Exposição do Hermitage custará 1,5 milhões de euros
A exposição do Hermitage a inaugurar em Outubro, em Lisboa, custará 1,5 milhões de euros e será a primeira de três mostras do museu russo a realizar nos próximos dois anos, anunciou hoje a ministra da Cultura.
Estas três exposições antecedem a abertura em 2010 de um pólo permanente do Hermitage em Portugal, explicou Isabel Pires de Lima, na cerimónia de assinatura de um protocolo entre o Instituto dos Museus e Conservação (IMC) e o Turismo de Portugal, principal patrocinador do evento, para o qual contribui com 500 mil euros.
Esta primeira exposição, intitulada «De Pedro, o Grande, a Nicolau II - Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage», dará a conhecer aspectos do quotidiano da família imperial russa e a sua relação com vários movimentos culturais da Europa.
A mostra é constituída por mais de 600 peças de vestuário, mobiliário, artes decorativas, pintura, ourivesaria, permitindo uma reconstituição histórica da vida na Corte.
A exposição será inaugurada a 25 de Outubro, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e pelo Presidente russo, Vladimir Putin, abrindo ao público no dia seguinte.
«Estou certa de que esta será a exposição que mais público vai trazer à Ajuda», disse a ministra, sublinhando que o objectivo é ultrapassar o número de visitantes das grandes exposições que se têm realizado em Portugal nos últimos tempos, como a organizada na Fundação Gulbenkian em torno da obra de Amadeo Souza-Cardoso ou a de Paula Rego, realizada na Fundação de Serralves.
Para apresentar esta primeira exposição, a Galeria D. Luís I, no Palácio da Ajuda, está a ser alvo de obras de requalificação que ascendem a 900 mil euros, afirmou a ministra.
«Estamos certos de que este projecto vai aumentar a atractividade do pólo Belém-Ajuda, que está a sofrer alterações para a sua requalificação cultural», assinalou Pires de Lima, adiantando que a segunda exposição temporária com peças do Hermitage será no Porto (em 2008), no Museu Soares dos Reis, e a terceira em Lisboa (em 2009), num espaço ainda por definir.
Quanto ao pólo permanente do Hermitage em Portugal, Isabel Pires de Lima indicou que também ainda está por definir o espaço onde ficará, podendo ser na zona da Ajuda ou da Baixa-Chiado.
A cerimónia de assinatura do protocolo entre o IMC e o Turismo de Portugal contou ainda com as presenças do presidente deste organismo, Luís Patrão, e do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, que sublinharam a aposta do Governo na cultura como instrumento de promoção do país.
«Num país que tem o turismo como uma das principais fontes de desenvolvimento económico, a cultura é fundamental para a qualificação desse turismo», reforçou Isabel Pires de Lima.
Diário Digital / Lusa
11-09-2007 14:20:00
