Está no Parlamento há apenas quatro meses e já conseguiu marcar a diferença. André Almeida, que foi repescado entre os eleitos sociais-democratas por Aveiro para substituir Marques Mendes, é o mais jovem deputado da bancada do PSD. E tem um projecto inovador doar 10% do seu vencimento a instituições de solidariedade do distrito pelo qual concorreu."Quando cheguei à Assembleia da República, fiquei surpreendido com o vencimento. Vi que as ajudas de custo chegam perfeitamente para o que um deputado faz, porque temos condições excelentes", confessa, ao JN.Convencido de que o dinheiro que recebe todos os meses, "se calhar, faz mais falta a algumas instituições", André Almeida começou a esboçar um projecto. E garante que o levará até ao fim, apesar das eventuais críticas de que possa ser alvo.O jovem deputado, com 30 anos, vai avaliar com especialistas quais as instituições do seu concelho (Arouca) e do distrito de Aveiro que mais precisam de ajuda financeira e vai fazer um plano.A ideia é doar a uma instituição, por mês, 10% do seu salário. Algo que fará até ao final do actual mandato. "Quero que este projecto seja o mais rigoroso possível, por isso vou estudar muito bem quais as instituições mais necessitadas antes de avançar com algo mais concreto", sublinha.Em diálogo directoCom a mente a fervilhar de ideias, André Almeida quer aproveitar o seu mandato para concretizar "alguma coisa".Outro projecto é o de criar um endereço de Messenger para que, no dia do Parlamento destinado ao contacto directo com o eleitorado (às segundas-feiras), durante algumas horas, possa estar disponível para trocar impressões directamente com quem o elegeu."Sinto grandes dificuldades com o dia de contacto com o eleitorado. Pensava que ia ser solicitado com muitas queixas. Mas é raro aparecerem", lamenta, adiantando que também tenciona criar um blogue, tudo para aumentar a proximidade e a interactividade com o eleitorado.No plano das iniciativas legislativas, o deputado, que tem assento nas comissões de Saúde e de Educação, tenciona preparar um projecto de lei que fixe um novo incentivo ao arrendamento jovem, que substitua o polémico "Porta 65".
