Invasão da Ucrânia

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6105 em: Março 18, 2024, 04:57:55 pm »
Citação de: CruzSilva
Os franceses provavelmente desenvolveram um plano militar para se deslocarem para Odesa mas entre existir o plano e colocá-lo em prática vai uma grande distância.

Também acho que até é possível que existam planos, mas planos é o que os militares e os estados maiores mais produzem, e especialmente em tempos de crise.

O ideal seria ter sempre um plano para toda e qualquer jogada do outro lado, mas todos também sabemos que os planos são a primeira coisa a falhar em qualquer conflito. Um plano não resiste uma hora sem ter que ser alterado.

Odessa também não faria muito sentido, excepto se os franceses tivessem optado por responder a uma qualquer provocação russa na Tansnistria, onde se encontra um espinho russo cravado nas costas dos ucranianos.
É um espinho pequeno e que os ucranianos podem tratar se quiserem, mas para quê dar argumentos para alguma coisa a Putin...
É melhor não fazer nada.
O presidente da França esteve há dias reunido com a lider da Moldova, mas a população da Transnistria e especialmente os dois oligarcas que são donos de tudo naquela faixa de território estão atrapalhados, porque a Moldova disse que estava disposta a entrar na União Europeia, mesmo que para isso fosse necessário abrir mão da Transnistria.

Ao contrário da Ucrânia, que nunca vai abrir mão da Crimeia, a Moldova tem uma posição distinta. Se a Moldova aceitar abrir mão da Transnistria, fica com a porta aberta não só para a UE como também para a NATO.
Nesse caso, fica uma faixa de terreno que em alguns casos tem 5Km de largura, entre a Ucrânia e a Moldova, que não pertence a ninguém, e onde estão russos dos quais os ucranianos não gostam mesmo nada...

Portanto os franceses estão a fazer o que devem ... jogar com a ambiguidade estratégica, e eles são os únicos cuja ambiguidade estratégica os russos têm em consideração.

Assim por alto, cada um dos quatro submarino SSBN franceses, pode transportar até 16 misseis, cada míssil pode transportar 10 ogivas e cada ogiva são em média cinco Hiroximas. Os submarinos franceses carregam apenas uma fração disso, mas mesmo um quinto disso, são numeros para ninguém botar defeito ...
« Última modificação: Março 18, 2024, 05:08:12 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Malagueta

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6106 em: Março 18, 2024, 05:04:53 pm »
"O Ocidente desprezava a Rússia, pensava que era uma bomba de gasolina mascarada de país"

https://cnnportugal.iol.pt/videos/o-ocidente-desprezava-a-russia-pensava-que-era-uma-bomba-de-gasolina-mascarada-de-pais/65f741500cf23360556f8109

"Há uma toupeira no Estado-Maior ucraniano. Os russos sabiam que a Ucrânia ia atacar Belgorod"

https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff



 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6107 em: Março 18, 2024, 05:20:15 pm »
"O Ocidente desprezava a Rússia, pensava que era uma bomba de gasolina mascarada de país"

https://cnnportugal.iol.pt/videos/o-ocidente-desprezava-a-russia-pensava-que-era-uma-bomba-de-gasolina-mascarada-de-pais/65f741500cf23360556f8109

"Há uma toupeira no Estado-Maior ucraniano. Os russos sabiam que a Ucrânia ia atacar Belgorod"

https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff


A ideia de que os países livres "desprezavam" a Russia, implicaria que desprezavam e agora não desprezam. É mais um disparate do pobre tonto do Agostinho e baseia-se na forma russa de ver o mundo.

Ou seja, o russo acha que, como o desprezam, tem que inflar os pulmões e fazer-se de muito grande e poderoso, para mostrar que afinal não é o que os outros achariam que ele era.
O problema é que nem uma coisa nem outra. Todos sabiam que a Russia tinha um consideravel poder militar, que estava protegida por armas atómicas e que por isso estava defendido e a maior parte dos europeus tentou aceitar isso e ao mesmo tempo aceitar que os russos também saberiam que era preferível manter o Status Quo, porque quebra-lo poderia ser catastrófico como está a ser.


Quando aos russos saberem do ataque contra Belgorod, isso talvez até seja verdade, mas não deixa de soar a falso e a mais uma das muitas mentiras da internet russa, colocada a circular pelo generalito.
Os russos disseram que tinha havido um incursão terrorista, que tinham sido todos mortos e que a questão estava encerrada, mas passados vários dias, ainda há localidades controladas pelas milicias russas apoiadas pelos ucranianos.

Esta transformou-se na maior incursão de forças pro-ucranianas em território moscovita.
A melhor forma de acalmar a situação, é dizer que foi tudo deliberado e está tudo dentro dos planos ... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Toupeiras de ambos os lados, é o que seguramente não falta e existe em grande quantidade.
Do outro lado, alguém acha que os ucranianos estão a conseguir atingir na mouche instalações vitais russas a milhares de quilometros da fronteira ucraniana sem terem uma rede infiltrada entre os russos ?

Não há milagres, nem almoços grátis ... :mrgreen:
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LuisPolis

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6108 em: Março 18, 2024, 05:22:12 pm »

"Há uma toupeira no Estado-Maior ucraniano. Os russos sabiam que a Ucrânia ia atacar Belgorod"

https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff
Cheira-me que seja o Sirsky a tentar queimar o Budanov para ter a casa limpa. A operação foi feita pelo GUR e não pelas Forças Armadas.
« Última modificação: Março 18, 2024, 05:26:49 pm por LuisPolis »
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6109 em: Março 18, 2024, 05:23:50 pm »
O negócio é lixado ...
 
Citar
A Ukrainian military source believes that Russia’s long-range strikes are aimed using satellite imagery provided by U.S. companies.

https://www.theatlantic.com/international/archive/2024/03/american-satellites-russia-ukraine-war/677775/
 

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6110 em: Março 19, 2024, 09:00:23 am »
 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6111 em: Março 19, 2024, 11:36:57 am »
Tenho que começar a cobrar Royalties, porque os camaradas estão a enviar os meus comentários para os russos tomarem medidas

Citar
O ministério da defesa também disse que o Sr. Shoigu ordenou que metralhadoras de alto calibre fossem instaladas em navios de guerra para destruir drones inimigos que se aproximam.

https://www.naval.com.br/blog/2024/03/18/treinem-todos-os-dias-para-combater-ataques-de-drones-diz-ministro-da-defesa-diz-a-marinha-russa/
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6112 em: Março 19, 2024, 04:07:16 pm »
É a NATO que não está preparada. Basta olhar para o exército português". Alemães acreditam que a Rússia terá capacidade de atacar aliança "a partir de 2026"

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/e-a-nato-que-nao-esta-preparada-basta-olhar-para-o-exercito-portugues-alemaes-acreditam-que-a-russia-tera-capacidade-de-atacar-alianca-a-partir-de-2026/20240318/65f87f99d34e87e0c08ae1f9

elatório está a abalar os círculos do poder alemão, ao afirmar que a Rússia pode tentar atacar a fronteira oriental da NATO "já em 2026". Os especialistas acreditam que os Bálticos serão o alvo russo, mas alertam que isso poderia levar a uma escalada irreversível da violência
A forma como a Rússia está a acelerar a sua produção militar e as movimentações de armamento que tem feito no seu território levam os serviços de informação alemães a fazer circular um alerta entre membros do governo: Moscovo prepara-se para uma guerra de alta intensidade com a NATO "a partir de 2026". Os especialistas alertam que os países europeus da NATO se encontram numa posição de vulnerabilidade e que, a acontecer, a escalada poderia levar a uma confrontação nuclear entre os dois blocos.

“Todas as medidas que estão a ser tomadas fazem crer os serviços secretos alemães que, a este ritmo, a Rússia conseguirá reunir um potencial humano e material suficiente para lançar uma ofensiva. Bálticos, Polónia e Finlândia serão os principais alvos, por serem as localizações onde os russos podem lançar operações de guerra híbrida”, garante o major-general Isidro de Morais Pereira.

É precisamente isso que o documento que circula pelas mãos de algumas das principais figuras do governo alemão aponta. O serviço secreto federal, o Bundesnachrichtendienst, acredita estarem reunidas as condições para que a Rússia se torne uma ameaça credível à NATO na Europa, nos próximos anos. Segundo o documento, os analistas alemães entendem que o exército russo vai duplicar em tamanho e poder nos próximos cinco anos.

A informação, avançada pelo Business Insider, não esclarece quais os dados utilizados pelos serviços secretos alemães para reforçar um alerta desta dimensão. Isidro de Morais Pereira, que serviu junto do Quartel-General do Comando Supremo das Forças Aliadas na Europa (SHAPE), garante que o serviço de informações alemão é “extremamente pragmático” e poderá ter intercetado comunicações militares e políticas na Rússia para sustentar o seu relatório. Além disso, o especialista em assuntos militares insiste que não devemos descartar que a Alemanha tenha agentes infiltrados na Rússia, que lhe possam estar a fornecer informação vinda dos mais altos níveis do Kremlin.

"Estes cenários não aparecem do nada. Existem porque [os serviços secretos] tiveram acesso e terão detetado comunicações. Há também certamente agentes infiltrados na Rússia que podem estar a entregar informação ao governo alemão", refere o major-general.

Nos últimos dois anos, Moscovo fez disparar a produção militar no país com um investimento de 7,5% do PIB em Defesa, cerca de um terço do orçamento para 2024. Estes valores são o suficiente para alterar quase por completo a natureza da economia russa, que coloca o seu principal foco na produção militar. Cerca de 3,5 milhões de russos, aproximadamente 2,5% da população russa, estão empregados neste setor

Esta capacidade leva a Rússia a produzir uma grande quantidade de munições e armamentos para serem utilizados na Ucrânia, mas não só. O receio dos serviços secretos alemães é de que, além do material que é destruído ou utilizado na Ucrânia, a produção militar russa tenha uma dimensão suficientemente grande para duplicar o tamanho atual das forças armadas russas. A Europa, por outro lado, continua a tentar fazer arrancar a sua indústria militar, dois anos depois de Vladimir Putin ter dado ordem para invadir a Ucrânia.

“Não é a Rússia que não está preparada, é a NATO que não está preparada. Basta olhar para o exército português, francês, inglês, que nem munições têm. Neste momento, o exército mais poderoso do mundo é o russo, porque tem dois anos de treino, tem quase dois milhões de homens e tem a tríade nuclear”, explica o major-general Agostinho Costa.

Apesar deste documento estar a circular entre os principais membros do governo alemão, também já chegou às mesas dos planeadores militares da NATO. Este crescimento das capacidades russas preocupa, mas não é motivo para pânico na aliança. Oficiais citados pelo Business Insider acreditam que apesar do reforço das capacidades russas ser inegável, não é claro que isso se traduza num ataque contra a aliança. “Eu não creio que a Rússia, face à situação vivida no momento, tenha capacidade de abrir uma nova frente de guerra”, refere Isidro de Morais Pereira.

Para os oficiais dos serviços de informações americanos, o cenário é completamente diferente do que chegou às mesas dos oficiais alemães. Não só a Rússia não terá capacidades nos próximos anos para fazer frente à maior aliança militar do mundo, como deverá demorar entre cinco a oito anos apenas para recuperar as capacidades militares que possuía antes de começar a invasão da Ucrânia.

O documento dá conta de que a Rússia está a reposicionar muitas das suas novas unidades junto à fronteira da Finlândia e dos países Bálticos. Para os especialistas, estes são os principais alvos na mira dos russos por terem as condições certas para moldar o campo de batalha, antes de iniciar uma invasão militar. Isto acontece porque estes países têm uma percentagem significativa da população de origem russa. Isso permite às forças russas utilizar as simpatias de alguns destes cidadãos para fazer ações “híbridas” para lançar o caos no país. “Aqui é fácil acionar células adormecidas”, alerta Isidro de Morais Pereira.

Mas esse cenário, para já, não se coloca, defende Agostinho Costa. A Europa continua a não produzir o armamento necessário para estar preparado para “as novas realidades da guerra” e dos conflitos de alta intensidade. Apesar de tudo, o analista garante que a Rússia não deverá querer abrir uma segunda frente de combate, numa altura em que ainda continua por atingir os seus objetivos na Ucrânia, e começar uma guerra com a NATO, correndo o risco de escalar para uma confrontação nuclear direta entre os dois lados.

“A iniciativa de um ataque ao ocidente nunca será russa. Uma guerra com a NATO implica uma escalada nuclear. Com a NATO na situação de fraqueza em que está teria de recorrer ao uso de armas nucleares”, alerta o major-general Agostinho Costa.

 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6113 em: Março 19, 2024, 04:49:28 pm »


Resta agora saber se, exactamente da mesma forma que no passado, os avisos de que a Russia se preparava para a guerra vão continuar a ser considerados maluquice desinformada, ou paranoia de uns quantos ...

A tentativa de desacreditar este tipo de conclusão lógica, é a primeira linha do ataque russo.
Chamar todos os que alertam para o problema de paranóicos.

Os memorandos que literalmente pedem a Putin que depois da eleição fantoche deste fim de semana a Russia se concentre em acabar a guerra na Ucrânia e em EXPORTAR O CAOS não deveriam cair em saco roto

A Exportação do Caos por parte dos russos, vai passar por dar dinheiro e incentivar de todas as formas legais, ilegais visiveis e escondidas todo e qualquer movimento de coloque a Europa e os países da Europa a arder e se possível lança-los uns contra os outros.

Eles já conseguiram colocar um pequeno grupo de agricultores polacos a destruir cereais ucranianos (descobriu-se que havia agentes russos e do partido pro-russo polaco no grupo que assaltou comboios com cereais).

Todos os grupos que de alguma forma conseguirem criar problemas, desentendimentos ou violenta, vão ter direta ou indiretamente apoios. E há muitíssimo material para trabalhar, mesmo em países remotos como Portugal.

Cereja no topo

O ataque russo só acontecerá, depois de Donald Trump tomar o poder nos Estados Unidos e depois de ele ter garantido um controlo dos militares, de forma a evitar que estes façam qualquer coisa contra a vontade do presidente. Portanto, Trump seria empossado no inicio de 2025. Durante o resto do ano, teria que retirar-se da NATO ou passar legislação que desobriga os Estados Unidos de responderem a um ataque contra um país membro.

Trump está falido, os processos em que foi julgado e condenado, mostram que não tem nem nunca teve o dinheiro que afirmava que tinha. É uma fraude - isso seria óbvio para quem tivesse estudado o seu precurso desde a década de 1980 - os russos sabem disso, e é agora que Trump está mais dependente do dinheiro russo.

Se, e friso o SE. Um ou dois meses antes das eleições americanas. se tornar evidente que Donald Trump não está a conseguir convencer os americanos e se a atual tendência não se confirmar, levando a uma provavel vitória de Joe Biden, então acredito que Putin dará ordens para que Donald Trump seja assassinado.

Se Trump deixar de ser útil como futuro presidente dos Estados Unidos, então será muitíssimo mais valioso como cadaver !
O assassinato de Donald Trump, levado a cabo com mestria e garantindo que existe pelo menos a possibilidade de a morte ser atribuida ao "Deep State" ou aos judeus, a Wall Street ou ao movimento Antifa, dará a Putin o tempo para atacar a Europa, com uma America à beira de uma guerra civil ou com uma tremenda crise interna dentro das suas fronteiras.

Aqui, nas calmas terras de Santa Maria, continuaremos a olhar para o umbigo, a aplaudir o Quim Barreiros e a gritar que o bacalhau quer alho, e que somos todos corruptos, ou que a culpa é do D.Afonso Henriques.
« Última modificação: Março 19, 2024, 04:51:25 pm por papatango »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6114 em: Março 19, 2024, 05:23:19 pm »
'Treated like dogs': Russia recruiting thousands of Nepali men to fight in war on Ukraine
Ganesh, 35, told Sky News that Nepali soldiers were treated as cannon fodder and that "once we were sent to Ukraine, we didn't have enough food and were beaten by the Russians".


Cordelia Lynch

Around 2,000 Nepali men have been recruited by Russia to fight in its war against Ukraine, Sky News understands.

Driven by poverty, many of the Nepali mercenaries are now desperate to return.

Ganesh, 35, is one of the few recruits lucky enough to have made it home. He spent four and a half months fighting in Donetsk and he says Nepalis were "treated like dogs".

"It was very frightening. It wasn't man to man, bullet to bullet. We were attacked by drones and it was terrifying," he said.

We spoke to him in Kathmandu as he prayed at a temple, relieved but traumatised by his experience on the frontline.



He says soldiers were taken to Avangard training centre, a military academy outside of Moscow, for two weeks.

Ganesh served 10 years in the Indian army, but many others alongside him were young and inexperienced. He describes some as never having held a gun before.

'Thrown into conflict with little support'


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After training, he says there was a sharp shift in the way foreign mercenaries were treated - they were suddenly thrown into conflict with very little support.

"For the first two weeks of training, life was good," he says. "But once we were sent to Ukraine, we didn't have enough food and were beaten by the Russians. It was really bad."

Nepali men, Ganesh claims, were cannon fodder in their war. "The original Russian soldiers were behind us. On the frontline it was mercenaries."

He describes a clear pecking order with Russian criminals, Nepalis and Indians ahead of Kremlin troops.

Ganesh saw three Nepali men killed on the battlefield but has heard of many, many more casualties.


'Once we were sent to Ukraine, we didn't have enough food and were beaten by the Russians'

Soldiers told Russia was 'full of opportunities'

He says he was struggling to find work and when he went to an agent to see if he could work in Luxembourg, the agent suggested he should go to Russia instead because it was "full of opportunities".

Ganesh then had to take out a loan and pay him one million Nepali Rupees (nearly £6,000) to travel from Moscow via Dubai on a tourist visa.

The average monthly Nepali salary is the equivalent of less than £150. But he was told by the agent he could earn about £1,675 a month if he joined the Kremlin's campaign.

Once in Russia he then had to pay another agent nearly £800 just to be taken to the training camp.

The figure of 2,000 men recruited into the Russian army is based on the testimony of returning soldiers, as well as Russian immigration data.

It has also been cross-referenced with estimates provided by campaigners supporting the families of those still serving or dead.

Many Nepalis have described being given student or tourist visas to get to Russia and the Nepali government is so concerned, that it has taken action.

Nepal has asked for soldiers to be repatriated

It was already illegal for Nepalis to fight for foreign militaries, including Russia's.

But in January this year, the government banned its citizens from travelling to Russia or Ukraine for work and has asked Moscow to repatriate all Nepalis who were recruited.

Superintendent Nawaraj Adhikari told Sky News the police are cracking down on agents - the men who help sort the documents required to cross into Russia and illegally fight its war.

"Police have already arrested 22 suspects," he said. "It's a big, serious problem."

The relatives of more than 150 Nepali mercenaries have filed requests appealing to the consular department after losing contact with their relatives.

And yet, men desperate to escape poverty, continue to make the perilous journey to the battlefield.

'It's not like it looks on TikTok'

Many say they were wooed by watching TikTok videos of happy-looking recruits training in Russia. But Ganesh is urging anyone considering it not to sign up.

"I would tell them not to go," he says. "On TikTok you see them with fancy uniforms, with fancy guns. But it's nothing like that."

Getting out of the war is proving treacherous. Ganesh said he tried to flee with six other Nepali men, but was caught and badly beaten by Russian soldiers.

He says he tried a second time to use an agent. "There was a Nepali guy, I contacted him and he said to send me 200,000 rubles (£1,700).

"I did that, then ran away from the barracks and looked around for the taxi he was meant to send but it wasn't there. Then he went out of contact."

Ganesh said many of his fellow Nepalis had tried the same. "I have seen 10 to 15 Nepalis who were wandering around, out of their minds, cheated by agents."

He eventually fled again on foot, sleeping in old buildings, and spending a week in the forest before finally surrendering to the Russian police in Donetsk.

"I realised I could not cross the border and that I wouldn't survive if I stayed here," he says. "I gave myself up and went to the police. I was detained for one-and-a-half months and then they sent me back to Nepal."

Kritu Bhandari, a Kathmandu-based politician and social campaigner, has become the leader of a group of family members of Nepali mercenaries who are calling for their return from Russia.

She says in recent weeks about 700 families have asked her for help in bringing their relatives home. She says she is also aware of 260 mercenaries who are out of contact with their loved ones.

The Nepali government told Sky News 246 of its citizens are fighting for the Russian army currently and that at least 21 have been killed.

But politicians and human rights campaigners in Nepal say those official estimates vastly underestimate the real numbers.

According to the Nepali Foreign Ministry, Russian authorities have reportedly agreed to provide compensation to the victims' families and Russian Foreign Minister Sergei Lavrov has assured his Nepali counterpart that he will address their concerns.

But Moscow has said nothing yet about stopping the recruitment of Nepalis or repatriating the dead.

Sky News asked the Russian Ministry of Defence and the embassy in Nepal to comment on Ganesh's allegations, and to provide the number of Nepali mercenaries in its armed forces. Neither have responded so far.

What is clear is that Nepal is caught in a conflict it has no stake in, driven by many who were trying to escape poverty.

They now look increasingly exposed with no guarantees of a safe return.

https://news.sky.com/story/treated-like-dogs-russia-recruiting-thousands-of-nepali-men-to-fight-in-war-on-ukraine-13095184
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Daniel

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6115 em: Março 19, 2024, 05:42:44 pm »
Citar
É a NATO que não está preparada. Basta olhar para o exército português". Alemães acreditam que a Rússia terá capacidade de atacar aliança "a partir de 2026"

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/e-a-nato-que-nao-esta-preparada-basta-olhar-para-o-exercito-portugues-alemaes-acreditam-que-a-russia-tera-capacidade-de-atacar-alianca-a-partir-de-2026/20240318/65f87f99d34e87e0c08ae1f9

elatório está a abalar os círculos do poder alemão, ao afirmar que a Rússia pode tentar atacar a fronteira oriental da NATO "já em 2026". Os especialistas acreditam que os Bálticos serão o alvo russo, mas alertam que isso poderia levar a uma escalada irreversível da violência
A forma como a Rússia está a acelerar a sua produção militar e as movimentações de armamento que tem feito no seu território levam os serviços de informação alemães a fazer circular um alerta entre membros do governo: Moscovo prepara-se para uma guerra de alta intensidade com a NATO "a partir de 2026". Os especialistas alertam que os países europeus da NATO se encontram numa posição de vulnerabilidade e que, a acontecer, a escalada poderia levar a uma confrontação nuclear entre os dois blocos.

“Todas as medidas que estão a ser tomadas fazem crer os serviços secretos alemães que, a este ritmo, a Rússia conseguirá reunir um potencial humano e material suficiente para lançar uma ofensiva. Bálticos, Polónia e Finlândia serão os principais alvos, por serem as localizações onde os russos podem lançar operações de guerra híbrida”, garante o major-general Isidro de Morais Pereira.

Mas alguma vez a Russia em 2026 tem capacidade militar para uma guerra de alta intensidade com a Nato,  :mrgreen: mais uma notícia para encher chouriços.
 

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legionario

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6116 em: Março 19, 2024, 11:22:14 pm »
Já devia ter respondido há mais tempo aos aldrabões e espalhadores de boatos mas tive que fazer umas verificações para não jurar em falso.

A Legião Estrangeira francesa não foi, não está e não vai para o leste europeu nem esta semana nem para a próxima. Eu aviso quando forem :)

Há muitos ex-legionários que se batem uns contra os outros nos dois campos mas a título individual.
Eventualmente poderão já lá ter estado, ou estão ainda, alguns poucos elementos da legião mas com funções bem especificas como, por exemplo, recolha de informações.

A legião e os legionários desde sempre que fazem molhar a roupa interior de muita gente, acham tanta piada ao nome "legião" que neste momento já perdi a conta às organizações que usam esse nome.
 
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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6117 em: Março 20, 2024, 03:39:47 am »
Citação de: Daniel
Mas alguma vez a Russia em 2026 tem capacidade militar para uma guerra de alta intensidade com a Nato,

Acho que não está a considerar o filme da forma como os russos e neste caso os polacos estão a ver o filme.

A notícia de que Paul Manafort poderá voltar à campanha de Trump, fez acender luzes de aviso em todos os ministérios da defesa na Europa.
Paul Manafort é alguém completamente ligado a Putin e aos oligarcas russos e isto só tem um significado: Trump apoiará Putin (está falido e precisa de dinheiro) e boicotará todo e qualquer apoio à Ucrânia.


A Russia TEM SIM, capacidade para atacar a Europa, nomeadamente os estados bálticos, caso antes Putin tenha garantido que a américa é neutralizada.
Cortar a ligação entre a Europa e a América, é o sonho dos russos desde Nikita Krutchev.
Durante a guerra fria tentariam utilizar um macisso número de submarinos para cortar fisicamente o apoio americano à Europa.

Agora, podem estar prestes a fazer com a politica, o que não conseguiram fazer com submarinos...

Se a Russia atacar os estados bálticos e se os americanos nada fizerem, teremos aqui os do costume a dizer que não se deve fazer nada, porque nem vale a pena porque os russos já ganharam, é impossível defender a Estónia, Letónia e Lituania, e afinal o Putin está apenas a recuperar o que foram históricamente territórios que sempre pertenceram à Russia (é mentira, mas como já vimos, isso não é problema no mundo em que vivemos).

Achar que a tese do ataque russo contra a Europa não é possível, quando tudo começa a apontar nesse sentido, é repetir os erros de Angela Merkel.
Os sinais estão todos à vista. Quem analisa este tipo de assuntos, tem cada vez menos dúvidas.

Só não vê quem não quer.
« Última modificação: Março 20, 2024, 03:43:09 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Lightning, PTWolf

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P44

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6118 em: Março 20, 2024, 09:28:31 am »
Escolas alemãs vão começar a preparar crianças para a possibilidade de a guerra atingir o país

Por Francisco Laranjeira 15:51, 18 Mar 2024

As escolas na Alemanha vão começar a preparar as crianças para a possibilidade de a guerra chegar ao país, indicou esta segunda-feira a ministra federal da Educação, Bettina Stark-Watzinger, que referiu que as crianças e jovens alemães deveriam estar mais bem preparados para este cenário e face aos bons exemplos da experiência em outros países com exercícios de defesa civil escolar, pretende importá-los.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/escolas-alemas-vao-comecar-a-preparar-criancas-para-a-possibilidade-de-a-guerra-atingir-o-pais/

Cá como sempre não se passa nada
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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raphael

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6119 em: Março 20, 2024, 10:19:48 am »
Cá ainda andamos às voltas com nomeação de Governo e todas as tretas associadas.

E há quem considere estarmos longe da confusão...

Guerra é sempre guerra, seja tropas no terreno seja levar umas bordoadas de misseis de longo alcance em alvos críticos.
Um abraço
Raphael
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