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Tropas Portuguesas para o Libano?

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Votação encerrada: Julho 25, 2006, 07:22:19 pm

Portugal deve enviar tropas para o Libano?

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Azraael

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« Responder #30 em: Julho 27, 2006, 08:56:04 pm »
Voltando ao tema original...

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Luís Amado reafirma disponibilidade para avaliar participação numa missão de paz no Líbano


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu hoje a necessidade de "preservar a coesão e garantir um maior protagonismo da União Europeia" no conflito israelo-libanês, reiterando a disponibilidade de Portugal para avaliar a sua participação numa eventual missão de paz internacional a enviar para a região.

"Estamos perante uma crise que exige a afirmação de uma dimensão estratégia político-militar da União Europeia como nunca teve no Médio Oriente", salientou Luís Amado, num debate parlamentar sobre o conflito no Líbano, considerando ser "imperativo preservar a coesão a nível europeu".

Questionado pelos partidos sobre a posição do Governo acerca do conflito, nomeadamente acerca de um cessar-fogo imediato, o ministro dos Negócios Estrangeiros reiterou que "só no quadro da União Europeia Portugal tem alguma relevância".

"Não tendo Portugal, como não teve no passado, um envolvimento unilateral nos processo de paz no Médio Oriente, temos de ter a noção clara de que se temos responsabilidades a exercer as temos de exercer no quadro da União Europeia", insistiu.

Luís Amado recordou que foi iniciativa do Governo o pedido de uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25 para discutir a situação no Líbano, marcado para a próxima terça-feira, e salientou que "se há iniciativa que faz sentido é puxar pela Europa do ponto de vista estratégico".

Na sua intervenção inicial, o ministro, que assumiu a pasta no passado dia 3 substituindo no cargo Freitas do Amaral, sublinhou que "a extensão e complexidade do conflito exigirão uma presença militar capaz de assegurar a estabilidade da fronteira israelo-libanesa e de garantir um cessar-fogo credível".

"A legitimação, em todos os seus aspectos, de uma força multinacional com tal natureza cabe indiscutivelmente ao Conselho de Segurança [das Nações Unidas]", enfatizou.

Luís Amado reiterou ainda, perante a Assembleia da República, a disponibilidade do Governo para "avaliar" a composição e modalidades da componente europeia de uma futura missão de paz. "O Governo manifesta, perante a Assembleia da República, a sua disponibilidade para avaliar, em articulação com os demais membros da União, a composição e as modalidades da componente europeia de uma futura missão de paz, aceite pelas partes e pelos principais parceiros regionais", disse, frisando que Portugal "não pode ignorar" as responsabilidades que terá quando assumir a presidência da União Europeia no segundo semestre de 2007.

Oposição divida quanto a participação portuguesa

A posição firme do ministro contrastou com a divisão entre os partidos da oposição sobre uma eventual entrada de Portugal numa missão de paz no Líbano, com o PSD e CDS-PP a manifestarem um apoio de princípio e o PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes” a rejeitaram categoricamente a hipótese.

"Portugal não pode estar de fora desta oportunidade para a paz. É importante que, num consenso institucional entre a Assembleia da República, o Presidente e o Governo, Portugal possa manifestar a sua disponibilidade", sustentou o deputado do PSD Henrique de Freitas, ressalvando que o seu partido reservará a sua "posição final" para quando ficar definido o mandato e a composição de uma futura missão no território.

Pelo CDS-PP, o vice-presidente da bancada Mota Soares sublinhou que os democratas-cristãos não são, "à partida", contra a presença portuguesa numa força de paz na região, no quadro de uma resolução das Nações Unidas. "Mas temos de perceber se essa missão é prioritária para o Governo e se afectará ou não a participação portuguesa em outros cenários. Reservamos a nossa posição para o futuro, quando estas questões estiverem definidas", afirmou.

Muito mais críticos foram os partidos à esquerda do PS, com o deputado do PCP António Filipe a acusar o Governo de não ter posição sobre o conflito israelo-libanês e de adoptar uma atitude de "seguidismo" em relação à União Europeia. "O Governo abstém-se de tomar posição, de reivindicar de imediato o cessar-fogo e diz-se disponível para participar numa força que ninguém sabe ao certo o que será", criticou António Filipe, sublinhando que o PCP não apoiará o envolvimento de militares portugueses nestas condições.

Também o Bloco de Esquerda, pelo seu líder parlamentar Luís Fazenda, lamentou não ter ouvido de Luís Amado "uma palavra de condenação pela agressão de Israel ao Líbano". "Nós sabemos que o Governo português pediu uma reunião extraordinária da União Europeia, mas não sabemos o que vai defender nesse debate, a não ser manifestar a sua disponibilidade, uma espécie de guia de marcha antecipada para que os soldados portugueses participem numa força eufemisticamente chamada de mecanismo de estabilização", criticou Fazenda.

Na mesma linha, a deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia exigiu do Governo como "pressuposto mínimo" a condenação de Israel e rejeitou a participação portuguesa numa força militar no Líbano.

Em resposta, o ministro Luís Amado acusou os partidos que se manifestaram contra de terem uma "posição vazia" e anti-americana. "Não se pode pedir aos Estados Unidos que fiquem fracos, pede-se é aos europeus que fiquem fortes", defendeu, sublinhando que uma diplomacia europeia que não assente também na força militar europeia "é inconsequente".

Pelo PS, Vera Jardim criticou igualmente "alguma esquerda parlamentar" por não perceber que "muita da política externa portuguesa se faz no quadro da União Europeia", mas deixou também algumas interrogações.

Vera Jardim salientou que existe alguma "turbulência" nas posições dos vários países europeus sobre o conflito, nomeadamente se o cessar-fogo deve ser imediato e prévio às negociações, ou se as negociações devem preceder o fim das hostilidades.



http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1265450&idCanal=15
 

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Marauder

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« Responder #31 em: Julho 27, 2006, 09:28:02 pm »
Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
A ETA só atacava elementos ligados ao governo espanhol, no entanto são considerados terroristas. Até a OLP, que basicamente estava a fazer aquilo que voce disse dos franceses na 2ª guerra mundial, foi considerada terrorista durante muito tempo.
Matar membros de um governo democraticamente eleito para tentar alterar o rumo decidido pela maioria nao sera terrorismo? No minimo, a ETA e' uma organizacao criminosa, e, como tal, sem qualquer legitimidade.
Só estás a pintar um lado da história...como já te tinha dito, há que olhar para as causas...que eu saiba o governo espanhol não ofereceu referendum para independencia/autonomia alargada aos bascos..que eu saiba o governo até rejeita o partido político da ETA, e tem uns 600 presos prisioneiros que são "bem tratados", segundo a info do Redwarrior.

Felizmente agora sim o governo decidiu começar a dialogar, e a ETA vai provavelmente meter as armas de lado. Não é terrorismo censurar a auto-determinação de uma nação, de um povo inteiro? Não podemos somente falar de um lado, temos que ver ambos. Ou será que a ETA faz o que faz porque lhes deu na moca?

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Os tchechenos, quando atacavam apenas alvos militares eram considerados terroristas pelos russos, mas freedom fighters por muita gente.
Nao acho que tenham legitimidade para atacar quem quer que seja... civil ou militar...
Curioso..como adoptas uma postura em que toda a luta, desde que pacífica é toleravel, mas qualquer postura militar é condenável e rotulada de terrorismo. Suponho que Israel esteja a dialogar em vez de usar as armas.....ah..pois...os outros são terroristas logo essa ideia não se levanta.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Estar a tentar lutar pela libertação do Curdistão, não é terrorismo...é apenas outro caso similar ao israelita.
Depende das tacticas usadas... quando se recorre ao terrorismo, e'-se terrorista...

Citação de: "Marauder"
Lutar pela criação de um estado palestiniano com capital em Jerusalém e o retorno das Quintas de Sheeba ao Líbano não é terrorismo.
Mais uma vez... depende da forma como essa luta e' feita.

Quando se recorre ao terrorismo é-se terrorista, quando se recorre à luta armada contra o estado...é-se terrorista né? Então coitado dos EUA e Russia...sempre a ajudar grupos terroristas..

 :roll:

Citação de: "Azraael"
O que eu queria dizer (e talvez nao me tenha explicado bem) e' que a ideia fundamental de liberdade e' a mesma... a ideia que o individuo comum tem e' semelhante... podem ter algumas variacoes do genero "liberdade so para os fieis ao governo" ou "lberdade so para os de determinada raca/etnia/religiao/etc"... mas a ideia por detras e' (parece-me) ser a mesma. E' aqui tambem que entra a questao da igualdade, ao permitir alargar o "grupo" que dispoe dessa mesma liberdade.
Hum, talvez no fundo desses segmentos da sociedade até é relativamente similar, as chamadas "basic assumptions" das culturas, mas essas são difíceis de avaliar do nosso ponto de vista. Somente através de estudos antropológicos bem realizados. E, as "correntes" que prendem os outros grupos pouco afortunados....ainda vão durar algum tempo a desaparecer..se é que vão desaparecer. Ao menos as mulheres estão a ganhar direitos lá para as democracias do golfo pérsico. Menos mal.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Restrições? Patriot Act....é isso e eu receber correio que foi fiscalizado pelo governo americano ehehe.. :wink:

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Semi-exacto....se queres ter turismo tens que ser conhecido..
Tanto podes ser conhecido como "Portugal" ou como o "cantinho sudoeste da Europa"...
Pois, mas nós gostamos de ser reconhecidos como portugueses, não como o povo do sudoeste da Europa, ou "um dos muitos povos..".

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Eu não gostaria que a Europa se arma-se outra vez em imperialista e tentasse substituir os EUA...e daí...com a queda de impérios, outros surguem...
Prefiro um "imperio" europeu a um Imperio Chines... (as aspas e a falta delas e' propositada).
Ora aí está uma ideia com que concordo mais. Mas mesmo assim prefiro a harmonia japonesa, tal como a suiça. A China só se tornará num império se se decidir em imitar os EUA...espalhar bases pelo mundo, interferir em uma boa parte dos conflictos...umas vezes por armas, outras com diplomacia, outras por operações secretas..

Mas realmente um imperio europeu ou mesmo à continuação do americano será melhor que um chinês, nisso dou-lhe razão.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
O Euro mais facilmente fica moeda de toda a UE, do que esta federal.
Sem duvida.. A "universalidade" (dentro do "Universo" europeu) do Euro e' um dos requisitos fundamentais.
O mal é que a moeda única para a UE inteira está agora um pouco mais distante. A vaga de cepticismo deve ter feito os ingleses se aproximarem mais da Libra do que já tavam. Mas a Eslovénia já vai adoptar o Euro para o ano penso eu.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Ok, os Estados normalmente não tem fim [Hoje em dia]...daí o facto de a dívida pública ter risco zero. Os impérios sim...impérios significam domínio sobre outros, e pronto...são campos muito dinamicos, eventualmente são criados, e mais tarde eliminados.
Nao acho que, na practica, existam imperios actualmente... (exceptuando a "tecnicalidade" do caso Japones que ainda tem o titulo de Imperador).

Substitua a palavra império por superpotência, penso que vai dar à mesma coisa :wink:
 

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Marauder

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« Responder #32 em: Julho 27, 2006, 09:44:59 pm »
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O novo rosto do terrorismo
Alexandra Prado Coelho
Para os americanos é a rede de Bin Laden, para os russos são os separatistas tchetchenos, para os turcos são os guerrilheiros curdos, para Israel são os radicais palestinianos. Ninguém consegue concordar numa definição absoluta de terroristas. Como é que se trava então uma "guerra contra o terrorismo"?


O problema coloca-se muitas vezes aos jornalistas. A organização basca ETA deve ser apelidada de terrorista? E o IRA, na Irlanda do Norte? Ou o termo deve aplicar-se apenas aos grupos dissidentes do IRA? O Abu Sayyaf nas Filipinas? É um grupo de guerrilha? Deverão ser chamados separatistas? E quanto aos bombistas suicidas palestinianos? Apesar de usarem métodos terroristas não devem ser chamados terroristas porque têm uma causa que grande parte do mundo considera justa e porque não têm alternativas de combate?

As opiniões divergem. Os mesmos que defendem que determinado grupo é terrorista, recusam-se a usar a expressão quando se trata de outro. "Tal como a beleza, o terrorismo está nos olhos de quem o vê", escreve Grenville Byford na "Foreign Affairs". Mas afinal, não se cansam de repetir os EUA, estamos numa "guerra contra o terrorismo". O que é que estamos realmente a combater? Para os americanos é a Al-Qaeda, para os israelitas são os grupos palestinianos radicais, para os russos são os tchetchenos, para os argelinos são os islamistas armados. Se quisermos encontrar um critério é preciso começar pela definição - e esta está também longe de ser consensual.

O dicionário de Inglês de Oxford descreve um terrorista como "alguém que tenta impor os seus pontos de vista através de um sistema de intimidação coerciva (...) O termo aplica-se geralmente aos membros de uma organização clandestina ou estrangeira que pretende pressionar um governo legítimo através de actos de violência contra ele ou os seus súbditos".

Um dos problemas desta definição é excluir o chamado "terrorismo de Estado". O Departamento de Estado norte-americano também não refere o terrorismo de Estado, o que se, por um lado facilita a vida aos EUA e aos seus aliados, por outro torna mais difícil acusar outros Estados "inimigos" ou "hostis". O problema foi contornado com outra definição, que permite até às Administrações norte-americanas a elaboração de uma lista: a dos "Estados que apoiam o terrorismo".

Outro problema do dicionário de Oxford é que, quando passa para os exemplos, cita casos como o da Resistência francesa durante a II Guerra Mundial, o Congresso Nacional Africano (ANC) na África do Sul, os nacionalistas irlandeses ou os cipriotas gregos.

Depois do 11 de Setembro, também a União Europeia (UE) quis adaptar a sua legislação à nova luta contra o terrorismo, mas deparou-se com o problema da definição dado que muito poucos países tinham definido terrorismo nas suas leis nacionais. A legislação adoptada pelos Quinze traça uma longa lista de crimes que podem ser considerados terroristas, desde os assassínios e raptos até ao uso de substâncias de contaminação ou às interferências em sistemas de computadores.

Mas a UE não define os objectivos por detrás das acções terroristas, como podendo ser políticos, ideológicos ou religiosos (é isso que distingue um terrorista de um hooligan, no caso do futebol, ou do membro de uma organização mafiosa). E não faz, por exemplo, uma distinção que é frequentemente utilizada: a de os alvos do terrorismo serem civis ou militares. Há quem defenda que quando os alvos são militares se trata de uma acção legítima de combate ou de guerrilha.

Veja-se o caso da Palestina. Alguns defendem que uma acção pode ser considerada terrorismo se se tratar de um bombista suicida que mata dezenas de pessoas num mercado. Mas, já não será terrorismo se for um ataque contra soldados israelitas. Outra distinção possível tem a ver com o espaço físico do ataque: dentro dos territórios ocupados é "resistência", dentro de Israel é "terrorismo", defendem outros. Mas há também quem argumente que, não tendo os palestinianos outros meios de se defenderem, qualquer acção é "resistência". O caso da ETA, por exemplo, é mais polémico, porque são muito menos os que pensam que se trata de uma causa justa, em que os fins justificariam os meios.

Uma das características principais do terrorismo, de acordo com os peritos, seria o facto de os alvos serem aleatórios. Sendo que o objectivo principal é a intimidação, a possibilidade de qualquer pessoa ser uma potencial vítima cria um clima de terror que serve precisamente o objectivo dos terroristas.

O exemplo mais evidente é o do 11 de Setembro, que criou nos americanos a sensação de total vulnerabilidade e o receio de que qualquer pessoa possa ser morta a qualquer momento através de um método inesperado e surpreendente. Mas o mesmo se passa em Israel, onde as pessoas têm medo de frequentar os cafés, de andar de autocarro ou de entrar num centro comercial.

Quase todas as pessoas reconhecem um atentado terrorista quando vêem um. O problema está em dar-lhe esse nome quando sabem quem o cometeu ou em nome de que causa foi cometido. Costuma dizer-se que o "terrorista" para um Estado é o "combatente pela liberdade" para outro.

A dificuldade em encontrar uma definição filosófica - que ultrapasse uma tipologia dos crimes que podem ser considerados terrorismo - leva a constatações cínicas como a de Brian Whitaker, que escreve no "Guardian" que "talvez a mais simples e honesta definição de terrorismo seja esta: é a violência cometida por aqueles que nós não aprovamos".

Ou, dito de forma menos cínica, por Grenville Byford na "Foreign Affairs": "A maior parte de nós não fará um julgamento moral de qualquer combatente sem ter em conta os fins que ele pretende alcançar. Aos combatentes com uma causa bastante decente podem ser perdoadas muitas coisas. Aos combatentes com objectivos nobres e sem alternativas pode, até, ser perdoado tudo".


Do outro tópico...(obrigado Ricardonunes :wink: )

Caro Azraael, como sabes, eu condeno ambos os lados. Talvez possa dizer que sou mais favoravel a Israel por ter uma sociedade mais similar com a nossa, mas também por isso não seria de esperar uma outra postura? Afinal estamos a comparar acções de um "estado democrático" com um grupo terrorista. Mas isto já foi falado.

Repito esta notícia para explicar o meu ponto de vista...de que as coisas mais básicas devem ser postas em causa. Mas pronto, voce pode-se manter fiel à sua visão. Eu concordo 100% com este texto...e com a definição final...."são aqueles que estão contra nós"...

Afinal...tudo não passa de relatividades...(tal como os princípios e tudo..o conceito universalmente aceite ainda está longe de ser definido, e mais do que tudo..implementado e interiorizado pelos países).

Cumprimentos
 

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Azraael

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« Responder #33 em: Julho 27, 2006, 10:03:27 pm »
Citação de: "Marauder"
Só estás a pintar um lado da história...como já te tinha dito, há que olhar para as causas...que eu saiba o governo espanhol não ofereceu referendum para independencia/autonomia alargada aos bascos..que eu saiba o governo até rejeita o partido político da ETA, e tem uns 600 presos prisioneiros que são "bem tratados", segundo a info do Redwarrior.
Em portugal basta recolher alguns milhares de assinaturas para se obrigar o parlamento a convocar um referndo... e' diferente em espanha?

Citação de: "Marauder"
Não é terrorismo censurar a auto-determinação de uma nação, de um povo inteiro? Não podemos somente falar de um lado, temos que ver ambos. Ou será que a ETA faz o que faz porque lhes deu na moca?
Os espanohois nao tem auto-determinacao? Nao elegem quem querem, quando querem? A independencia do pais basco faz tanto sentido quanto a independencia da Grande Nacao Portuense... ( Puerto e' uma Nacaum, carago!)

Citação de: "Marauder"
Suponho que Israel esteja a dialogar em vez de usar as armas.....ah..pois...os outros são terroristas logo essa ideia não se levanta.
Israel esta a responder a um acto de guerra cometido por um grupo terrorista... nada mais.

Citação de: "Marauder"
Quando se recorre ao terrorismo é-se terrorista, quando se recorre à luta armada contra o estado...é-se terrorista né?
Quando se esta numa democracia, sim.

Citação de: "Marauder"
Então coitado dos EUA e Russia...sempre a ajudar grupos terroristas..
Tambem e' verdade... e estao agora a pagar o preco.

Citação de: "Marauder"
Senão até os EUA neste momento não seriam mais que uma parte do Reino Unido...então...revoltaram-se contra o país colonizador, segundo a tua ideia, nós restantes europeus poderiamos ter intervido para repor a ordem...vai aí uma coisa bonita nessa lógica!!
Podiamos ter intervido... mas a confusao por lados britanos se calhar dava-nos algum jeito.

Citação de: "Marauder"
Tal como a invasão do Iraque é perfeitamente justificada com a necessidade americana de proteger aquela fonte de petróleo.
A justificacao e' precisamente essa... E condeno mais as nacoes unidas e afins por o terem permitido do que aos EUA por o terem feito.

Citação de: "Marauder"
Evita a pergunta. Mas se quer saber, é a opinião de quem mora aí, e mais, quem mora aí desde sempre. Aliás, se não fosse ele a explicar-me porque é que o envelope tinha demorado tanto tempo e vinha com uns traços a preto não perceberia. Isso e outras que ele me contou...o resto vi na televisão...Patriot Act :wink:
Posicoes de dominancia na cena internacional sempre existiram e sempre existirao... ja fomos nos, os Espanhois, os Ingleses, etc... agora sao os americanos, amanha, (espero) uma uniao europeia federal ou uma china ou india...Sao coisas naturais.
 

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« Responder #34 em: Julho 27, 2006, 10:47:07 pm »
Citação de: "Azraael"
Em portugal basta recolher alguns milhares de assinaturas para se obrigar o parlamento a convocar um referndo... e' diferente em espanha?
Talvez..não vivo lá :roll:

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Não é terrorismo censurar a auto-determinação de uma nação, de um povo inteiro? Não podemos somente falar de um lado, temos que ver ambos. Ou será que a ETA faz o que faz porque lhes deu na moca?
Os espanohois nao tem auto-determinacao? Nao elegem quem querem, quando querem? A independencia do pais basco faz tanto sentido quanto a independencia da Grande Nacao Portuense... ( Puerto e' uma Nacaum, carago!)
Caso não saibas a Espanha é um agregado de povos, ou nações. Oficialmente ainda só há duas - Catalunha e o resto :?

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Quando se recorre ao terrorismo é-se terrorista, quando se recorre à luta armada contra o estado...é-se terrorista né?
Quando se esta numa democracia, sim.
Depende da democracia...não estou a ver a Russia a deixar a Chéchénia fazer um referendum para a independencia (em 92). Outros casos existem.

Mas concordo que numa democracia ocidental a via pelas armas é despropositada, visto que o Estado tem o dever de escutar a sua população. Só uma nuance, numa federação, se um Estado quiser se desvincular, está proibido de fazer pelo Estado federal.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Senão até os EUA neste momento não seriam mais que uma parte do Reino Unido...então...revoltaram-se contra o país colonizador, segundo a tua ideia, nós restantes europeus poderiamos ter intervido para repor a ordem...vai aí uma coisa bonita nessa lógica!!
Podiamos ter intervido... mas a confusao por lados britanos se calhar dava-nos algum jeito.
É verdade, mas hoje podemos classificar os que querem ser independentes como os americanos o foram, de terroristas. Vai explicar isso a Tblisi, que a malta de lá vai ficar super agradecida!!

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Tal como a invasão do Iraque é perfeitamente justificada com a necessidade americana de proteger aquela fonte de petróleo.
A justificacao e' precisamente essa... E condeno mais as nacoes unidas e afins por o terem permitido do que aos EUA por o terem feito.
Mais uma falta de lógica da tua parte. Então tudo o que é lutar pela auto-determinação pelas armas é terrorismo, mas invadir um outro estado soberano é legítimo com o intuito de apenas roubar as suas matérias primas? Como tenho dito, devias ter estado lá com o Hirohito e Hitler, eles também gostavam dessas ideias. Acho este o aspecto mais gritante da tua falta de lógica. A invasão de qualquer estado apenas por interesses nacionais...

Fica sabendo que até os EUA já devolveram o canal do Panamá..

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Evita a pergunta. Mas se quer saber, é a opinião de quem mora aí, e mais, quem mora aí desde sempre. Aliás, se não fosse ele a explicar-me porque é que o envelope tinha demorado tanto tempo e vinha com uns traços a preto não perceberia. Isso e outras que ele me contou...o resto vi na televisão...Patriot Act :wink:

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Azraael"
Nao acho que, na practica, existam imperios actualmente... (exceptuando a "tecnicalidade" do caso Japones que ainda tem o titulo de Imperador).
Substitua a palavra império por superpotência, penso que vai dar à mesma coisa :wink:
Posicoes de dominancia na cena internacional sempre existiram e sempre existirao... ja fomos nos, os Espanhois, os Ingleses, etc... agora sao os americanos, amanha, (espero) uma uniao europeia federal ou uma china ou india...Sao coisas naturais.

Verdade, já tinha dito que os imperios tão depressa se vem, tão depressa se vão. Embora o efeito que eles tenham para o país possa ser muito duvidosa. (de Empire of Debt). No caso americano basta somente ver o custo da guerra....que eu no outro dia referi num outro post..uns milhões por dia, somente pelo Iraque e A-stan..
 

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typhonman

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« Responder #35 em: Julho 27, 2006, 10:54:07 pm »
Eu votei Não, pois penso que não estão reunidas as condições em termos de material e mesmo de opinião pública para aceitar baixas no TO.

O que vamos enviar para proteger os nossos soldados?

 :arrow: PANDUR?

  Ainda não temos nehum, além disso as lagartas podem ser uma factor decisivo entre a vida e a morte dos ocupantes do veículo.

 :arrow: Hummers com blindagem?

 Não, é sabido que o Hezbolah possui misseis anti-carro com dupla ogiva e bastantes RPG, os propios Israelitas mandam para a linha da frente os acharitz.

 Se alguem vir algum veiculo que porporcione segurança aos nossos soldados que me diga.
 

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Marauder

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« Responder #36 em: Julho 27, 2006, 10:56:11 pm »
Citação de: "Typhonman"
Se alguem vir algum veiculo que porporcione segurança aos nossos soldados que me diga.


Uns Dingo 2 seriam bem-vindos!!

Penso que o mercado tem muitos veículos que possam fazer o serviço..
 

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Azraael

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« Responder #37 em: Julho 27, 2006, 11:01:11 pm »
Citação de: "Marauder"
Mas pode-se mandar os capangas dos GAL atrás né? Que esses não praticam terrorismo de estado. Ah pois, este conceito não existe :lol:
(33% favored Basque independence, 31% federalism, 32% autonomy, 2% centralism.) 2004, dados do País Basco espanhol apenas. http://en.wikipedia.org/wiki/ETA#Social_support
Verdade, e provavelmente não existe nenhuma nação chamada Catalunha né?
A espanha e' um estado...  e todos os seus cidadaos sao livres e iguais... nao vejo qual o drama. Nunca percebi que problema e' que o Bascos tem em ter um passaport a dizer "Espanha"...

Citação de: "Marauder"
Motivado por uma ocupação ilegal, que em qualquer outro país é também um acto de guerra. Isto assim é um ciclo vicioso..ficamos sempre a falar do mesmo :wink:
A minha identidade e cultura nao estao dependentes de Portugal ser um pais ou uma regiao...
 

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typhonman

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« Responder #38 em: Julho 27, 2006, 11:06:09 pm »
Marauder, a 1 milhão de euros cada um, não me parece que o nosso governo vá na cantiga.

Se for-mos, das duas uma, ou pedimod material bem blindado a alguem, ou vamos para lá de mãos a abanar a espera que os "bondosos" resistentes "não terroristas" nos tratem com delicadeza..
 

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Marauder

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« Responder #39 em: Julho 27, 2006, 11:29:40 pm »
Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Caso não saibas a Espanha é um agregado de povos, ou nações. Oficialmente ainda só há duas - Catalunha e o resto :?
Que ocupacao ilegal?
Pois, depende do ponto de vista que se tenha da declaração de Balfour.

Mas agora que me lembro isso já são águas passadas, a OLP reconheceu Israel, e Israel só ainda não reconheceu o estado palestiniano por causa do processo estar morto. Agora Hezbollah e Hamas esses é que são um retrocesso ao não reconhecerem o direito à existencia de Israel.

Citação de: "Marauder"
Depende da democracia...não estou a ver a Russia a deixar a Chéchénia fazer um referendum para a independencia (em 92). Outros casos existem.
Talvez... mas depois de recorrerem ao terrorismo essa opcao foi posta definitivamente de parte.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Só uma nuance, numa federação, se um Estado quiser se desvincular, está proibido de fazer pelo Estado federal.
As leis do estado federal podem ser mudadas...
Se as comadres deixarem. O único caso que conheço, e que é falado a nível internacional é a guerra da secessão americana.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Mais uma falta de lógica da tua parte. Então tudo o que é lutar pela auto-determinação pelas armas é terrorismo, mas invadir um outro estado soberano é legítimo com o intuito de apenas roubar as suas matérias primas?
Nao e' que eu te queira desiludir... mas sempre foi assim...
Eu penso que mudou um pouco com as Nações Unidas e com as superpotências.

Mas lá por ser feito não quer dizer que seja legal. E como tu não o negas, quer dizer que o aceitas.

Citação de: "Azraeel"
Citação de: "Marauder"
Pena é que não digas nada de novo, ou será que vais dizer que os meus amigos americanos são imaginários?
Eu tambem moro ca... provavelmente terei mais amigos ca que tu, nao? Talvez tenha algum conhecimento em primeira mao, nao?
Sim, verdade. Mas então porque é que foi o reboliço do Patriot Act? :wink: [/quote]A minha identidade e cultura nao estao dependentes de Portugal ser um pais ou uma regiao...[/quote]
A tua identidade e cultura não, mas talvez das gerações seguintes, mas isto já é especulativo. Pensava era que compreendias que, uma federação americana, australiana ou alemã não é a mesma coisa que uma federação europeia. Aliás, nos primeiros 2 casos, na realidade eu entendo mais que seja apenas um estado, que decidiu dividir o terreno em outros estados em vez de regiões (tendo uma visão europeia). Embora hoje em dia já seja possivel ver essas diferenças ( exemplo California - Texas), nunca chegarão ao nível de uma europa federal. Como podes imaginar, isto é um enorme set-back para quem defende a federação. E mesmo que tal ideia se concretize, será a raiz da sua queda.

Para concluir, no fim, quem decide são os portugueses e os restantes povos europeus, e como te disse, ainda existe muita reluntancia numa federação. Portanto, penso que o melhor é contentares-te com a americana.

Cumprimentos
« Última modificação: Julho 27, 2006, 11:33:46 pm por Marauder »
 

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Marauder

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« Responder #40 em: Julho 27, 2006, 11:32:39 pm »
Citação de: "Typhonman"
Marauder, a 1 milhão de euros cada um, não me parece que o nosso governo vá na cantiga.


Chama-me fino :mrgreen:

Penso que é o melhor que o mercado tem a oferecer.

Mas podemos conseguir veiculos parecidos por menos.

A África do Sul tem umas carripanas que até são jeitosas, e penso que não são muito caras. É claro que não é comparavel em termos funcionais com um Dingo, mas podia substituir as Iveco blindadas.
 

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Azraael

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« Responder #41 em: Julho 28, 2006, 12:18:12 am »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Azraael"
A espanha e' um estado...  e todos os seus cidadaos sao livres e iguais... nao vejo qual o drama. Nunca percebi que problema e' que o Bascos tem em ter um passaport a dizer "Espanha"...
Não deves ter visto as notícias acerca da Catalunha...a Catalunha, por constituição própria, é uma nação a partir de agora. Está é englobada dentro de Espanha.
Nao tou a ver o que tem uma coisa a ver com a outra... a catalunha por ter uma constituicao regional onde se apelida de nacao altera o facto de a espanha ser um estado soberano onde todos os cidadaos sao livres e iguais?

Citação de: "Marauder"
Eu penso que mudou um pouco com as Nações Unidas e com as superpotências.
Com uma ONU inoperante e com superpotencias incontestadas diria que ate se tornou ainda mais verdade...

Citação de: "Marauder"
Mas lá por ser feito não quer dizer que seja legal. E como tu não o negas, quer dizer que o aceitas.
Ha tanta coisa ilegal... tantas leis que nao passam do papel.

Citação de: "Marauder"
Sim, verdade. Mas então porque é que foi o reboliço do Patriot Act? :wink:
Porque o Patriot Act, nalguns casos, vai um pouco mais longe do que as pessoas esperavam... mas como disse, muitas leis nao passam do papel. E, especialmente nos EUA, os tribunais tem sempre uma palavra a dizer acerca da aplicacao das leis (como se viu recentemente no caso de guantanamo). E, acredita, que devido ao facto de ser estrangeiro, e trabalhar onde trabalho, sou um "alvo" do Patriot Act/vigilancia/o diabo a quatro, muito mais visivel do que o comum dos americanos.

Citação de: "Marauder"
Pensava era que compreendias que, uma federação americana, australiana ou alemã não é a mesma coisa que uma federação europeia.
Ambos os casos sao unioes administrativas e politicas... qual a diferenca?

Citação de: "Marauder"
Aliás, nos primeiros 2 casos, na realidade eu entendo mais que seja apenas um estado, que decidiu dividir o terreno em outros estados em vez de regiões (tendo uma visão europeia). Embora hoje em dia já seja possivel ver essas diferenças ( exemplo California - Texas), nunca chegarão ao nível de uma europa federal. Como podes imaginar, isto é um enorme set-back para quem defende a federação. E mesmo que tal ideia se concretize, será a raiz da sua queda.
Pelo contrario... diria que sao as diferencas que a tornarao forte...
 

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migbar2

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« Responder #42 em: Julho 28, 2006, 12:51:39 am »
Eu tenho de afirmar em boa consciencia o seguinte ao colega Marauder, o problema disto tudo é que ambos temos razão em muito do que dizemos, por isso é que esta "porra" é e sempre será tão difícil de solucionar!  :conf:
 

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« Responder #43 em: Julho 28, 2006, 07:04:13 am »
Citação de: "migbar2"
Eu tenho de afirmar em boa consciencia o seguinte ao colega Marauder, o problema disto tudo é que ambos temos razão em muito do que dizemos, por isso é que esta "porra" é e sempre será tão difícil de solucionar!  :conf:


É verdade, infelizmente a minha ideia é que o problema do Medio Oriente ainda está para ficar. Mesmo resolvendo o problema do Hezbollah haverá outros..

Secalhar se a malta tivesse aceitado a ideia do Hitler (relativamente a enviá-los para Madagáscar) teria sido mais fácil :twisted:
 

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Marauder

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« Responder #44 em: Julho 28, 2006, 07:32:37 am »
Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Azraael"
A espanha e' um estado...  e todos os seus cidadaos sao livres e iguais... nao vejo qual o drama. Nunca percebi que problema e' que o Bascos tem em ter um passaport a dizer "Espanha"...
Não deves ter visto as notícias acerca da Catalunha...a Catalunha, por constituição própria, é uma nação a partir de agora. Está é englobada dentro de Espanha.
Nao tou a ver o que tem uma coisa a ver com a outra... a catalunha por ter uma constituicao regional onde se apelida de nacao altera o facto de a espanha ser um estado soberano onde todos os cidadaos sao livres e iguais?
Eu também não disse que a Espanha era uma federação. Disse que é constituida por nações, umas mais reconhecidas que outras.

Olha, agora me lembrei de uma coisa. O caso de Montenegro deve ter criado jurisprudencia a nível mundial, e era uma federação. Logo é possivel também a "saida" pacífica de federações :wink: [/quote]Porque o Patriot Act, nalguns casos, vai um pouco mais longe do que as pessoas esperavam... mas como disse, muitas leis nao passam do papel. E, especialmente nos EUA, os tribunais tem sempre uma palavra a dizer acerca da aplicacao das leis (como se viu recentemente no caso de guantanamo). E, acredita, que devido ao facto de ser estrangeiro, e trabalhar onde trabalho, sou um "alvo" do Patriot Act/vigilancia/o diabo a quatro, muito mais visivel do que o comum dos americanos.[/quote] Lamento. Mas muita gente já sabia que isso ia a acontecer antes de a lei passar, por isso é que quando primeiro fez manchete nos jornais o Patriot Act ainda estava a ser apresentado. [Até na Alemanha houve uns que viram o verdadeiro terror que poderia ser Hitler :twisted: ]

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Pensava era que compreendias que, uma federação americana, australiana ou alemã não é a mesma coisa que uma federação europeia.
Ambos os casos sao unioes administrativas e politicas... qual a diferenca?
Em termos legais e administrativos é igual sim. Em termos culturais é completamente diferente. Estamos a falar de imensos países e diferentes culturas, que se batalharam durante muitos anos, não é assim tão simples como o EUA e a Austrália. Isto não quer dizer que não resulte, simplesmente que torna provavelmente muito mais difícil resultar. Se até os EUA tiveram uma guerra civil, e a Alemanha também no início quando era uma confederação...imaginar povos tão distintos como os da Europa, todos juntos...é um pouco arriscado. Mas como te disse, não quer dizer que não seja possivel a criação da federação. A minha ideia pessoal é que não irá acontecer, nos tempos mais próximos, e se acontecer, eventualmente se quebrará..

Citação de: "Azraael"
Pelo contrario... diria que sao as diferencas que a tornarao forte...
Ou que levarão à sua divisão. Exemplo: Tratado Constitucional (que eu até defendo, simplesmente defendo outro nome), Euro no RU. Aliás, a organização e processo de decisão de uma federação é diferente do actual. Penso que será um passo demasiado grande para nações tão velhas na Europa decidirem se fundir, e começarem a decidir a sua política de forma conjunta.

Relembro que a UE não foi criada para seguir a ideia de Churchill, apenas que, a origem das guerras estava nos recursos, e que a partilha destes, isto é, uma união económica traria paz e prosperidade. A integração política penso que traria tudo menos tranquilidade, mas isto é a minha opinião pessoal.