Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo VTS

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Jorge Pereira

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Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo VTS
« em: Agosto 31, 2005, 03:23:52 pm »
Uma notícia que passou um pouco desapercebida, mas que tem uma importância relevante.


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Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo VTS da Costa Portuguesa concluído em 2007.

O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações vai implementar o Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo (VTS), um sofisticado sistema de vigilância de tráfego marítimo que irá monitorizar, controlar e fiscalizar toda a navegação ao longo da costa portuguesa.
Trata-se de um projecto nacional para execução em 35 meses, que se desenvolve ao longo de 33 locais, de Norte a Sul do país e inclui:

- Um Centro de Controlo Primário (CCP) a localizar em Paço de Arcos;
- Um Centro de Controlo Secundário (CCS) a localizar em Portimão;
- Um Centro de Controlo Portuário a localizar em Aveiro;
- Oito sítios remotos de vigilância costeira de longo alcance;
- Oito sítios Portuários;
- 14 sítios de comunicações

A implementação do VTS vai proporcionar a instalação do “Sistema de Controlo de Tráfego Costeiro”, permitindo monitorizar e controlar a passagem de todos os navios na costa portuguesa e nos acessos aos portos, melhorando as acções de fiscalização e policiamento da actividade desenvolvida e de prevenção de actividades ilegais. O VTS permitirá igualmente assegurar as obrigações nacionais referentes à classificação de toda a costa portuguesa como “Zona Marítima Particularmente Sensível”, impondo regras obrigatórias de informação aos navios que transportam cargas mais poluentes criando condições de maior segurança e contribuindo para a preservação ambiental das águas portuguesas e zonas ribeirinhas. O VTS viabiliza ainda a alteração dos “Esquemas de Separação de Tráfego”, afastando os corredores de passagem de grandes navios em toda a costa, melhorando as condições de actuação em caso de acidentes ou incidentes marítimos.
O VTS já foi adjudicado e estará concluído até 2007. O investimento global contratual do projecto, apoiado em cerca de 50% pelo Financiamento Comunitário, é de cerca de € 95.000.000,00.
O Consórcio constituído pelas empresas EADS Deutschland GmbH / Teixeira Duarte – Engenharia e Construções S.A. / Siemens, S. A. / CASE – Concepção e Arquitectura de Soluções Informáticas Estruturadas, S.A. ganhou o concurso para este projecto cuja execução se iniciou em Janeiro deste ano.

http://www.imarpor.pt/main/main.htm

09/08/2005


ZEE portuguesa



Fluxos mundiais do petróleo
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Jorge Pereira

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Corredores marítimos mais longe da costa
« Responder #1 em: Agosto 25, 2006, 05:07:10 pm »
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Corredores marítimos mais longe da costa


O Conselho de Ministros aprovou ontem um decreto-Lei que estabelece novos Esquemas de Separação de Tráfego (EST) ao longo da costa portuguesa. Com as alterações introduzidas, e que decorrem de normas definidas pela Organização Marítima Internacional, as rotas dos navios em trânsito afastam-se mais da costa portuguesa. O mesmo diploma definiu uma zona segundo o critério das Áreas a Evitar (AAE).

Os novos EST ficam mais afastados de zonas com importância para a actividade de pesca. Assim, a parte mais interior do corredor do Cabo da Roca, que se encontrava a nove milhas da costa, passa para 14 milhas, enquanto que a parte mais afastada passa de 21 para 35 milhas. Já no caso do corredor do Cabo de s. Vicente, foi adoptada uma distância mínima à costa igual à da Roca, ou seja, de 14 milhas. De sublinhar que o anterior EST distava aí apenas cerca de cinco milhas da costa.

Juntamente com o novo traçado dos corredores foi criada uma Área a Evitar, que ocupará a anterior zona de tráfego costeiro das Berlengas, desnecessária pelo novo alinhamento dos corredores. Estas disposições aplicam-se a navios de comércio com mais de 300 toneladas, que não devem cruzar esta área a menos que sejam autorizados expressamente pelo Governo português. O diploma estabelece ainda que competem ao Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos as funções de controlo e enquadra legalmente as infracções cometidas por navios que não cumpram o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar.  

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Marauder

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Re: Corredores marítimos mais longe da costa
« Responder #2 em: Agosto 28, 2006, 11:29:40 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
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Corredores marítimos mais longe da costa


O Conselho de Ministros aprovou ontem um decreto-Lei que estabelece novos Esquemas de Separação de Tráfego (EST) ao longo da costa portuguesa. Com as alterações introduzidas, e que decorrem de normas definidas pela Organização Marítima Internacional, as rotas dos navios em trânsito afastam-se mais da costa portuguesa. O mesmo diploma definiu uma zona segundo o critério das Áreas a Evitar (AAE).

Os novos EST ficam mais afastados de zonas com importância para a actividade de pesca. Assim, a parte mais interior do corredor do Cabo da Roca, que se encontrava a nove milhas da costa, passa para 14 milhas, enquanto que a parte mais afastada passa de 21 para 35 milhas. Já no caso do corredor do Cabo de s. Vicente, foi adoptada uma distância mínima à costa igual à da Roca, ou seja, de 14 milhas. De sublinhar que o anterior EST distava aí apenas cerca de cinco milhas da costa.

Juntamente com o novo traçado dos corredores foi criada uma Área a Evitar, que ocupará a anterior zona de tráfego costeiro das Berlengas, desnecessária pelo novo alinhamento dos corredores. Estas disposições aplicam-se a navios de comércio com mais de 300 toneladas, que não devem cruzar esta área a menos que sejam autorizados expressamente pelo Governo português. O diploma estabelece ainda que competem ao Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos as funções de controlo e enquadra legalmente as infracções cometidas por navios que não cumpram o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar.  

Fonte



Tava a ver que nunca mais aumentavam a distancia no Cabo de S. Vicente!!
 

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zocuni

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« Responder #3 em: Janeiro 12, 2008, 09:19:22 pm »
Tudo bem,

Já estamos em 2008,esse controle de trafego marítimo ,já está operacional?

Abraços,
zocuni
 

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dmbc

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Re:
« Responder #4 em: Fevereiro 08, 2008, 02:31:06 pm »
Exmos Srs,

A resposta à pergunta colocada pelo forista zocuni é não, ainda não está operacional.

No entanto, a instalação técnica dos equipamentos já foi feita e pode ser visível em vários pontos:

- Instalações RADAR facilmente reconhecíveis em:

Viana do Castelo (na margem Norte, junto a um restaurante muito bom);
Aveiro (duas estruturas, uma na Barra, junto à casa dos pilotos, que inclui um centro de controlo da componente fluvial do sistema; outra estrutura no porto de pesca, na Gafanha da Nazaré);
Figueira da Foz (também duas instalações, uma a Este da Ponte da Figueira e outra na margem Sul, junto aos estaleiros);
Serra da Freita (no topo, dentro do complexo da Força Aérea);
Sines;
Monte Figo;
...

O sistema encontra-se em fase final de instalação dos centro de comando e controlo (Paço de Arcos e Portimão) e entrará em fase final de testes proximamente.

Sem mais, com os mais cordiais cumprimentos
 

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zocuni

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« Responder #5 em: Fevereiro 08, 2008, 08:58:37 pm »
Muito obrigado,dmbc

Fico muito satisfeito com isso,pelo menos não caiu no esquecimento e está em fase de implementação.Muito bom. :D

Abraços,
zocuni
 

Re:
« Responder #6 em: Fevereiro 28, 2008, 12:11:54 am »
Desde o dia 2 de Janeiro que está operacional mas em fase de teste, limitado apenas às lanes dos Cabos da Roca e de S. Vicente, assim como das Berlengas. Apenas em Maio entrará em funcionamento pleno.  

Mais informação:
http://www.transportes-xxi.net/noticias/993
Cumprimentos,
 

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zocuni

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« Responder #7 em: Fevereiro 28, 2008, 03:08:13 am »
Obrigado,Pedro Batista

Considero isso como uma mais valia operacional.Sem falar no resto...


Abraços,
zocuni
 

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zocuni

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« Responder #8 em: Março 01, 2008, 05:27:16 pm »
No portal do Governo e seu Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior,está aqui a descrição de tal projecto,penso ser interessante ler.

http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/DCEC5866-9EA2-475F-B33B-C0E33257DE73/0/Projecto_VTS.pdf


Sem dúvida muito bom quando estiver operacional.

Abraços,
zocuni
 

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dmbc

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Re:
« Responder #9 em: Março 03, 2008, 09:19:52 am »
Melhor ainda quando estiver operacional o SIVICC e todo o sistema se transformar no VTS Plus...

Cumprimentos,
dmbc
 

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comanche

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« Responder #10 em: Abril 16, 2008, 08:54:25 pm »
Segurança: Sistema de vigilância da costa operacional em todo o território nacional em 2010

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Lisboa, 16 Abr (Lusa) - O Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC) da costa marítima portuguesa deverá estar operacional em todo o território nacional em 2010, disse hoje o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna.

José Magalhães, que participou na assinatura do protocolo para a gestão e acompanhamento do contrato relativo à interligação entre o Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo (VTS, sigla em inglês) e o SIVICC, adiantou que a primeira fase do projecto deverá arrancar em 2009 no Algarve.

O secretario de Estado explicou que está em curso a adjudicação de propostas para o fornecimento e instalação do SIVICC, tendo sido nomeada uma comissão de supervisão e consulta para a seleccionar as empresas candidatas.

Segundo José Magalhães, a comissão deverá apresentar a proposta de decisão final para adjudicação ao Governo até Outubro.

"Se tudo se consolidar em 2008 e existir uma decisão, o projecto será implantado no terreno em 2009", disse aos jornalistas o secretário de Estado no final da cerimónia, que decorreu no Comando-Geral da GNR, em Lisboa.

O SIVICC, cuja gestão vai ser assegurada pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR, tem um custo entre os 25 e os 30 milhões de euros, estimou o governante.

 

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ricardonunes

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« Responder #11 em: Abril 19, 2008, 11:13:04 am »
Radares sob suspeita
 


Concurso de €30 milhões. Composição do júri abre polémica, por causa de ligações de jurados com empresas concorrentes

O concurso para o sistema de radares de vigilância da costa portuguesa, que vale €30 milhões, está envolto em polémica. Dois elementos do júri do Ministério da Administração Interna (MAI) têm ligações a um dos consórcios concorrentes. Um deles, Rui Guerra, do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), trabalha actualmente com uma das empresas candidatas. Outro, Paulo Guerreiro, oficial da Brigada Fiscal (BF) da GNR, unidade que vai gerir o sistema, foi subalterno e condecorado por dois consultores do mesmo consórcio. O ministro, Rui Pereira, que herdou o processo de António Costa não gostou do que soube, mas não quis comentar. Passou o ónus dos esclarecimentos ao secretário de Estado José Magalhães.

Rui Guerra é o principal foco da controvérsia. A sua experiência na adjudicação de um sistema de vigilância idêntico para o IPTM, valeu-lhe ser convidado pelo anterior ministro da Administração Interna, António Costa, para consultor do SIVICC (Sistema Integrado de Vigilância, Comando de Controlo), a ‘fortaleza electrónica’ que vai blindar a costa. A justificação era uma possível articulação entre o SIVICC e o equipamento do IPTM.

Em plena fase de definição dos requisitos técnicos para o Caderno de Encargos, Guerra teve carta branca para aceder e contactar quem tinha o processo do SIVICC em mãos. Promoveu as propostas da empresa que montou o sistema no IPTM, a EADS (European Aeronautic Defense and Space), que também concorre ao SIVICC. No IPTM, Guerra trabalha directamente com esta empresa.

Guerra defende-se, dizendo que o relacionamento com uma das empresas concorrentes não afectará a sua isenção no júri. “Tenho a incumbência e o dever de defender os interesses do Estado (...) o que tento fazer humildemente com todo o empenho e capacidade de que disponho”, sublinha.

A proximidade de um outro membro do júri com dois consultores do mesmo consórcio está também a levantar celeuma. Os consultores, antigos comandantes da BF, trabalham para a Critical Software, que concorre com a EADS/Atlas. Segundo o porta-voz da empresa, os coronéis Gâmboa Marques e Arménio Vitória foram contratados pela “sua experiência e conhecimento operacional, importantes para o desenho de activos tecnológicos que possam ser bem sucedidos”.

De facto, Gâmboa e Vitória continuam a ter abertas as portas das instalações da BF. Para surpresa de outras empresas concorrentes, ambos passaram vários dias nas instalações da Brigada na altura em que se estavam a definir os requisitos técnicos para o concurso. O actual comandante-geral, Samuel Mota, reconhece que autorizou as visitas, mas garante que foi com o objectivo destes “consultarem, seleccionarem e digitalizarem fotografias do arquivo histórico da ex-Guarda Fiscal e da BF, com vista à elaboração de um trabalho sobre as memórias destas duas instituições”.

Em relação à proximidade destes elementos com o oficial da BF que está no júri do concurso, o general Samuel Mota não vê incompatibilidades: “o major Paulo Guerreiro foi por mim indicado dado os seus conhecimentos e experiência operacional na área de vigilância da costa”, sustenta.

Guerreiro, por seu turno, não esconde o seu desconforto com o facto de poder ser acusado de favorecimento à empresa dos seus ex-chefes. Considerado um “oficial brilhante” por várias fontes da GNR - foi coordenador da megaoperação da BF ‘Setúbal Connection’, que levou à detenção de 23 pessoas ligadas ao contrabando de tabaco - Guerreiro admitiu ao Expresso que já pensou “abandonar” o júri. Os coronéis asseguram não esperar “qualquer tratamento privilegiado”. “Guerreiro é um oficial de grande mérito e não merece dúvidas sobre a sua conduta”, assevera Arménio Vitória, antigo superior.


Imunes a pressões


A Critical conseguiu, por outro lado, outra vantagem em relação às suas concorrentes. Foi a única empresa convidada pelo ex-secretário de Estado de António Costa, Rocha Andrade, para fazer, no próprio MAI, uma apresentação do seu plano para o SIVICC.

Pelo MAI, o secretário de Estado José Magalhães finta a polémica. Admite ter tido conhecimento da visita às fábricas de uma das concorrentes, mas não comenta a presença de um membro do júri nessa viagem. Por outro lado, em relação ao acesso privilegiado que estas empresas tiveram a instalações da BF, bem como a fazer demonstrações, garante que “todas as empresas que o solicitassem teriam, em condições de igualdade”, a mesma benesse. Sobre Paulo Guerreiro realça que este oficial “foi louvado por diversas vezes por sucessivos comandantes”.

José Magalhães não vislumbra qualquer tentativa de pressão. “A metodologia apresentada propiciou maior imunidade a pressões, ao mesmo tempo que assegurou a troca de informações sobre matérias de elevada tecnicidade em que o mercado oferece uma grande variedade de soluções”. Por outro lado, lembra que “estão salvaguardadas no júri e na definição dos critérios de avaliação adicionais e inultrapassáveis garantias de segurança, imparcialidade e ética”. O presidente do júri, João Carlos Silva, ex-secretário de Estado do Orçamento de António Guterres e ex-presidente da RTP, já foi informado da situação. e garantiu ao Expresso que “todas as deliberações do júri vão ser na mais estrita legalidade e igualdade dos concorrentes”.

Há seis candidatas e o relatório do júri deverá estar concluído em Maio. Até Setembro serão seleccionadas as propostas que passam à negociação. Prevê-se para Outubro a decisão final.

Valentina Marcelino



 O SIVICC vai ter 12 radares fixos (como na foto), 8 contentorizados e 8 móveis

LIGAÇÕES A EMPRESAS

RUI GUERRA

Fez parte do júri que adjudicou, em 2004, o sistema de vigilância marítima do Ministério das Obras Públicas à empresa EADS/Atlas

Entre 2005 e 2006 foi consultor do Ministério da Administração Interna para o SIVICC

Em 2006 levou os oficiais da Brigada Fiscal que estavam a elaborar os requisitos técnicos do SIVICC a visitar as fábricas na Europa da EADS/Atlas

Neste mesmo período acompanhou os técnicos da EADS/Atlas em reuniões no MAI

Desde 2007 é vogal da administração do IPTM, onde gere, em conjunto com a EADS/Atlas, o sistema de vigilância

Faz hoje parte do júri do MAI que vai adjudicar o SIVICC, ao qual concorre a EADS/Atlas, em conjunto com a Critical Software

PAULO GUERREIRO

Foi vários anos subalterno de dois coronéis consultores da Critical Software - que concorre ao SIVICC com a EADS/Atlas - ex-comandantes da BF, que o condecoraram pelo seu trabalho, uma proximidade que pode suscitar dúvidas sobre a isenção na sua escolha. O próprio Paulo Guerreiro já ponderou deixar de fazer parte do júri

Expresso
Potius mori quam foedari
 

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comanche

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« Responder #12 em: Junho 02, 2008, 11:48:27 pm »
Defesa: MDN destaca reforço da soberania no Mar com novo Centro de Operações da Marinha

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Lisboa, 2 Jun (Lusa) -- O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, disse que o novo Centro de Operações da Marinha (COMAR), inaugurado hoje em Oeiras, é um "avanço importante" no que respeita ao "comando, controlo e exercício da soberania do Estado no Mar".

O centro controla e fiscaliza os cerca de 150 navios mercantes e 100 embarcações de pesca, para além da actividade náutica e de recreio, que diariamente cruzam as águas portuguesas.

Para além das operações de busca e salvamento, o centro vai ocupar-se de "ameaças emergentes" como a poluição, imigração ilegal, acidentes no mar, pesca ilegal, pirataria, tráfico de estupefacientes, exploração abusiva de recursos e terrorismo.

O ministro considerou que a actividade do centro significa que "haverá uma rede de troca de informações com todas as entidades que têm responsabilidade no domínio marítimo e maior coordenação nos procedimentos dos meios, de capacidade de resposta e de exercício de soberania no mar".

Nuno Severiano Teixeira disse que, neste momento, o "Centro de Operações da Marinha é da Marinha", mas que é um centro de articulação da Marinha com todas as outras entidades com responsabilidades no exercício da soberania no mar, nomeadamente a GNR, PJ, SEF.

O governante disse ainda que o Centro de Operações da Marinha funcionará de forma integrada quando a futura estrutura superior do Comando Conjunto das Foças Armadas estiver em funcionamento.

"Quanto maior for a capacidade de controlo e vigilância mais efectiva será a soberania de Estado nas água sob jurisdição portuguesa", afirmou.

O COMAR integra o Centro de Operações Navais, localizando-se também neste complexo o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), que operam 24 horas por dia, sete dias por semana.

Este centro efectua o acompanhamento e controlo das operações marítimas e navais nos espaços marítimos sob soberania e jurisdição nacional ou outras em que o interesse nacional o exija.

A compilação e análise de todo um conjunto de informação relativa ao panorama marítimo que é disponibilizada por vários organismos, instituições militares e civis, nacionais e estrangeiras (incluindo a NATO) no âmbito do MSA (Maritime Situational Awareness) é o propósito principal do centro.

"A sua configuração flexível e dinâmica em função da situação e do resultado operacional pretendido, permite agregar elementos de diversas entidades, designadamente as que fazem parte do Centro Nacional Coordenador Marítimo, convergindo sinergias e optimizando os recursos disponíveis", informa a Marinha.

A edificação do COMAR permitiu reunir num único espaço, um sistema de comando e controlo, comunicações, computadores e informações moderno, consubstanciado num conjunto de sistemas, equipamentos, métodos, procedimentos e pessoal, organizados de modo a assegurar a gestão global e integrada da informação relevante e que permite ao decisor a desejada superioridade de informação.