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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Malagueta em Março 23, 2012, 02:55:20 pm

Título: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Março 23, 2012, 02:55:20 pm
Vieira de Castro investe 25 milhões em nova fábrica no País


A empresa exporta para mais de 45 países e está a analisar a abertura de uma unidade na Europa de Leste.

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O aumento de encomendas levou a Vieira de Castro - empresa que produz várias marcas do ramo alimentar, como as bolachas Maria, as amêndoas Torra e os rebuçados Flocos de Neve - a investir 25 milhões de euros numa nova fábrica em Famalicão.

Parte deste investimento na terceira unidade fabril, destinada à produção de bolachas, começou a ser iniciado no ano passado. "Nesta altura, a primeira linha de montagem da nova fábrica já está a funcionar e vamos instalar uma segunda linha devido ao aumento dos pedidos de encomendas", avança a administradora do grupo, Ana Raquel Vieira de Castro. A nova unidade irá permitir aumentar a capacidade instalada para mais 15 mil toneladas, duplicando capacidade das outras duas fábricas da empresa, localizadas também em Famalicão.

 

Cerca de metade da produção da Vieira de Castro destina-se a exportação. O grupo vende para mais de 45 países, estimando atingir, no final deste ano, 30 milhões de euros de volume de negócios.

 

Uma das regiões estratégicas onde a empresa espera aumentar as ventas é a Europa de Leste. "É uma zona geográfica que queremos abordar activamente e poderá passar pela construção de uma unidade fabril ou por uma parceria com uma empresa local", admite Ana Raquel Vieira de Castro.

 

Presente na Sérvia e na Polónia, o crescimento das vendas da Vieira de Castro nestes mercados leva-os a estudar uma nova estratégia que passe pela criação de uma estrutura comercial e produtiva fixa. No entanto, a mesma responsável, realça que este projecto está ainda em estudo, não estando decidido qual será o país onde poderá vir a ser realizado.

 

Recentemente, a Vieira de Castro, em conjunto com quatro outras empresas nacionais, estabeleceu um escritório na Rússia. A iniciativa, realizada no âmbito do projecto empresarial Portugal Foods - do qual Ana Raquel Vieira de Castro é vice-presidente - deve-se ao reconhecimento do potencial deste mercado onde o grupo alimentar esteve presente até a crise de 1996/97.

 

Em 2011, as exportações dos produtos da Vieira - marca comercial com que actua em vários países, sobretudo asiáticos - representaram cerca de 40% dos 28 milhões de euros de volume de negócios da empresa, que não revelou os resultados anuais. Angola, seguida do Brasil, são actualmente os melhores mercados internacionais. A empresa exporta ainda para o Japão, China, Singapura, África do Sul, Cabo Verde, Alemanha e Estados Unidos. "Angola é o nosso principal mercado. No mercado formal, somos lideres com a marca Vieira de Castro, no informal trabalhamos com outra marca", revela a gestora.

 

O crescimento de vendas no mercado brasileiro leva a empresa a perspectivar que já este ano este país possa vir a ser melhor mercado externo. Muito graças ao sucesso da marca Princesa (bolachas, rebuçados e amêndoas) e que tem pouca expressão nas vendas em Portugal.

 

A Vieira de Castro, inicialmente uma confeitaria e casa de chá, foi fundada em 1943 como pequena empresa de bolos regionais e tradicionais.

 

A empresa, que tem o estatuto de PME Excelência devido ao desempenho financeiro, produz também para as marcas brancas e procura apostar na inovação. "Fomos pioneiros em Portugal na introdução do formato de doses, onde estamos no 'top'", salienta Ana Raquel Vieira de Castro. Uma situação que se deve também à experiência conseguida no Japão, "onde o sucesso das vendas está muito dependente da apresentação de produtos em pequenas doses".


2012-03-23 07:55
Elisabete Soares, Diário Económico
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Abril 17, 2012, 10:32:57 pm
Empresas do sector agroalimentar conquistam mercado externo

A aposta no mercado internacional tem sido uma das estratégias para que algumas empresas portuguesas continuem a crescer, numa altura em que o mercado interno enfrenta o abrandamento económico.

Esta é uma das conclusões do painel que juntou os líderes da Sumol Compal, Sovena, Gelpeixe, Cerealis, Frulact, Imperial, Vitacress Portugal, Vieira de Castro e Ramirez no IV Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).

O presidente do grupo Sovena, António Simões, explicou que através de "uma estratégia dual" - com marcas de qualidade e aposta na produção de marcas da distribuição - conseguiu colocar os óleos e azeites da empresa nas prateleiras de cadeias de retalho internacionais como a Walmart ou Ahold Sams.

Na Gelpeixe, de acordo com o seu presidente Manuel Tarré, o facto de ser uma empresa familiar não impediu a implementação de uma estratégia no mercado externo, onde as vendas estão a crescer a dois dígitos.

Na área dos chocolates, a administradora da Imperial, Manuela Tavares de Sousa, revelou que hoje o peso das exportações tem um peso de 21% no volume de negócios da empresa que já vende para mais de 40 países.

Na Frulact, se não tivesse sido feita a aposta na internacionalização desde 1999, o crescimento da empresa não teria ultrapassado os 900 mil euros e, eventualmente, "já teria desaparecido", admitiu o presidente do conselho de administração, João Miranda.

No final do congresso, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, lembrou que a "indústria agroalimentar é um pilar de crescimento para Portugal".

http://economico.sapo.pt/noticias/empre ... 42744.html (http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-do-sector-agroalimentar-conquistam-mercado-externo_142744.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 25, 2012, 01:18:45 pm
Portugal poderá ter que importar mais produtos agrícolas devido à seca


Portugal importa «30 por cento» dos produtos agrícolas que consome e este ano, «eventualmente», terá de importar mais, devido à quebra da produção nacional provocada pela seca, admitiu hoje um dirigente agrícola. De acordo com a balança portuguesa de pagamentos nos produtos agrícolas, «somos auto-suficientes em 70 por cento e ainda importamos 30 por cento do que consumimos, o que é bastante», disse Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul, entidade organizadora da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja.

Devido à seca, que afecta o país, haverá uma «quebra na produção» agrícola, «pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado» e, «eventualmente, um aumento de importações», admitiu.

Segundo Castro e Brito, Portugal tem «todas as possibilidades de atingir a auto-suficiência» em termos de produtos agrícolas e «até de produzir um excesso para exportação».

O Alentejo, «com o novo regadio», é a região que «tem mais possibilidades de contribuir para a auto-suficiência» de Portugal em termos de produtos agrícolas, mas, para tal, «é muito importante que seja concluído o regadio de Alqueva», frisou.

Neste momento, Alqueva «é o factor principal para aumentarmos a produção» agrícola no Alentejo, como aconteceu nos sectores do vinho e do azeite, que «são os principais produtos já exportados».

O Alentejo é a região portuguesa que «mais exporta» vinho e azeite e, neste momento, estão a desenvolver-se outros sectores, como o das agro-industriais e do milho de regadio, sublinhou.

«Assim haja água, porque estes produtos requerem grandes quantidades de água», disse, frisando: «Venha a água, porque os solos e o clima do Alentejo são os melhores do mundo para fazer agricultura. O problema é a água».

Neste sentido, Castro e Brito garantiu que a ACOS «vai continuar a lutar» pela conclusão do projecto global de Alqueva, referindo que «seria um erro histórico» parar ou não concluir o projecto na íntegra.

Há «muitos» investimentos em projectos de regadio em explorações agrícolas no Alentejo, que foram co-financiados com fundos comunitários e só avançaram no terreno devido «à promessa de que a água de Alqueva chegaria em 2013», sublinhou.

Os projectos, que, actualmente, são regados com recurso a furos e charcas, «não são viáveis sem a água de Alqueva», avisou, referindo que os agricultores «estão à espera e os prejuízos serão enormes senão chegar a água de Alqueva às explorações».

Castro e Brito falava à Lusa a propósito da 29.ª Ovibeja, que arranca sexta-feira e vai decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja sob o tema «+ Produção».

O tema deste ano é «sem dúvida» um apelo para os agricultores produzirem mais e «para que o Estado cumpra o que prometeu: finalizar o regadio de Alqueva», porque no Alentejo «precisamos de água para produzir mais», disse.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Maio 29, 2012, 02:00:16 pm
Dos hambúrgueres às novas empadas do ‘chef’ Avillez
Carla Castro  
28/05/12 07:50
 
.Os hambúrgueres da H3 já chegaram ao Brasil e os três sócios abriram um negócio novo: as empadarias do ‘chef’.

Conhecidos pelos hambúrgueres ‘gourmet', os três sócios da H3 passaram agora para o negócio do ‘fast food' das empadas. Mas não são umas empadas quaisquer: são feitas com receitas do ‘chef' José Avillez e garantem a continuação da aposta no segmento de topo: empadas de cozido, alheira com ovos estrelados, farinheira, entre outros sabores tipicamente lusitanos. "As empadarias do ‘chef' já estão nos centros comerciais Colombo, Campo Pequeno e Amoreiras Plaza. E vamos abrir mais oito a nove lojas até ao final do ano", revela António Carvalho Araújo, um dos três sócios da h3, , ao Diário Económico.

Os três amigos, Albano Homem de Melo (ex-publicitário), Miguel van Uden (ex-mediador imobiliário) e António Carvalho Araújo (ex-advogado) eram já proprietários do restaurante Café 3, no Tivoli Fórum,quando decidiram lançar, em 2007, a nova marca de hambúrgueres nos centros comerciais.

Passados cinco anos, têm 40 lojas em Portugal, duas em Madrid (em regime de ‘franchising) e já abriram duas no Brasil, mas há muito outros planos em perspectiva. "Há muito para fazer no Brasil. Temos cinco lojas em obra para abrir no próximo mês e meio e queremos acabar o ano com dez ou 11 lojas em São Paulo e talvez entrar em Salvador da Baía. Em 2013, vamos para o Rio de Janeiro", adianta António Carvalho Araújo.

Enquanto internacionalizavam o negócio, os três sócios já pensavam noutro, porque ser empreendedor significa nunca parar de empreender, mesmo depois do sucesso. Por isso, continuam a pensar noutras marcas, sem revelar para já quais são
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 09, 2012, 07:00:59 pm
Açúcar em risco de faltar


As refinarias portuguesas estão em risco de ruptura e receiam que possa ter de ser feito um novo racionamento de açúcar no país, dado à falta crescente do produto.
A emblemática fábrica Pastéis de Belém e a confeitaria artesanal Arcádia, por exemplo, garantem que estão atentas ao problema. E admitem que caso a situação se agrave pode ter impacto na produção e também no preço dos produtos. «Para tentar contornar o problema e evitar prejuízos num possível racionamento, temos mais de um fornecedor», diz ao SOL Miguel Clarinha, um dos gerentes dos Pastéis de Belém. Já a gigante Nestlé, por seu lado, adianta que tem stocks suficientes até 2013, para resistir a uma eventual crise.

Certo é que João Pereira, Presidente do Conselho de Administração da Refinarias de Açúcar Reunidas (uma das três que existem no país) tem vindo a alertar para a difícil situação em que vive o sector. «O açúcar está mal encaminhado em termos de quantidade e no mau caminho em termos financeiros», avisa João Pereira, lembrando que este cenário resulta do facto de a Comissão Europeia (CE) – para proteger a indústria de beterraba – apenas autorizar as refinarias europeias a aprovisionar-se sem pagamento de tarifas em certos países sub-desenvolvidos (preferenciais), não tendo estes matéria-prima suficiente. «Muitas vezes temos que recorrer ao Brasil para ter acesso a quantidades suplementares de açúcar e chegamos a pagar 500 euros por cada tonelada acima da quota. É insustentável», diz.

A gravidade da situação das refinarias nacionais levou, aliás, a que os eurodeputados portugueses integrassem um grupo de trabalho para encontrar soluções imediatas. Mas as ‘negociações’ com o comissário europeu da Agricultura estão a ser difíceis. «Mostrou abertura para fazer uma reunião, mas adoptou uma postura muito cautelosa em relação à alteração de tarifas», adiantou ao SOL o eurodeputado Capoulas Santos.

As refinarias garantem contudo que, se a CE não aceitar as alterações, o sector ( responsável por mais de 80% do açúcar branco no mercado nacional) entra em colapso. Do gabinete da ministra da Agricultora vem a garantia de que Assunção Cristas está a acompanhar o caso e que o Governo está, no seio da UE, a «pressionar para que as refinarias possam ter abastecimento regular a preços competitivos».

SOL
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 06, 2012, 06:42:36 pm
Regresso à tracção animal na agricultura para poupar dinheiro em combustível


O aumento do preço dos combustíveis está a obrigar alguns agricultores transmontanos a optarem pelo regresso à tracção animal, relataram hoje à Lusa alguns profissionais do setor. «Todos sabemos que os combustíveis estão cada vez mais caros. Os burros, depois de ensinados, são um bom auxiliar para os trabalhos no campo, o que ajuda a poupar nos gastos com o gasóleo», disse Artur Gomes, um agricultor do concelho de Miranda do Douro, com vários anos de actividade.

Animais como os burros desempenham várias tarefas na agricultura, como lavrar, puxar a carroça, transportar pessoas e ferramentas para os campos, entre outras utilidades, o que leva os seus proprietários a afirmarem que «cada vez mais compensa trabalhar com eles», já que são «dóceis e de fácil maneio».

«Tenho duas burras de raça mirandesa que estão habituadas aos trabalhos do campo. São animais que me ajudam nas tarefas da lavoura e isso reflecte-se em menor gastos na aquisição de combustível para o tractor», acrescentou.

Também Iria Gomes, uma agricultora e proprietária de quatro burros de raça mirandesa, residente na pequena aldeia mirandesa de Paradela, garante que com os seus animais lavra a vinha, arranca as batatas e planta couves. Para além destas tarefas, os animais acabam por se revelar uma companhia diária.

«Por vezes, estes animais chegam aonde não vão os tractores e sempre fica mais barato que utilizar outros equipamentos motorizados que são mais caros», frisou.

Por seu lado, Amâncio Fernandes, agricultor em Vimioso há mais de 30 anos, garante que adquiriu um cavalo para se deslocar às suas propriedades.

Estas foram algumas das ideias deixadas à margem da secular Feira de Gado Asinino, que hoje decorreu no Santuário da Senhora do Naso, situado na Póvoa (Miranda do Douro), um certame que juntou cerca de meia centena de proprietários de burros mirandeses, uma raça autóctone com o solar circunscrito à região do planalto mirandês.

Já o secretário técnico da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), Miguel Nóvoa, é da opinião que a utilização da tracção animal é útil e que os jovens agricultores deveriam reconhecer o valor dos animais nas tarefas agrícolas.

«Quem tiver um burro na sua exploração está salvaguardado de despesas acrescidas com máquinas agrícolas e combustíveis», destacou o técnico.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Setembro 13, 2012, 12:20:08 pm
Empresa que produz cogumelos cria 150 empregos

Uma empresa de produção de cogumelos prevê criar até 2013, através da formação de uma unidade agroindustrial no Parque Empresarial de Chaves, 150 postos de trabalho, disse à Lusa fonte da firma.

Além dos cogumelos, a empresa, que ficará num terreno com uma área aproximada de 100.000 metros quadrados, tenciona produzir produtos frescos, nomeadamente frutos vermelhos, como framboesas ou mirtilos.

Anualmente, a unidade agroindustrial prevê produzir 6.500 quilos de cogumelos para o mercado nacional e internacional, sobretudo Espanha.

A empresa, sem avançar os valores do investimento, referiu que o projeto deverá arrancar ainda este ano, será posto em prática de forma faseada e terá 40 unidades de produção (sub-empresas).

Um dos objetivos, explicou a fonte, é associar pequenos produtores ao projeto e reanimar, desta forma, a agricultura e os produtos da região.

A empresa irá disponibilizar aos jovens empreendedores interessados em explorar a fileira dos cogumelos a possibilidade de criar uma «sub-empresa» disponibilizando-lhes uma unidade de produção, trufas, formação especializada, escoamento do produto e certificação exigida pelos mercados.

A unidade agroindustrial terá um centro logístico que dará apoio à produção e gestão das unidades associadas, ajuda técnica especializada a todos os equipamentos e disponibilização de utensílios para uso comum.

Para além disso, fará a receção, controlo de qualidade, arrefecimento, embalamento e armazenamento em câmaras frigoríficas dos produtos entregues pelas diferentes unidades de produção.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, referiu que esta iniciativa é uma «excelente» forma de criar emprego numa região desfavorecida, estimular jovens empresários e desenvolver a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O edil salientou ainda que a empresa impulsionará a dinamização, renovação e promoção do tecido empresarial agrícola local.

A autarquia, disse, pretende ceder à empresa, de forma gratuita, o direito de construir, pelo que a minuta do contrato da promessa de constituição de direito de superfície foi aprovada em reunião de câmara e deverá ser debatida na próxima Assembleia Municipal.

O projeto é comparticipado por fundos comunitários do Programa de Desenvolvimento Rural.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/emprego-trabalho-cogumelos-chaves-ultimas-noticias/1374280-1728.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Novembro 21, 2012, 01:06:18 pm
Syngenta e Unicer apoiam produção de cevada para malte
Em 2012 o projecto MaltingUP aumentou a rentabilidade da cevada dística em 46%. Agricultores receberam majoração de 90€/hectare.
Unicer quer comprar até 40 mil toneladas de cevada em Portugal dentro de dois anos.


 
 

A Syngenta participou, a 9 de Novembro, no IX Encontro Maltibérica Produtores de Cevada, em Beja, onde apresentou os resultados do primeiro ano do MaltingUP, uma oferta criada em parceria com a Maltibérica para proporcionar aos agricultores portugueses mais e melhor produção de cevada para a indústria cervejeira nacional.

A Syngenta associa-se à Maltibérica, e ao seu accionista maioritário, a Unicer, no objectivo de aumentar a área de cevada contratada em Portugal em 20% a 30%. "Esperamos conseguir contratar pelo menos 20 mil toneladas de cevada dística em Portugal, no próximo ano, através deste programa de apoios e incentivos à produção nacional. Gostaríamos de dentro de dois a três anos comprar 40 mil toneladas de cevada dística em Portugal", disse António Pires de Lima, presidente da Unicer. O investimento total desta empresa cervejeira na compra da cevada para malte em Portugal, este ano, ascendeu a 2,7 milhões de euros.

Em 2012 aderiram ao MaltingUP 15 agricultores, com uma área de 500 hectares de cevada dística, no Alentejo, Montijo e Coruche. Os agricultores aderentes receberam um rendimento extra de 90€/hectare, aumentando a rentabilidade da cultura em 46%, mesmo num ano agrícola especialmente adverso, devido à seca que assolou o país.

"A cultura da cevada dística é sustentável, mas é preciso dar o salto no aumento da produtividade. O nosso objectivo é dar resposta a esse desafio, olhando o sector do ponto de vista do agricultor e usando todas as tecnologias à nossa disposição para o apoiar, na tomada de decisão da cultura, no campo e no acesso ao mercado. O MaltingUP nasce com o intuito de unir a indústria com o agricultor e é uma das soluções mais inovadoras do mercado", afirmou Madalena Albuquerque, responsável de culturas extensivas da Syngenta para Portugal e Espanha.

A ambição da Syngenta é englobar 4.000 hectares de cevada dística no programa MaltingUP, nos próximos dois anos, e vir a cobrir a totalidade da cevada contratada pela Maltibérica em Portugal. Recorde-se que este ano a Maltibérica contratou 5.500 hectares (12.200 toneladas) em Portugal, com uma produtividade de 2.600 kg/hectare de "qualidade muito boa", revelou Patrícia Cotrim, gestora de projectos da Maltibérica.

Patrícia Cotrim sublinhou ainda que "para nós é fundamental o uso de semente de qualidade e certificada" e elogiou a parceria: "correu muito bem, fruto do apoio técnico prestado pela Syngenta. Esperemos que no próximo ano o MaltingUP volte a ser uma mais-valia". Na lista de quatro variedades de cevada recomendadas pela Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja para a próxima campanha, duas - Pewter, Publican - são da Syngenta.

Os agricultores que aderiram ao MaltingUP testemunham a satisfação com o protocolo. "Permitiu ter condições mais vantajosas na compra de factores de produção, o que levou a um aumento da competitividade da cultura. O apoio técnico da Syngenta e da Maltibérica permite adequar o maneio da cultura, dando-lhe o que precisa", afirmou Bernardo Albino, agricultor que produziu 55 hectares de cevada dística no Alentejo e que é também o presidente da Anpoc (Associação Nacional dos Produtores de Cereais).

João Banza, agricultor de referência no Alentejo, destaca a "boa ajuda técnica da equipa Syngenta", porque "ter alguém a aconselhar no seguimento da cultura e ouvir opiniões de quem acompanha outros agricultores é proveitoso para ambas as partes" e diz-se satisfeito com a majoração conseguida - 86€ líquidos por hectare - através do MaltingUP, nos 70 hectares de cevada que produziu em Ferreira do Alentejo.

Na próxima campanha o MaltingUP será ainda mais inovador. Madalena Albuquerque anunciou que "vamos ter maior flexibilidade, adaptar-nos às necessidade em campo, para que o agricultor possa seleccionar a opção (de aquisição de sementes e produtos fitofarmacêuticos Syngenta) de acordo com a situação climatérica, dando-lhe a opção de escolher o que encaixa melhor no seu ciclo de cultura".
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Novembro 21, 2012, 01:15:52 pm
O responsável da Exposalão Batalha, onde decorre uma feira internacional de promoção no mercado externo de produtos alimentares portugueses, estimou hoje em 4 mil milhões de euros a contribuição do setor agroalimentar para as exportações nacionais em 2011.

"Se a economia está bem nas exportações, temos de especificar o que está bem. O setor agroalimentar [frutas, legumes, enchidos, queijos, vinhos, carne, doçaria, entre outros] exportou em 2011 cerca de 4 mil milhões de euros e representa mais de 60 por cento de mão-de-obra", disse hoje à agência Lusa José Frazão, no dia de abertura da primeira edição da Intergal, que decorre até sábado.

As 80 empresas expositoras estão presentes "por conta própria" e a Exposalão assume os custos das deslocações de Lisboa à Batalha e estadia dos visitantes e potencias clientes estrangeiros - 60 empresas de 20 países, como os Emirados Árabes Unidos, China ou Japão, entre outros.

Exportar para fora da Europa


"Temos de alargar o mais possível o mercado para fora da Europa, temos chineses interessados na carne portuguesa, por exemplo", disse José Frazão, embora na Intergal também existam clientes europeus de países como a Inglaterra, França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, locais onde existem empresas "detidas por portugueses que importam produtos nacionais".

O responsável do centro de exposições da Batalha assinalou ainda que a AICEP (Agência para o Desenvolvimento e Comércio Externo de Portugal) contribui "em larga medida" com ações de divulgação da feira, embora José Frazão lamente a "baixa participação" de empresários portugueses, concretamente de micro e pequenas empresas, em iniciativas de formação que aquele organismo realiza.

"Por vezes o proprietário é o pilar da empresa, são empresas muito pequenas, com cinco a dez empregados, se ele sair é difícil manter a produção", frisou.

Apostar na estratégia de vendas


Por outro lado, defendeu que Portugal "tem de deixar a cultura do produto" para se concentrar na "cultura" das vendas. "A Coca-Cola é 76 por cento publicidade e comunicação e o resto produto. Em Portugal uma empresa abre e quer começar logo a faturar, era importante mudar esta ideia", alegou.

Para José Frazão mais do que a necessidade de "fazer para ter" é preciso "vender para depois mandar fazer" o produto. "Temos de mudar a forma de atuar: não vale a pena ter a casa cheia de produto que depois é escoado por qualquer preço, quando temos é de apostar em amostras, ir vender primeiro, cativar clientes e depois produzir", defendeu.

Frisou ainda que os empresários portugueses "têm de apostar mais" em parcerias dentro do mesmo setor: "se se juntar um bom produto a um bom vendedor ficam ricos num instante", ilustrou



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/agroalimentar-e ... z2CrY6pt1Q (http://expresso.sapo.pt/agroalimentar-exportou-4-mil-milhoes-de-euros=f757993#ixzz2CrY6pt1Q)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 14, 2013, 09:15:58 pm
Ovo estrelado instantâneo vai ser primeira patente portuguesa no sector dos ovos


Um ovo estrelado instantâneo, produzido por uma máquina ainda em protótipo, será a primeira patente portuguesa no setor dos ovos, disse hoje o administrador do grupo Derovo, líder do projeto.

O protótipo funcional para a produção em contínuo de ovos estrelados, desenvolvido ao longo de quatro anos, foi hoje apresentado, em Pombal, à ministra da Agricultura Assunção Cristas, e os promotores do projeto «Egg Ready» garantem que o produto, que é depois embalado individualmente, está pronto a ser consumido como um ovo estrelado normal, após ser aquecido num forno micro-ondas.
 
«Vai ser uma patente da primeira tecnologia portuguesa para o setor dos ovos, dominada por alemães e holandeses», disse Amândio Santos, administrador executivo da Derovo.
 
Assunção Cristas assistiu à produção dos ovos estrelados que saíam de uma máquina, com a cadência de 100 ovos por hora, idealizada pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho e construída pela firma Valinox, parceiros no projeto.
 
«Até no ovo estrelado é possível inovar, não há limites à nossa imaginação», frisou Assunção Cristas perante as explicações do funcionamento da máquina.
 
A ministra considerou que o ovo estrelado «é altamente nutritivo», possuindo «todas» as proteínas diárias necessárias e, no caso do projeto do grupo Derovo sem «o problema do colesterol» por não ter gordura na sua confeção.
 
O gestor confirmou que o ovo «não leva gordura» e que é feito em três fases, variando o tempo de permanência na máquina «consoante se pretende a gema mais cozida ou mais líquida».
 
Amândio Santos apontou os mercados muçulmanos como estando «ávidos» por um produto desta natureza.
 
«É a grande aposta através do ovo congelado, a Fly Emirates (companhia de aviação) vai ser o primeiro cliente de catering deste produto», revelou.
 
O responsável destacou ainda a colaboração entre a Universidade do Minho e a empresa, frisando que «cada vez mais» as empresas têm dificuldades em alocar recursos financeiros às áreas da inovação.
 
«As universidades perceberam as necessidades das empresas e as empresas a linguagem das universidades. Hoje está criada uma relação de parceria perfeitamente possível para potenciar a inovação das empresas sem um custo demasiado elevado», frisou o empresário.
 
Já António Vicente, docente da Universidade do Minho, explicou que a instituição estudou duas vertentes do projeto: por um lado o processo de conservação do ovo e, por outro, a construção da máquina que o iria processar.
 
«A ideia era produzir, em contínuo, ovos estrelados que depois possam ser embalados, guardados durante um tempo razoável [três semanas em fresco e 18 meses em congelado] que permita a sua exportação e o consumo na hotelaria, restauração e serviços de catering», explicou.
 
O professor do Departamento de Engenharia Biológica frisou que tiveram de ser estudadas temperaturas, tempos, formas de embalamento e a maneira de preservar o ovo «e garantir que teria a sua qualidade intacta» até ao final do processo.
 
Leonel Conceição, diretor de produção da Derovo, frisou que o projeto teve um custo de cerca de 300 mil euros e avançou depois de várias empresas clientes do grupo pedirem «uma solução» para eliminarem a presença de ovos com casca nas suas cozinhas, por uma questão de higiene e segurança alimentar.
 
O próximo passo é projetar um equipamento, até final de 2013, «uma vez que o protótipo funciona lindamente» ao nível de produção em massa à escala industrial, que tem um custo estimado de cerca de meio milhão de euros.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabecinhas em Janeiro 14, 2013, 10:15:21 pm
Mas porquê "Egg Ready" e não "Ovo na hora!"... OSGASSE!
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 31, 2013, 02:50:34 pm
Felizmente temos tomates!

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Tomate transformado: Portugal sobe ao quarto lugar e assume-se como exportador mundial

O tomate transformado é uma das novas facetas de Portugal, que já é o quarto maior do mundo. A nível internacional, o produto nacional deixou para trás a Espanha, quinta posicionada, enquanto a Turquia, sexto maior exportador, já está a grande distância.
O tomate transformado – em pasta, molho ou ketchup – que é produzido em Portugal é quase todo (95 por cento) vendido no mercado internacional. O país foi o quarto maior exportador internacional no ano passado, superando a Espanha e deixando já a larga distância a Turquia.
Em 2012, Portugal produziu mais de 1,2 milhões de toneladas de tomate processado, num valor comercial superior a 250 milhões de euros, e movimentou 19,8 por cento do total europeu: dentro do continente, só a Itália exporta mais do que nós. Portugal é mesmo o único país que exporta a quase totalidade da produção.
A Europa é, também, o principal cliente do tomate transformado português. Cerca de 136 mil toneladas seguem para o Reino Unido, em especial, Espanha, Holanda e Alemanha. O Japão, sozinho, absorve cerca de 10 por cento da produção nacional, enquanto Kuwait, Rússia e Austrália compram cerca de 7500 toneladas.
Os analistas acreditam que os principais fatores para este sucesso residem na aposta na inovação e na tecnologia.

 :arrow: http://www.ptjornal.com/2013013113759/g ... ?showall=1 (http://www.ptjornal.com/2013013113759/geral/economia/tomate-transformado-portugal-sobe-ao-quarto-lugar-e-assume-se-como-exportador-mundial.html?showall=1)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 09, 2013, 09:40:17 pm
Investigadores de Peniche querem maçã descascada mais tempo sem oxidar


Investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) estão a estudar como as embalagens de maçã descascada e fatiada poderão manter-se mais tempo no mercado sem oxidar, uma solução que permitirá também aumentar os lucros da indústria. Susana Silva, docente responsável pelo projecto na Escola Superior de Tecnologia do Mar de Peniche, que faz parte do IPL, explicou à agência Lusa que "estão a ser testados polissacáridos de origem marinha, extraídos de algas, e substâncias ativas que permitem manter propriedades como a cor ou o aspecto".

A solução está a ser estudada na maçã de Alcobaça, fruta vendida descascada e fatiada dentro de embalagens pela empresa Campotec, em Torres Vedras.

Jorge Soares, administrador da indústria alimentar do ramo hortofrutícola, explicou que a maçã fatiada tem um prazo de apenas 12 dias para ser consumida e, com esta solução tecnológica, "o objectivo é aumentar essa validade".

A empresa pretende também combater a produção excedentária, visto que 10% acaba por não ser consumida devido aos apertados prazos de validade, e tirar mais-valias financeiras de um produto que está a ter elevada procura.

"É possível, num prazo de três anos, duplicar a quantidade produzida, porque se o prazo de validade for alargado conseguimos chegar ao mercado das máquinas de venda de produtos", afirmou.

No mercado há cinco anos, as embalagens de maçã fatiada passaram a integrar os menus da cadeira alimentar McDonalds e são já dos principais produtos processados na empresa de Torres Vedras, constituindo uma gama que representa um terço da sua facturação, cerca de seis milhões de euros anuais.

A Campotec recebe por ano 100 mil toneladas de maçã e coloca no mercado 700 mil embalagens da fruta, depois de processada.

Com a solução tecnológica, espera criar outros produtos, como saladas de fruta, e aplicá-la, por exemplo, à pera.

A empresa está a investir dois milhões de euros na remodelação do sistema de conservação da fruta em frio para um sistema inovador e na ampliação da linha de processamento de produtos. Fatura por ano 18 milhões de euros e emprega 160 trabalhadores.

O projecto de investigação termina no final deste ano e conta com financiamento atribuído no âmbito do Proder (Programa de Desenvolvimento Rural).

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2013, 02:24:16 pm
Fruticultores sabem se a fruta está madura pelo telemóvel


Uma aplicação para telemóveis, desenvolvida no Parque Tecnológico de Óbidos, vai permitir aos fruticultores saberem quando a fruta está suficientemente madura para ser colhida e evitar um desperdício de cinco por cento em cada lote de frutos para comercialização.

A aplicação, denominada "ultracarpo", baseia-se na acopulação de "um dispositivo de ultrassons ao telemóvel (smartphone), ligado a uma espécie de pinça que, quando encostada ao fruto, emite informações sobre os níveis de açúcar que permitem identificar com precisão em que fase de maturação se encontra", explicou à agência Lusa o mentor do projeto, Ricardo Cardoso.

A ideia "surgiu quase de uma conversa de café com um engenheiro agrónomo" e pretende pôr fim "às condicionantes com que os produtores hoje se deparam", já que, "para avaliar a maturação o fruto tem que ser espetado com uma sonda, um processo sujo, que não dá informações precisas e que conduz ao desperdício".

O responsável considerou que "muitas vezes a fruta é apanhada mais cedo do que devia, para aguentar o tempo de armazenamento em câmaras frigoríficas e nas prateleiras dos supermercados" e por outro lado "cerca de 5% de cada lote de fruta perde-se neste processo de espetar a sonda".

Um método que poderá ter os dias contados a partir do segundo semestre deste ano, ocasião em que Ricardo Cardoso pensa ter o ultracarpo "testado e a funcionar".

O protótipo está a ser desenvolvido pela Impactwave, uma empresa da incubadora do Parque Tecnológico de Óbidos e, para além do estado de maturação permitirá "calcular automaticamente o calibre do fruto e fazer um registo de informação em que produtor poderá fornecer aos clientes uma ficha técnica do fruto, desde a floração até à comercialização", sublinhou.

Um registo que, no caso das grandes superfícies "poderá contribuir também para diminuir as perdas que agora se verificam quando a fruta fica madura demais nas prateleiras e já não é vendida".

O projeto recebeu já dois prémios no Concurso de Empreendedorismo Arrisca C (atribuídos pela Sonae e pela incubadora do Instituto Politécnico de Leiria) e está a despertar o interesse dos produtores que disponibilizaram matéria prima e instalações para testar o equipamento.

A empresa está igualmente a desenvolver contactos com "potenciais investidores no sentido de conseguir produzir em quantidade para colocar o produto no mercado a preços acessíveis".

O ultracarpo será, numa primeira fase, utilizado apenas na maçã, pêra, pêssego, ameixa, tomate e uva, mas Ricardo Cardoso pretende avançar para "a conceção de uma pinça de maiores dimensões que permita verificar a maturação de frutos maiores, como o melão ou melancia".

Dependendo do sucesso da aplicação, a empresa admite que o ultracarpo possa ser "otimizado de forma a poder ser usado pelo consumidor final, facilmente, no supermercado, para avaliar se a fruta está no ponto de maturação que aprecia".

Este é o primeiro projeto ligado à agricultura desenvolvido pela empresa que opera na área das novas tecnologias e fornece soluções ao nível da programação, internet e aplicações interativas para telefones e computadores.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Março 28, 2013, 08:53:29 pm
Sugalidal no topo da indústria europeia de tomate

A Sugalidal, 100% detida por capitais nacionais, é uma das maiores empresas agro-industriais do País, com um volume de negócios superior a 100 milhões de euros e exportações na casa dos 90%, nomeadamente para Europa e Ásia.

Trata-se de um caso de sucesso empresarial e é uma das maiores produtoras de tomate a nível europeu que compete em mercados exigentes como o inglês, holandês, alemão, nipónico, espanhol, russo, francês entre muitos outros.

O grupo comercializa a marca Guloso e fornece todas as grandes empresas produtoras de molhos à base de tomate, de sumos e também empresas produtoras de pizzas frescas ou congeladas, como a Heinz, Dr. Oetker e Panzani.

Mas todas estas conquistas não foram fáceis de alcançar, como reconhece António Jorge, presidente da ‘holding ‘Sogepoc, que detém a Sugalidal. Sobre a estratégia da empresa para os próximos anos, o gestor coloca o acento tónico na qualidade dos produtos que comercializa pois o "nosso mercado caracteriza-se pela globalização, onde a concorrência é cada vez mais feroz", justifica ao Diário Económico.

A aposta da empresa passa pela diferenciação, que considera ser fundamental, mas o empresário reconhece que "por vezes não é suficiente". E explica que os consumidores procuram hoje conjugar qualidade com preços mais baixos.

"Temos de lutar com o facto de termos factores de produção muito importantes que são incomparavelmente mais caros no nosso país." O gestor não hesita colocar à cabeça os custos energéticos: "O factor energético teve o maior impacto negativo no nosso aumento de custos da empresa." O empresário considera que os custos do trabalho não são, neste momento, um problema para a competitividade das empresas. "É fundamental apostar na competitividade das nossas matérias-primas e das indústrias que as utilizam. Num mercado global só subsiste quem aposta na eficiência e na competitividade", enfatiza.

Quanto à actual crise económica e financeira e as possíveis consequências nos padrões de consumo, o empresário não deixa de mencionar a preferências por "produtos básicos, e dentro destes os produtos básicos de tomate (polpas, coulis, passatas, triturado). Acrescenta ainda que "se verifica o crescimento das refeições em casa, o que associado é menor disponibilidade de tempo da sociedade moderna, leva à maior procura soluções rápidas". E quanto ao reflexo na facturação da empresa é categórico em afirmar que estima um "crescimento geral, nos próximos ano, das categorias baseadas em tomate".
http://economico.sapo.pt/noticias/sugal ... 65837.html (http://economico.sapo.pt/noticias/sugalidal-no-topo-da-industria-europeia-de-tomate_165837.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Março 28, 2013, 08:54:49 pm
Pêra rocha prepara entrada em Marrocos

Os produtores de pêra rocha querem entrar no mercado de Marrocos a pensar já no Magrebe e na África subsariana. "Estamos a trabalhar com os ministérios da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros para que seja estabelecido um protocolo com Marrocos para vendermos mais naquele país", avançou Torres Paulo, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Pêra Rocha (ANP), ao Diário Económico. "Apesar do mercado marroquino estar a crescer nos últimos quatro anos as empresas portuguesas estão a ser penalizadas com os custos alfandegários muito significativos", afirma.

O mercado de Marrocos representa, neste momento, pouco mais de 1% das exportações nacionais, mas o objectivo é incrementar uma estratégia para potenciar vendas não só para aquele país, mas também para toda a região magrebina e subsariana.

"O mercado marroquino está muito bem organizado e que é um país de comerciantes", lamenta Torres Paulo. O responsável explica que uma maior presença de produtores naquele país vai permitir estabelecer parcerias para a venda de pêra rocha em praticamente todo o continente africano. Uma iniciativa, que a confirmar-se, vai imprimir um acréscimo nas vendas desta fruta nos mercados externos que, em termos médios, representam mais de 50% da produção.

Na última campanha de 2010/11 da ANP foram produzidas 223 mil toneladas em Portugal, 115 mil das quais pelos seus associados. Destas, 90 mil foram vendidas no mercado externo, sobretudo no Brasil, Reino Unido, França, Rússia, Alemanha e Polónia.

Mas os empresários não querem ficar por aqui e a associação está a dar os primeiros passos para entrarem em mercados como o dos EUA, México, Índia e China, grandes consumidores que não dispõem de fruta no período do ano em que existe a pera rocha", frisou Torres Paulo. Contudo, reconheceu que o "processo poderá ser um pouco mais demorado já que estão em causa negociações bilaterais" entre a União Europeia e estes países.

Previsões? Torres Paulo admite apenas que, no "espaço de um ano e meio, os empresários possam estar a vender para o mercado americano".

União fez a força
"Em Portugal não é difícil associar as pessoas o que é difícil é fazer coisas em comum". A conclusão é de Torres Paulo quando questionado sobre o segredo do sucesso da ANP que projectou Portugal para o 5º lugar no ‘ranking' dos maiores produtores europeus, e um dos dez maiores a nível mundial.

A associação surgiu há 20 anos no âmbito do processo de Denominação de Origem Protegida (DOP) para a pêra rocha com o objectivo de unir toda a fileira, desde a produção até à comercialização, para a partir daí coordenar e incentivar uma política de qualidade que define a pera rocha do Oeste. A associação é responsável pela produção de 11.000 hectares de pêra, o que representa 81% da produção nacional. Das 28 empresas associadas da ANP, 21 são organizações de produtores e 24 são empresas com central fruteira e quatro comerciantes de fruta.
http://economico.sapo.pt/noticias/pera- ... 65834.html (http://economico.sapo.pt/noticias/pera-rocha-prepara-entrada-em-marrocos_165834.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 02, 2013, 05:07:16 pm
Portugal excedentário em vinho e conservas e muito dependente da importação de cereais


Portugal produz vinho e conservas de peixe suficientes para satisfazer o consumo interno, mas está fortemente dependente da importação de cereais e oleaginosas, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o abastecimento alimentar. Entre 2006 e 2010, período a que se reporta o estudo, Portugal atingiu um grau de auto-suficiência alimentar de 81% em valor no que diz respeito a produtos da agricultura e pesca e da indústria alimentar e bebidas.

O valor médio anual da produção agrícola foi de 7 mil milhões de euros, crescendo a uma taxa média de 1,2% ao ano.

O vinho e o azeite representam cerca de um quarto do valor total da produção (1.748 milhões de euros), seguindo-se a pecuária com uma média anual de 1.636 milhões de euros, enquanto os produtos hortícolas se destacaram a nível do crescimento do valor da produção (6,2% ao ano), representando 462 milhões de euros em 2010.

O azeite, os ovos, os animais vivos, os produtos hortícolas e os frutos frescos estão próximos da auto-suficiência, enquanto o vinho e as conservas de peixe estão acima dos 100%, o que significa que a quantidade produzida satisfaz totalmente a procura interna.

Os produtos de pesca satisfazem 82% da procura, mas no que diz respeito aos alimentos processados (congelados, secos e salgados) o grau de auto-suficiência é inferior a 47%.

Também o sector das bebidas teve um crescimento sustentado neste período, atingindo os 96% em 2010, mas Portugal só é auto-suficiente em cerveja e água mineral, estando fortemente dependente de importações de outras bebidas não alcoólicas (incluindo refrigerantes) e outras bebidas alcoólicas.

Pelo contrário, a elevada dependência externa dos cereais e das oleaginosas é comprovada pelas importações que representam 42,4% do valor global das importações agrícolas.

O INE salienta que esta dependência tem tido uma tendência de agravamento, com as importações a aumentarem, em média 10,3 e 12% ao ano, para os cereais e as oleaginosas, respectivamente.

Segundo o INE, no caso dos cereais "a produção nacional é pouco competitiva no sequeiro, mas tem margem de progressão no regadio, particularmente para a cultura do milho".

Já no caso das oleaginosas, "a situação altamente deficitária dificilmente será corrigida", uma vez que as condições climáticas não favorecem a produção das principais oleaginosas (soja e colza).

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Edu em Abril 02, 2013, 05:58:59 pm
Afinal a nossa dependência agricula e a nossa incapacidade para produzirmos alimentos para alimentar toda a população não é assim tão grande como algum tempo atrás alguns foristas aqui queriam fazer crer.

Sem duvida que nos cereais temos uma clara dependencia mas penso que com um melhor aproveitamento dos recursos existentes (como é o caso da barragem do alqueva) conseguissemos melhorar bastante a nossa prestação da produção de cereais, não digo tornarmo-nos independentes obviamente, mas reduzir bastante a nossa dependencia.

O sector da pesca é outro onde claramente temos a obrigação de evoluir. Não há razão nenhuma para, salvo em nichos de mercado, sermos um país importador de pescado. Temos sim de nos tornar um grande exportador e assim conseguir contrabalançar as dificuldades na produção de cereais e oleaginosas.
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Vicente de Lisboa em Abril 02, 2013, 06:03:37 pm
Citação de: "Edu"
O sector da pesca é outro onde claramente temos a obrigação de evoluir. Não há razão nenhuma para, salvo em nichos de mercado, sermos um país importador de pescado. Temos sim de nos tornar um grande exportador e assim conseguir contrabalançar as dificuldades na produção de cereais e oleaginosas.

Hepa, fantástico. Os segundos maiores consumidores do mundo, um povo que tem como prato nacional um peixe que não existe nas suas águas, e vamos ser é exportadores! Diz-me só um pormenor nesse plano... Exportadores de quê, pescado onde?
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 07, 2013, 02:32:41 pm
Chuvada pode pôr em causa produção de cereais no Alentejo


A chuva "anormal" das últimas semanas poderá pôr "em causa" a produção de cereais e atrasou culturas de primavera/verão no Alentejo, apesar de "benéfica" para criar pastagens e repor níveis das albufeiras, segundo dirigentes agrícolas. "Não me lembro de um Março tão chuvoso". A chuva que caiu foi "anormal" e vai ter "reflexos negativos" na agricultura alentejana, disse à agência Lusa o presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, Castro e Brito.

No caso dos cereais, cultura de outono/inverno e de sequeiro, a campanha 2012/2013 "não vai correr bem e poderá estar em causa", afirmou, admitindo "perdas parciais ou totais" de produções.

"Tanta água deixou os solos encharcados", o que, no caso dos cereais, está a provocar a "asfixia radicular das plantas", ou seja, as raízes estão inundadas e com dificuldades em respirar, uma situação que "prejudica" o desenvolvimento dos cereais, explicou.

"Já tinha chovido muito e esta água é claramente a mais" e vai "prejudicar os cereais semeados", frisou Manuel Silveira, da Associação de Jovens Agricultores do Distrito de Évora, em declarações à Lusa.

Por outro lado, devido ao encharcamento dos solos, para já, é "impossível" trabalhar os campos, o que está a provocar "um grande atraso nas culturas de primavera/verão", como girassol, tomate, milho, melão e melancia, e, se a chuva persistir, "não haverá possibilidades de fazer algumas", referiu Castro e Brito.

As culturas de primavera/verão "estão a ser prejudicadas", porque já deviam estar semeadas nesta altura, mas a chuva "atrasou tudo", disse Manuel Silveira, numa opinião partilhada pelo presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), António Bonito.

"Quando deixar de chover e de repente a temperatura começar a subir, a conjugação de muita humidade e calor vai criar condições para o desenvolvimento de fungos e doenças em algumas culturas", como cereais e olivais, alertou Castro e Brito.

Apesar dos "reflexos negativos", a chuva das últimas semanas tem sido "benéfica" para a agricultura alentejana, frisou à Lusa António Bonito, lembrando a "grave" seca que assolou o Alentejo no ano passado.

"Esta chuva é benéfica e fazia-nos muita falta para repor lençóis freáticos, níveis de água nas albufeiras e permitir rega das culturas de primavera/verão e das permanentes", como vinhas e olivais, sublinhou António Bonito.

Por outro lado, realçou Castro e Brito, a chuva também tem sido "positiva" para os criadores de gado, já que permitiu criar "pastagens em abundância" para alimentar os animais, mas "há algumas que estão encharcadas e o gado tem dificuldade em se alimentar".

A chuva "anormal" das últimas semanas está a criar "constrangimentos" à agricultura, mas, em comparação com os provocados pela seca do ano passado, os prejuízos são "francamente inferiores", considerou António Bonito.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Abril 15, 2013, 10:17:17 am
Exportações do agro-alimentarcresceram 14% em dois meses


Importações também cresceram, mas a um ritmo ligeiramente inferior. Mesmo assim, o saldo comercial foi negativo, em cerca de 35 milhões de euros. Sector mostra-se a partir de hoje em Lisboa.

As exportações de produtos alimen­tares aumentaram 14% nos primeiros dois meses do ano face ao período homólogo de 2012, e já valem quase 380 milhões de euros. Contudo, o crescimento das vendas para o ex­terior foi quase proporcional ao da compra de produtos estrangeiros. Os dados do INE revelam que entre Janeiro e Fevereiro, as importações deste grupo de produtos (que inclui desde preparações de carne, açúcar ou bebidas) aumentaram 13%.

O saldo comercial ainda é defi­citário. As compras ao estrangeiro valem mais de 414 milhões de euros e, contas feitas, resultam num défi­ce de 34,4 milhões de euros, que o país ainda não conseguiu inverter. A pesar nestes números estão matérias-primas que não existem em Portugal e que têm de ser importadas, como o açúcar ou o cacau, e outras com pro­dução local diminuta (tabaco).
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Maio 19, 2013, 03:17:29 pm
Portugal pode começar a exportar cereja para o Japão


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, anunciou no sábado que o Governo iniciou um processo negocial com o Japão para exportar cereja portuguesa para aquele país do oriente. O processo foi desencadeado recentemente durante uma visita do secretário de Estado da Alimentação ao estrangeiro, a pedido dos produtores do Fundão, a região de Portugal onde se concentra a maior produção nacional de cereja.

O Governo ainda não sabe dentro de quanto tempo é que a cereja portuguesa poderá ser consumida no Japão, mas Assunção Cristas prometeu “dar a melhor atenção” para que o processo “seja rápido”, à margem de uma sessão partidária em que participou, em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.

Assunção Cristas esteve presente na qualidade de vice-presidente do CDS-PP par dar apoio ao candidato do partido, Rui Costa, à Câmara local nas eleições autárquicas do final do ano.

A sessão tinha como tema a agricultura e a ministra da tutela apontou como exemplo da dinâmica do setor em Portugal o caso dos produtores de cereja do Fundão e o trabalho do Governo para ajudar a abrir o mercado do Japão a este produto.

Assunção Cristas avisou que estes processos são, contudo, “complexos” e “têm regras específicas”. “Isto pressupõe um trabalho técnico relevante e também um trabalho político, porque muitas vezes as coisas andam mais rápido e desbloqueiam-se quando é possível ir ao local, falar com os dirigentes políticos, sinalizar as questões, entender exatamente onde é que estão as dificuldades, e é isso que temos feito em relação a muitos produtos e estamos a fazer, neste momento, em relação ao Japão, porque houve essa sinalização”, declarou.

Este trabalho para exportação da cereja portuguesa será feito com os produtores e envolverá visitas ao local dos potenciais compradores.

Assunção Cristas lembrou que ela própria esteve há pouco tempo no Brasil a tratar de outras frutas nacionais que poderão ser exportadas para aquele país e oficializou um protocolo com o homólogo brasileiro, a que se seguirá a deslocação de uma missão técnica brasileira a Portugal.

Segundo disse, o Ministério da Agricultura tem em curso outros processos idênticos com outros países como a China ou Marrocos. Estes acordos poderão contribuir para reduzir o défice agroalimentar de Portugal que, em 2012, teve uma quebra de 15 %, segundo apontou, mas que continua a registar uma diferença negativa de 30 % entre o que país importa e exporta.

A ministra realçou ainda que a ”agricultura é o setor que, neste momento mais cresce em Portugal”, indicando que, em 2012, “a recessão (da economia portuguesa) foi de 3 % e o setor agroalimentar cresceu 2,8 %”.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Junho 08, 2013, 09:50:51 pm
Assunção Cristas considera que agricultura portuguesa está a atravessar boa fase


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas elogiou hoje o dinamismo do setor agrícola considerando que o crescimento das exportações em mais do dobro das exportações do país mostra que a agricultura está a atravessar uma fase boa.

«A agricultura está a atravessar uma fase boa», afirmou a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, contrapondo aos dados da recessão económica nacional o crescimento das exportações do setor alimentar «em mais do dobro das exportações do país».

Aludindo aos números divulgados na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – que apontam para um crescimento de 7% das exportações, entre fevereiro e abril, comparativamente ao mesmo período do ano passado – a ministra disse estar a sentir-se «um momento de grande dinamismo quer no que respeita às exportações, quer ao aumento da produção, quer ao acrescento de valor».

Subidas que a governante atribui à «inovação e à agroindústria que se está a comportar muito bem, de forma muito dinâmica» e cujos resultados são patentes «quando olhamos para os números de instalação dos jovens agricultores que se vão interessando de novo pela terra».

Um interesse que o Governo está também empenhado em estimular através do projeto Bolsa de Terras, que, segundo Assunção Cristas «já foi regulamentado» estando o ministério a divulgar «toda a informação disponível para estimular os proprietários a aderirem à bolsa de terras e as pessoas a candidatarem-se».

Apostada em «diminuir as importações, aumentar as exportações e diminuir o nosso défice agroalimentar», Assunção Cristas acredita que apesar de o pais ainda ter «caminho pela frente» irá alcançar os objetivos, tanto mais que «ainda temos mercado interno para conquistar e temos sobretudo mercado externo que vai ser sempre crescendo», dado a o aumento populacional.

«A população mundial está a aumentar, vai precisar continuamente de alimentos e nós sabemos produzi-los bem, com segurança alimentar, com muita qualidade e com produtos diferenciados», sustentou a ministra ressalvando que o país precisa é de «saber vender bem os nossos produtos, com a marca Portugal e que o nosso país seja reconhecido como origem de bens de grande qualidade».

Assunção Cristas falava em Santarém onde hoje inaugurou a 50ª edição da Feira Nacional de Agricultura, certame onde, disse aos jornalistas não ter «ouvido críticas» e, pelo contrário, ter encontrado «um ambiente muito dinâmico, muito positivo e muito entusiasmado».

O certame que este ano conta com cerca de 600 expositores ligados ao setor agrícola decorre no CNEMA (Centro nacional de Exposições) até ao próximo dia 16.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Setembro 14, 2013, 12:11:01 am
Investigadores de Leiria criam gelado feito a partir de microalgas

Um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) que tem estudado o potencial dos recursos marinhos criou um gelado feito a partir de microalgas, com benefícios nomeadamente para quem sofre de obstipação. Depois de um ano de experiências, o gelado deverá começar a ser comercializado em breve.

Nos laboratórios do grupo de investigação em recursos marinhos da Escola Superior de Tecnologia do Mar, pertencente ao IPL e localizada em Peniche, as microalgas, já antes utilizadas em suplementos alimentares, são estudadas há um ano. Desde então, o gelado tem vindo a ser alvo de provas de degustação para melhor se adaptar ao paladar dos consumidores.

Os investigadores afirmam que o gelado tem “um grande efeito benéfico” na regularização do trato intestinal, pelo que os problemas de obstipação “serão minimizados”.

“Em termos da capacidade antioxidante associada às algas, sabemos que as algas vão minimizar problemas de stress oxidativo, que poderão dar origem a doenças cardiovasculares, oncológicas", explica Susana Bernardino, docente envolvida na investigação. Estas doenças serão prevenidas pela capacidade de antioxidação das algas. Além disso, explica, "sendo o teor de lactose reduzido em 50 a 55%, um intolerante à lactose pode consumir este gelado”.

Com o aproveitamento dos recursos marinhos, os cientistas querem trazer as algas para a alimentação ocidental, à semelhança do que acontece na cultura oriental.

Ao fim de um ano, o resultado final é um gelado fabricado a partir de algas e uma substância denominada kefir (microorganismos compostos), de cor verde, que a partir desta sexta-feira e até domingo vai ser oferecido à saída da praia na Figueira da Foz aos transeuntes pela Emanha, uma geladaria de fabrico artesanal com lojas na Figueira da Foz e Lisboa.

O projecto de investigação, financiado por fundos comunitários em cerca de 33 mil euros destinados a comparticipar investigadores bolseiros, insere-se na estratégia de desenvolvimento de investigação aplicada às necessidades das empresas, criando soluções que facilitem a inovação e competitividade.
@LUSA
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 28, 2013, 01:52:27 pm
Japoneses investem dois milhões em Portugal para reforçar produção de cerveja com tomate


O grupo HIT vai investir dois milhões de euros na fábrica de tomate de Águas de Moura no próximo ano para aumentar a capacidade de produção de cerveja com tomate, anunciou o responsável da fábrica, Martin Stilwell. O grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) tem como principal accionista o gigante agro-alimentar japonês Kagome e é dono das fábricas de processamento de tomate Italagro, na Castanheira do Ribatejo e FIT, em Águas de Moura.

Martin Stilwell, o presidente executivo da HIT sublinha que o interesse dos japoneses pelos produtos de tomate nacionais resulta de uma ligação de quase 30 anos à fábrica da FIT, uma relação "que se tem vindo a intensificar ao longo do tempo" e que culminou com a entrada da Kagome no capital da empresa em 2007.

A fábrica, salientou, tornou-se particularmente importante nos últimos anos: é aqui que a multinacional japonesa, que investe cerca de 10% da sua facturação anual de dois mil milhões de dólares em I&D, "traduz os resultados obtidos no laboratório para a escala industrial".

Exemplo desta inovação é uma cerveja que incorpora extracto de tomate produzido na fábrica portuguesa, que foi lançada timidamente, em 2012, em pequenos supermercados de Tóquio, mas conseguiu alargar as vendas um ano depois a toda a rede de distribuição da capital nipónica.

O responsável da HIT frisou que as vendas de extracto de tomate usado para fazer esta bebida duplicaram em 2013 e previu que dupliquem novamente em 2014, o que implica aumentar a capacidade de produção nesta fábrica, a única "que tem a tecnologia e a capacidade" necessárias para produzir o extracto.

Nos últimos quatro anos, os japoneses investiram cerca de dois milhões de euros nas instalações e Martin Stilwell prevê que será necessário fazer um investimento similar em 2014 para reforçar a produção deste extracto, usado na cerveja japonesa, mas que pode vir a ser incorporado em novos produtos.

Por enquanto, a cerveja só é vendida no Japão e o empresário assume que é preciso ser cauteloso no que respeita ao investimento.

"Temos de ter alguma certeza de que o produto vai ter sucesso antes de avançar. Tóquio tem um pouco menos de 20 milhões de habitantes e o Japão tem cerca de 170 milhões. Se entrarmos na distribuição em todo o Japão, a nossa capacidade de produção é muito rapidamente esgotada por isso não prevemos sair ainda do Japão", justificou.

Questionado sobre o porquê deste interesse pelo tomate nacional, Martin Stilwell considerou que a obsessão japonesa pela qualidade do alimentos que consomem e a preocupação com a segurança alimentar têm sido positivas para Portugal, cuja qualidade dos produtos alimentares é reconhecida.

Martin Stilwell sublinhou que a cor é um aspecto distintivo e que o sabor do tomate cultivado em Portugal faz a diferença.

"É um critério com o qual é muito difícil de concorrer. Resulta de condições naturais que nós temos e que outros não têm, uma combinação de um clima suave, com a proximidade do mar, amplitudes térmicas não muito amplas e a fertilidade dos terrenos na zona do Tejo", explicou.

Portugal produz anualmente cerca de 1,3 milhões de toneladas de tomate transformado que são exportadas na sua quase totalidade.

O Japão é o segundo maior cliente, a seguir à Europa, recebendo cerca de 10% do total.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 30, 2013, 09:23:40 pm
Portugal é o 4º maior exportador mundial de Tomates


Portugal é o segundo maior exportador de produtos derivados do tomate da Europa e o quarto maior do mundo. Os números foram revelados pelo Ministro da Economia, António Pires de Lima, durante uma visita feita, a semana passada, à fábrica da Sugalidal, empresa especializada na transformação do tomate, em Benavente.
 
Atualmente, Portugal exporta 95% dos derivados de tomate que produz, uma percentagem que, em 2012, representou um volume de negócios de 250 milhões de euros. O sector emprega um total de 6.000 pessoas e, segundo o governante, tem beneficiado de um investimento de cerca de 60 milhões de euros em inovação na última década.
 
"Este é um sector que provou, nos últimos 20 anos, como a capacidade empresarial e agrícola de Portugal se reestruturou e se organizou para ser eficiente", afirmou Pires de Lima, citado num comunicado emitido pelo Governo de Portugal, acrescentando que este é, portanto, um sector "muito competitivo".
 
De acordo com o governante, "Portugal já exporta mais produtos derivados de tomate do que Espanha - que é um país muito maior - sendo o segundo maior exportador da Europa, a seguir à Itália, e o quarto maior exportação do mundo", o que se deve "à capacidade de gestão e organização" que esta indústria tem demonstrado, nomeando a Sugalidal como exemplo.

Vinho, cerveja e azeite são outros produtos de excelência
 
"A empresa que hoje visitámos é a maior do setor no País e é um belíssimo exemplo da capacidade empresarial dos agricultores portugueses, a nível de organização de grande escala", salientou o Ministro da Economia.
 
Apesar da evolução que se tem registado, Pires de Lima destacou que "é importante termos regras que sejam semelhantes às dos outros países europeus, devido a questões concorrenciais", e que há ainda "algum trabalho a fazer quanto a custos energéticos, dada a sazonalidade esta indústria, que só opera dois meses por ano".
 
O ministro defendeu ainda que as empresas "são os atores principais da retoma económica do País" e garantiu ser sua obrigação "dar visibilidade ao que de melhor se está a fazer no setor agroindustrial em Portugal, que foi responsável pela maior parte dos empregos criados no segundo trimestre de 2013".
 
Além dos derivados do tomate, António Pires de Lima destacou também a "capacidade empresarial" no vinho, na cerveja e no azeite, que "muito contribuem para ajudar ao crescimento económico de Portugal".

Boas Noticias
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 07, 2013, 10:07:12 pm
China e Brasil vão vender sabor português


Produtos agro-alimentares nacionais destacam-se pela inovação e vão promover-se nos supermercados chineses e brasileiros. Empresas querem fornecer redes estrangeiras. Vários produtos portugueses estarão à venda em supermercados brasileiros e chineses no próximo ano, numa iniciativa da PortugalFoods, associação dedicada à internacionalização do sector agro-alimentar, que junta 79 empresas lusas e 11 entidades científicas.

“Já estamos a articular-nos com o Pão de Açúcar, no Brasil, e a falar com os chineses da City Shop, que também querem. Será venda pura e dura, com retorno para as empresas”, avança a directora executiva da PortugalFoods, Ondina Afonso, em entrevista ao SOL, embora ainda não haja datas nem previsões de ganhos.

Por agora, está a decorrer uma acção idêntica em Andorra. Nas prateleiras das lojas Mercacenter, desde 17 de Setembro e até 13 de Outubro, estão 300 produtos portugueses, de 23 empresas. Se correr bem, algumas poderão tornar-se fornecedoras da retalhista.

“Esta acção promocional é como um período experimental, um ensaio. E também vai ser assim no Brasil e na China”, reforça, indicando que, por exemplo, no caso da rede chinesa – que tem lojas em Xangai e Pequim – 80% dos produtos são estrangeiros e gourmet, e os principais clientes são expatriados. Já o Pão de Açúcar tem mais de 165 supermercados no Brasil, que servirão de montra.

“A receptividade dos produtos portugueses lá fora é boa. Procuramos a comida mais pela experiência, pela parte intangível. E Portugal está a tornar-se numa nova experiência de consumo”, assegura a directora, referindo o azeite, o tomate ou os vinhos. “Recebemos uma importadora russa que só queria produtos artesanais – o presunto fumado, certos enchidos”, exemplifica. Houve também um belga dono de uma rede de lojas de produtos étnicos que passou a importar bolo-rei e um indonésio que se deliciou com as conservas lusas e começou a vendê-las do outro lado do mundo.

“No estrangeiro, Portugal distingue-se por ter gente honesta, credível e flexível. E ser pequeno não é uma desvantagem. Uma empresa pequena é capaz, a nível da linha de produção, de se adaptar mais facilmente do que uma grande multinacional”.

A inovação é outro dos trunfos da PortugalFoods, cujas associadas, entre as quais, a Cofaco, Cerealis, Fabridoce, Imperial ou Primor, representam 2,5 mil milhões de vendas, 500 milhões em exportações e 9.000 empregos. E a aposta tem sido na linha da saúde e bem-estar (produtos funcionais, para intolerantes à lactose, sem sal) e na da conveniência (snacks saudáveis, barras de fruta).

Mas Ondina Afonso também não deixa de apontar fragilidades ao sector, que, no total, gera um volume de negócios de 12 mil milhões de euros, exporta 5 mil milhões e emprega 110 mil pessoas.

“Há dois mundos que têm de se tornar um só. Há uma indústria transformadora, altamente competitiva e inovadora; e uma agricultura onde também já há casos tecnológicos, mas em que a grande parte ainda não é, devido ao passado, em que houve prémios para as pessoas não produzirem”, alerta. “A agricultura está a perceber que tem de se ligar à agro-indústria. E a agro-indústria já percebeu que terá mais-valias se, em vez de importar, for buscar à produção nacional. Mas a produção nacional precisa de ser reforçada”, defende.

SOL
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Outubro 09, 2013, 06:13:57 pm
O link tem um vídeo.
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O plástico biodegradável made in Portugal que está a revolucionar a agricultura

Se gosta de ler notícias ligadas à sustentabilidade agrícola, em Portugal, certamente que já ouviu falar no agrobiofilm, um plástico que, em vez de ser feito com petróleo, é feito com amido de milho e outros óleos vegetais.

“É um plástico… ou melhor, não podemos considerar que é um plástico”, começa por dizer Carlos Rodrigues, da Silvex, empresa que faz parte do consórcio que investigou o material.

“Plástico é o de polietileno. O agrobiofilm é um polímero biodegradável. É parecido com o plástico, tem as mesmas características mecânicas do plástico, cumpre as mesmas funções do plástico… de polietileno, pode ser aplicado no solo com as mesmas alfaias do que o polietileno mas é feita de fontes renováveis e não de petróleo”.

No final do ciclo da cultura, o agrobiofilm pode ser enterrado e assimilado pelos microrganismos.

O projecto levou três anos a ser preparado e incluiu o trabalho de quatro universidades. “Com esta [complexidade] é o único no mundo”, explica Carlos Rodrigues.

Com um período de vida muito curto, o agrobiofilm permite uma colheita mecânica quase sem riscos de aparecerem materiais estranhos junto dos vegetais. No caso da Monliz, que utiliza o agrobiofilm, junto do pimento. “Temos uma produção de boa qualidade, tal como o polietileno, mas com factores de produção mais amigos do ambiente”, explica Tiago Santos, da Monliz.

Por outras palavras: o polietileno tradicional, como não é biodegradável, obriga o agricultor, no final da campanha, a ir ao campo retirá-lo, com a mão-de-obra e custos acrescidos. Com o agrobiofilm, esta necessidade acabou.
http://greensavers.sapo.pt/2013/10/04/o ... com-video/ (http://greensavers.sapo.pt/2013/10/04/o-plastico-biodegradavel-made-in-portugal-que-esta-a-revolucionar-a-agricultura-com-video/)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Outubro 21, 2013, 02:48:36 pm
Para curar as depressoes do OE2014.

Citar
Empresa de Évora produz primeiro gin biológico da Península Ibérica
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... erica.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/empresa_de_evora_produz_primeiro_gin_biologico_da_peninsula_iberica.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 21, 2013, 09:26:53 pm
Citação de: "miguelbud"
Para curar as depressoes do OE2014.

Citar
Empresa de Évora produz primeiro gin biológico da Península Ibérica
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... erica.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/empresa_de_evora_produz_primeiro_gin_biologico_da_peninsula_iberica.html)

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Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 29, 2013, 06:57:11 pm
Compal vai dar 60 mil euros a jovens fruticultores


A Compal está a promover, pelo segundo ano consecutivo, uma iniciativa de apoio à fruticultura destinada a jovens empreendedores. Os três projetos vencedores desenvolvidos pelos formandos da Academia do Centro de Frutologia da marca ganharão 20 mil euros para serem postos em prática.

Segundo informa o site da Academia, a edição para 2013/2014 tem como destinatários "empreendedores agrícolas que pretendem instalar-se, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola, produzindo uma das seguintes frutas: ameixa, ameixa rainha cláudia, baga, cereja, diospiro, maçã, maçã bravo de esmolfe, melancia, melão, meloa, marmelo, pêssego ou pera rocha".

Os formandos selecionados terão acesso a um programa de formação composto por um conjunto de sessões no terreno, visitas a explorações agrícolas modelo e a centros de experimentação e módulos teóricos, lecionados por peritos do setor.

O objetivo desta academia é fornecer conhecimentos que suportem a prática sustentável da fruticultura ao longo da cadeia de produção – desde a preparação do projeto e a instalação do pomar até à comercialização dos produtos – considerando sempre as diferentes exigências e especificidades por espécies.

Os candidatos devem possuir o 9º ano de escolaridade e devem ser proprietários da exploração agrícola onde se vão instalar ou ter licença de utilização para um período de pelo menos 6 anos.

No final da formação, os três formandos que apresentarem o melhor projeto serão premiados com uma bolsa de 20.000 euros cada para aplicar no seu terreno.

O período de candidaturas para a formação decorre até ao dia 27 de Janeiro de 2014.

Boas Notícias
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 21, 2013, 07:47:12 pm
Empresa algarvia prevê exportar até 80 toneladas de bivalves


A Companhia das Pescarias do Algarve (CPA) estima exportar este mês entre 70 a 80 toneladas de bivalves, sobretudo mexilhão, um aumento relativo a outros meses explicado pelo aumento do consumo no período de Natal e Ano Novo.

Os mexilhões representam metade (cerca de 40 toneladas) dos bivalves que serão exportados até ao final do mês, cujo destino principal é a Espanha, contou o administrador da CPA à agência Lusa, sublinhando que aquele bivalve tem a vantagem de ser mais barato e, ao mesmo tempo, ser rico em ómega 3 e glucosamina (substância natural que existe na cartilagem das articulações).

As ostras, que seguem para França (em dezembro serão seis toneladas), os mexilhões e as vieiras são todos produzidos em estruturas subaquáticas, nos dez lotes que a companhia detém, em mar aberto, frente à Ilha da Armona, Olhão, embora também detenha viveiros com amêijoas e embarcações para a pesca da conquilha.
António Farinha contou, ainda, que entre os clientes da empresa estão também restaurantes "gourmet" do mercado nacional, como um, em Lisboa, que chega a comprar 750 quilos de mexilhão por semana.

Segundo aquele responsável, a empresa, fundada em 1835, começou a comercializar os bivalves produzidos em "off shore" - que não são alimentados artificialmente -, em julho deste ano, mas pretende adquirir mais quatro lotes de produção aquícola.O administrador da CPA, que em 2013 deverá atingir 1.000 toneladas de produção, prevê em 2015 conseguir produzir mais de 7.000 toneladas de bivalves em mar aberto. O objetivo é tornar a companhia "o maior produtor de bivalves da Europa", afirmou, frisando que não vende mais bivalves porque a procura ainda é superior à oferta.

A aposta em novos produtos e a chegada a outros mercados mais longínquos só será possível quando a empresa conseguir abrir uma unidade de congelação, projeto que aguarda autorização das autoridades competentes há quase dois anos, uma vez que neste momento a empresa está condicionada ao mercado do fresco.
A nova fábrica, que António Farinha considera fundamental "por razões de stock", permitirá fornecer bivalves congelados para outros continentes, uma vez que a durabilidade do produto congelado é de cerca de dois anos, ao contrário do fresco, que dura no máximo sete dias.

O administrador da CPA acrescentou que a empresa quer lançar-se na comercialização de mexilhão pré-cozido, em lata de conserva ou em "paté", inovação que pode também ser aplicada a outras espécies, como a vieira.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 03, 2014, 01:15:59 pm
Fábrica de cerveja artesanal de Vila Verde eleita start-up agroindustrial do ano


A fábrica de cerveja artesanal "FermentUm", em Vila Verde, criada por dois jovens investigadores da Universidade do Minho (UMinho), ganhou o prémio de "start-up do ano" no setor agroindustrial, foi hoje anunciado.

Francisco Pereira e Filipe Macieira, investigadores de doutoramento em Engenharia Biológica na Universidade do Minho, idealizaram o projeto em 2008, na sequência do mestrado naquela área e da participação em projetos no ramo cervejeiro.

Materializaram o plano de negócios no laboratório IdeaLab/TecMinho, começaram a produzir à escala na UMinho e tiveram apoio comunitário para criar uma fábrica em Vila Verde, estudar novas receitas e testar variedades de matéria-prima, como o lúpulo ou maltes, de forma a desenvolver cervejas "distintas e com boa aceitação". Aquela cerveja artesanal foi lançada no mercado a 12 de outubro de 2013, com a marca "Letra".

Para já, a empresa tem várias "letras" à venda: A (weiss-trigo), B (pilsner-loira), C (stout-preta) e D (red ale-ruiva). A intenção dos promotores é "ir avançando" nas letras, se possível até completar o abecedário. "Nesta primeira fase, a aposta será o mercado nacional, mas em 2015 queremos já apostar no exterior, sobretudo no mercado da saudade, em países como França, Suíça, Luxemburgo ou Angola", disse Francisco Pereira à Lusa.

Explicou que a cerveja "não é filtrada, ou seja, contém a própria levedura, sendo assim uma fonte de sais minerais, vitaminas e compostos para regulação do nosso organismo".

É 100% natural, não contendo químicos nem conservantes.

"No fundo, é uma cerveja que faz bem à saúde", acrescentou.

A distinção como start-up do ano inseriu-se no Prémio Agricultura 2013, uma iniciativa do BPI, Correio da Manhã e Jornal de Negócios, com o patrocínio do Governo e o apoio da PwC, e que visa promover, incentivar e distinguir casos de sucesso nos setores agrícola, florestal e agroindustrial. O júri foi composto por António Serrano, Armando Sevinate Pinto (ambos ex-ministros da Agricultura), Amândio Santos (presidente da Portugal Foods), João Machado (presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal), Ricardo Brito Paes (presidente da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal), entre outros.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 26, 2014, 01:32:21 pm
Empresa de comércio de peixe fresco investe 2 milhões de €€ em Sines


Uma empresa especializada no comércio de peixe fresco prepara-se para investir cerca de dois milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Sines, que vai permitir aumentar as exportações e criar postos de trabalho. Actualmente, a Oceanic desenvolve a sua actividade na lota de Sines (Docapesca), onde compra e prepara uma parte do peixe que distribui pelos clientes, mas o espaço já é pequeno para o volume que a companhia transacciona, contou hoje à agência Lusa um dos proprietários, Miguel Segundo.

A construção da fábrica vai ser feita em duas fases, adiantou o empresário, sendo que a primeira deverá começar em Fevereiro, após a confirmação da comparticipação por fundos comunitários (55%) do investimento a rondar os dois milhões de euros.

A unidade, que vai ter uma área de 1.800 metros quadrados, deverá estar pronta a funcionar no início do verão, sendo criados perto de 15 postos de trabalho, indicou.

A nova infra-estrutura vai permitir à Oceanic expandir o negócio, desde logo, com a instalação de uma "pequena" unidade de congelação, garantida pela venda de três mil toneladas anuais de alimento para aquacultura a um cliente espanhol.

Em 2016, está previsto arrancar a segunda fase de investimento, de mais de três milhões de euros, para ampliação do edifício e instalação de uma unidade de congelação de pescado para consumo humano.

De acordo com Miguel Segundo, trata-se de uma actividade pouco expressiva para a empresa, à volta de 1.500 toneladas por ano, que actualmente é feita em fornecedores.

No entanto, apesar de poder ficar mais cara a produção própria, o empresário quer "controlar o processo todo".

A Oceanic foi fundada há cerca de dois anos, em Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, por Miguel Segundo e outro sócio.

No ano passado, referiu Miguel Segundo, a empresa facturou mais de 31 milhões de euros, o que representou um aumento de 15% em relação a 2012.

Além das instalações em Sines, a Oceanic tem mais dois armazéns, um em Matosinhos e outro em Portimão, totalizando, em Portugal, cerca de 50 funcionários, aos quais se juntam 12 numa outra unidade em Tânger (Marrocos).

A distribuição das unidades é "estratégica", explicou o empresário alentejano, pois facilita a compra do pescado nas lotas e a importação, que representa aproximadamente 40% da actividade da empresa.

A exportação já teve melhores dias, reconheceu, uma vez que dependia em grande parte da vizinha Espanha, onde "baixou muito o consumo", mas, ainda assim, contribui com mais de 15% da facturação.

Número que o proprietário da companhia pretende aumentar, pois está convencido de que em Portugal "pouco mais" poderão crescer.

Miguel Segundo acredita que a indústria do pescado "tem futuro", mas a crise alterou os hábitos alimentares dos portugueses, que agora "comem mais barato", preferindo carapaus e peixe-espada, a robalos ou douradas.

Mas, os "grandes inimigos do peixe" são alimentos como o frango, o coelho, as pizas e os hambúrgueres, afiançou, "qualquer coisa barata que encha a barriga às famílias".

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 26, 2014, 04:57:27 pm
Programa Rural prevê incentivos para agricultores que poupem água


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse hoje que o próximo Programa de Desenvolvimento Rural prevê incentivos de apoio aos agricultores que pouparem mais água, no sentido de incentivar as boas práticas de gestão da água de regadio.

«São medidas que visam dar majorações a quem tem e faz boas práticas de gestão da água, porque temos consciência de que o regadio é extraordinariamente importante, e deve ser feito de uma forma sustentada e amiga do ambiente», disse aos jornalistas Assunção Cristas à margem da visita que efetuou à exposição sobre a Dieta Mediterrânica, em Tavira.

De acordo com a ministra, a medida que será submetida a aprovação da Comissão Europeia «é uma das medidas relevantes do próximo Programa de Desenvolvimento Rural, juntamente com outra que visa a proteção de culturas tradicionais».

«Gastando aquilo que é estritamente necessário faz parte também da nossa estratégia de adaptação às alterações climáticas», sublinhou a governante, acrescentando que o programa «deverá ser enviado formalmente à Comissão Europeia ainda durante este mês».

Segundo a ministra, a gestão da água «é importante porque os produtos hortícolas, frutícolas precisam de água, sobretudo numa altura em que o clima se torna cada vez mais seco, e é preciso utilizar a água de uma forma muito eficiente muito cuidada».

Assunção Cristas afirmou que Portugal «tem feito um trabalho notável do ponto de vista de diminuição do desperdício de água porque hoje as técnicas de irrigação são muito mais sofisticadas e permitem regar mais hectares com menos água».

«O objetivo é, precisamente, ajudar a que essas boas práticas sejam cada vez mais generalizadas e possam ser um caminho de uso muito sustentável», concluiu.

A ministra da Agricultura deslocou-se hoje a Tavira para visitar a exposição ‘Dieta Mediterrânica - Património Cultural Milenar’ patente no Palácio da Galeria no Museu Municipal daquela cidade algarvia. Assunção Cristas assistiu ainda a uma demonstração culinária da dieta mediterrânica, classificada como Património Imaterial da Humanidade.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 06, 2014, 06:27:44 pm
Portugal já pode exportar carne de vaca para a Argélia


Portugal está autorizado a exportar bovinos e carne de vaca para a Argélia, depois de ter concluído o processo de habilitação que estava a ser negociado, anunciou hoje o Ministério da Agricultura e Mar.

O processo foi concluído na sequência de uma reunião entre o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, e o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural argelino, Abdelwahab Nouri, e tem aplicação imediata.

O governante destaca, num comunicado, que “a cooperação entre Portugal e Argélia, no domínio do agroalimentar, tem elevadas potencialidades de crescimento e a abertura de novos produtos contribui, de forma decisiva, para este objetivo”.

Nuno Vieira e Brito aponta ainda o enorme potencial da Argélia “pela situação estratégica do seu mercado, bem como localização geográfica”. O secretário de Estado deslocou-se à Argélia no âmbito da 10.ª reunião de ministros de Agricultura dos Estados-membros do CIHEAM (Centre International de Hautes Etudes Agronomiques Méditerranéennes), subordinada ao tema “Segurança alimentar sustentável no Mediterrâneo, Situação Atual e Perspetivas".

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 07, 2014, 08:17:43 pm
Confederação dos Agricultores desvaloriza diminuição das exportações de azeite para a China


O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, desvalorizou hoje a diminuição das exportações de azeite português para a China, contrapondo com o aumento global das vendas e a aposta dos produtores noutros mercados. "Não é muito preocupante, porque globalmente as exportações estão a aumentar e isso é o mais importante", afirmou à agência Lusa João Machado, no final de uma reunião do Conselho Consultivo do Alto Alentejo, que decorreu hoje à tarde em Évora.

O responsável falava a propósito da diminuição das exportações de azeite português para a China, apesar de as importações chinesas daquele produto quase terem triplicado nos últimos cinco anos, segundo o jornal China Daily.

De acordo com as estatísticas da Administração-geral das Alfandegas Chinesas, que não incluem as transacções com Macau e Hong Kong, em 2013, as importações de azeite português caíram para 734 mil euros, uma descida de 47% em relação a 2012 e menos de metade do que em 2011.

O presidente da CAP disse desconhecer os motivos da diminuição das exportações de azeite para a China, mas assinalou que, "como aumentaram globalmente, deve ser uma estratégia de quem não tem quantidade suficiente para todos apostou noutro mercado".

"Portugal tem mercados onde a exportação de azeite é mais importante, como é o caso do Brasil, e as empresas, provavelmente, apostaram mais noutros mercados do que no chinês", apontou João Machado.

Para o responsável, a aposta noutros mercados "pode ser uma estratégia das empresas portuguesas", já que a China "é um mercado longínquo que exige um investimento muito grande".

"O azeite português tem conquistado, cada vez mais, posições no exterior e isso vê-se pelo volume de exportações, que está a aumentar, e também pelo volume de produção", referiu.

O presidente da CAP adiantou que, no ano passado, Portugal já foi "auto-suficiente em azeite", o que aconteceu "pela primeira vez nos últimos 40 anos", e que o aumento da produção deverá continuar este ano e no próximo.

"Para o próximo ano, já deveremos ser excedentários, o que é bom porque permite exportar cada vez mais", acrescentou.

Nesse sentido, admitiu que "a China pode ser uma oportunidade" para os produtores portugueses de azeite, tal como já acontece com os vinhos portugueses, que têm "aumentado as suas exportações permanentemente".

A reunião de Évora marcou o início de "uma volta ao país" dos dirigentes da CAP para encontros com as associadas para discutir a nova Política Agrícola Comum (PAC), questões fiscais e a execução do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), entre outros assuntos.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 26, 2014, 03:47:05 pm
Caviar made in Portugal à venda em 2015

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsol.sapo.pt%2Fstorage%2FSol%2F2014%2Fbig%2Fng1476231_435x657.jpg%3Ftype%3Dbig&hash=48672df7ec4def7d721cd0f698121c78)

Portugal vai comercializar caviar já em 2015. O projecto, incubado no Campus das Gambelas, da Universidade do Algarve, prevê a produção das famosas ovas de esturjão beluga e sevruga - as mais caras do mundo, que valem entre seis mil e 12 mil euros o quilo -, entre outras espécies deste peixe, em sistema de aquacultura a instalar no Alentejo.

O esturjão gosta de águas frias, mas nem sempre é assim: “Na maior parte do ano, o nosso país tem uma temperatura óptima para o seu crescimento”, explica Paulo Pedro, um dos dois responsáveis pelo projecto da Caviar Portugal, a ser desenvolvido em parceria com a Universidade do Algarve. “É durante a desova que as fêmeas maduras (começam a produzir a partir dos 10 anos, em espécies grandes) precisam de um período de invernia ou hibernação”, acrescenta o biólogo marinho.

As primeiras experiências de aquacultura no Algarve já estão a decorrer e, em breve, a empresa aberta por Paulo e por Valery Afilov - ucraniano a viver em Portugal há 14 anos e que já desenvolveu projectos semelhantes no seu país - deverá abrir um grande centro de cerca de cinco mil metros quadrados para a produção da iguaria de luxo no norte do Alentejo, zona que tem a vantagem da proximidade de Lisboa.

Serão dezenas de grandes tanques, de cerca de 12 metros de diâmetro, a albergar os peixes, avança ainda Paulo Pedro, explicando que são estas estruturas que absorvem grande parte do capital investido.

“Andámos numa verdadeira travessia no deserto, antes de encontrar um investidor nacional”, conta o biólogo.

Em 2011, quando o projecto de produção de caviar venceu um concurso de novas ideias de negócios promovido pela Universidade do Algarve, o país estava no auge da crise financeira e havia pouco capital disponível, lembra ainda um dos dois mentores.

Ter o esturjão de volta aos rios

Em 2015, ano em que começarão a ser comercializados o caviar e também o próprio esturjão - que, no caso do beluga, pesa cerca de uma tonelada e meia, podendo viver em média cerca de 100 anos -, os dois empresários esperam começar por vender cerca de 200 quilos da iguaria. O objectivo é, quando atingirem os cinco mil peixes em aquacultura, chegar às quatro toneladas: “Dentro de cinco anos, atingiremos essa quantidade, se tudo correr como o esperado”.

EUA, norte da Europa e África serão os principais mercados de destino, mas o mercado nacional não será descurado. “Temos já alguns acordos estabelecidos nesses países e em Portugal também já fizemos contactos, sobretudo, no turismo e restauração”, refere Paulo Pedro. Outro objectivo é entrar no enorme e difícil mercado russo.

Este projecto da Caviar Portugal alberga ainda outro sonho: o de fazer regressar a águas nacionais uma espécie de esturjão há muito desaparecida: o acipenser sturio ou solho. “Terá de passar sempre por uma decisão política, porque é necessário reabilitar os seus habitats naturais (sendo uma espécie de água salgada, o esturjão desova em rios)”, explica Paulo Pedro, acrescentando que já foram estabelecidos contactos com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que mostrou interesse no projecto.

O acipenser sturio nadou em águas nacionais sobretudo no tempo da monarquia e existem vários registos da captura do valioso peixe no rio Tejo, com o selo real. Mas nos anos 80 ainda foi capturado um exemplar no rio Guadiana.

SOL
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: miguelbud em Abril 05, 2014, 11:54:15 am
Cientistas portugueses inventam salsichas de peixe com sabor a carne
Investigadores portugueses encontraram uma forma de fazer salsichas de peixe, com sabor a carne, uma alternativa que aproveita sobras e peixe de aquacultura, que tem menos gordura e previne doenças, disse este sábado um dos cientistas.

Rogério Mendes, investigador do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), avançou à agência Lusa que o objetivo era procurar soluções para aproveitar todo o peixe capturado, assim como o desperdício do pescado processado, em filetes ou postas, por exemplo, e dar novas utilizações às espécies produzidas em aquacultura.

«Pegamos num peixe que tem um sabor fraco, neste caso, a pescada, fomos ver o que a salsicha de carne tradicional tinha e fomos retirando componente a componente e substituindo por outros até conseguir um conceito relativamente novo», explicou.

O resultado foi uma salsicha feita com peixe, com sabor, consistência e apresentação semelhante à tradicional, mas com menos gordura e com fibras vegetais, com um prazo de validade para ser consumida entre 40 a 50 dias, porque está pasteurizada e refrigerada, podendo também vir a ser enlatada.

Esta nova alternativa «tem um sabor idêntico àquele da carne porque a salsicha tradicional não sabe a carne de porco, sabe a fumo e é esse fumo que é o segredo», relatou Rogério Mendes.

Quando concluíram que o sabor não é da carne, é do fumo, os investigadores colocaram a hipótese de fazer o mesmo com peixe, conferindo-lhe esta característica, como acontece com as salsichas tradicionais que já não seguem a receita tradicional e deixaram de passar pelo fumeiro.

O investigadores foram eliminando as características que diferem entre as duas matérias primas e compensaram o facto de o peixe ter um tecido mais mole, introduzindo fibras vegetais, para obter a consistência e textura desejadas, mais parecidas com a carne, e com isso conseguiram uma vantagem relacionada com as suas propriedades.

«Essas fibras vegetais têm um papel positivo na prevenção de algumas patologias como o cancro do colon, fazem a regulação da flora intestinal e podem reduzir o colesterol», referiu o cientista.

Por outro lado, «era muito importante que este produto não tivesse a gordura que o outro tem e pensamos utilizar um outro tipo de fibras que mantém na boca a mesma sensação de oleosidade e que são usadas nos iogurtes magros», acrescentou.

A salsicha tradicional tem um teor de gordura superior a 20% e a nova salsicha tem cerca de 0,4%.

Os especialistas do IPMA começaram por trabalhar com pescada, mas já experimentaram outros peixes que se prestam a este tipo de aproveitamento, como alguns de aquacultura, entre os quais dourada, robalo e corvina.

«Têm funcionado sem problemas o que quer dizer que pode justificar não só aproveitar desperdícios, mas também produzir peixe para este fim e diversificar», concluiu Rogério Mendes.

Agora resta esperar que algum empresário, da indústria do pescado ou da carne processada, decida investir nas salsichas de peixe com sabor a carne.
http://www.tvi24.iol.pt/503/tecnologia/ ... -4069.html (http://www.tvi24.iol.pt/503/tecnologia/salsichas-peixe-carne-cientistas-investigadores-tvi24/1549621-4069.html)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 14, 2014, 06:05:39 pm
Cocktails de pesticidas estão a destruir solos nacionais


Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) concluiu que as misturas de pesticidas utilizados na agricultura para combater pragas estão a provocar efeitos colaterais nos organismos que regeneram o ecossistema terrestre, colocando em causa a saúde dos solos.

"Já testámos vários tipos de pesticidas aplicados amplamente em todo o país e na Europa e verificámos que eles produzem efeitos muito mais nefastos do que seria à partida previsível", disse Susana Loureiro, investigadora no Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA.

A coordenadora da equipa dá como exemplo o chamado "remédio dos caracóis" que, além do alvo principal, também acaba por matar outros organismos como bichos-de-conta, minhocas e outros invertebrados benéficos para o solo.

Sem estes organismos e sem o papel crucial que desempenham na decomposição da matéria orgânica e na redistribuição dos nutrientes, os solos agrícolas não conseguem manter-se saudáveis, refere a bióloga.

A equipa, que estuda há vários anos o efeito dos químicos usados na agricultura, tem igualmente verificado que há vários compostos químicos que induzem efeitos que se prolongam ao longo de várias gerações desses organismos, podendo dar origem ao colapso de populações.

Os investigadores apontam o dedo a uma legislação que apenas regula a utilização individual de cada químico ignorando a mistura de pesticidas, uma prática que dizem ser normal no sector agrícola e que potencia o efeito tóxico dos compostos utilizados.

"Nos solos agrícolas há décadas que se utilizam cocktails químicos perigosos e imprevisíveis sobre os quais a legislação em vigor em Portugal e na Europa nada diz", afirma Susana Loureiro.

A investigadora defende a criação urgente de um plano de monitorização ambiental para manter a qualidade dos solos e dos serviços que esses solos proporcionam quer na Europa quer em Portugal.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 16, 2014, 06:30:39 pm
Portugal exporta quase 40% da produção de frutas e legumes


Quatro em cada dez frutas, legumes e flores produzidos em território nacional são exportados, foi hoje divulgado, em simultâneo com o anúncio de que Portugal será, em 2015, parceiro oficial da maior feira mundial do sector. Os dados são da associação Portugal Fresh, que hoje organizou uma acção de promoção no Largo Camões, em Lisboa, com bancas de frutas e legumes portugueses ao dispor de quem passava, para anunciar a parceria com a Fruit Logistica, que vai decorrer entre 4 e 6 de Fevereiro de 2015, em Berlim.

O presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, sublinhou que o sector exporta 38% da produção e factura cerca de 2,6 mil milhões de euros, destacando que este foi "um dia histórico para a agricultura portuguesa", porque Portugal vai estar em destaque num certame que ocupa 17 campos de futebol e recebe 65 mil visitantes de 141 países.

A ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, assinalou que o facto de Portugal conseguir ser parceiro da feira alemã no seu quinto ano de participação dará "oportunidade" para reforçar as acções de promoção e divulgação dos produtos nacionais e continuar a impulsionar o crescimento do sector.

Segundo a Portugal Fresh, as exportações de frutas e legumes cresceram 26% nos últimos três anos.

Assunção Cristas sublinhou que as frutas e legumes nacionais têm "margem de progressão" no mercado alemão, onde facturam cerca de 18 milhões de euros, mas acrescentou que o objectivo é diversificar os destinos.

"Estar em Berlim não é apenas olhar para o mercado alemão “ou europeu, afirmou, acrescentando que as exportações para o Brasil, por exemplo, atingem já os 40 milhões de euros anuais.

África do Sul, América Latina e Ásia são algumas das regiões onde os produtores concentram as atenções, apontou.

A ministra avançou que está em curso um processo de acreditação "para abrir o mercado do Japão às cerejas".

Assunção Cristas não quis comentar a possibilidade de haver novas taxas sobre os alimentos, depois de a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ter sugerido, na terça-feira, tributação adicional sobre "produtos que têm efeitos nocivos para a saúde".

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 21, 2014, 06:40:20 pm
Agricultura "ganha muito" se associada à agro-indústria diz Assunção Cristas


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje, em Pombal, que "a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agro-indústria", considerando que tem as condições para ser um sector "sustentado para o futuro da economia". "Na minha perspectiva, a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agro-indústria. A agro-indústria é um motor muito relevante para nós aumentarmos a nossa produção e criarmos valor acrescentado", afirmou aos jornalistas Assunção Cristas, que hoje inaugurou a nova unidade de produção de sumo concentrado de uva da empresa Indumape.

A governante salientou ser "importante" a existência de "alianças estáveis, construtivas e mutuamente beneficiadoras, quer para a produção primária, quer para a indústria".

"Para isso precisamos que uns e outros tenham uma atitude construtiva, colaborativa e, também, de repartição na justa medida daquilo que são os ganhos e o valor com que cada um contribui", declarou.

Segundo Assunção Cristas, "as relações comerciais são, por vezes, menos fáceis", acreditando, contudo, ser possível "ter relações comerciais estáveis entre produção primária e indústria".

Questionada sobre se trata de um sector sustentável para o futuro da economia ou se o sucesso da agro-indústria é um fenómeno temporário, Assunção Cristas respondeu: "Eu penso que tem todas as condições para ser um trabalho duradouro e prolongado no tempo, seja em virtude das necessidades do mercado interno, seja em virtude das necessidades do mercado internacional".

"Eu volto a dizer que quando falamos de alimentação estamos a falar de um dos dois ou três grandes assuntos que ocupam a Humanidade e que vão continuar a ocupar nos próximos anos", observou, referindo: "Temos neste momento sete mil milhões de habitantes no mundo, vamos ter nove mil milhões em 2050, quer dizer que precisamos de produzir mais de forma sustentável".

Para Assunção Cristas, trata-se de um "sector com possibilidades de médio e longo prazos".

A Indumape, que se anuncia como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, iniciou a actividade produtiva em 2007.

Com uma média de 20 trabalhadores -- que pode chegar até 30 no pico da campanha -, a unidade atingiu em 2013 um volume de negócios de cerca de 5,7 milhões de euros, destinando ao mercado externo mais de 70% da produção.

A nova unidade de produção de sumo concentrado de uva, que completa a actual gama de produções de sumos concentrados de maçã e de pêra, custou 1,3 milhões de euros e criou "três novos postos de trabalho", mas "o investimento também permite utilizar melhor o pessoal existente nas épocas de menor produção dos nossos produtos actuais".

Na inauguração, o presidente do conselho de administração da Indumape, Carlos Botelho, realçou a "forte inclinação" da empresa para a exportação, mas também a "parceria" com a fruticultura nacional.

A este propósito referiu que a empresa é o "mais importante operador/comprador da designada 'fruta da indústria', aquela que pelo seu calibre ou grau de maturação não deve ser comercializada no mercado de consumo".

"Assim, ajudamos o sector primário em duas vertentes fundamentais, por um lado recolhendo os excedentes não vendáveis e, por outro, pagando estas produções ao melhor preço", referiu Carlos Botelho.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Maio 14, 2014, 09:38:00 pm
Setor agrícola nacional está vivo, dinâmico e a crescer diz Assunção Cristas


O contrato celebrado entre a empresa Italagro e a McDonald's, para o fornecimento de mil toneladas de ketchup, prova que o setor agrícola nacional está vivo, dinâmico e a crescer, afirmou hoje a ministra da Agricultura.

A parceria, hoje formalizada nas instalações da Italagro - fábrica que pertence grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) - sediada em Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, prevê abastecer a totalidade de Ketchup usado nos restaurantes da multinacional em Portugal durante este ano, num negócio de cerca de um milhão de euros.

"Temos um setor [agrícola] vivo, dinâmico, a crescer, e a procurar novas formas de se mostrar e de se afirmar. E aqui, o que vemos é uma boa relação entre a produção, no caso de tomate, entre a agroindústria, e agora com a restauração, com a McDonald's, onde todos os pacotinhos de Ketchup serão portugueses, com tomate das nossas terras e dos nossos agricultores", disse a ministra. Assunção Cristas frisou ainda, em declarações à agência Lusa após visitar uma plantação de tomate e uma linha de produção da Italagro, que esta parceria "é um sinal muito positivo".

A ministra defendeu que é preciso criar alianças fortes entre a agricultura e a agroindústria, e destacou a parceira da Italagro e da McDonald's para a área da restauração.
A governante elogiou a postura da multinacional que tem vindo a apostar em produtos nacionais, dando como exemplo as cebolas que saem do Alqueva para toda a Europa, ou a carne de porco ou de vaca que é utilizada nos restaurantes nacionais da empresa.

"Neste momento o Ketchup será para todos os restaurantes portugueses, mas, a prazo, até pode ser para todos os restaurantes europeus ou quem sabe do mundo, porque é possível depois encetarmos essa exportação", referiu Assunção Cristas.

O diretor-geral da McDonald's Portugal salientou que o contrato representa uma janela aberta para novos negócios.
"A McDonald's quando certifica um fornecedor para trabalhar num determinado mercado, este fica imediatamente qualificado para poder trabalhar noutros mercados. Portanto, existe aqui a possibilidade, e nós vamos trabalhar para que isso aconteça, desta empresa nacional, que nos vai fornecer o Ketchup, a Italagro, de poder fornecer outros mercados num futuro próximo", assumiu Mário Barbosa. O responsável acrescenta que a empresa é atualmente abastecida por 30 fornecedores portugueses, o que representa 35% do total dos fornecedores. O objetivo nos próximos anos, segundo Mário Barbosa, é que esse valor chegue aos 50%.

O presidente da HIT destacou o facto de esta parceria, além do encaixe financeiro e da criação de postos de trabalho, vir a permitir a expansão da Italagro.
"Isto abre-nos a porta para começarmos a expandir a empresa e a fornecer outros países a partir de Portugal. Portanto é um potencial grande", afirmou Martin Stilwell.
O contrato hoje celebrado implica a compra de 4.500 toneladas de tomate fresco, proveniente de 240 produtores nacionais e a criação de 24 postos de trabalho diretos e indiretos para esta linha de produção específica. O grupo HIT fornece Ketchup à Mcdonald"s Portugal desde março deste ano.

Este grupo tem duas fábricas de transformação de tomate em Portugal, onde processa mais de 300 mil toneladas de tomate por ano, e exporta quase toda a produção para a Europa e para o Médio e Extremo Oriente.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Junho 06, 2014, 11:32:59 pm
Super Bock faz cerveja para muçulmanos

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsol.sapo.pt%2Ffotos%2F2014%2F6%2F6%2F377762.jpg%3Ftype%3DMEDIEUM&hash=db05a2be09ef65bb34c715206b74efb0)


Depois de ter conquistado a Arábia Saudita, com a Super Bock sem álcool, a Unicer quer alargar a presença no Médio Oriente.

A cervejeira portuguesa iniciou as exportações para este mercado em Agosto do ano passado. E as expectativas não podiam ser mais optimistas. Além de esperar fechar 2014 com vendas acima de dois milhões de litros, «a ambição é chegar a 10 milhões dentro de três a cinco anos», adiantou ao SOL Rui Freire, administrador de marketing e comunicação do grupo.

«A Arábia Saudita é um mercado onde temos uma vantagem competitiva. É um país onde não se pode beber álcool, mas a cerveja sem álcool tem o mesmo fascínio. É sinónimo de convivialidade, da mesma forma que a cerveja regular é cá», acrescentou.

A cerveja sem álcool clássica vale 25% do total desse mercado - representa 200 milhões de litros. E uma das características dos consumidores árabes é a forte apetência por sabores doces. Neste campo, a Super Bock Sem Álcool 0,0% com sabor a romã é a estrela da empresa.

O segmento das bebidas com sabor a morango vale 15% do mercado da Arábia Saudita e a Unicer desenvolveu um produto específico para este país, com sabor a morango e tâmara, a ser lançado para Julho. Irá ser acrescentado ao portfólio da Super Bock sem álcool 0,0% romã, maçã, limão e regular.

Além da Arábia Saudita, que foi definida como projecto piloto, há planos a médio prazo para expandir a presença a outros países do Médio Oriente. «Há alargamentos óbvios, como os Emirados Árabes Unidos».

O objectivo do grupo do norte é duplicar o valor da facturação de 500 milhões de euros para mil milhões nos próximos dez anos. E o reforço da internacionalização é um dos passos para atingir este objectivo.

Para tal, o grupo estabeleceu seis pontos estratégicos. Além do Médio Oriente, «o mercado interno e Angola, que continuam a ser os principais motores de crescimento, fazem naturalmente parte da estratégia».

O Brasil, onde a empresa começou a produzir localmente no final do ano, é outro foco. «Queremos encontrar o nosso espaço neste mercado e vender 10 ou 12 milhões de litros dentro de três a cinco anos», detalhou o administrador.

A Unicer também quer reforçar a presença no Reino Unido, através de novas parcerias locais, bem como no resto da Europa. A aposta passa por «sair do mercado étnico que hoje representa a maior parte das nossas vendas - temos uma quota de 60% nas cervejas portuguesas. Temos um plano de expansão para tornar a marca Super Bock relevante para o consumidor local, no qual o turismo tem um papel de destaque. O facto de Portugal estar a ser um destino importante para os europeus ajuda-nos a fazer a ponte».

Moçambique, a par de todo o continente africano, também está nos planos. E a Unicer não exclui a hipótese de avançar com produção local no país. «Queremos ganhar uma escala suficiente que nos faça pensar em investir industrialmente neste mercado», adiantou Rui Freire, sublinhando que, para já, o plano é de exportação.

Para conseguir duplicar as exportações, a Unicer vai investir 170 milhões de euros em Leça do Balio, sede do grupo. Além da optimização da unidade de produção, que aumentou a capacidade para 450 milhões de litros, está a ser construído um armazém logístico automatizado, com tecnologia da Efacec.

SOL
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 25, 2014, 01:17:05 am
Agricultura foi dos sectores que mais ajudou a combater a crise


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, elogiou hoje, em Penafiel, o sector agrícola português considerando ter sido dos que mais ajudou a vencer a crise que afectou o país nos últimos anos.

"Espero que a minha visita, depois desta crise grave por que passámos, mostre que este sector foi muito importante para nos ajudar a vencer a crise", declarou Pedro Passos Coelho, quando visitava a Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival).

Em declarações aos jornalistas, o chefe do Governo sublinhou que, actualmente, o sector agrícola é "fortemente exportador e criador de riqueza", prevendo que, no futuro, "pode ter um maior crescimento".

Pedro Passos Coelho, acompanhado do presidente da câmara, Antonino Sousa, percorreu hoje o certame no qual participam cerca de 350 expositores.

Para o primeiro-ministro, "o dinamismo grande" da Agrival "é bem uma prova de que o país tem na agricultura um parceiro importante de crescimento".

"É um sector que traz melhor rendimento e que atrai mais jovens para a agricultura, muitos mais qualificados do que antigamente", assinalou.

A propósito, Passos sublinhou a importância do sector na balança alimentar do país e nas exportações, contribuindo para "gerar emprego e rendimento".

"Muitos daqueles que acreditavam que este era um sector em remissão tiveram oportunidade de constatar que, nestes três anos, apesar da crise que nós vivemos, todo o sector agrícola foi daqueles que registou um desenvolvimento mais dinâmico e um desenvolvimento social mais notado, com criação de postos de trabalho e valor acrescentado", acrescentou.

O primeiro-ministro exortou "todos os agricultores" a aproveitarem o novo ciclo de financiamento europeu, utilizando, "pelo menos tão bem como até aqui", os recursos disponíveis".

Se fizerem os investimentos necessários, concluiu o chefe do Governo, poderão ajudar o país a crescer e exportar mais.

Na visita ao certame, o chefe do Governo falou com vários expositores, deixando a mensagem de que a recuperação económica do país trará mais oportunidades para as empresas.

Até ao final da 35ª edição da Agrival, no dia 31 de Agosto, são esperados mais de 140.000 visitantes.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 05, 2014, 04:07:11 pm
Japonesa Kagome investe em centro de investigação do tomate em Portugal


O grupo português HIT, detido maioritariamente pela multinacional japonesa Kagome, anunciou hoje que investirá 1,5 milhões de euros na criação de um novo Centro de Investigação na área do tomate em Portugal, na zona da Lezíria, no Ribatejo.

De acordo com o administrador-delegado do grupo HIT, Martin Stilwell, o centro está já em funcionamento, sendo uma extensão do Centro Japonês em Nasushiobara, em "cinco hectares plantados no Ribatejo", prevendo-se um reforço do investimento já no próximo ano. Martin Stilwell falava aos jornalistas no final de uma reunião do 'chairman' (presidente do Conselho de Administração) do grupo japonês Kagome, Hidenori Nishi, com o vice primeiro-ministro, Paulo Portas.

O governante português valorizou a importância desta aposta em Portugal no setor agroalimentar, sublinhando o facto de se tratar do primeiro investimento do grupo japonês - que produz 'ketchup' para a McDonalds - fora do Japão."Este grande grupo mundial de tomate e derivados de tomate fez pela primeira vez um investimento no setor de pesquisa e desenvolvimento fora do Japão e escolheu Portugal para fazer esse investimento", disse.

Na base desta decisão, de acordo com o administrador-delegado do grupo HIT, estão as condições de produção "únicas" e a qualidade da matéria-prima produzida em Portugal. Nesta fase, estão já dois cientistas japoneses a acompanhar o trabalho de investigação do centro e a ser instalados laboratórios e estufas nas instalações do grupo HIT. Até agosto, será implementada uma planta industrial piloto, que viabilizará trabalhos de investigação de novos produtos e processos, e serão contratados mais dois cientistas portugueses.

De acordo com o responsável pelo grupo HIT, o grupo japonês olha para Portugal "como uma fonte de abastecimento de derivados do tomate muito importante", estando a comprová-lo o facto de o país ter conseguido elevar as exportações para o japão nos últimos anos em 37%. Em termos de produção, segundo Martin Stilwell, o ano de 2014 está "a correr muito bem" e o setor deverá conseguir chegar à produção de 1,6 milhões de toneladas, o que compara com o um milhão de toneladas que era produzido há cerca de 7/8 anos.

"O Governo português vê com bons olhos este investimento, uma vez que nos faz avançar em termos tecnológicos. Estamos interessados em criar condições para que se possa estender produção e chegar aos 2 milhões de toneladas. Estamos aqui para facilitar e não dificultar", sublinhou Paulo Portas.
O governante destacou ainda o facto de as fábricas da Kagome em Portugal exportarem 99% do que produzem e competirem diretamente com a China para ganhar o mercado Japonês.

"A nossa seta está para cima, o que e bom sinal", disse Portas. "Hoje em dia, os produtos agroalimentares, agroindustriais e agroflorestais significam mais 20% das exportações portuguesas. A aposta no mundo rural com uso eficiente dos fundos comunitários está a dar resultados. Quem pensava que o setor agrícola era uma coisa do passado enganou-se completamente", concluiu.

Diário Digital
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 08, 2014, 06:23:36 pm
Agricultura da Madeira cresce 60% em 12 anos


O setor agrícola do arquipélago da Madeira teve um "resultado excecional" em 12 anos, pois registou um crescimento de 60%, representando um rendimento de 135 milhões de euros. A informação foi avançada este domingo pelo secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira.
 
Manuel António Correia, em declarações à Lusa durante a Festa da Uva e do Agricultor, no concelho de Machico, explicou que "em 2000, o valor total da produção agrícola regional era de 84,5 milhões de euros e, em 2012, o último ano de estatísticas disponível, subiu para 135 milhões de euros, o que representa um crescimento de 60% em 12 anos".
 
Para o governante madeirense, os resultados apresentados são "excecionais" e evidenciam "grande trabalho por parte dos agricultores e dos produtores agropecuários da Madeira".
 
Segundo o responsável insular, os indicadores permitem "ter esperança de mais crescimento, de continuação do trajeto que permite diminuir as importações e aumentar as exportações" na região.
 
A Festa da Uva e do Agricultor é uma iniciativa organizada pela casa do povo daquela localidade na costa norte da Madeira destinada a homenagear os produtores agrícolas.

Boas Notícias
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 14, 2014, 02:15:06 pm
Exportações de conservas de peixe com receitas de mais de 218 milhões de €€€


As exportações do sector das conservas de pescado em Portugal atingiram, em 2013, as 53 mil toneladas, ao nível do máximo histórico de 1923, segundo um estudo feito pelo antigo Subdiretor-Geral das Pescas António Duarte de Almeida.

No estudo, o também economista sublinha que, no ano passado, as 53 mil toneladas de conservas de pescado representaram receitas de mais de 218 milhões de euros.

António Duarte de Almeida assinala ainda que, em 1923, existiam em Portugal cerca de 400 conserveiras, comparando com as 23 unidades existentes actualmente.

O estudo revela que "o sector conserveiro exporta tradicionalmente cerca de 70% da sua produção, representando mais de um quarto das exportações nacionais de produtos da pesca".

Neste momento, "está a tentar resistir aos problemas no abastecimento interno da sardinha, cujas capturas nacionais caíram para menos de um terço nos últimos anos, com a consequente duplicação dos preços médios, tendo acabado por recorrer mais regularmente às importações dessa matéria-prima".

Ainda assim, a produção aumentou e a exportação de conservas de sardinha registou um aumento de 39% em volume e de 62% em valor nos últimos quatro anos, tendo havido ainda uma maior diversificação para a utilização de cavala, a par da sarda e do atum.

"Em 2013 quase 40% das conservas de pescado exportadas tiveram por base a sardinha, 25% os atuns, 17% a cavala e sarda e 18% outras matérias-primas, incluindo aí as diversas especialidades e petiscos, confeccionadas a partir de peixes, crustáceos e moluscos mais diversos", analisa o economista.

"Estes valores significam que as poucas fábricas de conservas em funcionamento, após terem sobrevivido aos apertos e dificuldades dos anos e períodos mais difíceis por que passou este sector produtivo, estão agora a produzir bastante mais do que o dobro das que existiam há quatro anos e tanto como as quatro centenas existentes em 1923", considera o antigo responsável pelas Pescas.

Para António de Almeida, estes números representam "os importantes investimentos em curso em novas fábricas, bem como na modernização de muitas das existentes".

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 23, 2014, 12:32:30 pm
As pipocas nos cinemas Lusomundo vão ser portuguesas


Produtores ribatejanos vão produzir cerca de 300 toneladas anuais de milho para pipocas, graças a parceria entre a NOS Lusomundo e a Agromais.

Depois de três anos de desenvolvimento, a NOS Lusomundo Cinemas vai começar agora a receber milho de produção nacional, através de uma parceria com a cooperativa Agromais. Os produtores ribatejanos vão produzir cerca de 300 toneladas anuais de milho para pipocas, avança esta quarta-feira o Observador.

A Agromais é a cooperativa que mais milho produz em Portugal, e a sua produção destina-se principalmente a alimentação animal, com 700 mil toneladas produzidas anualmente. A Nos Lusomundo, cujo milho para pipocas era inteiramente importado de França, juntou-se à Agromais para que esta pudesse começar a produzir uma estirpe específica de milho para pipocas.

Segundo o que fonte da NOS explica ao Observador, a NOS não aumentou os gastos ao mudar para um fornecedor português. E o negócio é sustentável, reduzindo entre 40 e 60 porcento as emissões de carbono provenientes do transporte.

O evento de apresentação deste projeto tem lugar esta quinta-feira, com presença da ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, do presidente da NOS Lusomundo Cinemas, Pedro Mota Carmo, e do diretor geral da Agromais, Jorge Neves.

Esta quinta-feira, a ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, marca presença no evento de apresentação, onde também vão estar Pedro Mota Carmo, presidente da NOS Lusomundo Cinemas, e o diretor geral da Agromais, Jorge Neves.

DN
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 23, 2014, 11:27:25 pm
Portugal produz 80 mil toneladas de queijo por ano


Portugal produz cerca de 80 mil toneladas de queijo por ano, sendo o queijo flamengo, nos diversos formatos, a variedade mais consumida, disse hoje a assessora técnica da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL).

De acordo com Maria Cândida Marramaque, a categoria dos queijos representa 25 por cento do sector de lacticínios em geral, cujo volume de negócios ronda os 1800 milhões de euros.

Os queijos estão hoje e sexta-feira em destaque na cidade de Tondela, com vários exemplares nacionais a serem degustados no concurso "Queijos de Portugal", que tem como missão "promover e estimular o desenvolvimento da indústria e melhorar o reconhecimento dos produtos junto do consumidor".

Segundo a representante da ANIL, este é um produto que continua a ser a ser mais importando do que exportado, embora este défice tenha vindo a sofrer uma redução nos últimos anos.

"A balança comercial [na categoria dos queijos] é bastante deficitária, tal como no sector de lacticínios em geral, apresentando um défice em quantidade de cerca 25 mil toneladas anuais, ou seja, 30 por cento da produção nacional. Contudo, esse défice tem vindo a ser reduzido nos últimos anos ", informou.

Maria Cândida Marramaque recordou que há cinco anos o défice ultrapassava as 35 mil toneladas, o equivalente a quase 50 por cento da produção nacional.

"Nos últimos anos, a indústria nacional tem feito grandes esforços no reforço da sua competitividade externa, através da promoção das suas marcas e adaptação às exigências dos diversos mercados de destino", evidenciou.

A responsável apontou ainda que os queijos nacionais "já estão presentes em diversos mercados", "assumindo especial destaque o mercado angolano".

"O mercado Angolano representa, em valor, cerca de 30 por cento do total de exportações da categoria queijo", sustentou.

O concurso "Queijos de Portugal", cuja sexta edição decorre até sexta-feira em Tondela, tem este ano 174 queijos a concurso, em 19 categorias.

"Este é um número significativo em termos de participações. Temos vindo ainda a evoluir positivamente em termos de categorias: começámos com cinco e agora já temos 19", realçou.

O dia de hoje é de eliminatórias, estando reservada para sexta-feira a final do evento.

A cerimónia de entrega de prémios do concurso "Queijos de Portugal", promovido pela ANIL, terá lugar a 10 de Novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, no decorrer do Encontro Com o Vinho e Sabores 2014.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 28, 2014, 04:45:44 pm
Empresas alimentares esperam facturar 50% no estrangeiro em 2020


Uma em cada cinco empresas nacionais do sector agro-alimentar espera obter 50% das suas vendas no mercado externo em 2020, segundo um estudo da Deloitte hoje apresentado no V Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares.

O estudo baseia-se num inquérito a responsáveis de 20 empresas do sector agro-alimentar que representam 40% do total de volume de negócios gerado em Portugal e concluiu que as empresas de origem nacional apostam sobretudo na captação de novos clientes noutros mercados, enquanto as de origem internacional estão mais focadas no mercado doméstico.

Duas em cada três empresas têm a expectativa de exportar mais de 25% do seu volume de negócios até 2020 e, entre as empresas de origem nacional, 21% esperam vender no exterior mais de 50% do seu volume de negócios.

O sector agro-alimentar representa a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em termos de volume de negócios (14,6 mil milhões de euros), como de Valor Acrescentado Bruto (2,6 mil milhões de euros), sendo a segunda maior empregadora, logo atrás dos têxteis, superando os 104 mil empregos.

O sector apresenta, desde 2006, uma taxa de crescimento das exportações superior à das importações (com uma média anual de 8,9% contra 4%, respectivamente).

Segundo a consultora, se se mantiver a média de crescimento das importações nos 8% e as exportações melhorarem para os 9,4% (face ao histórico de 8,9%), a indústria agro-alimentar conseguirá ser, em 2020, exportadora líquida, com um total de volume de negócios de 8 mil milhões de euros assegurados no exterior.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 05, 2014, 08:32:15 pm
Produto português combate cancro do castanheiro


Uma equipa de cientistas de Bragança desenvolveu o primeiro produto em Portugal capaz de combater o 'cancro do castanheiro', um dos maiores problemas que afeta esta produção agrícola.
 
O projeto desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança durante três anos resultou num produto biológico que é 100% eficaz no tratamento do cancro do castanheiro.
 
"Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo efunciona muito bem”, assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB em declarações à rádio Brigantia.
 
O próximo passo passa por fazer chegar o fármaco aos produtores, sendo primeiro necessário que este seja homologado e colocado no mercado.
 
Na origem do problema está um fungo conhecido por 'septoriose do castanheiro', que se desenvolveu devido às baixas temperaturas registadas duante o Verão. Devido a este fungo, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte prevê quebras de 50% em certas regiões do país.
 
“Estamos a trabalhar com todos os intervenientes, desde os produtores, às associações, Ministério da Agricultura, instituições de investigação. Precisamos de facto de uma colaboração mais estreita, porque este produto tem que ser autorizado para poder ser utilizado no ambiente”, defende a investigadora.
 
Outra praga que está a preocupar produtores e investigadores é a vespa do castanheiro, que já está instalada em soutos na zona do Minho e que em três anos deverá chegar a Trás-os-Montes.
 
O IPB prevê começar a estudar esta doença no próximo ano, de forma a encontrar uma solução para o problema que afeta o Norte do país.
 
As doenças do castanheiro estiveram em debate no VII Fórum Internacional de Países Produtores de Castanha, em Bragança.

Boas Notícias
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: HSMW em Dezembro 05, 2014, 10:42:55 am
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 06, 2014, 12:40:52 pm
Jerónimo Martins investe 40 milhões de euros em Portalegre

A empresa proprietária do Pingo Doce vai criar uma unidade industrial em Portalegre para transformação de leite. Seguem-se investimentos na produção de carne e peixe em aquacultura.

A recém-criada área de negócio Jerónimo Martins Agroalimentar vai investir 40 milhões de euros na construção de uma unidade de transformação de leite em Portalegre.

Este projeto, que criará 40 postos de trabalho diretos, é o primeiro de vários que o grupo detentor da marca Pingo Doce pretende lançar na área da agroindústria. A produção de carne de bovino e a criação de peixe em aquacultura vêm a seguir.

Para dirigir a nova unidade de negócio o grupo Jerónimo Martins contratou o ex-ministro da Agricultura de Sócrates, António Serrano, que garante já estar no terreno à procura de novas oportunidades de investimento.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/jeronimo-martin ... z3L7YnVWfs (http://expresso.sapo.pt/jeronimo-martins-investe-40-milhoes-de-euros-em-portalegre=f901420#ixzz3L7YnVWfs)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 06, 2014, 10:53:13 pm
Frutas, legumes e flores valem mil milhões de euros em exportações


A ministra da Agricultura disse hoje, em Vila Real, que as frutas, legumes e flores representam actualmente mil milhões de euros em exportações e que o sector ambiciona duplicar esse valor até 2020.

Assunção Cristas marcou presença no 3.º Simpósio Nacional de Fruticultura, que decorreu na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde destacou o "bom trabalho que tem sido feito no sector".

As frutas, os legumes e as flores já representam mil milhões de euros de exportação, mas o sector quer até 2020 chegar aos dois mil milhões de euros. "Isso é uma meta extraordinariamente interessante e ambiciosa", afirmo u a governante.

Assunção Cristas quer colar a Portugal o rótulo de país da "joalharia da agricultura".    

"Se conseguirmos colar esta marca, este rótulo a Portugal e aos produtos portugueses, se as pessoas perceberem que se é português é que é bom, então seguramente nós teremos muito a ganhar e mais valor para os nossos produtores", frisou.

Por sua vez, Ana Paula Silva, organizadora do encontro, defendeu que "a fruticultura portuguesa precisa de mais investigação, mais investimento em novas tecnologias e maior organização para poder assumir-se como um sector impulsionador da economia nacional".

"Necessitamos de uma estrutura produtiva mais eficiente, apoiada em novas tecnologias que garantam uma produção sustentável e rentável. O equilíbrio dos ecossistemas e a produção segura de alimentos, enaltecendo os seus efeitos benéficos na saúde, são também condições fundamentais para criar uma nova dinâmica em toda fileira", acrescentou a responsável.

Desta forma, segundo a também investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas (CITAB), podem ultrapassar-se uma série de condicionalismos do sector como "as baixas produtividades registadas, os estudos incipientes sobre o comportamento de variedades nacionais, a falta de organização da fileira e as dificuldades de venda e escoamento".

O evento, que começou quinta-feira e termina hoje juntou, cerca de 150 produtores, técnicos e investigadores que apresentaram à volta de 100 estudos científicos como, por exemplo "Como pode o 'design' acrescentar valor à fruticultura?", "Fruta - a verdadeira fast food".

O simpósio foi organizado pela UTAD, CITAB, Associação Portuguesa de Horticultura e Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional.

Lusa
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lightning em Janeiro 28, 2015, 07:11:19 pm
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 14, 2015, 05:40:30 pm
Torres Vedras Maior produção agrícola em cogeração poupou 3 milhões em importações

O "maior projeto nacional" de produção agrícola em estufas com temperatura controlada garante o fornecimento de hortícolas todo o ano ao país, poupando três milhões de euros de importações, segundo a empresa promotora Primores do Oeste.



"Começámos a colher hoje pepinos que só teríamos dentro de mês e meio nas estufas, se não tivéssemos o aquecimento. Com a cogeração a trabalhar em pleno, já conseguimos produzir todo o ano e, com a nossa produção própria, passámos a ser autossuficientes em 78% das nossas vendas, sem depender da importação", disse à agência Lusa Lino Santos, administrador da empresa de Torres Vedras, um dos maiores produtores nacionais de hortícolas frescos.
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Inaugurado em junho de 2013, o investimento de 25 milhões de euros permitiu produzir nos 12 meses de 2014, o primeiro ano de funcionamento, 10 mil toneladas de hortícolas, entre tomates e pepinos, que abasteceram o mercado interno.

Com o projeto a produzir fora dos ciclos normais de produção, a empresa deixou de importar sete mil toneladas, dando prioridade à sua produção para abastecer o mercado nacional daqueles produtos. Feitas as contas, as importações em três milhões de euros, cerca de 30% das suas importações, poupando por quilograma cerca de 0,30 euros.

O empresário explicou que as vantagens do projeto, o maior a nível nacional em área, passam por produzir 40% a mais do que uma cultura em estufa convencional, reduzir os custos das importações e conseguir melhores preços, ao vender produtos em alturas do ano em que há escassez.

A central de gás natural, instalada na exploração, produz eletricidade, energia térmica e gases com efeito estufa, como o dióxido de carbono. Os dois últimos são aproveitados e libertados para as estufas, dotadas de tecnologia que permite controlar a temperatura interior, para fazer crescer as culturas.

Tendo em conta que a procura nacional continua a ser maior do que a oferta da produção hortícola nacional, a empresa pretende continuar a investir na cogeração para duplicar a área de estufas aquecidas.

O projeto não só permitiu aumentar os postos de trabalho em mais 125 - tem cerca de 150 permanentes, mas chegam a duplicar no verão, quando há mais trabalho - como também aumentar a produção e obter melhor rendimento.

O agrupamento de produtores em que a empresa está englobada faturou em 2012, com uma produção de sete mil toneladas, 22 milhões de euros, dos quais 12 milhões em importações e quatro milhões nas exportações.

Com a entrada em funcionamento do projeto, conseguiu produzir no ano passado 15 mil toneladas, cerca de 10 produzidas em cogeração. Apesar de ter faturado apenas 18 milhões de euros, manteve o valor das exportações e reduziu as importações para apenas quatro milhões de euros.

O agrupamento possui mais de uma centena de hectares (40 e 70 ao ar livre) e exporta sobretudo para Itália, Espanha, França e Polónia.

 :arrow: http://www.noticiasaominuto.com/economi ... mportacoes (http://www.noticiasaominuto.com/economia/354813/maior-producao-agricola-em-cogeracao-poupou-3-milhoes-em-importacoes)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 03, 2015, 02:02:09 pm
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 03, 2017, 12:30:12 am
Seca agrava-se. Governo vai pedir a agricultores que substituam culturas de regadio


O Governo pondera pedir a alguns agricultores que substituam as culturas que exigem o consumo de muita água por outras, tendo em conta a situação de seca que nos próximos meses poderá agravar-se.

Com as previsões a apontar para um final de ano com precipitação abaixo da média, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, diz à Renascença que é preciso começar a planear com os agricultores.

“Este ano tivemos na bacia do sado problemas com o arroz. Temos culturas, como o tomate, o melão e alguns cereais que são espécies adoptadas para regadio, e nesses casos o que vamos fazer é pedir que se faça uma substituição na sementeira para o próximo ano em determinadas regiões”, explica, acrescentando que “o pior que se podia fazer era as pessoas avançarem para sementeiras e daí a pouco perderem os custos da sementeira.”

A falta de chuva está na origem do problema, mas há factores que o agravam, como o excesso de captações, explica Carlos Martins. “Portugal está a ver também, de uma maneira geral, desde Trás-os-Montes, Beira e Alentejo, sobretudo no interior, um número muito elevado de captações, nomeadamente para fins agrícolas. A consequência é um rebaixamento dos níveis freáticos e coloca em perigo aquilo que são as disponibilidades das águas subterrâneas para os locais que dependem exclusivamente destas para os vários usos.”

O Governo está a acompanhar a situação, garante o secretário de Estado. Por enquanto a percentagem do território afectada não aumentou, mantendo-se nos 80%, mas nesse espaço a disponibilidade de água decresceu.

“Estamos a monitorizar e a acompanhar com a Protecção Civil, com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses e com as Águas de Portugal. Estimamos que 5.000 pessoas possam estar ainda em pequenos núcleos territoriais que são abastecidos por autotanque, sendo certo que em Bragança as águas de Portugal já começaram a colocar em funcionamento a barragem das Veiguinhas e já suprimos alguns dos problemas que havia naquela região”, conclui Carlos Martins.


>>>>>>  http://rr.sapo.pt/noticia/94783/seca_agrava_se_governo_vai_pedir_a_agricultores_que_substituam_culturas_de_regadio?utm_source=rss
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: HSMW em Outubro 10, 2017, 12:05:01 am
UE quer controlo sobre a patente das sementes e tornar ilegal as sementes não registadas
Citar
Trocar sementes de mão pode vir a ser crime. Empresas como a Monsanto, com enormes lucros, serão as que mais vão ganhar.

https://www.tugaleaks.com/ue-controlo-sementes.html



Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 20, 2017, 01:50:55 pm
Pesca da sardinha deve ficar suspensa em 2018


Parecer é do Conselho Internacional para a Exploração do Mar, entidade científica consultada pela Comissão Europeia

A pesca da sardinha deverá ser proibida em 2018 em Portugal e Espanha, face à redução acentuada do 'stock' na última década, refere o parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) hoje divulgado.

"Deve haver zero capturas em 2018", recomenda o ICES, entidade científica consultada pela Comissão Europeia para dar parecer sobre as possibilidades de pesca, com base nos seus estudos dos 'stocks'.

Segundo aquele organismo, o 'stock' de sardinha tem vindo a decrescer de 106 mil toneladas em 2006 para 22 mil em 2016.

Contudo, aponta para vários cenários de capturas, estabelecendo como limite 24.650 toneladas.

O Conselho Internacional para a Exploração do Mar reconhece que a avaliação do desenvolvimento do 'stock' "é ligeiramente mais pessimista" do que as anteriores, pela estimativa de decréscimo.

Por um lado, sustenta, tanto o recrutamento, como a biomassa existente atingem o "nível histórico mais baixo", motivo pelo qual Portugal e Espanha, no plano de gestão do 'stock', deverão ir além de uma "gestão precaucionária" e constatar que os recursos estão abaixo do Rendimento Máximo Sustentável (MSY).

Já em 2016, o organismo científico recomendava que Portugal devia parar por completo a pesca da sardinha durante um período mínimo de 15 anos para que o 'stock' de sardinha regresse a níveis aceitáveis.

Na sequência do parecer, a Comissão Europeia esclareceu que Bruxelas não tomou qualquer decisão sobre a pesca da sardinha.

Portugal e Espanha rejeitaram o cenário de proibição de pesca da sardinha, e acordaram, no respetivo plano de gestão, fixar em 23 mil toneladas o limite de capturas anual.

Portugal divide a quota de pesca de sardinha com Espanha, autorizada a pescar o restante do limite de 17 toneladas.

Portugal adotou um modelo de gestão da pesca de sardinha participado pelo setor, com uma comissão de acompanhamento com pescadores, cientistas, industriais de conservas, comerciantes, representantes sindicais e Organizações Não Governamentais (ONG), além de ser concertado com Espanha.

As medidas de gestão incluíram limites de captura diários, mensais e semestrais e períodos alargados de defeso.

Em paralelo, o Governo decidiu reforçar as campanhas científicas desenvolvidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), destinadas a recolher informação sobre o estado dos 'stocks'.


>>>>>>  https://www.dn.pt/sociedade/interior/pesca-da-sardinha-deve-ficar-suspensa-em-2018---parecer-cientifico-8859182.html
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Outubro 20, 2017, 02:19:39 pm
Já não vai haver as festas dos Santos Populares em 2018! :)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: HSMW em Outubro 20, 2017, 08:53:40 pm
Que chatice....  ::) :P
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 25, 2017, 07:40:15 pm
Indústria conserveira da sardinha diz não haver risco de ficar sem matéria-prima


As indústrias conserveiras dizem que não receiam ter falta de sardinha, depois de o Governo anunciar que vai proibir a pesca da sardinha em 2018 no Norte e Centro do País, disse hoje o presidente da associação deste setor da transformação.

"Não há esse risco face aos dados que temos e tendo em conta os cenários de capturas recomendados pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES)", no parecer divulgado a 20 de outubro, disse o presidente da Associação Nacional dos Industriais das Conservas de Peixe (ANICP), Sérgio Real, à agência Lusa.

Além disso, acrescentou, os estudos demonstram que as medidas de gestão da pesca têm vindo a resultar numa melhoria do ‘stock’, que se encontra já num "ciclo ascendente".

Para melhor fundamentar a posição da ANICP, o dirigente e administrador da fábrica Poveira, na Póvoa do Varzim, explicou que não está em causa uma proibição total durante todo o ano nas zonas Norte e Centro, mas sim "em algumas áreas dessas regiões onde existem maternidades e onde é necessário não pescar para se voltar aos valores anteriores da biomassa".

"É o que defendemos há muito tempo", sublinhou.

O presidente da ANICP adiantou que Portugal deverá propor à Comissão Europeia um limite de capturas de 14 mil toneladas para 2018, o que, a concretizar-se, "é uma redução e não uma paragem da pesca da sardinha".

Se for este o limite de capturas "não é suficiente para a indústria, que tem diversificado a sua produção com outras espécies", afirmou o responsável, considerando que essas "limitações de pesca prejudicam seriamente todo o setor".

As exportações de conservas de atum já ultrapassam as de sardinha.

Reconhecendo a necessidade de se adotarem medidas de sustentabilidade, Sérgio Real disse, contudo, que acompanha o assunto com "preocupação" mas também com "esperança", tendo em conta os indicadores que apontam para uma melhoria do ‘stock' de sardinha.

O responsável admitiu, no entanto, que, nos últimos anos, a indústria conserveira tem vindo a abastecer-se de sardinha em Marrocos, França e no sul de Inglaterra para satisfazer as necessidades da produção.

Contudo, esclareceu, "as indústrias não estão a pensar deslocalizar-se para outras zonas do mundo", ainda que reconheça que possam ter a necessidade de fazer investimentos em outros países, de modo a acondicionar a matéria-prima que aí adquirem.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse hoje, à Lusa, que a pesca da sardinha será proibida em zonas da região Centro e Norte, por serem "áreas importantes para a reprodução da espécie", estando a decorrer reuniões com as comunidades piscatórias para, juntamente com o IPMA, delimitar essas zonas.

No dia 20 de outubro, o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) recomendou a suspensão da pesca da sardinha, em Portugal e Espanha, em 2018.

No dia seguinte, a Comissão Europeia informou que não proíbe a pesca da sardinha, mas recomenda às autoridades portuguesas que encarem com seriedade as quebras nos 'stocks' da espécie devidas à sobrepesca e ao aumento da poluição.

Um porta-voz do executivo comunitário reiterou que Bruxelas está consciente da importância socioeconómica e cultural da pesca em Portugal, razão pela qual "está muito preocupada com o estado potencialmente precário da pesca de sardinha ibérica", salientando que "as autoridades têm que levar isto muito a sério".

Na quinta-feira, Portugal e Espanha reúnem-se para discutir, segundo a ministra do Mar, o "plano de gestão de uma forma geral, não necessariamente as áreas em Portugal em que não vai haver capturas [de sardinha]" e os "valores das capturas que vão ser propostos em conjunto à União Europeia".


>>>>>  http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/industria-conserveira-da-sardinha-diz-nao-haver-risco-de-ficar-sem-materia-prima
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 09, 2017, 06:07:23 pm
Seca: Criadores de gado do Alentejo distribuem água e comida "de manhã à noite"


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 20, 2017, 03:45:08 pm
Abelhas alimentadas a açucar para combater os efeitos da seca e dos incêndios


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2017, 05:52:13 pm
Portugal é o 3.º país da União Europeia com mais acidentes com tratores agrícolas


Portugal é o terceiro país da União Europeia que regista mais vítimas em acidentes com tratores agrícolas, contabilizando 123 mortos entre 2015 e 2016, um cenário preocupante para o qual foram hoje alertados os agricultores de Murça.

Na estatística da sinistralidade com tratores na União Europeia, Portugal ocupa o terceiro lugar a seguir à Grécia e à Polónia. E esta é a principal causa de morte no trabalho agrícola a nível nacional, registando-se, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 68 vítimas mortais em 2016 e 55 em 2015.

Para alertar os agricultores para este "cenário preocupante", a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI) promoveu hoje, em Murça, distrito de Vila Real, uma sessão de esclarecimento.

"Todas as semanas ou morre uma pessoa ou fica ferida e com incapacidade para exercer a atividade. Cada vez mais acontecem este tipo de acidentes", alertou Isabel Santana, da CONFAGRI.

Por isso mesmo, acrescentou, é preciso "sensibilizar, alertar e aconselhar os agricultores para os riscos e perigos com o uso dos tratores".

E os perigos estão relacionados com a insuficiente formação dos manobradores, a falta de manutenção dos veículos, a não utilização das estruturas de segurança como o arco de "Santo António" ou o cinto de segurança, a insuficiente avaliação dos riscos relacionados com a inclinação do terreno ou a carga transportada.

"O que temos vindo a verificar é que as pessoas, apesar de todos os alertas e todas as notícias de mortes, vêm descurando de alguma forma a segurança. Os trabalhos são exigentes, precisam de os fazer, a população que pega nos tratores é cada vez mais envelhecida e não está sensibilizada para estas questões de segurança", referiu Aurora Sousa, da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de Vila Real.

A responsável disse que é preciso "fazer um esforço grande de sensibilização".

"Já se sabe que temos que ter muito cuidado. É preciso fazer atenção, fazer as revisões com o trator. A gente aprende sempre alguma coisa com estas ações", afirmou Manuel Costa da Assunção, de 73 anos e residente na aldeia de Jou.

Manuel Silvestre da Silva, de 79 anos e habitantes em Palheiros, referiu que o "trator não é para andar em corridas nem fazer rali", garantindo que é muito cuidadoso da condução e que nunca teve nenhum acidente.

"Ando com cuidado, a gente já não tem 20 anos. Para uma viatura circular bem é preciso ter água, óleo e bons travões", frisou Manuel Morais, de 59 anos e natural de Noura.

Segundo Humberto Costa, do Centro de Gestão Murça, a partir do próximo ano todas os operadores terão que ter a carta de trator ou fazer uma formação habilitante de 35 ou 50 horas.

Isabel Santana alertou para a "importância e para a obrigatoriedade da formação para a condução de tratores" e referiu que o risco de morte dos condutores de tratores agrícolas "é oito vezes superior ao dos que conduzem automóveis ligeiros ou pesados".

De acordo com esta responsável, entre 2004 e 2013, perderam a vida em acidentes de tratores 305 pessoas.

No distrito de Vila Real, segundo dados fornecidos pela GNR, os acidentes com tratores provocaram cinco vítimas mortais em 2017, três em 2016 e quatro em 2015.


>>>>>  https://www.dn.pt/sociedade/interior/portugal-e-o-3o--pais-da-uniao-europeia-com-mais-acidentes-com-tratores-agricolas-8949355.html
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 09, 2018, 04:20:13 pm
Morcegos vão ajudar agricultores alentejanos


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 05, 2018, 10:33:19 pm
'Stock' de sardinha mais do que duplicou entre 2016 e 2017


O 'stock' de sardinha na costa portuguesa, cuja pesca está proibida desde outubro, mais do que duplicou para 120 mil toneladas em 2017, segundo os resultados do cruzeiro científico divulgados hoje pela associação da pesca do Cerco.

Os resultados do cruzeiro científico realizado em dezembro pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para 120 mil toneladas de sardinha entre Caminha e o Cabo Espichel, um acréscimo de 110% face à biomassa que tinha sido avaliada em dezembro de 2016″ (57 mil toneladas), refere em comunicado a Associação das Organizações de Produtores da Pesca (ANOP) do Cerco.

Os dados foram divulgados na reunião de quarta-feira da Comissão de Acompanhamento da Sardinha, no Ministério do Mar.

Para a associação do setor, os resultados são “globalmente muito positivos” e “vêm ao encontro das medidas de gestão do ‘stock’ nos últimos quatro anos”, com reduções anuais de capturas abaixo das 15 mil toneladas, quando entre 2000 e 2010 eram superiores a 60 mil toneladas.

A ANOP Cerco acredita que os dados da evolução do ‘stock’ de sardinha a recolher pela investigação programada para abril “irão ser ainda mais positivos”, tendo em conta a paragem da pesca que se iniciou em outubro e que se estende até ao final de abril.

Se a evolução do ‘stock’ se confirmar em abril, a ANOP Cerco defende que a quota de pesca a propor para 2018 – 14.600 toneladas – deverá sofrer uma “ligeira melhoria”, uma vez que foi calculada em função das 146 mil toneladas de biomassa avaliadas para Portugal e Espanha.


No final de janeiro, a ministra do Mar alertou para o risco de a sardinha ficar sujeita a uma quota comunitária, caso Portugal e Espanha não façam uma gestão rigorosa dos volumes de captura da espécie.

A pesca da sardinha está proibida desde outubro e vigora até abril, período durante o qual o Ministério do Mar paga aos pescadores para não trabalharem.

Um parecer científico do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), divulgado a 20 de outubro do ano passado, concluiu que a pesca da sardinha deveria ser proibida este ano, em Portugal e Espanha, face à redução acentuada do ‘stock’ na última década, que caiu de 106 mil toneladas em 2006 para 22 mil em 2016.

Já há dois anos, em 2016, o mesmo organismo científico recomendou uma paragem completa da pesca da sardinha em Portugal, durante um período mínimo de 15 anos, para que o ‘stock’ de sardinha regressasse a níveis considerados aceitáveis.


>>>>>>>>>> http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/stock-de-sardinha-mais-do-que-duplicou-entre-2016-e-2017
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 03, 2018, 06:15:35 pm
Cerveja: Portugal entre os países da UE onde produção mais cresceu


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Agosto 31, 2018, 10:18:53 am
Portugal está a atrair investidores com… a água. E vêm dos EUA

A escassez de água vivida na Califórnia leva os investidores com explorações agrícolas a procurar melhores locais, destaca a Reuters. A barragem de Alqueva é a região de eleição em Portugal.

(https://thumbs.web.sapo.io/?H=547&epic=RQkgt34oWP2GIP4NbZZROLClwgNSmpYjvX0xJOBuq6FQm1rQyc1JqaxmnDp5RKNS1hBnh8l2Xte9S4kI4jT+s7A0ajP5xD7LHzbv65HqFihP6QI=)

Portugal e as suas reservas de água estão a tornar-se um local atrativo para investidores, principalmente para os agricultores californianos que sofrem com a escassez deste bem. Este foi o tema escolhido para uma reportagem da agência de notícias internacional Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Em destaque está o lago artificial do Alqueva, que fornece água a uma área correspondente ao tamanho da cidade norte-americana Los Angeles. A maior procura por estas terras por investidores, principalmente norte-americanos mas também de outras regiões, fez elevar os preços para o dobro nos últimos cinco anos.

Os investidores podem rivalizar com agricultores locais, mas em algumas situações também podem ajudar. Por exemplo no caso apresentado de Hélder Martins, um apicultor que ganhou mais culturas que contratam as abelhas.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2016/09/6232097101_d0bbf1f90f_b.jpg)
A barragem de Alqueva, no AlentejoPaulo Valdivieso

A publicação relembra a viagem de António Costa aos EUA, em junho, onde o primeiro-ministro convidou os californianos a investir na região do Alqueva, que tem um clima semelhante ao que estão habituados… mas com mais água.

O convite terá funcionado. Rusty Areias, um deputado do estado norte-americano que foi convencido por Costa durante a visita, diz que Portugal “parece a Califórnia nos anos 50”, cita a Reuters. Está em conversações com o governo português relativamente a direitos de utilização das águas, e quer trazer mais americanos para o país. Areias diz que os investidores precisam de garantias de que têm água por 20 anos.

A publicação descreve os incentivos de Portugal para investidores como “empréstimos baratos” para aqueles “prontos a gastar mais de 500 mil euros e criar postos de trabalho”.

A Califórnia é a maior produtora de amêndoas, e vários dos exploradores atraídos para Portugal cultiva precisamente isso. Assim, a área de exploração deste alimento na região do Alqueva duplicou no último ano. O azeite e a fruta são outros dos produtos explorados na zona.

https://www.sapo.pt/noticias/economia/portugal-esta-a-atrair-investidores-com-a_5b88db10ec27623c5a4f273f
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 03, 2018, 09:20:29 pm
Algas invasoras usadas em novos medicamentos


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2018, 12:53:48 am
Mais peixe para Portugal em 2019


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 27, 2018, 03:02:30 pm
Apanha ilegal de ameijoa equiparada ao tráfico de droga



Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Vicente de Lisboa em Maio 14, 2019, 02:48:49 pm
Talvez haja um motivo para não haver pesca industrial, e de haver quotas. Mas claro, numa perspectiva de lucro, pesca-se tudo agora, peixe miúdo e graúdo, daqui a 10 anos, comemos palha, certo? Dizima-se tudo o que é vida na terra... para os chineses não virem cá pescar? Por essa lógica, consome-se já toda a água potável do planeta, para evitar conflitos por ela no futuro, certo? Não se pode lutar pelo que não existe não é verdade?  ::)

A solução para o problema chinês, é começar por não entregar estes pescadores a autoridades que muito provavelmente os libertam após o mínimo de pressão chinesa. É exactamente o facto de não haver punição para estas actividades ilegais, que estas continuam a existir e a proliferar.
Imaginem é um familiar de um pescador legal que tenha falecido num naufrágio por os meios de socorro não terem lá chegado a tempo, ver esta tristeza em que os ilegais, perante o acto de pesca ilegal, de ignorar ordens oficiais e tentarem abalroar o navio de patrulha, ainda assim são resgatados do navio naufragado. Esses sim se calhar questionam-se se compensa de facto continuar legal!

Mas isto é extremamente off-topic. Vamos ver quando é que vêm as armas para a segunda remessa de patrulhões, e o que os próximos dois trazem ou não de novidades. E claro, ver o que acontece com o misterioso mastro da BD.  ::)

Acho que temos discernimento suficiente para perceber que as opções não se limitam à dicotomia Europa Destrói o Mar vs China Destrói o Mar. Tanto mais que a Europa já gere o seu Mar de forma largamente sustentável. Há erros e problemas que enchiam 3 tópicos, mas no final de contas temos (UE) uma larga maioria dos stocks em recuperação e frotas sustentáveis e rentáveis.  O grande erro foi desistir da presença de comunitárias nos pesqueiros externos, precisamente nessa atitude de que pescar seja o que for é mau, o que abriu um espaço que foi ocupado por frotas que não cumprem quaisquer regras ambientais, laborais ou de segurança alimentar. Note-se que ainda há  embarcações europeias a pescar fora, e ocasionalmente a UE defende os seus interesses, mas a politica de Bruxelas é não aumentar esses números e ir reduzindo a presença.

A quem é que se entregam os tripulantes é absolutamente indiferente. Não é o tripulante que decide onde vai pescar. Nesta escala de pesca, e num estado como o Chinês, duvido que sequer o Capitão decida. Se uns forem presos, o que não falta à China é gente. E claro que a pressão chinesa funciona - pois se são eles que estão a pagar pelo acesso aos recursos (independentemente de quem recebe o dinheiro), eles é que mandam. Porque é que os países costeiros (africanos, asiáticos, sul americanos...) vão dar ouvidos a uma Europa que não lhes dá receita da pesca? A situação é politica, e a solução politica tem de ser, mas a Europa não tem peso politico nos países e nas ORPs onde não está presente. Por outro lado, em ORPs como a NAFO, onde tem a maior frota, embora os países costeiros sejam os EUA e Canadá, a Europa tem uma voz fortíssima.

E os salvamentos não têm nada a ver com o caso. Mais patrulhas, em principio aumentam os salvamentos. Afundar um barco chinês e deixar a tripulação morrer não salva nenhum pescador acidentado noutro lado. É só um crime cruel e desnecessário.
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 10, 2020, 09:08:25 pm
Castro Marim volta a apostar na produção de sal


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 07, 2020, 04:53:15 pm
 :arrow: https://eco.sapo.pt/2020/11/07/consequencias-positivas-do-virus-nas-exportacoes-agroalimentares-esta-a-acontecer/
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2020, 11:40:03 am
O renascer das ostras do Sado


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 02, 2021, 12:45:05 pm
Aprovada primeira substância à base de canábis para fins medicinais

Aprovação foi dada pelo Infarmed e anunciada pela Tilray. Utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=ZTU4iG2cDOj6mG6CiAHSV9Hq8+33jZTZiG/ha1urH8JRPyiDg6urnrXV0KKwFZZd+4orYZ0MgpDS7qUXWk/P288qm9sITisDQX8YgFWKrpqtGHc=)

Foi aprovada em Portugal a primeira substância à base de canábis para fins medicinais, em conformidade com a legislação portuguesa. A autorização foi dada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde  (Infarmed) — que confirma os padrões de qualidade e segurança da produção —  e anunciada esta segunda-feira, 1 de fevereiro, pela empresa Tilray, responsável pela sua produção.

"Esta é a primeira e única preparação ou substância à base da planta da canábis para fins medicinais permitida no nosso país, e confirmamos que estamos a planear num futuro próximo tornar outros produtos acessíveis aos doentes, em Portugal. As exigências dos doentes estão a aumentar e a nossa missão é disponibilizar os produtos mais seguros e de melhor qualidade que satisfaçam ao máximo as suas necessidades", afirma Rita Barata, Diretora-Geral da Tilray Portugal, em comunicado enviado à redação.

Segundo a Tilray, em Portugal,  a utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, nos casos em que se determine que os tratamento convencionais não produzem os efeitos esperados.

Entre as várias indicações estão:
a dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso)
espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula
náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C)
estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA
"Estamos muito orgulhosos da autorização de colocação no mercado emitida pelo INFARMED, que confirma que os produtos de canábis medicinal da Tilray estão à altura dos mais altos padrões nacionais e internacionais", refere no mesmo comunicado Sascha Mielcarek, Diretor-Geral da Tilray Europa.

A Tilray é pioneira mundial na investigação, cultivo, produção e distribuição de canábis medicinal.  A unidade de Produção da Tilray Portugal, sedeada em Cantanhede, possui todas as certificações necessárias para cultivar e produzir localmente preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais. Os seus produtos à base de canábis para fins medicinais estão disponíveis em 16 países, em todo o mundo.

https://magg.sapo.pt/atualidade/atualidade-nacional/artigos/aprovada-primeira-substancia-a-base-de-canabis-para-fins-medicinais
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Maio 25, 2021, 05:53:28 pm
Novos produtos à base de microalgas à conquista do mercado


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 07, 2022, 04:12:35 pm
Cabaz alimentar aumentou 15 pontos percentuais



Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2022, 06:02:32 pm
"Bolo Rei" está para os portugueses como o Panetone para os italianos


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 23, 2022, 03:14:12 pm
Bacalhau não falta à mesa dos portugueses


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 30, 2023, 04:17:34 pm
Agricultores protestam em Castelo Branco


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Daniel em Fevereiro 14, 2023, 03:44:12 pm
“Há uma ameaça séria de rotura”: Portugal só tem cereais para 15 dias e produtos como pão, massas, carne, ovos e leite podem estar em risco
https://multinews.sapo.pt/noticias/ha-uma-ameaca-seria-de-rotura-portugal-so-tem-cereais-para-15-dias-e-produtos-como-pao-massas-carne-ovos-e-leite-podem-estar-em-risco/
Citar
A greve às horas extraordinárias na Silopor, empresa de capitais públicos e que está em liquidação há duas décadas, está a impedir que navios com várias matérias-primas para o setor alimentar, principalmente cereais, não consigam descarregar, nos terminais da Trafaria e do Beato, em Lisboa, geridos pela empresa.

O alerta é feito por Jaime Piçarra, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA), ao Expresso, que aponta que o problema pode mesmo afetar as cadeias de produção e deixar em risco a normal produção e abastecimento de produtos como pão, massas, carne, ovos, leite e derivados.

“Há uma ameaça séria de rotura na segurança de abastecimento no sector alimentar. Em termos de cereais”, avisa o responsável, dizendo que o nosso país não aprendeu com as limitações e crise alimentar no início da guerra na Ucrânia e continua “com matéria-prima apenas para 15 dias”.

Jaime Piçarra avisa que navios com cereais, que vêm da Ucrânia, Roménia ou Bulgária, não estão a conseguir descarregar a carga transportada e aponta a que “já estamos com um défice de 20 mil toneladas semanais”, no que respeita ao abastecimento de cereais.

Em comunicado, vários responsáveis dos setores de produção de pão, alimentos para animais, suinicultura ou criação de aves, subscrevem o alerta da IACA. “O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos”, defendem, prevendo um novo aumento de preços ou até falta de alguns produtos nos supermercados.

Os responsáveis acusam ainda a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, que esteve 26 dias no cargo, de ser responsável pelo problema, dizendo que “colocou em vigor um Despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos”.

O setor já está a ponderar transferir a descarga de alguns navios para o porto de Setúbal, que não é controlado pela empresa em questão, mas isso acarretaria um crescimento exponencial dos custos, de cerca de três milhões de euros.
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Fevereiro 14, 2023, 04:59:42 pm
“Há uma ameaça séria de rotura”: Portugal só tem cereais para 15 dias e produtos como pão, massas, carne, ovos e leite podem estar em risco
https://multinews.sapo.pt/noticias/ha-uma-ameaca-seria-de-rotura-portugal-so-tem-cereais-para-15-dias-e-produtos-como-pao-massas-carne-ovos-e-leite-podem-estar-em-risco/
Citar
A greve às horas extraordinárias na Silopor, empresa de capitais públicos e que está em liquidação há duas décadas, está a impedir que navios com várias matérias-primas para o setor alimentar, principalmente cereais, não consigam descarregar, nos terminais da Trafaria e do Beato, em Lisboa, geridos pela empresa.

O alerta é feito por Jaime Piçarra, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA), ao Expresso, que aponta que o problema pode mesmo afetar as cadeias de produção e deixar em risco a normal produção e abastecimento de produtos como pão, massas, carne, ovos, leite e derivados.

“Há uma ameaça séria de rotura na segurança de abastecimento no sector alimentar. Em termos de cereais”, avisa o responsável, dizendo que o nosso país não aprendeu com as limitações e crise alimentar no início da guerra na Ucrânia e continua “com matéria-prima apenas para 15 dias”.

Jaime Piçarra avisa que navios com cereais, que vêm da Ucrânia, Roménia ou Bulgária, não estão a conseguir descarregar a carga transportada e aponta a que “já estamos com um défice de 20 mil toneladas semanais”, no que respeita ao abastecimento de cereais.

Em comunicado, vários responsáveis dos setores de produção de pão, alimentos para animais, suinicultura ou criação de aves, subscrevem o alerta da IACA. “O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos”, defendem, prevendo um novo aumento de preços ou até falta de alguns produtos nos supermercados.

Os responsáveis acusam ainda a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, que esteve 26 dias no cargo, de ser responsável pelo problema, dizendo que “colocou em vigor um Despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos”.

O setor já está a ponderar transferir a descarga de alguns navios para o porto de Setúbal, que não é controlado pela empresa em questão, mas isso acarretaria um crescimento exponencial dos custos, de cerca de três milhões de euros.

A quem será que interessa uma notícia destas!?
Lançar o pânico, para ver se vai toda a gente esgotar os stocks e...... obviamente sobem misteriosamente os preços!?!?!?!?!?
Se estiverem aflitos, a Ucrãnia tem cereal a apodrecer!!!!!!!

 ::)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: PTWolf em Fevereiro 14, 2023, 06:55:39 pm
“Há uma ameaça séria de rotura”: Portugal só tem cereais para 15 dias e produtos como pão, massas, carne, ovos e leite podem estar em risco
https://multinews.sapo.pt/noticias/ha-uma-ameaca-seria-de-rotura-portugal-so-tem-cereais-para-15-dias-e-produtos-como-pao-massas-carne-ovos-e-leite-podem-estar-em-risco/
Citar
A greve às horas extraordinárias na Silopor, empresa de capitais públicos e que está em liquidação há duas décadas, está a impedir que navios com várias matérias-primas para o setor alimentar, principalmente cereais, não consigam descarregar, nos terminais da Trafaria e do Beato, em Lisboa, geridos pela empresa.

O alerta é feito por Jaime Piçarra, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA), ao Expresso, que aponta que o problema pode mesmo afetar as cadeias de produção e deixar em risco a normal produção e abastecimento de produtos como pão, massas, carne, ovos, leite e derivados.

“Há uma ameaça séria de rotura na segurança de abastecimento no sector alimentar. Em termos de cereais”, avisa o responsável, dizendo que o nosso país não aprendeu com as limitações e crise alimentar no início da guerra na Ucrânia e continua “com matéria-prima apenas para 15 dias”.

Jaime Piçarra avisa que navios com cereais, que vêm da Ucrânia, Roménia ou Bulgária, não estão a conseguir descarregar a carga transportada e aponta a que “já estamos com um défice de 20 mil toneladas semanais”, no que respeita ao abastecimento de cereais.

Em comunicado, vários responsáveis dos setores de produção de pão, alimentos para animais, suinicultura ou criação de aves, subscrevem o alerta da IACA. “O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos”, defendem, prevendo um novo aumento de preços ou até falta de alguns produtos nos supermercados.

Os responsáveis acusam ainda a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, que esteve 26 dias no cargo, de ser responsável pelo problema, dizendo que “colocou em vigor um Despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos”.

O setor já está a ponderar transferir a descarga de alguns navios para o porto de Setúbal, que não é controlado pela empresa em questão, mas isso acarretaria um crescimento exponencial dos custos, de cerca de três milhões de euros.

A quem será que interessa uma notícia destas!?
Lançar o pânico, para ver se vai toda a gente esgotar os stocks e...... obviamente sobem misteriosamente os preços!?!?!?!?!?
Se estiverem aflitos, a Ucrãnia tem cereal a apodrecer!!!!!!!

 ::)

A inflação e a diminuição do poder de compra levaram a uma queda no consumo. Vamos a meio de Fevereiro e os resultados financeiros devem estar a ser inferiores ao do ano passado.
Nada como criar o pânico generalizado para aumentar as vendas
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: MacNTu em Fevereiro 14, 2023, 08:10:57 pm

A inflação e a diminuição do poder de compra levaram a uma queda no consumo. Vamos a meio de Fevereiro e os resultados financeiros devem estar a ser inferiores ao do ano passado.
Nada como criar o pânico generalizado para aumentar as vendas

Infelizmente o facto da diminuição do poder de compra ter diminuído, não está a ter grande influencia na procura para que os preços estagnem ou diminuam de forma a que se atinjam o ponto de equilibro entre oferta e procura.

Um dos motivos para que isto aconteça é que os cidadãos em vez de manterem a poupança ou até aumentarem, estão a retirar rendimento deste fator para fazer face às "necessidades" que tem grande influencia na procura ou seja os níveis de consumo estão a manter-se.

Outro fator é a adoção generalizada do "just in time" o que faz com que os fatores produtivos das empresas se ajustem quase em tempo real ao fator procura para manterem os preços ou até mesmo criar escassez de mercado para os preços subirem.

Mas veremos o que vai acontecer.
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Fevereiro 15, 2023, 12:01:15 am

A inflação e a diminuição do poder de compra levaram a uma queda no consumo. Vamos a meio de Fevereiro e os resultados financeiros devem estar a ser inferiores ao do ano passado.
Nada como criar o pânico generalizado para aumentar as vendas

Infelizmente o facto da diminuição do poder de compra ter diminuído, não está a ter grande influencia na procura para que os preços estagnem ou diminuam de forma a que se atinjam o ponto de equilibro entre oferta e procura.

Um dos motivos para que isto aconteça é que os cidadãos em vez de manterem a poupança ou até aumentarem, estão a retirar rendimento deste fator para fazer face às "necessidades" que tem grande influencia na procura ou seja os níveis de consumo estão a manter-se.

Outro fator é a adoção generalizada do "just in time" o que faz com que os fatores produtivos das empresas se ajustem quase em tempo real ao fator procura para manterem os preços ou até mesmo criar escassez de mercado para os preços subirem.

Mas veremos o que vai acontecer.

Repare, Portugal (e o resto da Europa e até o mundo ocidental) está a levar com um aumento brutal da inflação que muitos habitantes nunca sentiram (inflação superior a 10% ao ano é inconcebível no mundo civilizado, quando os próprios princípios do BCE, que tem a inflação como a única variável para a qual tem de reagir, sempre que suba a cima de 2%), a uma crise energética derivada da invasão da Ucrãnia e a cereja em cima do bolo que ainda não referiu, a principal arma do BCE vai provocar efeitos colaterais negativos em Portugal imensos! Estou a referir-me às taxas de juro!!!

Repare, a maioria dos portugueses ainda está longe de sentir o efeito negativo da subida dos juros directores do BCE, primeiro porque os juros vão continuar a subir durante 2023 e segundo, porque como o principal endividamento particular prende-se com o crédito à habitação, as taxas de juro demoram 6 a 12 meses a fazerem-se sentir, aquando da renovação do contrato/actualização da taxa!

Importa também referir que o BCE está a retirar liquidez do mercado, à velocidade de 15 mil milhões de euros por mês!!!!

Refiro ainda que esta guerra vai provocar uma subida generalizada de todos os bens, pelo simples facto do mercado livre idílico............... morreu! Basta pensarmos nas expectáveis dificuldades de mercado (barreiras tarifárias) que os produtos chineses vão sofrer, senão mesmo o seu impedimento.

Relativamente ao Just in time que refere, se assim fosse, então a decisão lógica das empresas seria a de encherem os stocks em tempos de inflação, para maximizarem os ganhos e ajudarem ainda mais na especulação, mas garanto-lhe que não é isso que está a ocorrer! Em muitos sectores da economia, você vai comprar um produto que normalmente havia sempre em stock e neste momento tem de encomendar e esperar que seja enviado!

Vemos isso nas farmácias, nas lojas de materiais de construção civil, hipermercados.........

Também em relação à poupança...... vejamos, como pode esperar que um português aumente a sua poupança, se os impostos que paga, não baixam, todos os produtos de consumo aumentaram de preço (e até para manter o consumo, tem de diminuír nas quantidades) e mais grave ainda, tem as prestações da sua casa, que é só o maior encargo das maioria das famílias nacionais, a subir a cada dia que passa!?

A economia nunca foi uma ciência exacta, o primeiro que o afirmar, pode chamar-lhe de mentiroso!
As assimetrias dentro da UE, fazem com que as repercussões económicas se façam sentir em escalas diferentes, como por exemplo, o aumento das taxas de juro têem um efeito muito mais diminuto nos países nórdicos do que no sul da Europa e especialmente em Portugal!

Também é completamente diferente os efeitos sofridos numa economia com superavites em detrimento de uma economia com défices como a nossa!

Esta inflação não é nada fácil de combater, até porque há muito elementos externos que a política monetária não controla, como é o caso que até afecta mais a subida das inflação que é o da energia. Qual é a margem que a UE tem para parar a subida de preços de matérias-primas que praticamente não extrai? Como o petróleo, gás......... só provocando uma recessão!
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2023, 01:03:09 pm
Alimentos cada vez mais caros


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: asalves em Fevereiro 17, 2023, 05:46:22 pm

A inflação e a diminuição do poder de compra levaram a uma queda no consumo. Vamos a meio de Fevereiro e os resultados financeiros devem estar a ser inferiores ao do ano passado.
Nada como criar o pânico generalizado para aumentar as vendas

Infelizmente o facto da diminuição do poder de compra ter diminuído, não está a ter grande influencia na procura para que os preços estagnem ou diminuam de forma a que se atinjam o ponto de equilibro entre oferta e procura.

Um dos motivos para que isto aconteça é que os cidadãos em vez de manterem a poupança ou até aumentarem, estão a retirar rendimento deste fator para fazer face às "necessidades" que tem grande influencia na procura ou seja os níveis de consumo estão a manter-se.

Outro fator é a adoção generalizada do "just in time" o que faz com que os fatores produtivos das empresas se ajustem quase em tempo real ao fator procura para manterem os preços ou até mesmo criar escassez de mercado para os preços subirem.

Mas veremos o que vai acontecer.

Repare, Portugal (e o resto da Europa e até o mundo ocidental) está a levar com um aumento brutal da inflação que muitos habitantes nunca sentiram (inflação superior a 10% ao ano é inconcebível no mundo civilizado, quando os próprios princípios do BCE, que tem a inflação como a única variável para a qual tem de reagir, sempre que suba a cima de 2%), a uma crise energética derivada da invasão da Ucrãnia e a cereja em cima do bolo que ainda não referiu, a principal arma do BCE vai provocar efeitos colaterais negativos em Portugal imensos! Estou a referir-me às taxas de juro!!!

Repare, a maioria dos portugueses ainda está longe de sentir o efeito negativo da subida dos juros directores do BCE, primeiro porque os juros vão continuar a subir durante 2023 e segundo, porque como o principal endividamento particular prende-se com o crédito à habitação, as taxas de juro demoram 6 a 12 meses a fazerem-se sentir, aquando da renovação do contrato/actualização da taxa!

Importa também referir que o BCE está a retirar liquidez do mercado, à velocidade de 15 mil milhões de euros por mês!!!!

Refiro ainda que esta guerra vai provocar uma subida generalizada de todos os bens, pelo simples facto do mercado livre idílico............... morreu! Basta pensarmos nas expectáveis dificuldades de mercado (barreiras tarifárias) que os produtos chineses vão sofrer, senão mesmo o seu impedimento.

Relativamente ao Just in time que refere, se assim fosse, então a decisão lógica das empresas seria a de encherem os stocks em tempos de inflação, para maximizarem os ganhos e ajudarem ainda mais na especulação, mas garanto-lhe que não é isso que está a ocorrer! Em muitos sectores da economia, você vai comprar um produto que normalmente havia sempre em stock e neste momento tem de encomendar e esperar que seja enviado!

Vemos isso nas farmácias, nas lojas de materiais de construção civil, hipermercados.........

Também em relação à poupança...... vejamos, como pode esperar que um português aumente a sua poupança, se os impostos que paga, não baixam, todos os produtos de consumo aumentaram de preço (e até para manter o consumo, tem de diminuír nas quantidades) e mais grave ainda, tem as prestações da sua casa, que é só o maior encargo das maioria das famílias nacionais, a subir a cada dia que passa!?

A economia nunca foi uma ciência exacta, o primeiro que o afirmar, pode chamar-lhe de mentiroso!
As assimetrias dentro da UE, fazem com que as repercussões económicas se façam sentir em escalas diferentes, como por exemplo, o aumento das taxas de juro têem um efeito muito mais diminuto nos países nórdicos do que no sul da Europa e especialmente em Portugal!

Também é completamente diferente os efeitos sofridos numa economia com superavites em detrimento de uma economia com défices como a nossa!

Esta inflação não é nada fácil de combater, até porque há muito elementos externos que a política monetária não controla, como é o caso que até afecta mais a subida das inflação que é o da energia. Qual é a margem que a UE tem para parar a subida de preços de matérias-primas que praticamente não extrai? Como o petróleo, gás......... só provocando uma recessão!

Mas na prática é isso que o aumento dos juros provoca retira-se dinheiro do mercado para baixar o consumo, e com isso parar a subida dos preços, o que se não for bem controlado pode gerar recessão (no geral os preços voltam aos valores da antes da inflação)

Pelo menos foi isso que aprendi no mestrado em economia das redes sociais  ;D
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Fevereiro 18, 2023, 02:48:14 pm
Mas na prática é isso que o aumento dos juros provoca retira-se dinheiro do mercado para baixar o consumo, e com isso parar a subida dos preços, o que se não for bem controlado pode gerar recessão (no geral os preços voltam aos valores da antes da inflação)

Pelo menos foi isso que aprendi no mestrado em economia das redes sociais  ;D

Então sabe que há bens em que a procura é elástica e outros em que é inelástica!

Recorde-me lá quando é que se deu a redução do preço ao consumidor, por exemplo, no pão, arroz, água, e outros bens alimentares.

Se acredita que os preços vão baixar para produtos inelásticos, é um homem de fé! Eu não!  :mrgreen:

O que nós vamos ter (em Portugal), que não ocorre por exemplo no norte da Europa, é uma possibilidade mais forte a economia descambar para uma recessão perigosa, porque a subida das taxas de juro vai afectar empresas, particulares e Estado! Não ficou ninguém de fora, pois não!?
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 01, 2023, 04:44:06 pm
Portugueses cortam na alimentação


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2023, 12:14:37 pm
Produtores de arroz carolino em protesto


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 13, 2023, 10:35:41 am
Fabrico Nacional - Conservas Ramirez - EP - 15 - 06 Fev 2018


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 13, 2023, 10:47:13 am
Fabrico Nacional - Paupério - EP - 6 - 06 Jul 2017


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 13, 2023, 11:05:51 am
Fabrico Nacional - Bayard - EP - 9 - 03 Out 2017


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 13, 2023, 11:24:46 am
Fabrico Nacional - Chocolate Arcádia - EP - 2 - 25 Mai 2017


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 13, 2023, 11:26:37 am
Fabrico Nacional - Chá Gorreana - EP - 1 - 18 Mai 2017


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 04, 2023, 12:30:06 pm
Granizo causou prejuízos de milhares no olival e vinha em Trás-os-Montes


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 21, 2023, 11:07:23 pm
(https://images4.imagebam.com/84/49/35/MEP3271_o.jpg)
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 28, 2023, 09:42:16 am
Há menos produtores de leite


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 30, 2023, 07:02:06 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre o tomate de indústria


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 02, 2023, 09:06:50 pm
Carlos Gonçalves: “Não vou vender a Paladin. Vou dar” (em parceria com Portugal Amanhã)


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 07, 2023, 06:52:32 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a produção de fruta e Portugal


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 13, 2023, 12:40:53 pm
Regresso da castanha assada


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 20, 2023, 06:15:38 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a campanha do milho


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2023, 01:37:16 pm
Pescada custa quase o mesmo que bacalhau


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 30, 2023, 01:20:24 pm
Gelpeixe: ‘Se Deus me tirou um filho aos 20 anos, era um sinal para fazer algo diferente’


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 04, 2023, 01:47:05 pm
Aumento do preço do azeite


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 11, 2023, 01:55:11 pm
Castanha do Marvão


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 18, 2023, 03:06:35 pm
Produtores de Vila do Conde preocupados com custos elevados


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Malagueta em Janeiro 02, 2024, 12:43:49 pm
https://cnnportugal.iol.pt/dossier/azeite-a-10-o-segredo-esta-na-agua/6585a89bd34e65afa2f8f441


Azeite a 10€: o segredo está na água
O preço do azeite está pela hora da morte - mas o seu negócio está nos melhores dias da vida. E esta é uma história de agricultores que se tornaram empresários, numa terra onde mesmo quando não chove não falta água.

Chegamos pela fresca, num sol dezembrino frio, e encontramos já a cancela de entrada a subir e descer como se estivesse a cortar pão: são nove da matina e é um corrupio de camiões chegando ao lagar baixo-alentejano. Trazem carradas de azeitonas verdes, triliões de berlindes ovalados de jade, estão fresquíssimas, vivíssimas, parecem saltar, foram apanhadas das oliveiras não há meia hora. As que vêm do olival intensivo foram varejadas e trazem muita folha agarrada, serão lavadas logo após a descarga; as outras, do superintensivo, vêm ao léu, nuas sem folha que lhes oculte o viço, são entornadas do camião para as esteiras velozes. “Entre a apanha e o fim da operação não chega a 12 horas”, garante Pedro Marques, administrador do lagar, “assim não perdem qualidades”. Haveremos de confirmá-lo: dali a bocado sairão outros camiões com cisternas cheiinhas daquele óleo verde translúcido, azeite a granel digno de transfusões para o Incrível Hulk.

O Lagar do Vale, em Serpa, é um dos maiores da Península Ibérica. Há dias em que aqui são operados 2,5 milhões de quilos de azeitona provenientes de vários olivais da região - já são poucos os olivais tradicionais e mesmo os intensivos estão a ser escalados para superintensivos. É o caso do olival onde começaremos este episódio do As Pessoas Não São Números (que pode ver em baixo), fica em Baleizão, terra para sempre avermelhada pelo sangue de Catarina Efigénia Sabino Eufémia, que há de ser relembrada nos cinquent’anos da revolução por há setent’anos se ter rebelado e ter recebido morte “provocada pela pistola-metralhadora do sr. Tenente Carrajola”, assim se noticiou então, em 1954 quem botava contra o regime padecia de morte causada não por pessoas mas pelas suas armas animadas

O drone lá ao nível das águias-de-bonelli mostra-nos um mar verde-pálido a perder de vista, só neste olival são uns duzentos hectares de oliveiras, sebes quilométricas, paralelas na terra como rastas no cabelo, as ramadas dobradas pelos hiperprodutivos cachos de azeitonas que este ano têm mais peso de água por causa das chuvas tardias de outubro. Cá em baixo, sobre a terra, sulcam pela estrada acastanhada de lama mais dois camiões, mas estes são de outra espécie rara, são as máquinas colhedoras, auto propulsadas, troam como blindados de combate e galgam como hipopótamos pernaltas, elevados acima dos três metros para sacudirem entre as pernas as oliveiras prenhes que saem por trás já desfrutadas, é como quem engole um peixe inteiro e devolve a espinha ao prato

Não é qualquer um que mete as mãos nos volantes destas feras, a operação parece bruta mas é delicada, é preciso mandar vir quem saiba e é por isso que estes dois transformers têm mastro com bandeira do Chile: os tratoristas vêm da terra de Nicanor Parra, que em poemas e antipoemas se proclamou uma mistura “de vinagre y de aceite de comer / ¡Un embutido de ángel y bestia!”. Há algo de Ode Triunfal no galope deste “enchido de anjo e besta”, mas o que a nossa vista alcança é bem mais que oliveiras e camiões: é maquinaria pesada, tecnologia de campo, de rega, de ponta, é investimento e, sim, são exemplos de gestão, tensões ambientalistas e uma lição concentrada de economia. É empresarialização no sector primário e foi afinal isso que nos trouxe ao Alentejo. Isto:

o azeite está a 10, 11, 12 euros o litro nos supermercados e viemos saber porquê, se vai descer ou subir mais, e para onde vai este dinheiro.

A métrica estatística diz que é um aumento de 70% num ano, a impressionável vista desarmada até especula que será mais. Tanto que há mais contrafação, mais falsificação, mais garrafinhas de 0,5 lts para gastar menos dinheiro à vez e mais garrafões de 5,0 lts para sair mais barato de vez, há até novos lugares-comuns e novas piadas de restaurante, “este ‘ouro verde’ é para galheteiros acorrentados às mesas, ah ah ah”.

Como aconteceu tudo isto? A resposta rápida é fácil mas atrás dela encontraremos outras mais interessantes e desenharemos ainda uma tese no final. Para já, a resposta rápida:

dois anos consecutivos de seca em Espanha – o maior produtor mundial, com sete vezes a área de olival português – deceparam-lhes mais de meia produção e agora eles estão a comprar-nos o azeite a preço de doidos. Portugal, que vai para dez anos é autossuficiente e até consome menos de metade do azeite que produz – é grande exportador e o preço é definido internacionalmente. Por Espanha, portanto. E sim, também em Portugal faltou chuva mas aqui na raia não faltou água: o Alqueva fez do sequeiro regadio, com uma produção a trote e uma qualidade de relincho. Como soe dizer-se nas redes sociais: “e é isto”. Se quiser, pode abandonar aqui o texto, já basta para responder à pergunta rápida. Para descobrir mais, continue por favor.

Construíram-no, porra!

A construção da barragem do Alqueva mudou tudo, numa agricultura sujeita a um clima alentejano em que “a única regularidade é a sua absoluta irregularidade”, testemunha Luís Mira Coroa, produtor local. “Não há um ano igual ao outro. Nunca houve, não é de agora”.

A oliveira é daqui, é uma planta autóctone desta região mediterrânica, se nada se fizer, ela nasce brava pelos campos. Mas faz-se – e faz-se muito. “Nós estamos a ajudá-la um bocadinho, a enganá-la, a fazer de todos os anos um ano de chuva, e é por isso que elas produzem mais e conseguimos aumentar a densidade”, explica Luís Mira Coroa. “A oliveira é um bosque mediterrânico humanizado. Não estamos a inventar nada.” Pedro Marques, engenheiro agrónomo e uma das maiores autoridades nacionais na produção de azeite, completa: “O olival é uma cultura de sequeiro, muito antiga, nós é que a adaptámos para regadio, essencialmente por rentabilidade e qualidade”. Fazer mais e melhor.

Luís Mira Coroa é empresário agrícola na terceira geração da família – o filho já está na recruta para a quarta. E é bem o exemplo da transformação que o Alqueva trouxe à região: o seu avô, originário de Santa Vitória-Ervidel, começou pelos cereais. A família deslocou-se para Brinches, produziu milho nos anos 1990, beterraba, algum olival de sequeiro e algum regadio direto do Guadiana, uma pequena barragem, e depois… e depois construiu-se o Alqueva.

“Antes do Alqueva, as culturas escolhiam-se em função dos preços mas também em função de uma gestão mais eficiente da água”, prossegue Luís Mira Coroa. “E foi aí que começaram a descobrir o olival regado, uma cultura que leva muito menos água para ser em alta produção do que qualquer outra das que eu referi, do girassol, do trigo, do milho…”

O olival consome cerca de um terço da água do milheiral, por exemplo, e essa é uma das razões pelas quais quase 70% da área do Alqueva está coberta de oliveiras. O amendoal, pela mesma razão, ocupa mais quase 20%.

“O Alqueva trouxe garantia de água. E isso permitiu mudar o paradigma da agricultura, de uma agricultura de sequeiro passar para regadio, ou seja, de uma agricultura que à época era dependente de subsídios, passarmos do subsídio para o investimento”. Foi um passo “que deu frutos”. Os subsídios, diz, não chegam a 5% de um volume de negócios “num ano mau”.

Nestes 20 anos, a paisagem mudou muito. Como citava há uns anos um anúncio de um banco, para o dinheiro grande entrar é preciso o dinheiro pequeno sair – e o dinheiro pequeno na altura era o português. Chegaram os investidores estrangeiros, então sobretudo espanhóis. À volta de Brinches, “mudou tudo de dono”, diz Luís Mira Coroa, que reconhece que muitos não estavam preparados para a cultura de risco e de gestão que o investimento exige. 

Muitos optaram por vender, outros por arrendar, como acontece agora com grandes fundos de investimento. Fazem “a economia do bezerro”, graceja, basta engordar e vender. “São pessoas à procura da agricultura já montada, o cavalo já ensinado, é só por o pé ao estribo e andar.”

Foi assim que a produção disparou. Não foi a área de olival que cresceu substancialmente: foi a sua produtividade. Com novas técnicas, nova tecnologia, intensificação do olival, a produtividade média de azeitona quadruplicou em apenas 18 anos, de cerca de 0,5 toneladas por hectare de olival em 2000 para duas toneladas por hectare em 2018. O mais foi também melhor: 95% do azeite português é hoje virgem e virgem extra.

Portugal produz cerca de 150 mil toneladas de azeite por ano, dos quais consome 50 a 60 mil toneladas. Não nos falta azeite, mas falta – e muito – em Espanha. Do lado de lá da fronteira, a produção caiu em dois anos para menos de metade do habitual, os preços atingiram níveis nunca vistos e o grande debate entre especialistas está no impacto das alterações climáticas. Cá, pelo contrário, a perspetiva é de aumento de produção, acrescentando mais 80 ou 100 mil toneladas de azeite à produção daqui a uns quatro ou cinco anos.

A perspetiva “é chegar às 230 a 250 mil toneladas” por ano, avança Pedro Marques, administrador do Lagar do Vale. O salto resulta da modernização do nosso olival, dos investimentos na zona alentejana em olival intensivo e em sebe que estão a entrar em produção – e dos próprios planos de expansão do Alqueva

Mas… como se justifica esta diferença, entre o declínio e pessimismo do gigante espanhol, e a expansão e otimismo do ascendente português? Afinal, o clima é semelhante e Jaén - a principal zona de olival espanhol – é apenas a 400 quilómetros do Alentejo.

Porque Espanha “não tem um olival tão moderno como nós temos”, dispara Pedro Marques. “É o maior produtor mundial, mas vive do sistema de sequeiro, tem muito olival tradicional, tem barreiras físicas à transformação (como a inclinação do terreno em Jaén) e, sobretudo, não dispõe de água como no Alentejo. Jaén “vive essencialmente da água da chuva” e depois de dois anos de seca extrema, os produtores desesperam. Já o Alqueva “tem capacidade para aguentar entre três e cinco anos de seca extrema”.

Mas há mais: a água permite produzir mais – e produzir em melhor qualidade. “Com o passar dos anos ainda vamos ficar mais perfecionistas com a qualidade do azeite, porque a azeitona é laborada num curto espaço de tempo: é colhida de manhã e a seguir ao almoço ou ao meio da tarde já está a ser laborada”, explica Pedro Marques. “Temos métodos e uma estrutura organizada onde todo este modelo acaba por estar dependente de grandes produções de grande qualidade”.

Das quase 600 variedades de azeitonas que existem na Península Ibérica, a maior parte da produção no Alentejo provém da arbequina e da arbosana, variedades que se adaptam bem ao regadio e ao superintensivo.

Os grandes investidores
Se os portugueses estão a pagar o azeite mais caro de sempre, os produtores estão a vendê-lo a preços que talvez nem ousassem sonhar. Mas, para ganhar muito dinheiro, é preciso correr riscos – e investir. E as empresas agrícolas são empresas a céu aberto, estão sujeitas à influência direta do clima.

Ao contrário do que muitas vezes se diz e lê, o olival de Alqueva não é “todo espanhol”, mesmo se foram os espanhóis os primeiros a investir em força, depois da inauguração da barragem há 20 anos. Neste momento, cerca de um terço da área é explorada por empresários espanhóis. E perto de 60% é-o por empresários portugueses.

E isto inclui fundos de investimento, muitos dos quais compram os olivais e arrendam a sua gestão ou exploração em troca de uma rendibilidade (yield) garantida. Os fundos estrangeiros tipicamente exigem taxas na casa dos 5% anuais, os empresários portugueses pedem na casa dos 7%. Os gestores com que fecham contratos pagam essas margens - e ganham tudo o que conseguirem a mais.   

O gestor Ricardo Almeida está, como todos os da região, a ter um bom ano. É ele que nos explica as variáveis-chave da produção: o Terreno, o clima e a água. Dos três, no Alqueva só não se controla o clima.

Quem está a ganhar todo este dinheiro?
Os produtores.

E, pensando bem, num país em que a grande distribuição é muitas vezes acusada de esmagar as margens dos produtores, o facto de os produtores estarem a lucrar tanto merece explicações.

A formação de preços é sempre uma fórmula nebulosa, variável e secreta. Mas várias fontes do sector ajudaram-nos a desconstruir o preço de dez euros que pagamos por um litro de supermercado (normalmente em garrafas de 0,75 litros a 7 ou 8 euros). Os dados são arredondados e não oficiais, mas servem o objetivo de mostrar como as margens brutas dos produtores dispararam.

Há dois anos, um produtor tinha um custo de 1,5 euros por quilo (no setor, negoceia-se em quilos, sendo que um quilo equivale a cerca de 1,1 litros), vendendo-o a granel por cerca de 2,5 euros. Tinha pois uma margem de cerca de 1 euro por quilo. Depois, o embalador (que faz o engarrafamento e etiquetagem da marca) colocava mais cerca de um euro no preço e a distribuição (que o coloca na prateleira) mais 1,5 euros. Preço final: por volta dos cinco euros.

Agora, as margens da distribuição e do embalador estão semelhantes, assim como os custos do produtor. Mas não o preço a que vende: disparou para os oito euros por quilo. Ou seja, a margem bruta subiu de um para sete euros o quilo.

Os produtores estão a ter um ano como nunca tiveram

om, e para o ano? A resposta está num fator que não controlamos: nas chuvas na primavera em Espanha. Se chover copiosamente, a produção aumentará e o preço descerá, talvez para os sete, oito euros por litro, preveem especialistas com quem falámos. Mas se Espanha entrar no terceiro ano de seca, então o preço continuará a subir, talvez para os 12, 13 euros por litro.

A tese: o investimento transforma o país

Alqueva é o exemplo claríssimo de como um investimento transforma a economia de uma região. E talvez todo este texto seja afinal o leito que desaguará nesta frase: não há crescimento sustentado nem bons salários sem investimento.

Depois dos factos a análise e depois da análise a opinião em espaço próprio, que é agora este subtítulo.

O país político tem uma relação estranhamente catatónica com um outro grande investimento, fundado há mais de trinta anos, a Autoeuropa, de que vários políticos, aliás, disputam a paternidade. Em quantas campanhas e não campanhas eleitorais já ouvimos a frase “precisamos de mais Autoeuropas”? Veja-se o quase saudosismo com que tantas vezes se fala da fábrica de Palmela: fala-se dela como dos Descobrimentos, uma memória coletiva de um passado glorioso, irrepetível e fatalmente perdido. E mesmo que a Autoeuropa produza ainda hoje a toda brida, a sua evocação é muitas vezes lamentosa, elogiada pelo que é mas usada como representação não do que há mas do que não há. Como se precisámos da exaltação da descoberta mais do que da conquista em si; como se precisássemos da vertigem do momento inaugural mais do que da celebração constante de uma existência.

Alqueva foi a sucessora não exaltada da Autoeuropa. Porventura nenhum outro projeto de investimento transformou tanto uma região como este lago imenso. Alqueva foi mais desejado antes da construção do que depois dela; não tem pais que a disputem; e não ocupa o discurso político nacional nem é exemplo político para a economia e para o interior.

Talvez assim seja por causa das críticas ambientalistas à sobreprodução e monocultura de uma terra que não descansa e é restabelecida a cada ano com uma espécie de esteroides naturais. Talvez assim seja porque uma oliveira é menos viril que um motor V12. Ou talvez assim seja porque o país viciado em turismo e noutros serviços até efabula uma indústria que lhe falta mas tornou-se pedante de mais para gostar – ou ignorante de mais para compreender – a agricultura e uma mão de obra em grande parte importada. Mesmo se, na verdade, poucos sectores contem mais para o nosso pibinho do que o da floresta, a madeira, a pasta e papel, e a produção de azeite tenha grande valor acrescentado nacional.

Quando se diz que o azeite está pela hora da morte, não se mente. Mas há toda uma vida económica por detrás desta frase. De um comércio aberto na UE e para fora dela, de preços definidos em mercados de exportação, de uma concorrência entre produtores que – ao contrário de muitos setores - impõe as suas margens aos distribuidores, de um subsetor que deixou de precisar de subsídios à produção porque houve um grande investimento.

Na verdade, os portugueses parecem valorizar mais o seu vinho que o seu azeite. Mas a indústria do azeite não se atomizou como a do vinho, nem se desmultiplicou em milhares de marcas e estruturas produtivas, e essa será uma das razões pelas quais o negócio do azeite consegue melhores preços (e margens) que o dos produtores de vinho.

Essa preferência vê-se também no consumo. Um espanhol consome o dobro do azeite do que consome um português. E cada português consome quase dez vezes mais vinho do que azeite. Nisso, somos campeões
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Viajante em Janeiro 04, 2024, 10:41:09 am
Já estamos a transformar a nossa agricultura com a introdução da rega, em áreas onde até era proibido!!!!
Por exemplo no Douro, era expressamente proibido regar as videiras para aumentar a produção, porque esse facto fazia diminuir a qualidade do vinho (vinho generoso ou do Porto, não o de consumo).

A rega de facto transforma e torna muito mais produtiva a nossa agricultura! Mas temos de ter cuidado, para não cairmos no erro de Espanha e depois ficam sem água, quer para a rega, quer para consumo humano!!!!!

A agricultura de regadio consome muita água!!!! Para já o Alqueva dá para tudo, mas pode não chegar no futuro!

E no caso do Algarve temos outra incoerência, que são os campos de golfe e o turismo excessivo!
Eu já me canso de referir que os sectores económicos que menos dinheiro ganham são o turismo e no extremo oposto o que mais dinheiro ganha é a indústria!!!!!

Bastou pegar num estudo do Turismo de Portugal para vermos quanta água consome um campo de golfe! E o próprio estudo refere taxativamente que cada hectare de campo de golfo consome em média 10 milhões de litros de água por ano!!!!!!! E só no Algarve há 1 300 hectares de terreno destinado a campos de golfe com rega!!!!!!

O Estudo: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiKn9r6wcODAxXORKQEHcWdB6MQFnoECA4QAw&url=https%3A%2F%2Fbusiness.turismodeportugal.pt%2FSiteCollectionDocuments%2Fsustentabilidade%2Fturismo-sustentavel-mai-2021-eficiencia-hidrica-campos-golfe-portugal.pdf&usg=AOvVaw0H-k9WY-cBtCFUbgZ0u3zA&opi=89978449

Acho estranho as conclusões do estudo apenas referirem a maior eficiência dos sistemas de rega, mas depois voltam à carga com a mesma informação que circula na comunicação social, a dessalinização!!!!! E porque não pensarmos antes em reduzir o número de campos de golfe?!?!?!

Vamos chegar a um ponto em que temos de criar prioridades, se a água não chega para tudo, temos de cortar em algum lado.
Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 11, 2024, 05:27:59 pm
Governos têm apostado na transição para uma agricultura mais sustentável?


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 17, 2024, 09:57:44 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a produção de azeite em Portugal


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 01, 2024, 01:35:01 pm
Apoio aos agricultores em mais de 500 milhões de euros


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2024, 11:25:41 am
Agricultores continuam em protesto


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2024, 01:55:53 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a empresa Sementes Vivas


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2024, 04:18:10 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a campanha do Kiwi


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2024, 02:35:09 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a Sumol+Compal


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 09, 2024, 04:05:54 pm
Prova dos Factos- 08/03/2024


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Março 31, 2024, 08:06:53 pm
IMPERIAL EM VILA DO CONDE


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 03, 2024, 06:12:54 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre as galinhas autóctones portuguesas


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 10, 2024, 07:22:49 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a Germiplanta


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 10, 2024, 07:33:15 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a produção de mirtilos em Portugal


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 15, 2024, 03:11:15 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a Madre Fruta no Algarve


Título: Re: Sector Agro-Alimentar
Enviado por: Lusitano89 em Abril 15, 2024, 03:17:02 pm
Reportagem Faça Chuva Faça Sol sobre a Maçã Porta da Loja