Venezuela e a Revolução Bolivariana

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papatango

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« Responder #15 em: Dezembro 01, 2007, 09:33:28 pm »
Não acredito que seja possível uma vitória do Não nesse referendo.

O Chavez vai fazer tudo o que estiver ao alcance para ganhar, nem que seja com fraude.

Nota-se o costume dos caudilhos ditadores de ameaçar com o perigo externo quando o tapete começa a ficar instável.

Chavez começa a atacar de traidores todos os venezuelanos que não se regem pela sua cartilha.
Mas num mundo onde o Czar voltou ao Kremlin e onde um elemento da policia política do PC soviético se auto coroa imperador não podemos achar estranho que este tipo de coisas aconteça.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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André

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« Responder #16 em: Dezembro 01, 2007, 10:21:10 pm »
Citação de: "papatango"
Não acredito que seja possível uma vitória do Não nesse referendo.

O Chavez vai fazer tudo o que estiver ao alcance para ganhar, nem que seja com fraude.

Nota-se o costume dos caudilhos ditadores de ameaçar com o perigo externo quando o tapete começa a ficar instável.

Chavez começa a atacar de traidores todos os venezuelanos que não se regem pela sua cartilha.
Mas num mundo onde o Czar voltou ao Kremlin e onde um elemento da policia política do PC soviético se auto coroa imperador não podemos achar estranho que este tipo de coisas aconteça.


E quando um extremista islâmico está no governo do Irão. :roll:

 

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André

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« Responder #17 em: Dezembro 02, 2007, 02:10:12 pm »
Venezuelanos votam «sim» ou «não» ao Estado socialista de Chávez

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Os venezuelanos começaram já hoje a votar no referendo sobre a polémica reforma constitucional do presidente Hugo Chávez, que quer instaurar um Estado socialista e reforçar os respectivos poderes.
Em Caracas, os moradores foram acordados pelos partidários do governo, que promoveram um grande «buzinão» nas primeiras horas do dia, muito antes da abertura oficial da votação, às 06:00 locais.

Cerca de 16 milhões de eleitores são convidados a dizer «sim» ou «não» a uma reforma que permitiria a Chávez candidatar-se às presidenciais sem limites de mandatos e censurar a imprensa em caso de crise.

Grupos de pessoas, sobretudo simpatizantes do governo, aguardaram durante horas nos bairros populares da capital frente às assembleias de voto, que encerram às 16:00 locais.

«Todos às urnas», «um dia histórico para a Venezuela», clamavam as pessoas na multidão.

Eleito desde 1999 para presidir a maior potência petrolífera da América Latina, Chávez, ex-oficial golpista de 53 anos e grande amigo dos líderes cubano, Fidel Castro, boliviano Evo Morales e iraniano, Mahmud Ahmadinejad, proclamou a intenção de «dar o poder ao povo», classificando os seus detratores de «traidores».

O projecto de alteração da Constituição, que defende um modelo económico socialista, divide profundamente a população, inclusivamente entre as camadas sociais populares, feudos tradicionais do regime.

As últimas sondagens, que apontam para um empate entre o «sim» e o «não», fazem temer o risco de eclosão da violência na Venezuela, onde Chávez ganhou folgadamente todas as eleições realizadas até agora.

Reeleito no ano passado até 2013, o presidente venezuelano, que diz suspeitar que a Casa Branca de apoia a contestação, ameaçou o «império americano» de cortar o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos em caso de tumultos após o referendo.

Sexto exportador mundial de petróleo, o país sul-americano, membro da OPEP, vende actualmente aos Estados Unidos quase 60% da respectiva produção, que se eleva a 2,6 milhões de barris por dia (mbd) segundo a Agência do Departamento da Energia norte-americano, e a 3,2 mbd segundo os dados oficiais.

A campanha transcorreu num clima de violência marcado por vários enfrentamentos entre as forças da ordem e os opositores à reforma.

O movimento de contestação é simbolizado pelos estudantes, que denunciam a instauração de uma «ditadura cubana» na Venezuela e anunciaram a intenção de estar presentes em todos os centros de votação para evitar as fraudes.

Novo herói da oposição, o ex-general Raúl Baduel, ex-companheiro de Chávez, apelou aos venezuelanos a votarem contra a reforma, que classificou como um «golpe de Estado».

Mais de 100.000 soldados foram mobilizados em todo o país para garanti a segurança na votação, que não conta com a supervisão habitual da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) já que o governo convidou os seus próprios observadores internacionais.

O porte de armas e as manifestações perto dos centros de votação foram hoje proibidos na Venezuela, país que tem uma das taxas de homicídios por armas de fogo mais elevada do mundo.

Diário Digital

 

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oultimoespiao

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« Responder #18 em: Dezembro 02, 2007, 08:00:00 pm »
Alguem duvida do resultado? So quem for ingenuo!
 

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Mar Verde

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« Responder #19 em: Dezembro 03, 2007, 08:01:57 am »
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Chavez defeated over reform vote
Venezuelan President Hugo Chavez has narrowly lost a referendum on controversial constitutional changes.

KEY PROPOSALS

Indefinite re-election of president, term increased from 6 to 7 years

Central Bank autonomy ended

Structure of country's administrative districts reorganised

Maximum working day cut from 8 hours to 6

Voting age lowered from 18 to 16

Social security benefits extended to workers in informal sector


Voters rejected the raft of reforms by a margin of 51% to 49%, the chief of the National Electoral Council said.

Mr Chavez described the defeat as a "photo finish", and urged followers not to turn it into a point of conflict.

Correspondents say the opposition could barely hide their delight and that the victory will put a brake on Mr Chavez's self-styled "Socialist revolution".

Celebrations by the opposition began almost immediately in the capital, Caracas, with activists cheering, beeping car horns and waving flags.

Mr Chavez swiftly conceded and urged the opposition to show restraint.

"To those who voted against my proposal, I thank them and congratulate them," he said. "I ask all of you to go home, know how to handle your victory."

He insisted that he would "continue in the battle to build socialism".

"Don't feel sad," he told his supporters, saying there were "microscopic differences" between the "yes" and "no" options.

He said the reforms had failed "for now" but they were "still alive".

'Too much power'

The result marks the president's first electoral reverse since he won power in an election in 1998.



Since then he has set about introducing sweeping changes in the country's laws aimed at redistributing Venezuela's oil wealth to poorer farmers in rural areas.

Just a year ago, he was re-elected with 63% of the vote.

With his constitutional reform proposals, Mr Chavez was seeking an end to presidential term limits and the removal of the Central Bank's autonomy.

Having lost the vote, the current rules state that he will have to stand down in 2013.

The main opposition parties had claimed during the referendum campaign that Mr Chavez was seeking to give himself too much power, and was trying to establish a dictatorship.

Mr Chavez said the package of reforms was necessary to "construct a new socialist economy".

Story from BBC NEWS:
http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/2/hi/a ... 124313.stm
 

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André

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« Responder #20 em: Dezembro 03, 2007, 09:30:53 am »
Edições online espanholas falam na 1ª derrota de Chávez

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A imprensa escrita espanhola destaca hoje o resultado renhido do referendo constitucional da Venezuela, cabendo às edições electrónicas, devido à diferença horária, destacar a «primeira derrota de Chávez desde 1998».
Esse é o destaque de hoje de manhã na página online da Europa Press, principal agência de noticias privada de Espanha, que refere a vitória do não «por escassa margem» no referendo de domingo.

Devido à diferença horária, a imprensa escrita destaca o resultado renhido, com o jornal Público a referir em primeira página que Hugo Chávez «compromete-se a acatar o que digam as urnas».

No interior, porém, o jornal destaca que «Chávez roça a vitória», explicando depois os elementos centrais da reforma constitucional proposta.

Também o El Pais sugeria que o referendo poderia terminar com um vitória mínima do «sim», recordando declarações de Chávez de que respeitará o resultado, «seja ele qual seja».

O jornal dedica três páginas ao tema, que abre o seu caderno de Internacional, que inclui um artigo sobre a situação actual na Venezuela, intitulado «um país com luxos mas sem leite» onde «a insegurança dos cidadãos e a corrupção minam a revolução chavista».

O jornal conservador ABC refere que ambas as partes reivindicam vitória.

O jornal usa uma foto de Chávez com o seu neto ao colo e uma imagem da votação dos venezuelanos em Madrid para ilustrar duas páginas de artigos, entre eles comentários de observadores eleitores do Parlamento Europeu, em Caracas, que denunciam «falta de neutralidade».

O matutino El Mundo também apontava para a vitória do «sim», realçando no entanto a baixa participação no referendo, com três páginas de cobertura e análise, incluindo artigos de opinião de opositores a Hugo Chávez.

O La Vanguarda, de Barcelona, é um dos poucos que não dá ao referendo da Venezuela honra de abertura do caderno internacional, optando pela cobertura das eleições na Rússia.

As relações entre Espanha e a Venezuela têm estado em clima de tensão desde que o rei Juan Carlos, de Espanha, mandou calar o presidente venezuelano durante a cimeira ibero-americana, realizada no Chile a 09 e 10 de Novembro.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #21 em: Dezembro 03, 2007, 08:16:31 pm »
Relógios atrasam meia hora no próximo domingo

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- A hora oficial na Venezuela será atrasada em 30 minutos no próximo domingo (9 de Dezembro), confirmou hoje, em Caracas, o ministro do Poder Popular para a Ciência e Tecnologia, Héctor Navarro.

Segundo o ministro venezuelano, a mudança horária terá lugar pelas 03:00 locais (07:00 em Lisboa), passando os relógios a marcas 02:30.

Héctor Navarro explicou que a nova hora procura "dar um melhor uso à energia e adequar a hora ao pôr-do-sol"

A hora venezuelana actual, fixada em 1964, está regida pelo meridiano 60º, que estabelece uma diferença horária de menos quatro horas (-4:00) em relação a Greenwich.

A nova hora passará a reger-se pelo meridiano 66º, que estabelecerá uma diferença horária de -4:30.

O Presidente Chávez defende a medida, afirmando que as actuais divisões horárias foram impostas pelos Estados Unidos e oficialmente uma das justificações indicadas por Chávez é dar mais tempo de dias às crianças em idade escolar.

Lusa


 :lol:  :lol:

 

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André

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« Responder #22 em: Dezembro 05, 2007, 05:50:39 pm »
Parlamento e eleitores poderão retomar reforma

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, admitiu hoje que está impedido de insistir em reformar a Constituição depois da derrota de domingo nas urnas, mas disse que os eleitores e o Parlamento estão habilitados a retomá-la.
«Adversários, não achem que estamos a chorar. Teremos que dizê-lo, sobretudo ao império americano, que estamos mais fortes do que nunca e continuaremos em frente a construir o socialismo. Não perdemos nada», declarou.

Ao falar durante 45 minutos num programa de TV nocturno da emissora VTV, Chávez reiterou que «virá a nova ofensiva» em busca de uma próxima tentativa eleitoral.

A Constituição de 1999, que o Governo tentou modificar, estabelece que uma «iniciativa de reforma constitucional que não seja aprovada não poderá ser apresentada de novo num mesmo período constitucional».

Também estabelece que «a iniciativa da reforma desta Constituição poderá ser tomada» pela Assembleia Nacional «mediante acordo aprovado pelo voto da maioria dos seus membros» ou pelos eleitores, com «um número não menor de 15%» do eleitorado - actualmente de pouco mais de 16 milhões de venezuelanos.

«A proposta de reforma continua. É certo que neste período constitucional eu já perdi o direito a apresentar outra como iniciativa minha, mas o povo tem o poder e o direito de apresentar, se assim quiser, uma solicitação antes de este período terminar, para o que ainda falta cinco anos», lembrou Chávez.

O presidente também rejeitou os apelos à reconciliação que os adversários fazem insistentemente e exortou-os a «avaliar a sua vitória de Pirro».

«Se tivessem acabdo de contar, isto teria terminado em empate técnico. E quem sabe se recontando nós teríamos ganho, mas eu tomei a decisão, sem pressões de nenhum tipo, de optar pela derrota ideal», alegou.

«Optei por uma derrota ideal. Bom, não digamos ideal, optei pela melhor forma de ser derrotado, em vez de optar por uma vitória catastrófica, ou a possibilidade de uma vitória catastrófica. E por isso disse ’não quero uma vitória nestas condições`», frisou.

Com quase 90% dos votos apurados, a vitória do «não» à reforma constitucional foi selada com o voto de 4,5 milhões do total de 8,8 milhões.

A abstenção foi de 7,2 milhões de eleitores.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #23 em: Dezembro 05, 2007, 10:08:13 pm »
Chavez insurge-se contra a "vitória de merda" da oposição e anuncia novo referendo

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O presidente venezuelano deixou hoje transparecer a sua cólera depois da derrota no referendo de domingo, declarando que a oposição obtivera uma "vitória de merda" e reiterou que a reforma da Constituição irá às urnas outra vez.

"Foi uma vitória de merda e a nossa uma derrota de coragem", afirmou Hugo Chavez num discurso pronunciado no Palácio presidencial de Caracas e transmitido pela televisão oficial VTV.

Cercado de todo o estado-maior do Exército, o presidente venezuelano organizou esta cerimónia para desmentir rumores veiculados pela imprensa acusando-o de ter querido recusar admitir a sua derrota antes de ser instado por alguns militares a recuar na sua decisão.

"Para mim foi a melhor derrota", porque uma "vitória pírrica (...) teria antes sido catastrófica" e "a esta altura o país estaria incendiado e nunca teria ficado claro quem ganhou".

"As dúvidas, e com razão, teriam sido dirigidas contra mim", sustentou.

Repetiu, como já dissera às primeiras horas de hoje, numa chamada telefónica para um programa da VTV, que a proposta de reformar a Constituição será submetida a novo referendo numa data que não precisou.

A sua reforma, que visava assegurar-lhe a possibilidade de se fazer reeleger sem limites de mandatos e a passar para a Constituição os contornos de um Estado socialista, foi rejeitada por 51 por cento dos votos no referendo de domingo.

Lusa

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #24 em: Dezembro 07, 2007, 11:53:37 am »
Citação de: "Walter Gomes"
http://www.youtube.com/v/YYs2IDfVRpw&rel=1

Video filmado en Chacao. Zona de Caracas con gran concentracion de Portugueses. Chavistas armados atacan a manifestantes desarmados,estos (los antichavistas)no huyeron, mas bien los persiguieron y los retrocedieron hasta el predio de donde salieron.
Sobran las palabras!


 :evil:

Muito democráticos os Chavistas, não são?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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André

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« Responder #25 em: Dezembro 07, 2007, 06:55:15 pm »
Chávez diz que deixará o poder em 2012

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O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, criticou na quinta-feira os seus simpatizantes por não terem comparecido todos às urnas no referendo constitucional de domingo e anunciou que terá de deixar o poder em 2012.

«Estive estes dias a reflectir muito e tenho de deixar o governo no ano 2012. Vocês não aprovaram a reforma, eu tenho de ir (embora)», disse.

Hugo Chávez falava a um grupo de simpatizantes, no Poliedro de Caracas, que ruidosamente manifestaram o seu desacordo em que deixe a Presidência da República.

«Por mais que gritem, a verdade é a verdade, o sim perdeu em Miranda e em Caracas, tomem nota, perdeu em Petare, nos bairros não foram votar, uma boa parte não foi votar, milhões que não foram votar«, disse.

Sublinhou ainda que »vocês poderão dizer o que queiram mas não têm desculpa, falta de consciência, de resolução, pela pátria, não têm desculpas, um revolucionário não procura uma desculpa«.

Segundo Hugo Chávez, algumas das desculpas dos seus simpatizantes »são escusas de débeis, de cobardes e de preguiçosos, dos que têm falta de consciência, de pátria, de consciência revolucionária«.

Insistiu que »estamos a enfrentar o império dos Estados Unidos« e que os resultados do referendo constitucional de 2 de Dezembro são uma advertência »se nos descuidamos e não fazemos o trabalho que temos que fazer e nos deixamos confundir«.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #26 em: Dezembro 08, 2007, 01:56:59 pm »
Hugo Chávez tem nova rival: a sua ex-mulher

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Uma nova voz emergiu no combate contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e a sua sociedade socialista: a sua ex-mulher Marisabel Rodriguez.

Esta luta não é contra uma pessoa em particular», disse Marisabel Rodriguez numa entrevista em sua casa à Associated Press.

«Esta luta é contra o perigo de ter a mesma pessoa no poder por muito tempo». A ex-mulher de Chávez esteve afastada da exposição pública desde que se divorciou do presidente em 2004.

Mas a ex-primeira dama reapareceu agora apelando aos eleitores a votar «não» no referendo do último domingo em que se decidia sobre uma alteração constitucional que iria permitir a Chávez ser reeleito por um número indefinido de mandatos.

Chávez perdeu o referendo por uma curta margem, a sua primeira derrota nas urnas em quase nove anos na presidência. «Estávamos à beira de passar um cheque em branco ao presidente», disse, concluindo que este seria o «caminho para o totalitarismo».

Rodriguez negou qualquer interesse em candidatar-se à presiência, mas a sua posição pública contra Chávez transformou-a numa líder de oposição.

Enquanto primeira dama, fez parte da assembleia que votou a Constituição de 1999. Agora propõe uma emenda para encurtar os mandatos presidenciais de seis para quatro anos, dizendo que Chávez já esteve no poder tempo suficiente. Marisabel falou também em defesa dos dissidentes políticos e estudantes contra o presidente.

SOL

 

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« Responder #27 em: Dezembro 09, 2007, 06:09:24 pm »
Cardeal denuncia ter sido agredido em Caracas

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O cardeal D. Jorge Urosa Sabino denunciou, no sábado, aos prelados venezuelanos, que foi agredido verbal e fisicamente por um grupo de pessoas afectas ao Presidente Hugo Chávez, junto do Palácio Arcebispal de Caracas.

Na carta enviada aos arcebispos e bispos venezuelanos, a que a Agência Lusa teve acesso, D. Jorge Urosa Sabino, quem também é arcebispo de Caracas, explica que as agressões ocorreram pelas 15h20 locais de sexta-feira (19h20 em Lisboa), «quando saía do Palácio, no meu carro e com o meu motorista».

O cardeal precisa: «Fui violentamente agredido verbal e fisicamente, ainda que não tenha recebido golpes, porque estes e os pontapés foram dados ao carro» (um Toyota Yaris da Arquidiocese de Caracas).

Sublinha ainda que «foram umas 15 pessoas das que integram o grupo violento chamado "La Esquina Caliente"» com reputação de serem simpatizantes do Presidente Hugo Chávez.

D. Jorge Urosa explica ainda que tiveram dificuldade em avançar e que «não houve protecção de parte da Polícia de Caracas» que permanecia a escassos metros, junto do Conselho Municipal.

«Deixei duas mensagens sobre o assunto ao ministro (do Interior e Justiça) Pedro Carreño que não me replicou o telefonema», diz.

Desde a chegada de Hugo Chávez ao poder (finais de 1998) que as relações entre a Igreja Católica venezuelana e o Governo têm passado por altos e baixos, tendo o Chefe de Estado, numa ocasião, dito que era um «cancro na sociedade».

Mais recentemente, as relações passaram por momentos de tensão quando os bispos advertiram os católicos que a reforma constitucional (referendada e recusada a 2 de Dezembro último) era «desnecessária, moralmente inaceitável e inconveniente para o país».

Os bispos consideraram também que a reforma «restringia muitos direitos humanos, civis, sociais e políticos, consagrados na Constituição».

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #28 em: Dezembro 09, 2007, 06:28:53 pm »
A Venezuela tem fuso horário próprio

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Hugo Chávez já o havia prometido em Agosto e adiado duas vezes mas, a partir de hoje, domingo, a Venezuela passa a regular-se por um fuso horário exclusivo, atrasando os relógios em meia hora.

A medida fará com que as pessoas encontrem uma maior quantidade de luz solar no momento em que acordam, o que, segundo o presidente venezuelano, aumentará a produtividade no país, sem mostrar qualquer preocupação relativamente às vozes que o critiquem o desdenhem da ideia: «Não me importo se me chamarem maluco, mas a nova hora irá para a frente».

Os críticos, contudo, defendem que a medida é desnecessária e que se trata de um mero capricho de Chávez, desejoso de ter um fuso horário diferente do que rege parte dos Estados Unidos.

Com o novo fuso, a Venezuela fica quatro horas e meia atrasada relativamente há hora GMT, a partir do meridiano de Greenwich (e de Lisboa) e descompassada dos seus vizinhos.

Para o Ministro da Ciência e Tecnologia da Venezuela, Hector Nacarro, a medida é saudável sobretudo pelo argumento usado pelo presidente: «Creio que é muito positivo que, enquanto houver luz, nós a possamos aproveitar».

O presidente já havia aplicado o argumento aos jovens estudantes – nomeadamente às crianças – que «se levantam às 5h da manhã, chegam à escola mortas de cansaço. E porquê? Por causa da nossa hora».

Esta é a última de uma série de medidas apresentadas por Chávez, depois de ter mudado o nome oficial do país ou a bandeira.

SOL

 

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« Responder #29 em: Dezembro 12, 2007, 12:32:47 pm »
Proibição de compra de divisas leva a fecho de jornais

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O jornal venezuelano Correo del Caroní circulou hoje pela última vez em versão impressa devido às dificuldades em comprar divisas para importar papel, situação que poderá levar também ao cancelamento de vários jornais regionais.

«Amanhã [quarta-feira] já não circulará o Correo del Caroní porque o regime de [Hugo] Chávez nega os dólares à empresa Dipalca, importadora do papel de jornal que utilizamos na impressão deste diário desde há muitos anos», diz o diário no editorial de hoje.

Desde Fevereiro de 2003 que vigora na Venezuela um regime de controlo cambial que impede a livre aquisição ou troca de moeda estrangeira no país, estando as divisas para importações condicionadas a aprovação pela Comissão de Administração de Divisas (Cadivi).

A não concessão de divisas para importar papel afecta também, segundo o director do jornal El Nacional, Miguel Henrique Otero, muitos outros jornais que poderão deixar de circular em breve.

«Que os inimigos da liberdade de expressão, os chefes da corrupção não celebrem«, apelou David Natera, director do Correo del Caroní, assegurando que o jornal actualizará diariamente uma versão electrónica no endereço www.correodelcaroni.com.

Diário Digital / Lusa