E tripulações para isso tudo?
Tecnicamente só precisamos de guarnições para 3 delas, olhando para uma taxa de disponibilidade de navios (a contar com manutenção regular) de cerca de 60%. Essencialmente só seriam necessárias 3 guarnições, 2 para as M e 1 para as Anzac, sendo que se houvesse capacidade para uma 4ª guarnição, já seria um bónus.
Não fazia sentido era o contrário, ter um número de fragatas igual ao de guarnições, já que o tempo de paragem dos navios será sempre muito maior que o tempo de descanso das guarnições, e com apenas 3 navios, em que pelo menos 1 estaria largos meses parado, teríamos efectivamente mais guarnições que navios, com o risco que este pessoal "a mais" fosse transferido para outros navios não-combatentes, e se perdesse esta guarnição enquanto guarnição de fragata. Isto causava depois o efeito dominó que "só precisamos de 2 fragatas, porque não temos guarnição para mais", aquando da sua substituição.
Ao manter o número de 5, não só 3 guarnições conseguem dar uso a todas elas, com rotatividade entre os navios operacionais e em manutenção, como se incentiva à não redução do número de navios mais tarde, mas à continuação deste número e vontade de reforçar as guarnições.
Não esquecer que isto já aconteceu com os F-16. Justificaram a redução do número de F-16 com "não temos pilotos suficientes para aquilo tudo" (a ideia de reserva/rotação das aeronaves devido aos períodos de manutenção/modernização nem sequer surgiu), e agora se for preciso, dada a taxa de disponibilidade das aeronaves, se calhar temos mais pilotos do que caças disponíveis a um determinado momento. Com isto, há o risco de um dia se considerar o número de pilotos de F-16 em excesso, e cortam nisto também.
De qualquer das formas, a ideia de 3 M e 2 Anzac não foge ao que muitos já falaram de ir buscar a Van Speijk (3ª M) e manter 2 VdG não modernizadas. Eu simplesmente estou a fazer troca por troca de 2 Meko obsoletas, por 2 Meko muito mais modernas e com valiosíssimo equipamento a bordo que poderá ser transferido para navios futuros, sendo o número necessário de pessoal para ambas as ideias faladas, virtualmente o mesmo.
Também se fala em ficarmo-nos apenas pelas 4 M, a contar tanto com a Van Speijk, como a Van Amstel. O problema desta ideia, é que enquanto as 2 Anzac (que são mais novas, e teoricamente mais capazes) serão retiradas de serviço em 2024 e 2026, a primeira ASWF só entrará ao serviço em 2029, e dificilmente abdicarão da Van Amstel antes disso. Chegar a 2026/27 com 3 M e 2 Anzac, seria uma modernização da frota extremamente rápida e eficaz.