ForumDefesa.com

Economia => Mundo => Tópico iniciado por: JoseMFernandes em Setembro 22, 2007, 06:48:16 pm

Título: A economia francesa aproxima-se da hora da verdade...
Enviado por: JoseMFernandes em Setembro 22, 2007, 06:48:16 pm
"Estou a frente de um Estado a beira da falência no plano financeiro, estou a frente de um Estado desde ha quinze anos em défice crónico, estou a frente de um Estado que ha 25 anos que não vota um orçamento equilibrado " declarou o Primeiro Ministro francês ontem, na Córsega, numa reunião perante agricultores.François Fillon considerou estes os termos mais correctos e incisivos para dar 'uma imagem' da profunda necessidade de reformas em França.

Pessoalmente, julgo que não se trata de exagero, nem sequer novidade para os observadores atentos da economia francesa('linguagem de verdade' reconhece hoje o insuspeito jornal LE MONDE ) mas os políticos de vários partidos( muitos deles já presentes em anteriores governações) em vez de reconhecerem o fundado diagnóstico e alguma responsabilidade na situação ( falta de medidas  atempadas, mesmo que anti-populares)  contribuindo com soluções ou sugestões  viáveis  e  seu apoio para a sua possivel (?)resolução, preferem a política mesquinha (" deixei o Estado numa situação melhor que a actual "  disse o seu antecessor  Villepin "ele quer apenas escurecer a situação por  razões pedagógicas" ou então como diz outro antecessor Lionel Jospin "falência? nem pensar, a direita é que fez 'explodir' a dívida" ou então o porta-voz do PS "trata-se da falência da politica de direita desde 2002" ).Para estas mentes, que, não esqueçamos, estão presentes na Assembleia, Governo, Regiões e autarquias  os factos são pois tão   simples como isso.
Como faz notar um articulista francês, "a palavra 'rigor'  tornou-se um 'tabu' em França 30 anos atras, ou seja( e com as datas do défice posteriormente corrigidas para pior que o anunciado pelo PM)  desde que  o Estado frances deveria ter sabido impor o rigor e fazer pedagogia"  ... :(

A evolução deste assunto interessa obviamente ao conjunto de paises da União Europeia (as suas pressões tem sido visiveis e compreensiveis), e nomeadamente  Portugal que partilha  nalguns sectores  problemas semelhantes.