O ministro da Defesa e dos Assuntos do Mar, Paulo Portas, admitiu hoje que o Estado pode deixar de ser accionista das empresas públicas de tecnologias de informação do sector da defesa EID e Edisoft.
Na cerimónia de tomada posse do novo conselho de administração da 'holding' Empordef, Paulo Portas afirmou que a Edisoft e a EID devem «manter uma presença portuguesa» no capital, mas referiu que «não é necessariamente uma presença do Estado».
Após o discurso, questionado pelos jornalistas, o ministro da Defesa recusou-se a adiantar pormenores sobre o possível aprofundamento da privatização das duas empresas.
A Edisoft é actualmente detida pela Empordef (30% do capital), NAV - Navegação Aérea de Portugal (30%), a multinacional do sector Thales (30%) e gestores da empresa (10%).
Na EID participam a alemã Rhode & Schwarz e o grupo Efacec, ligado à engenharia metalomecânica, além da holding pública, que controla 31% do capital.
No núcleo tecnológico da Empordef estão ainda uma participação de 71% na Portugal Space e a Geograf.