que não percebe minimamente o que se passa, possa escrever umas barbaridades. Se a jornalista investigasse o mínimo, constataria até que a extinção dos QGs, acaba com o lugar de 6 Oficiais Generais e não 3 (3 TGen e 3MGen)!

Tenho muita pena que um chefe de redacção de um Jornal como o Público, não tenha o à vontade e familiaridade com o porta-voz do Exército, para lhe perguntar se aquilo que vai fazer manchete, ao menos é verdade! Se calhar na  FAP, não se passaria isto, porque que eu saiba , a mesma pessoa, já lá está à uns bons anos! Para quem percebe disto, consegue ver onde eu quero chegar.

Agora que os militares fazem um esforço por mudar e os políticos lá vão fazendo o jeito, deixem ao menos isto chegar a bom porto!

Um abraço a todos.

PS: Gostei muito do vosso FORUM e fico surpreendido pelo vosso background e admirável patriotismo.
 

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Miguel

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« Responder #24 em: Abril 08, 2006, 10:33:55 am »
obrigado pelos elogios Pasa e Bem-vindo :G-beer2:

precisamos de todos!

por Portugal!
 

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Leonidas

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« Responder #25 em: Abril 08, 2006, 04:56:06 pm »
Saudações guerreiras

Não sei se se pode chamar ou qualificar como culposo o facto do Zé-Povinho votar assim ou assado. Acima de tudo creio que as pessoas votam porque acreditam em algo. Eu, próprio, não sou excepção. O Zé-Povinho não tem que forçosamente saber de tudo que se passa na sociedade portuguesa, ou se preferirem, não tem que se preocupar com o que se passa no seu dia-a-dia de setores que não lhe dizem diretamente respeito. É por isso que existe uma administração pública para geri-la. Tem sim, o direito de, a ele, serem prestadas todas as contas.  

Quando uma notícia destas vem para a opinião pública, é muito difícil de discernir o que é que é verdade, em relação àquilo que foi publicado pelo jornal, ou se de uma manipulação se trata. Um ou outro lado pode estar a tentar a puxar a brasa á sua sardinha e como nós não dominamos os meandros – que também não necessariamente estes – podemos estar a ser alvo de informação e/ou contra-informação. Ambos os lados estão mais que habilitados para tal.      

Porém, dada a pronta resposta a desmentir a notícia, eu fico mais descansado na questão do ser ou não informação ou contra informação. A posição publicada pelo Exército vai longe:

Citação de: "Exército"
Em obediência à verdade, às suas responsabilidades no plano do Estado e à obrigatória lealdade institucional, o Chefe do Estado-Maior do Exército rejeita a forma e o conteúdo do artigo do jornal Público. [/b]


Não creio que alguém responsável no Exército possa atrever-se a publicar o que quer que seja, sem estar na posse do bom senso e da verdade. Só as consequências negativas que adviriam de tal ato tresloucado de desmentir uma verdade, serão mais que dissuasoras, para que, alguém subordinado ao poder político, se atrevesse a tal coisa. Voto a favor do Exército. Gostava de ouvir o ministro acerca disto.

Talvez seja mais uma notícia encomendada igual àquelas que de vez em quando são postas a circular na impressa séria, imparcial e independente, do Zé-Povinho, claro... Não se pode deixar créditos por mãos alheias.  

Já agora, por curiosidade, de que maneira irá, esta reorganização, beneficiar o Exército, operacionalmente?

Cumprimentos