Governo vai nacionalizar o BPN

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Governo vai nacionalizar o BPN
« em: Novembro 02, 2008, 05:47:46 pm »
O Ministro das Finanças anunciou que o Governo vai propor a nacionalização do BPN por este não apresentar o rácio de solvabilidade exigido por lei.
A julgar pelas declarações do Governador do Banco de Portugal, fica a impressão que há uma certa ilegalidade nos problemas do BPN.
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Governo anuncia nacionalização do BPN
02.11.2008 - 14h13 PÚBLICO
O ministro das Finanças anunciou hoje que o Governo vai propor à Assembleia da República a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) que, a confirmar-se, passará a ser gerido pela Caixa Geral de Depósitos.

Em conferência de imprensa, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, o ministro das Finanças justificou aquela que é a primeira nacionalização em Portugal desde 1975 com a situação “excepcional”, “delicada” e “anómala” vivida por aquela instituição bancária, cujas perdas acumuladas rondam os 700 milhões de euros, das quais 360 milhões associadas a operações com o Banco Insular, de Cabo Verde.

O BPN, propriedade da Sociedade Lusa de Negócios, está “numa situação muito perto da iminente ruptura de pagamentos”, sublinhou Teixeira dos Santos, lembrando que a instituição “não tendo vindo a cumprir os rácios mínimos solvabilidade” impostos pelo Banco de Portugal e não existem perspectivas de que encontre, a curto prazo, "novas fontes de liquidez".

“Face à inexistência de uma solução que permita defender o interesse dos depositantes, o Governo viu-se obrigado a propor à Assembleia da República a nacionalização do BPN”, declarou o ministro, acrescentando que, já a partir de amanhã, o funcionamento da instituição será acompanhada por dois administradores da Caixa Geral de Depósitos.

Assim que a proposta de nacionalização for aprovada, a gestão do BPN será entregue à CGD, que será encarregue de “gerir e apresentar um plano de desenvolvimento”.

O Governo remeteu mais pormenores para uma conferência de imprensa conjunta de Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, agendada para esta tarde.

Governo anuncia linha de crédito à banca

No final da reunião desta tarde, o ministro das Finanças anunciou também a abertura de uma linha de crédito de quatro mil milhões de euros para auxiliar os bancos a reforçar o seu capital, garantindo, assim, a sua solidez financeira. Isto porque, explicou Teixeira dos Santos, o Banco de Portugal vai passar a exigir às instituições financeiras que aumentem o seu rácio de solvabilidade para oito por cento dos fundos de base, contra os actuais quatro por cento.

“Isto vai obrigar as instituições a reforçar a solidez financeira e, nesse sentido, a par do esforço que os accionistas vão ter que fazer, o Governo irá disponibilizar meios financeiros, para através de acções preferenciais, poder também contribuir para essa capitalização dos bancos”, justificou.

Frisando que o mecanismo é semelhante ao que outros países da União Europeia têm vindo a aplicar, o ministro das Finanças argumentou que “a capacidade de os bancos concederem crédito depende da solidez” e que “quanto mais forte for, maior capacidade terão os bancos de financiar a economia”.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1348467

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Relacionamento do BPN com Banco Insular surpreendeu Banco de Portugal
Foi com surpresa que o Banco de Portugal recebeu com Junho passado informação sobre a existência de um relacionamento entre o Banco Português de Negócios (BPN) e o Banco Insular, de Cabo Verde, disse hoje Vítor Constâncio na conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças.
Jornal de Negócios  Online
negocios@mediafin.pt

Das perdas do BPN, Teixeira dos Santos já havia indicado que somam 700 milhões de euros, das quais, 360 milhões são associadas a operações com o Banco Insular.

“Nada fazia suspeitar que houvesse operações paralelas nalgum sítio”, disse Vítor Constâncio, recordando que, quando em 2002 o grupo financeiro pediu autorização ao banco central para adquirir uma sociedade corretora, que era detentora do Banco Insular, essa instituição de Cabo Verde estava excluída do pedido de autorização, tendo a administração do BPN dito ao Banco de Portugal que o Banco Insular tinha sido vendido a uma instituição com sede em Londres. O BdP concedeu assim autorização para a aquisição em 2002.

De acordo com Vítor Constâncio, “não houve nada posteriormente que indiciasse um relacionamento da Sociedade Lusa de Negócios com o banco Insular”. A informação sobre esse relacionamento só chegou no início de Junho passado, em que em resposta a um pedido de informação do BdP à instituição, foi descoberto que um vasto conjunto de operações de crédito, que não estavam registadas nem no banco insular nem no grupo BPN. “Operação clandestinas num balcão virtual no valor de centenas de milhões de euros”, sintetizou Constâncio

“Com a revelação dessa realidade paralela – acrescentou – o banco deixava de cumprir os rácios de solvabilidade”, exigidos por lei.

O banco de Portugal mandou, então, integrar nas contas do grupo essa realidade e exigiu ao grupo um programa de recuperação.
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=338972

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BPN alvo de seis processos de contra-ordenação

Foram abertos seis processos de contra-ordenação ao Banco Português de Negócios, na sequência da descoberta, em Junho, de operações clandestinas, lembrou o governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio para explicar a «inevitável» intervenção.

A situação actual do banco tornou «inevitável» a intervenção do Estado, disse Vitor Constâncio explicando que esta não tem relação com a actual crise internacional.

Foi descoberto, em Junho, um conjunto vasto de operações de crédito que não estavam registadas em nenhuma entidade do banco, explicou Victor Constâncio.

O Governador do banco de Portugal recordou que tentaram encontrar um parceiro estratégico para o banco mas não conseguiram, entretanto foram abertos processos de contra-ordenação que agravaram ainda mais os problemas de liquidez do banco tornando inevitável a situação actual.

A notícia do inquérito da Procuradoria-Geral da República prejudicou ainda mais a situação instável do banco, no entanto, o governador do banco de Portugal explicou que toda esta situação teve a ver com anteriores administrações, pelo que mantém «confiança» na actual administração.

«Podíamos suspender os administradores do BPN, mas não o fazemos», esclareceu.
 

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« Responder #1 em: Novembro 03, 2008, 08:55:35 am »
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BPN nacionalizado para salvar poupanças
03 de Novembro de 2008, 08:19

O BPN abre hoje as portas sob a gestão de dois administradores nomeados pela Caixa Geral de Depósitos, Norberto Rosa e Pedro Cardoso, depois do anúncio de nacionalização da entidade bancária.

Os dois gestores apenas vão estar em funções até à aprovação da nacionalização pela Assembleia da República. A partir desta altura, a administração do banco passará a ser feita directamente pela CGD.

O Governo convocou um Conselho de ministros estraordinário para ontem (domingo) e no final, Teixeira dos Santos revelou que estava em curso a nacionalização do BPN. A primeira dos últimos 30 anos.

Em conferência de imprensa, Teixeira dos Santos garantiu que «as dificuldades do BPN nada têm a ver com a crise financeira mundial» mas sim com «perdas acumuladas de licitude duvidosa, que estão a ser investigadas pela Procuradoria Geral da República».

O BPN, detido pela Sociedade Lusa de Negócios, já estava a ser investigado há mais de um ano pelo Banco de Portugal mas a administração da entidade bancária ocultou informação.

As dificuldades do BPN nada têm a ver com a crise financeira mundial    Teixeira dos SantosO governador do Banco de Portugal fez questão de referir que «apenas na administração de Abdool Vakil (actual presidente do Efisa, entidade que pertence também à Sociedade Lusa de Negócios) é que começamos a ter acesso à informação solicitada há vários meses». Cosntâncio alarga ainda o voto de confiança à actual administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe.

Os alegados actos ilícitos foram levados a cabo através do Insular, banco sediado em Cabo-Verde. Só na administração de Vakil, foi tornada pública a ligação ao BPN e revelada a quantia de mais de 300 milhões de euros que o banco tinha colocado no Insular.

O BPN chegou a esta situação de insolvência e tem sido alvo de investigações relativas a crédito malparado, transferência de perdas do BPN para «off-shores». O BPN é um dos bancos investigados na operação «Furacão» por suspeitas de crime de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

 «No ano passado conduzimos uma inspecção no BPN onde detectámos alguns problemas relacionados com provisões», disse o governador do Banco de Portugal. Além disso, acrescenta Vítor Constâncio, «o Banco não nos deu informações relativas a veículos offshore».

Constâncio revelou ainda que «estão abertos seis processos contra o BPN» e lembra que as contas do BPN estavam auditadas e certificadas pelos TOC e ROC e por isso «nada fazia pressupor a existência de actividades não registadas» no balcão fictício.

Depois das sucessivas tentativas falhadas para recuperar a instituição bancária, «foi necessária uma intervenção pública mais imperativa» para garantir os depósitos realizados pelos clientes do BPN, explicou Constâncio em conferência de imprensa.

Para tentar evitar o colapso do BPN a Caixa Geral de Depósitos chegou a realizar um empréstimo de 200 milhões de euros mas a injecção não foi suficiente. Esta verba foi aumentando mas, ao final do dia, já não havia dinheiro. Muitos clientes levantavam o dinheiro das suas contas, e a administração acabou por não resolver o problema estrutural comprometendo também o aumento de capital previsto, de 300 milhões de euros.

Face a esta situação, de se prolongar a insolvência, a Caixa Geral de Depósitos concluiu que não era viável continuar a injectar mais dinheiro. Segundo informações recolhidas pelo SAPO, o alerta foi dado no final da semana passada e, por outro lado, a CGD tentou acautelar-se, garantindo de imediato algum do património do BPN. Chegaram mesmo a levar os quadros que estavam na sede do BPN, de acordo com a informação obtida pelo SAPO.

Segundo uma fonte da administração do BPN, em declarações ao SAPO, o problema arrastou-se com grandes indecisões e com o esforço a ser dirigido exclusivamente para a área financeira, agravando os problemas que já se sentiam em outros sectores.

Fonte da empresa disse ainda ao SAPO que, se a intervenção do Estado não abranger sectores como seguros, saúde, imobiliário, turismo, indústria, transportes e agro-industrial, haverá também um colapso devido ao estrangulamento financeiro em que se encontram algumas destas empresas, com atrasos nos pagamentos a fornecedores e sem se vislumbrar qualquer solução.

Depósitos garantidos

Para evitar uma corrida ao encerramento de contas no BPN, Teixeira dos Santos lembra que a intervenção do Estado é a melhor garantia que os clientes do BPN poderiam ter.

«Não há razão para haver uma corrida aos balcões» uma vez que o BPN está sob controlo do Estado, refere o ministro das Finanças.

Apesar da situação do BPN, da qual se fala no meio há já vários meses, a entidade bancária apresentou lucros no exercíco do ano passado.

Na página de Internet do BPN pode ler-se que a instiruição «encerrou o exercício de 2007 com um Resultado Líquido consolidado de 56,7 milhões de euros».

Resta agora saber quais as serão as medidas tomadas pela CGD em relação aos mais de mil trabalhadores do BPN.

Constâncio garante ainda que «não estão em curso investigações semelhantes relativamente a qualquer outra instituição bancária».

No entanto, no meio financeiro correm rumores de estar em curso a nacionalização de um outro banco, desta feita na área do investimento.

O ministro das Finanças revelou ainda que foi «confrontado com uma proposta de recuperação do banco demasiado pesada para os contribuintes». Teixeira dos Santos diz que «é aos accionistas que caberá assumir as perdas do BPN».

O ministro diz, no entanto, que «serão pagas indemnizações aos accionistas». O valor dessas indemnizações serão avaliadas por duas entidades mas o irá reflectir o valor actual do BPN.

Constâncio adiantou ainda que os custos relativos à nacionalização «só serão conhecidos mais tarde, depois de terminada a auditoria em curso». Nestas contas vão entrar ainda a possível venda de activos do BPN, que possui 300 balcões.

A Sociedade Lusa de Negócios integra ainda o Banco Efisa, criado em Dezembro de 1994 como resultado da fusão entre duas instituições parabancárias, a Sociedade de Investimentos EFISA - Engenharia Financeira S.A. - fundada em 1988 por Abdool Vakil juntamente com o então Merchant Bank Britânico, S.G. Warburg e o Banco Espanhol Bankinter S.A. e a Geoleasing - Sociedade de Locação Financeira Mobiliária, S.A.

O Efisa baseia a sua acção na assessoria financeira no domínio do Corporate e Project Finance para grandes empreendimentos infra-estruturais, nomeadamente, como consultor do Estado, e na procura de financiamento ao comércio internacional para determinadas situações especiais.

Teixeira dos Santos garante, no entanto, que a nacionalização apenas se dirige ao BPN deixando de fora todos os restantes activos detidos pela Socideade Lusa de Negócios.

Paulo M. Guerrinha e Rui Gomes


http://noticias.sapo.pt/info/artigo/894193.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #2 em: Novembro 04, 2008, 01:58:04 pm »
'Ordem para calar' no grupo que detém o BPN


Banca. Silêncio é palavra de ordem na Sociedade Lusa de Investimento, 'holding' que detém o Banco Português de Negócios. O aviso aos funcionários foi feito ontem pelo presidente do grupo, Miguel Cadilhe, frisando que as denúncias ao Ministério Público na terça-feira estão em segredo de justiça

'Holding' admite interpor acções cíveis contra antigos administradores

Está declarada a lei da rolha na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), holding que detém o Banco Português de Negócios (BPN). Miguel Cadilhe, antigo ministro das Finanças e actual presidente do Grupo, fez circular ontem um ofício por todos os funcionários a impor o silêncio sobre as denúncias feitas na terça-feira ao Ministério Público, relativas a fraudes praticadas na instituição, lembrando que se trata de um assunto em segredo de justiça. Entretanto, todas as irregularidades que terão sido cometidas sob a liderança de José Oliveira e Costa, o ex-presidente que renunciou ao cargo em Fevereiro, poderão ir parar aos tribunais cíveis com pedido de indemnização aos antigos administradores, apurou o DN.

A iniciativa de Miguel Cadilhe tornou mais difícil o acesso à informação. Mas, ao que o DN apurou, o Grupo não se irá ficar apenas pelo processo-crime aberto na terça-feira no Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP), visando concretamente três altos quadros suspeitos de alegados actos de gestão danosa. O objectivo é ir mais além e, simultaneamente, interpor processos cíveis para conseguir indemnizações que compensem os prejuízos já apurados. Tal como o processo crime, accionado a partir de auditorias externas mandadas realizar em Junho por Miguel Cadilhe, em que estará em causa actos de gestão danosa, também as acções cíveis serão devidamente direccionadas, com pessoas e situações de eventuais fraudes identificadas.

Conforme noticiou ontem o DN, a queixa crime apresentada pela SLN já refere o nome de três pessoas, sobre as quais deverão incidir as investigações a cargo do DCIAP, podendo ser constituídas arguidas a qualquer momento. Porém, a alegada gestão fraudulenta nas várias empresas do Grupo já tinha sido denunciada pelo próprio Banco de Portugal (BdP).

Em Janeiro, este regulador terá posto em dúvida a relação entre o BPN e algumas sociedades offshores, além de ter sido detectado um elevado nível de crédito malparado por reconhecer, parte do qual ligado a financiamentos concedidos a grandes investidores. As auditorias dão conta, também, que, nos últimos anos, o capital do banco, com 225 mil clientes, terá estado a ser sustentado por fundos próprios, o que afectava o valor da instituição e alterava a composição do capital. Segundo Miguel Cadilhe, o BdP já instaurou três contra-ordenações na sequência das investigações iniciadas há meses ao universo SLN.

O banco é também um dos que estão a ser investigados no âmbito da Operação Furacão, cujo processo continua sem acusação.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Soc...tent_id=115143

http://dn.sapo.pt/2008/10/30/economi...tem_o_bpn.html
 

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SeaKaffir

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« Responder #3 em: Novembro 04, 2008, 02:06:43 pm »
Estado mantém administração de Cadilhe mas nomeia Norberto Rosa e Pedro Cardoso

Norberto Rosa e Pedro Cardoso serão os dois administradores da Caixa Geral de Depósitos no BPN

A lei permitia-nos suspender a actual administração do BPN mas vamos mantê-la visto que temos confiança nos actuais administradores do banco, com os quais trabalhámos em estreita colaboração desde Junho”, afirmou o governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio na conferência de imprensa em conjunto com o ministro das Finanças.

No quadro do processo de nacionalização do BPN o governo nomeou dois administradores já aceites pelo banco central e que pertencem à administração da Caixa Geral de Depósitos.

A actual administração do BPN vai continuar, com os mesmos poderes e hierarquia, até ser formalizada a nacionalização do banco, disse o governador do Banco de Portugal, que disse esperar que esse seja um período curto.

Vítor Constâncio explicou que os dois administradores da CGD nomeados para velar pelo BPN até estar formalizada a nacionalização hoje decidida terão poderes especiais, de vetar decisões da assembleia geral e de convocar assembleia-geral.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=338974


Constâncio

"Notícias na comunicação social alimentaram" a queda do BPN


Vítor Constâncio diz que várias notícias das últimas semanas na comunicação social contribuíram para a queda do Banco Português de Negócios.

O governador do Banco de Portugal, na conferência de imprensa esta tarde no Ministério das Finanças, ao lado do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou que várias notícias contribuíram para agravar a situação, pois levaram muitos clientes a levantar dinheiro e, assim, contribuir para a situação de ruptura iminente dos pagamentos do banco.

Um conjunto de notícias na Comunicação Social "alimentou a situação", pois terão "dificultado e acentuado as situações de liquidez e os problemas do BPN, tornando de certo modo inevitável este desfecho".

Além disso, a notícia sobre a intervenção da PGR bem como o anúncio do adiamento da segunda tranche do aumento de capital levaram ao agravamento da situação.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=338970

Relacionamento do BPN com Banco Insular surpreendeu Banco de Portugal

Foi com surpresa que o Banco de Portugal recebeu com Junho passado informação sobre a existência de um relacionamento entre o Banco Português de Negócios (BPN) e o Banco Insular, de Cabo Verde, disse hoje Vítor Constâncio na conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças.

Das perdas do BPN, Teixeira dos Santos já havia indicado que somam 700 milhões de euros, das quais, 360 milhões são associadas a operações com o Banco Insular.

“Nada fazia suspeitar que houvesse operações paralelas nalgum sítio”, disse Vítor Constâncio, recordando que, quando em 2002 o grupo financeiro pediu autorização ao banco central para adquirir uma sociedade corretora, que era detentora do Banco Insular, essa instituição de Cabo Verde estava excluída do pedido de autorização, tendo a administração do BPN dito ao Banco de Portugal que o Banco Insular tinha sido vendido a uma instituição com sede em Londres. O BdP concedeu assim autorização para a aquisição em 2002.

De acordo com Vítor Constâncio, “não houve nada posteriormente que indiciasse um relacionamento da Sociedade Lusa de Negócios com o banco Insular”. A informação sobre esse relacionamento só chegou no início de Junho passado, em que em resposta a um pedido de informação do BdP à instituição, foi descoberto que um vasto conjunto de operações de crédito, que não estavam registadas nem no banco insular nem no grupo BPN. “Operação clandestinas num balcão virtual no valor de centenas de milhões de euros”, sintetizou Constâncio

“Com a revelação dessa realidade paralela – acrescentou – o banco deixava de cumprir os rácios de solvabilidade”, exigidos por lei.

O banco de Portugal mandou, então, integrar nas contas do grupo essa realidade e exigiu ao grupo um programa de recuperação

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=338972
 

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SeaKaffir

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« Responder #4 em: Novembro 04, 2008, 02:17:56 pm »
05 Junho 2008

Salários da gestão do BPN subiram 24%

A remuneração do conselho de administração e dos membros dos órgãos de fiscalização da SLN totalizou 9,77 milhões de euros em 2007. O valor global do exercício durante o qual a equipa de gestão era liderada por José de Oliveira Costa, que saiu em Fevereiro, representou uma subida homóloga de 24,2%, num período em que os resultados recuaram 60,8%, para 29,6 milhões.

http://www.jornaldenegocios.pt/index...NEWS&id=319252

03 Novembro 2008 - 00h30

E ninguém vai preso?


Os contribuintes portugueses vão pagar a gestão danosa de anteriores administrações do BPN. Mas o Governo fez bem em promover a nacionalização deste banco, conhecido pelos seus "activos extravagantes".

Deixar entrar o banco em falência com a actual crise seria abrir uma caixa de Pandora e haveria o risco de assistirmos a uma corrida generalizada aos depósitos em todos os bancos e a uma derrocada em dominó de todo o sistema financeiro.

O BPN não é vítima da crise financeira global. É vítima dos erros de gestão, dos negócios ruinosos deste banco peculiar, construído através de uma rede de empresários de média e grande dimensões do país real e que tinha interesses desde o consórcio do SIRESP a hospitais e aos vinhos das caves da Murganheira.

O império do BPN e da sua casa-mãe, a SLN, foi desenvolvido por Oliveira e Costa, um banqueiro que no final da década de 80 foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que teve um poder quase discricionário na máquina do Fisco e que conheceu alguns dos futuros accionistas do banco com os célebres perdões fiscais. O BPN e a SLN também contribuíram para a fortuna de Dias Loureiro, uma vez que o grupo comprou uma empresa da qual o ex-ministro foi administrador. O conselheiro de Estado chegou a ser vice-presidente do BPN.

Feita a intervenção no banco, é também importante apurar responsabilidades criminais. E ninguém vai preso? A culpa costuma morrer solteira em Portugal, quando há ricos e poderosos envolvidos. Cabe ao PGR e aos tribunais contrariarem essa tradição. Os cidadãos e os contribuintes merecem.

http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 0000000093

Segurança Social esconde depósito do BPN


O Ministério da Segurança Social recusa revelar a verba que tem depositada na conta aberta no BPN, o banco que o Governo decidiu nacionalizar para impedir a sua falência. Para já, fonte do ministério de Vieira da Silva confirma que o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) tem uma conta-corrente no BPN, mas garante: "Não temos 500 milhões de euros no BPN, nem há um tostão do FEF [Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, responsável pela gestão das pensões] no BPN."

http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx ... 82D3519899
 

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SeaKaffir

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« Responder #5 em: Novembro 04, 2008, 02:27:15 pm »
Governo nacionaliza BPN e prepara entrada noutros bancos


RENATO SANTOS

Crise. Depois das intervenções de emergência ocorridas em vários países europeus, chegou a vez de o Estado português entrar no capital dos bancos. O Governo sentiu-se "obrigado" a nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN) para evitar o efeito de contágio em todo o sistema financeiro

Estado vai injectar 4000 milhões na solidez da banca


O Governo volta a desenterrar o decreto das nacionalizações 33 anos depois. Na altura, a 14 de Maio de 1975, a decisão de nacionalizar toda a banca teve como objectivo eliminar o domínio dos monopólios sobre a economia nacional.

 Ontem, evocando o carácter extraordinário, o Governo utilizou a mesma arma com o Banco Português de Negócios (BPN), mas por outra razão: para evitar a sua falência e o efeito de contágio em todo o sistema. Em paralelo anunciou que vai exigir aos bancos um reforço de capitais para colocar os níveis de solvabilidade em 8% dos fundos próprios de base (o rácio médio praticado hoje é 7% e o exigido pelo Banco de Portugal, 4%). Para isso, será criada uma linha de crédito até 4000 milhões de euros - os bancos que a utilizem terão de entregar ao Estado acções sem direito de voto (sem intervenção na gestão).

"A participação no capital dos bancos será residual e sem grande expressão", admitiu o ministro das Finanças, que precisou ainda que esta intervenção será limitada a três ou cinco anos. Teixeira dos Santos disse ainda que teve conversas informais com os principais banqueiros, cabendo agora a cada um utilizar, ou não, a solução. "Nós não podemos permitir que o sistema financeiro português possa ficar em desvantagem [outros países já avançaram com medidas idênticas], o que tornaria alvo fácil de takeovers que não gostaríamos que viessem a ocorrer só porque estamos distraídos", frisou o ministro, em conferência de imprensa conjunta com o governador do Banco de Portugal.

Constâncio lembrou que a recapitalização dos bancos é "muito importante" para o sistema financeiro e garantiu que não há hoje mais nenhum banco, além do BPN, com problemas de solvabilidade.

O BPN é, assim, alvo de uma intervenção total por parte do Estado. "O Governo viu-se obrigado a decidir propor à Assembleia da República a nacionalização do BPN, tendo em vista assegurar os depósitos dos clientes. Podem os portugueses estar tranquilos que os seus depósitos estão assegurados", disse o ministro.

 Teixeira dos Santos garantiu que esta decisão é a menos onerosa para os contribuintes portugueses. "A administração do BPN, presidido por Miguel Cadilhe, apresentou uma proposta para que o Estado comprasse acções preferenciais no valor de 600 milhões de euros sem direito a voto. Desta forma, o Estado ficaria com uma participação próxima dos 50% [dependendo da participação dos outros accionistas]." Contudo, "as condições de ressarcimento para o Estado não eram credíveis nem realizáveis.

Era um risco bastante grande", sublinhou, recusando--se a revelar os custos da falência do BPN para todo o sistema. Para já, o Estado nomeou dois administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) - Norberto Rosa e Pedro Cardoso - para começarem, a partir amanhã, a preparar um plano para o futuro do BPN: ou fica detido pelo Tesouro ou, o mais provável, é absorvido pela CGD.

O BPN será agora avaliado por duas entidades independentes para determinar as indemnizações a pagar aos accionistas do banco. Já o custo da nacionalização poderá ser reduzido pela venda de activos, diz o ministro.

"A SLN fez um conjunto de operações clandestinas"

Surpresa. Banco de Portugal só soube em Junho da existência do Banco Insular

A Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona do Banco Português de Negócios (BPN) a 100%, fez "um conjunto vasto de operações clandestinas que não estavam registadas em nenhuma entidade do grupo e que envolveu centenas de milhões de euros", disse ontem o governador do Banco de Portugal em conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças.

"Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações. Nada fazia suspeitar que estas operações pudessem existir", precisou Vítor Constâncio que se referiu concretamente à existência do Banco Insular, de Cabo Verde, por onde passavam operações offshore. É que o BPN tinha comunicado, em 2002, ao Banco de Portugal que o Banco Insular ficaria de fora da compra do grupo de activos financeiros adquiridos na altura. Esta revelação, segundo o governador, só foi feita em Junho pela administração liderada por Abdool Karim Vakil.

"Com a descoberta desta realidade paralela, o BPN deixou de cumprir os rácios mínimos legais de solvabilidade", disse o governador, salientando que, além dos seis processos de contra-ordenação instaurados pelo banco central, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também já abriu um processo-crime. Ainda na semana passada, magistrados do Ministério Público estiveram na sede do BPN a fazer novas investigações e a aceder às últimas auditorias feitas ao grupo.

Do montante de 700 milhões de euros de perdas detectadas agora, 360 milhões dizem a operações "virtuais" feitas através do Banco Insular. O restante valor refere-se a perdas potenciais identificadas na recente auditoria. Segundo Vítor Constâncio, as notícias destes processos, o agravamento da crise financeira internacional, o adiamento do aumento de capital previsto pela actual administração, agravaram os problemas de liquidez do banco. "Tornou-se inevitável a necessidade de uma intervenção pública", frisou o governador, que acrescentou que este caso "não tem nada a ver com as dificuldades de financiamento do sistema financeiro".

A actual administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe, vai para já continuar em funções até que seja aprovada a nacionalização do banco. Depois caberá às Finanças e à Caixa Geral de Depósitos nomear a nova equipa de gestão. - R.S.

http://dn.sapo.pt/2008/11/03/economia/g ... ntrad.html

Cadilhe critica nacionalização do BPN e coloca lugar à disposição
03.11.2008 - 21h24
Por Luísa Pinto, Romana Borja-Santos
Luís Ramos (arquivo)

O presidente do BPN diz que o Executivo não foi obrigado a tomar esta decisão mas que fez uma opção. O presidente do Banco Português de Negócios (BPN), Miguel Cadilhe, criticou hoje o Governo e o Banco de Portugal, garantindo que não disseram a verdade quando anunciaram a nacionalização do banco. O ainda presidente afirmou também que se manterá no cargo enquanto os accionistas forem os mesmos mas que sairá quando o processo estiver terminado, ainda que coloque desde já o seu lugar à disposição.

Para o ainda presidente, o Governo não se viu obrigado a nacionalizar a instituição como afirmou ontem o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. “A nosso ver o Governo quis, preferiu, optou, não foi obrigado a nacionalizar. Na verdade, não vislumbramos as reais motivações de uma tal opção do Governo”, afirmou o ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva.

Cadilhe acusou o governo de mentir, na redacção da proposta da lei da nacionalização que enviou à Assembleia da República, ao referir que foi a “acção inspectiva do Banco de Portugal” que detectou imparidades omitindo que “foi através das auditorias extraordinárias, por nós mandadas fazer, que o volume de imparidades foi determinado”, afirmou.

Miguel Cadilhe começou a conferência de imprensa a dizer que havia feito nos quatro meses que leva à frente da instituição “o que outros não fizeram em quatro anos”. Se houve falhas, e graves, foram “da regulação, e do Estado". Com a opção agora tomada pelo Governo, Cadilhe diz que os cofres de Estado vão sair mais onerados: "Esta nacionalização vai exigir muito mais capitais públicos do que o exigiria a nossa proposta, aliás de natureza distinta, porque apostava nas acções preferenciais, remuneradas, e também no reforço dos capitais privados", afirmou.

Accionistas

O presidente do BPN assegurou que os aumentos de capital privado estavam previstos e que só foram adiados “por razões de incerteza quanto à deliberação do Governo” sobre a proposta estrutural do banco porque “é evidente que nenhum accionista privado aceitaria injectar capital em 31 de Outubro para vê-lo nacionalizado em 2 de Novembro”.

Aliás Cadilhe fez questão de vincar “bem o antes e o depois” da altura em que entrou no BPN, no fim de Junho de 2008, quando foi eleito. “Surpreendeu-nos a dimensão e a densidade dos erros passados. Surpreendeu-nos a reincidência continuada. Entregámos a advogados independentes a indagação de casos danosos ou ruinosos, assim como diligências de regularização e recuperação”, explicou, considerando também que “os responsáveis não devem ficar impunes”, pelo que chegaram a avançar com processos-crime.

“Não obstante o longo e grave peso do passado, não obstante as dificuldades, entendíamos, e entendemos, que era possível regenerar o banco e o grupo SLN. Preocupava-nos a protecção dos clientes, depositantes, colaboradores e accionistas”, acrescentou o responsável que se mostrou bastante preocupado com estes últimos que não têm culpa das “práticas do passado”. Cadilhe disse, ainda, desconfiar se o Governo ponderou na sua decisão que na instituição trabalham cerca de 6500 pessoas “em empresas que vão desde a saúde às novas tecnologias”.

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1348659


Banco tem sido assistido pela CGD e pelo Banco de Portugal
Aumento de capital na Caixa para integrar BPN



Ministro e Governador não avançaram quanto poderão ter de injectar na CGD mas referem que o que for poderá ser recuperado com a venda de activos do banco depois da sua recuperação.
Isabel Vicente
21:25 | Domingo, 2 de Nov de 2008


Luís Faustino
Já foram injectados alguns milhões de euros na instituição fundada por José Oliveira e Costa

O BPN tem sido assistido pela CGD e pelo Banco de Portugal que já injectaram dinheiro na instituição, segundo referiram Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio. Já foram injectados alguns milhões de euros na instituição fundada por José Oliveira e Costa, através de apoios extraordinários de liquidez.

Cerca de 200 milhões assegurados pela CGD e mais alguns milhões por parte do Banco de Portugal, que não foi especificado. Também por isso pela necessidade de liquidez a que o banco estava exposto, o Governo acabou por decidir nesta altura a nacionalização e tranquilizar os depositantes.

Na sequência da nacionalização do BPN, o Banco de Portugal, nomeou hoje dois administradores para acompanhar e gestão do BPN que foi pelo Governo entregue ao banco público. Norberto Rosa e Pedro Cardoso são os administradores nomeados.

A Assembleia da República terá de aprovar a nacionalização do BPN e depois disso os dois administradores da CGD poderão renovar ou não o mandato da actual administração liderada por Miguel Cadilhe. Neste caso, as remunerações da equipa serão em princípio, segundo fontes do Expresso próximas ao processo, "estabelecidas".

Segundo Teixeira dos Santos a lei "permitia-nos suspender a actual administração mas não o fizemos, porque temos confiança na mesma". As perdas acumuladas ascendem até ao momento a 700 milhões de euros, segundo o balanço ainda não definitivo da auditoria externa em curso encomendada por Miguel Cadilhe à Delloite, por sugestão do Banco de Portugal, e tendo o BPN capitais próprios no valor de 460 milhões a integração na CGD não implicará um esforço financeiro muito grande.

"Nada será feito que prejudique o interesse patrimonial do Estado e dos contribuintes", assegurou Teixeira dos Santos.

O ministro referiu também que apenas o BPN SGPS será nacionalizado, todas as empresas do grupo Sociedade Lusa de Negócios, ficará na posse dos accionistas.

Até lá a Caixa deverá mandar fazer auditorias externas para apurar o valor do BPN e dos seus activos e desta forma avaliar se integrará parte do negócio no seu universo ou se desmembrará o grupo vendendo os seus activos a potenciais interessados no sistema financeiro. Mas até lá havia que repor a situação bastante débil dos rácios de solvabilidade e de capital do banco.

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/442374
 

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« Responder #6 em: Novembro 04, 2008, 03:20:54 pm »
Alguem reparou no ar satisfeito do Constâncio durante o anuncio da estatização?

O interessante é que TODOS os partidos com assento parlamentar do PCP ao CDS aplaudiram a medida.

Está bem, paguem lá as dívidas de 3ºs com o dinheiro de todos... e se o povo gosta, melhor ainda, viva a classe pulhitica... !

A Dona Branca foi presa, os gestores e ex-gestores deste Banco para o ano estarão no Conselho de Administração da EDP, da PT ou da GALP.

Há duas coisas dignas de figurarem num filme surrealista.

A primeira é o Vitor Constâncio dizer quase simultaneamente duas frases,

em quer diz que foi apanhado de surpresa com contas paralelas e dívida de 700 milhões no BPN  a outra em que diz que não há nenhum banco que precise das medidas empregues no BPN .

A outra coisa surreal:

que fez uma nacionalização porque nenhum dos outros bancos Portugueses quis emprestar ou adquirir efectivos do BPN , isto quase simultaneamente a declarações de Ulrich de mello a dizer que o seu banco vai querer contar com a ajuda do estado para novas aquisições que se mostrem interessantes de futuro como por exemplo o BPN.

Também vi o  Camilo Lourenço na televisão a mostrar a capa de uma revista Exame, salvo erro com uns 6 anos, que mencionava um artigo dele a denunciar suspeitas de crimes no BPN.

Diz ele que esse artigo foi motivo de um inquérito, que resultou num processo, não ao BPN mas... contra ele!

Segundo ele estavam, e estão, em causa não meros actos de gestão errada mas crimes graves que deviam dar prisão.

Portanto, se um jornalista sabia, e denunciava publicamente, essas suspeitas, como é que esse tal Vítor Constâncio, e o Banco de Portugal, pode afirmar não saber?!

...sim e o consultor que foi despedido porque encontrou inconformidades no BPN o constâncio também não sabia e claro que tambem não sabia das ilegalidades com um banco cabo-verdiano .

resta investigar agora para que não seja "surpreendido" ...sei lá ...o millenio angolagate ou o bes angola.


1-Um Banco descapitaliza-se por incompetência misturada com fraudes!

2-O Governador do Banco Portugal, «desconhecia»!

3-O Estado, que corta verbas em áreas fundamentais (Saúde, Educação, Justiça...), faz surgir num estalar de dedos, capital para colmatar um défice de 700 milhões de Euros!

4-Fala-se em salvaguardar as poupanças dos clientes do Banco com grande insistência, e omite-se (voluntáriamente) os processos crime, que competia ao Estado instaurar, aos Admnistradores que levaram o Banco a esta situação! (ponto 1).

5-Falta referir, que «o Estado», financiador desta brincadeira toda, somos nós todos!!

É engraçado ninguém falar dum afastamento do senhor Vítor Constâncio, comeram-lhe as papas na cabeça no caso do BCP e agora no BPN.

Constâncio apela à calma: «Não acreditem em rumores»


«Confiem naquilo que eu e outros responsáveis disserem publicamente. Isto é muito importante em momentos de incerteza» - (07-10-2008)

http://diario.iol.pt/economia/portugal- ... -4058.html

«Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações. Nada faria suspeitar que estas operações pudessem existir» - (02-11-2008)

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1037538

E do Teixeira dos Santos:

O ministro das Finanças garante que nenhum banco português está em «perigo» devido a problemas de insolvência - 17-10-2008

http://aeiou.visao.pt/Actualidade/Econo ... risco.aspx

O governo devia era estar preocupado em "amealhar os trocos" e não em "privatizar dividas" (na prática é isso), pois quando a crise chegar em força (segundo os especialistas, na Europa, após a Islândia e a Hungria virão a Ucrânia e outros países do leste Europeu, até chegar cá) quem é que vai e com quê, "injectar" dinheiro na caixa geral de depósitos???

Não vão ser os privados (se ainda existirem) com certeza!

http://5dias.net/2008/11/03/quando-esta ... do-estado/

http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 0000000093

Cheira muito a lodo
 

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« Responder #7 em: Novembro 04, 2008, 08:27:57 pm »
Os problemas do BPN eram falados na praça pública desde 2002, quando a auditora foi despedida.
Contudo, ao contrário de outros países, o Banco de Portugal não tinha nem tem poderes para fazer mais que confiar nas respostas que o BPN lhe deu acerca dessa assunto.

Se calhar o Constâncio está com ar satisfeito porque agora pode ser o Parlamento lhe dê o poder que precisa para inspecionar os bancos.

É natural que todos os partidos concordem com a decisão de nacionalizar o BPN: há vários meses que o Governo e o Banco de Portugal andam a ajudar o BPN a tentar resolver o problema de outra forma mas não foi possível e a solvabilidade do BPN foi caindo.
Agora só havia duas alternativas: ou se nacionaliza ou se coloca em risco os depósitos dos clientes do BPN.
 

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routechecker

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« Responder #8 em: Novembro 05, 2008, 11:04:39 am »
Citar
"Um país em que o Estado é obrigado a indemnizar accionistas que contribuíram para o descalabro de um banco é um país que promove a falcatrua como modo de vida."
Paulo Ferreira, "Jornal de Notícias", 5 de Novembro de 2008
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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emarques

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« Responder #9 em: Novembro 05, 2008, 11:34:18 am »
Citação de: "routechecker"
Citar
"Um país em que o Estado é obrigado a indemnizar accionistas que contribuíram para o descalabro de um banco é um país que promove a falcatrua como modo de vida."
Paulo Ferreira, "Jornal de Notícias", 5 de Novembro de 2008


Tenho que concordar com este senhor. O estado, se está a resgatar um banco da falência, devia fazer o mesmo que o mercado costuma fazer nos casos de aquisição de companhias insolventes: "compra-las" por um euro. Se não sabem gerir a empresa e é preciso vir o "papá" resolver o problema, que recebam dinheiro por isso é uma pouca vergonha.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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AC

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« Responder #10 em: Novembro 06, 2008, 01:58:26 am »
*meh*
É preciso ter calma.

Antes de mais, é preciso ver que o conceito de nacionalização de uma empresa abrange diversas situações, não só empresas insolventes mas também a necessidade do Estado de assegurar controlo de sectores estratégicos, etc.
Portanto, é normal que no caso geral se preveja uma indeminização aos sócios/acionistas da empresa nacionalizada.

A questão que se parece colocar no caso do BPN é: qual a indeminização justa para acionistas envolvidos em ilícitos que levaram o banco à insolvência?
A resposta certa aparenta ser: uns anitos a comer à conta do Estado num qualquer establecimento prisional.
Contudo, é preciso ter atenção a dois detalhes.

Por um lado, embora seja aparente que houve acionistas do BPN envolvidos em ilícitos que levaram à situação actual, até ser provado são inocentes e BPN tem diversos acionistas -- provavelmente, milhares --que  não terão tido nada a ver com os ditos ilícitos.

Por outro lado, o BPN provavelmente não está na mesma situação de uma empresa insolvente. A condição de insolvência significa não ter património suficiente para pagar as dívidas e creio que o BPN ainda não desceu a esse ponto.
O que acontece que os bancos são obrigados por lei a ter uma margem de reserva: o capital próprio do banco deve ser sempre pelo menos X% do que devem (e nesse devem incluem-se os depósitos dos clientes).
Uma vez que o rácio de solvabilidade do BPN desceu abaixo dos X%, deixou de poder funcionar legalmente como banco. Contudo, o seu valor não se reduziu a zero.
Mesmo no pior caso (que parece ser o mais certo no caso do BPN), o banco poderia ter sido liquidado e, depois de pagar o que deve a quem deve, provavelmente ainda sobraria algum do seu capital próprio para distribuir pelos acionistas.
Ao privatizar o banco, o Governo privou os acionistas do capital próprio do banco.

Portanto, é perfeitamente normal que os acionistas do BPN tenham, em teoria, direito a alguma indeminzação, não se trata de nenhuma aberração exclusiva de Portugal.

A questão que se coloca: quais e quanto.
Até ver, o discurso do Governo é o mais correcto possível: as indeminizações discutem-se depois de concluidas as investigações.
 

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« Responder #11 em: Novembro 06, 2008, 09:55:06 am »
Burla: Banco quase falido não escapa ao ex-presidente do Benfica

Vale burla BPN em dois milhões


http://www.correiodamanha.pt/Noticia.as ... FEBD653762
 

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« Responder #12 em: Novembro 13, 2008, 03:11:45 pm »
mail recebido hoje

O GOVERNO NACIONALIZOU O BPN PORQUE ESTÁ FALIDO
Na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, depois de muito pressionado por nós, acabou por dizer que os prejuízos  acumulados no banco BPN atingem 700 milhões de euros.
De acordo com o Relatório e Contas de 2007 deste banco, que se encontra disponível no seu  “site”, o  Capital Próprio do BPN era, em 31.12.2007, de apenas 369,2 milhões de euros. Isto significa que os prejuízos acumulados já são superiores em 330,8 milhões de euros (700-369,2) a tudo aquilo que os seus accionistas possuem em acções e  outros meios acumulados neste banco. Por outras palavras, o valor do Passivo (as dividas) do BPN é já superior ao valor do seu Activo (aquilo que o banco possui e tem a receber) em 330,8 milhões de euros. Isto significa que o BPN está tecnicamente falido.
É este banco falido que o governo de Sócrates nacionalizou. Esta decisão vai custar muitos milhões de euros à CGD e aos contribuintes portugueses.
Para tornar o quadro ainda mais completo interessa recordar que mesmo depois de ter sido detectada a situação de gestão danosa e de falência , que o governador do Banco de Portugal diz ter sido apenas em Junho de 2008 embora fosse de conhecimento publico muito antes, a CGD e o Banco de Portugal  canalizaram para este banco 450 milhões de euros e que, de acordo com os  órgãos de comunicação social, a Segurança Social depositou 500 milhões de euros. Embora o 1º ministro tenha negado este ultimo facto o certo é que se recusou a fornecer à Assembleia da República provas disso. Para além disso, se Miguel Cadilhe obteve deste banco, como noticiaram os jornais de 5.11.2008, um PPR de 10 milhões de euros, que contribuiu também para aqueles prejuízos pois foi pago pelo BPN, agora esse PPR terá de ser pago com dinheiros públicos se não for anulado.
Embora a segurança dos depositantes seja uma questão fundamental é preciso recordar que mesmo sem nacionalização os depósitos até 100.000 euros em qualquer banco estão garantidos mesmo que se verifiquem problemas financeiros como tem repetidamente afirmado o governo.
O GOVERNO TERÁ DE INVESTIR MAIS DE 836 MILHÕES DE EUROS SÓ PARA ANULAR OS PREJUIZOS E RACAPITALIZAR O BANCO BPN
O ministro das Finanças afirmou na Assembleia da República que o governo vai obrigar a banca a cumprir um rácio de solvência de 8%, para assim garantir a solidez das instituições financeiras e defendê-la de qualquer ataque predador de grandes bancos estrangeiros. Isto significa que os Capitais Próprios de cada banco, ou seja, aquilo que pertence efectivamente aos seus accionistas, tem de corresponder a 8% do seu Passivo. É evidente que esta norma também terá de ser respeitada pelo BPN que agora foi nacionalizado.
Em 31.12.2007, o Passivo do Banco BPN era de 6.315,3 milhões de euros, portanto 8% corresponde a 505,2 milhões de euros. Assim,  o Estado para anular os prejuízos do BPN  que não são cobertos pelo Capital Próprio dos seus accionistas (330,8 milhões de contos) e para garantir uma taxa de solvabilidade de 8% (505,2 milhões de euros) terá  de capitalizar (entrar com dinheiro fresco) o banco BPN, pelo menos,  em 836 milhões de euros ( 330,8+505,2). E dizemos pelo menos, pois pode acontecer que o valor a que estão contabilizados  muitos dos activos do BPN no seu Balanço não sejam reais, podem estar sobreavaliados. A reforçar esta conclusão é o facto de que  na própria proposta de lei apresentada pelo governo constar textualmente o seguinte: “ No âmbito da acção inspectiva do Banco de Portugal foram detectadas uma série de imparidades que deram origem a averiguações e à instauração de vários processos de contra-ordenação e denúncia junto da Procuradoria-Geral da República”. Isto significa que existem muitos activos cujo valor se delapidou e que não foram constituídas as necessárias provisões. Para além disso, o ministro das Finanças, numa reunião da Comissão de Orçamento e Finanças, acrescentou que a situação de liquidez do BPN, em Outubro de 2008, era negativa e atingia -800 milhões de euros. Isto significa que a CGD ou o governo, ou ambos terão de entrar para o BNP
agora nacionalizado com muitos mais recursos financeiros públicos do que o referido anteriormente. Para além de tudo isto, à medida que os dias passam, e os media têm divulgado isso, mais falcatruas são identificadas no BPN, o que poderá determinar que o “buraco financeiro” a cobrir com fundos públicos possa ser muito mais elevado que o inicialmente previsto.
TUDO   ISTO TERÁ DE SER SUPORTADO PELA CGD, PELO OE2009 E PELOS  CONTRIBUINTES
Só existem duas formas de resolver o “buraco financeiro” criado com a nacionalização do BPN: ou ser “buraco “ ser absorvido pela CGD que determinará que os lucros previstos a transferir para o Orçamento do Estado não tenha lugar ou então através da entrada de dinheiro do Estado, aumentando a divida pública. Em 2009, está previsto que a CGD e o Banco de Portugal transfiram, para o OE2009, 411 milhões de euros, sendo a maioria da CGD. Se esta transferência não tiver lugar, o OE não  receberá este montante, e terá de obter essa receita de outra forma. E essa outra forma só poderá ser através de impostos pagos pelos contribuintes.
MAIS 4000 MILHÕES DE EUROS DO ESTADO  PARA REFORÇAR CAPITAIS DA BANCA
Como já não fossem suficientes os 20.000 milhões de euros aprovados para dar avales à banca, o governo apresentou na Assembleia da República uma outra proposta – a Proposta de Lei 229/X – que visa dar mais um outro gigantesco apoio à banca, agora no montante de 4.000 milhões de euros.
De acordo com o  nº2 do artº 4º daquela proposta de lei, os 4.000 milhões de euros serão para ser utilizados, pelo governo, para adquirir acções, para fazer aumentos de capital, e para adquirir outros valores representativos de capital e contratos de associação em participação com a banca. E segundo o nº3 do mesmo artigo as acções a adquirir pelo Estado podem ser: (a) Acções preferenciais sem voto e acções que conferem direitos especiais; (b) Acções ordinárias.
É  esclarecedor dos interesses que se pretende defender o facto do governo apresentar uma proposta de lei em que se prevê que, em troca de meios financeiros públicos, receber acções sem direito a voto, portanto acções  sem poder para defender o interesse público. E mesmo o nº 4 deste artigo que dispõe “o direito ao dividendo prioritário” não representa grande compensação pois se não existir lucros não há distribuição de dividendos mesmo que eles sejam prioritários.
NÃO HÁ DINHEIRO PARA INVESTIR NEM PARA CRIAR EMPREGO, NEM PARA DEVOLVER AOS REFORMADOS OS 28 MILHÕES DE EUROS  QUE O GOVERNO RETIROU INJUSTAMENTE DAS SUAS BAIXAS PENSÕES MAS JÁ HÁ  24.000 MILHÕES DE EUROS PARA APOIAR A BANCA
O investimento público previsto no PIDDAC passou, entre 2005 e 2009, de 6.724 milhões de euros para 4.641 milhões de euros, ou seja, diminuiu em 31% em valor nominal, porque em termos reais a baixa é muito maior. Para além disso, do total previsto para 2009, apenas 1.671 milhões é financiado pelo Orçamento do Estado. Enquanto se verifica isto a nível de investimento público, tão necessário neste momento de grave crise para dinamizar a economia, criar emprego e reduzir os efeitos negativos da crise no campo  social, em relação à banca os apoios financeiros do Estado não têm limites, pondo em perigo a própria estabilidade financeira do Estado.

O comportamento deste governo em relação a 40.000 reformados a receberem, na sua maioria, pensões inferiores ao salário mínimo nacional, a quem foram retirados injustamente em média 55 euros por mês, e que só agora o governo pretende corrigir com um atraso de quase dois anos sem, no entanto, devolver o que lhes retirou, representa um contraste chocante com o comportamento deste governo em  relação à banca.
Também é esclarecedor que na chamada lei quadro das nacionalizações que este governo apresentou na Assembleia da República – Proposta de Lei 230/X - de uma forma insólita, em anexo à lei que nacionaliza o BPN, no seu nº4 do artº 5º disponha que aqueles que tenham tido “praticas lesivas dos interesses patrimoniais” em empresas que foram objecto de nacionalização, práticas essas confirmadas por decisão judicial continuem a ter direito à  indemnização se a situação patrimonial liquida da empresa ainda for positiva.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #13 em: Novembro 21, 2008, 06:30:31 pm »
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« Responder #14 em: Novembro 22, 2008, 10:47:10 am »
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Quinta-feira, Novembro 20, 2008
Caso BPN - Por que razão o Partido Socialista não quis ouvir na AR o Dr. Dias Loureiro?

O Partido Socialista inviabilizou a audição do Dr. Dias Loureiro na Assembleia da República sobre as eventuais fraudes e crimes praticados por alguém no BPN.
Veja-se aqui:http://diario.iol.pt/politica/psd-bpn-esta-e-boca-ultimas-noticias-iol-ps/1015629-4072.html
Porquê?
A Assembleia da República é o local , político, próprio para serem ouvidos vários individuos no caso BPN.
Entre os quais o Dr. Dias Loureiro, actual Conselheiro de Estado, ex-Ministro e que teve uma passagem pelo BPN.
A situação estava tanto mais facilitada quanto é certo que o Dr. Dias Loureiro mostrou disponibilidade.
O Partido Socialista parece ter medo, estar profundamente receoso do caso BPN.
Porquê?
Nos Estados Unidos da América (EUA) é normal que no âmbito de vários escândalos responsáveis pelos organismos públicos , ou bancos, sejam ouvidos no Congresso.
É muito estranha a posição do PS, porque parece que foi ele o único a inviabilizar a audição do Dr. Dias Loureiro.
Não colhe o argumento, meramente eufemistico, do PS segundo o qual o assunto está nos tribunais.
Já vimos o PS ter outras atitudes na Assembleia da República.
O POVO PORTUGUÊS , no qual reside a soberania, está estupefacto e ansioso para saber o que se passou e como são gastos os dinheiros públicos. O Povo que emigra , o Povo que passa fome, o Povo que trabalha honestamente e só vê golpadas .
O Povo está a pensar que vários individuos que exerceram cargos políticos, de grande destaque , praticaram crimes no âmbito do BPN. Individuos de vários partidos.
Não sei o que o Dr. Dias Loureiro quer dizer , mas entendo que está determinado a revelar a sua versão, na Assembleia da República.
O que é de grande relevância ética, porque não se esconde em qualquer Templo Maçónico, por exemplo no do GOL e no seu secretismo para falar. Quer ir à Assembleia da República.
Vai correndo entre o Povo a informação que há um individuo de nome António Silva, que terá dado uma golpada no BPN num negócio da Marina de Albufeira. Milhões de euros, diz-se nos mentideros. Ou como diziam os romanos "Fama est".
Não sei quem é , mas parece que há alguém com pinças muito delicadas a tentar gerir a situação, para não causar problemas.

Quem é esse António Silva?

Será que o Dr. Dias Loureiro sabe algo desse tal António Silva e dos milhões da Marina de Albufeira e não é "conveniente" isso vir à tona de água?
A atitude do PS e a "cambalhota" do Governo no caso da avaliação de professores, mais a "pressãozinha" do Presidente da República, logo tratada numa grande envolvência mediática no dia de hoje, deixa-nos intrigados.
É muito triste ver como a "Democracia" portuguesa se porta, como é diferente o sistema do dos nossos parceiros europeus...
Não me parece que a atitude do PS seja a mais condizente com o respeito que o Povo merece. Respeito intelectual e respeito político.
Porquê a atitude do Partido Socialista?

Terá isto tudo algo a ver com a situação do caso Freeport e a investigação da polícia britânica?
A propósito, qual é o escritório de advogados que terá recebido os 4 mihões de contos das "luvas" do negócio Freeport que os serviços policiais britânicos descobriram?

E quem é o político envolvido?

O BPN terá também sido usado?


http://www.josemariamartins.blogspot.com/
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