A Revista da Armada tem um artigo sobre fragatas na Marinha Portuguesa, e lá refere que é dificil ambicionar ter os grandes navios que actualmente se anda a construir, com capacidade de defesa de área, são muito caras. Que Portugal precisa sempre de capacidade ASW, então o mais provável é irmos para as chamadas fragatas de 2a linha, mas que tenham capacidade de acompanhar e cooperar con as de 1a linha dos outros paises nas forças internacionais, e tenham capacidade de anti-aérea com mísseis ESSM.
Os NPO é que podem ser os nossos navios de 2a linha ASW, mas com muitas limitações que lá indica e nunca os navios principais.
A questão é que nem sequer é preciso ambicionar com "grandes navios". Bom, grandes navios ambicionou sempre a Marinha, quando era relativamente ao NAVPOL. Mas lá está, este navio já convinha ser grande, vistoso e caro, idealmente topo de gama, o resto da frota é que tem que ser do mais reles que há.
Agora, existem N opções no mercado, algumas delas nem são assim tão caras (Mogami por exemplo). E mesmo uma fragata mediana, pode ser equipada com uma capacidade AAW decente, bastar ter um bom radar, um VLS num número decente (mínimo 24-32), em versão "longa" para permitir uma maior variedade de mísseis, e já está. Antigamente para ter uma fragata AAW, era preciso uma besta de navio, como as DZP, Álvaro de Bazán, etc, pela necessidade de receberem os poderosos sensores como o SPY-1 (nos navios Aegis) e SMART-L + APAR (nas restantes fragatas AAW europeias).
Também existem outros conceitos organizacionais, que podiam ser empregues, tendo fragatas modernas mais pequenas (não ultrapassando as 4000 toneladas), mas em maior número. Algo na ordem das Sigma 10514, ou ter o tão falado "hi-low". Mas na Marinha há bastante tempo que se convenceram que queriam uma só classe de navios, o que, se querem que sejam bastante capazes, obviamente tornam tudo mais caro do que um conceito hi-low.
A substituição faseada das duas classes de fragatas também ajudava, espaçando o investimento por 2 décadas distintas. Agora choram, porque não se tomou esta decisão.
Mesmo os 2% têm uma questão importante
É com GNR ou sem?
E mesmo assim convém não ter os 2% a ser engolidos pelas negociatas....
Isso nem se pergunta meu caro - sem GNR obviamente!
Actualmente o orçamento anual da defesa não chega aos 1.5%, e já a contar com despesas com as forças de segurança, creio eu. Sem esta parcela, estamos a falar de pouco mais de 1%. Estamos portanto bem longe da meta da NATO (algo que, mediante as "ameaças" de Trump, devia mudar rapidamente), e esta devia ser atingida sem contar com as FS e combate aos fogos (até a despesa com aluguer de meios aéreos de combate aos FF sai do orçamento da Defesa).