Maior acidente aéreo de sempre no Brasil

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Jorge Pereira

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Maior acidente aéreo de sempre no Brasil
« em: Julho 18, 2007, 02:56:42 pm »
Citação de: "Expresso"
Um avião da companhia aérea TAM despistou-se durante a aterragem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Lula da Silva já decretou luto nacional pelas 180 vítimas mortais do acidente.

Um avião despistou-se esta madrugada em São Paulo provocando a morte das 180 pessoas que levava a bordo. Entre os passageiros encontrava-se um cidadão português.
O avião da TAM derrapou na pista do Aeroporto de Congonhas, na zona Sul de São Paulo, atravessou a Avenida Washington Luís e colidiu com um edifício desta companhia aérea. A aeronave, um Airbus A320, partiu de Porto Alegre às 17h16 de ontem e chegou a São Paulo às 18h45 (hora brasileira).
As autoridades admitem que todos os 180 passageiros e tripulantes do avião morreram quando este se despistou, sendo já considerado o pior acidente aéreo em terras brasileiras. De acordo com o jornal 'Globo', o governador de São Paulo, José Serra, anunciou que não havia esperanças de encontrar sobreviventes, uma vez que a temperatura no interior dos destroços atingiu os 1000 graus centígrados.
Segundo o mais recente levantamento feito pela companhia aérea, estão também desaparecidos quatro funcionários que se encontravam no terminal de cargas quando se deu o acidente, enquanto uma outra funcionária que tinha sido resgatada do local acabou por morrer no hospital. O presidente Lula da Silva já decretou luto oficial de três dias no país em memória das vítimas do acidente.

Um português envolvido

De acordo com a TAM havia um cidadão português entre os passageiros. O gabinete de imprensa da companhia aérea já foi contactado por familiares do cidadão português e pelo Consulado de Portugal em S. Paulo a quem confirmaram que este tinha embarcado no Airbus A320.
A Secretaria de Estado das Comunidades disponibilizou um número de telefone especial para os portugueses que receiem que familiares seus figurem entre as vítimas do acidente aéreo possam obter informações. O número de telefone é 961.50.95.79.
A TAM também já activou um Programa de Assistência às Vítimas e Familiares e disponibilizou um número de telefone gratuito para o atendimento aos familiares dos passageiros e tripulantes do voo.

 :cry:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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zocuni

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Acidente
« Responder #1 em: Julho 18, 2007, 03:27:01 pm »
Tudo mal,

É infelizmente ao ver as imagens,parecia um bombardeamento aéreo,tal a devastação de criou.
Pelo que leio por aqui e ouço,infelizmente isto foi uma crónica de uma tragédia anunciada.Pista curta e lisa,enfim tudo poderia ser evitado.
E no mesmo dia,o Santos Dummont(Rio),teve um incêndio.Vive-se um caos aéreo no Brasil,o cenário está muito complicado.
Realmente um horror.
Pêsames para os familiares das vitimas.

Abraços,
zocuni
 

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Paisano

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« Responder #2 em: Agosto 01, 2007, 04:15:31 pm »
Diálogos Finais dos Pilotos do TAM 3054

Fonte: www.entrelinhas.globolog.com.br/

Citar
18h45

Cabine: Pista à vista

Cabine: Pergunte à torre sobre condições de chuva e se pista está escorregadia

Cabine: TAM em aproximação final

Torre: Está molhado e está escorregadio....
... TAM 3054 autorizado para pusar, a pista está molhada

Cabine: - Tira

18h48

- Retardar

Som do movimento do acelerar

Som do aumento do barulho do motor

- Reverso número um apenas

- Spolier nada

- Olhe isso

- Desacelera, desacelera

- Vai, vai

- Vira, vira

- Pára, pára

- Vira, vira

Som de barulhos de batida

- Ah, não

Pausa nos barulhos de batida, sons de gritos, sons de barulho de batida
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« Responder #3 em: Agosto 01, 2007, 04:16:03 pm »
EDITADO POR PAISANO: Peço a Moderação que este post seja deletado. Antecipadamente agradeço pela gentileza. :wink:
« Última modificação: Agosto 02, 2007, 05:41:55 pm por Paisano »
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N: «Falha humana provocou acidente da TAM»
« Responder #4 em: Agosto 02, 2007, 03:10:47 pm »
Citação de: "SIC Online"
Falha humana provocou acidente da TAM
As caixas negras do avião que se despistou em Congonhas (em São Paulo, Brasil) revelaram que na origem do acidente esteve uma falha humana.

De acordo com a análise às caixas, o piloto não conseguiu desacelerar o avião na aproximação à pista de Congonhas.

A origem do desastre, que acaba por ilibar tanto o governo brasileiro como a transportadora aérea, surge no diálogo que antecede o acidente. Durante 12 minutos os dois pilotos comentam que o avião só tinha o reverso esquerdo, enquanto a torre de controle informa que estava muito vento e que a pista estava escorregadia.
 
Logo depois ouve-se o som de um motor que não responde, seguindo-se um estrondo e um silêncio.

A decisão de divulgar os últimos minutos antes do acidente não foi consensual, só acontecendo depois da aprovação por voto dos deputados brasileiros.

Estes não tiveram acesso à gravação, apenas a uma transcrição em inglês do conteúdo das caixas. Numa sessão que deveria ser sigilosa, os deputados chamaram os jornalistas e abriram o cofre trancado, que pretende encerrar as dúvidas sobre o que provocou o acidente em São Paulo.

Aeroporto fechado

Entretanto, o aeroporto de Congonhas foi ontem encerrado por ordem da justiça brasileira.

O aeroporto vai ficar fechado até que esteja concluído o inquérito sobre as causas do acidente, que vitimou 199 pessoas.

De acordo com os procuradores que tomaram a decisão, as condições mínimas de segurança não estão garantidas.

02-08-2007 14:27
fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/Falha+humana+provocou+acidente+da+TAM.htm


Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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André

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« Responder #5 em: Agosto 06, 2007, 02:15:22 am »
Demolido edifício contra o qual colidiu avião da TAM

Citar
O edifício da empresa aérea brasileira TAM contra o qual colidiu um Airbus da própria companhia há mais de duas semanas, foi demolido hoje, anunciaram as autoridades locais.
Na demolição do prédio, cujas paredes calcinadas pelo incêndio que se seguiu ao acidente ameaçavam desmoronar desde o dia da tragédia, foram utilizados 75 quilos de explosivos.

No local será construída uma praça em memória das cerca de 200 vítimas mortais do acidente, 187 delas ocupantes do avião e os restantes funcionários que trabalhavam no edifício, sede da subsidiária TAM Express.

Entretanto, no Sábado, o Governo brasileiro anunciou mudanças na liderança da Infraero, a empresa estatal responsável pela administração de todos os aeroportos do país, na sequência da actual crise aérea.

O presidente da empresa, o brigadeiro José Carlos Pereira, será substituído segunda-feira pelo actual responsável pela Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Maurício Britto Gaudenzi.

No dia 17 de Julho, o avião da TAM despistou-se quanto tentava aterrar no aeroporto de doméstico de Congonhas, colidindo em seguida com o edifício, que estava localizado ao lado da pista, no maior acidente aéreo da história brasileira.

Apenas 157 vítimas foram identificadas até ao momento, porque a maioria dos corpos ficou calcinada, o que dificulta a identificação, segundo as equipas responsáveis.

Diário Digital / Lusa

 

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Paisano

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« Responder #6 em: Agosto 07, 2007, 02:53:29 pm »
O que derrubou o avião da TAM

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Citar
De Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de S. Paulo, hoje:

"Os pilotos Kleyber Lima e Henrique Di Sacco sabiam o que fazer com um reverso travado, tanto que pousaram sem problemas naquele mesmo dia 17 de julho em Porto Alegre. Teriam desaprendido poucas horas depois, a ponto de colocar um manete em aceleração e outro em reverso? Improvável. Ou teriam esquecido que um estava travado? As falas na cabine mostram que não.

Se eles lembravam e sabiam o que fazer, como se pode cravar falha humana? Ou só falha humana? Desconfia-se também de defeito de projeto do Airbus-A320 e de falha de manutenção da TAM, que, somados, teriam induzido os pilotos a erro, como disse à Folha o brigadeiro J. Carlos Pereira (ex-Infraero) -o primeiro, aliás, a admitir problemas no reverso.

E o chefe do Cenipa (o centro de investigações de acidentes aeronáuticos), o também brigadeiro Jorge Kersul Filho, já tinha criticado "o fabricante" na Folha por não ter tomado providências reais depois de acidentes anteriores. Uma "guerra dos grandes", definiu. O Airbus já protagonizou acidentes em outros países na condição de reverso travado. E o Airbus específico de Lima e de Di Sacco, além de defeito no reverso, teve antes problemas no trem de pouso, aquecimento anormal, puxou para um lado num pouso. Mas... continuou voando até explodir no choque com o prédio da própria companhia.

Se houve falha humana, pode ter sido também dos que projetaram o avião, dos que não o reavaliaram com os acidentes, dos que permitiram que voasse apesar de tantos "gritos" mecânicos e dos que insistiram em pousar, mesmo assim, com um passageiro a mais e tanque cheio, em pista molhada e curta. Além da falha do responsável pela fiscalização -o Estado.

A diferença é que a maioria deles tem meios poderosíssimos para se defender. Mas quem morre cala, e quem cala consente."
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« Responder #7 em: Agosto 09, 2007, 11:04:33 pm »
Pilotos do Airbus não tinham confirmação de pista escorregadia

Citar
A gravação dos últimos minutos do diálogo entre os controladores aéreos e os pilotos do Airbus A-320 da TAM revela que não houve um alerta antecipado sobre a pista escorregadia.

Um dos trechos do audio, divulgado hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a crise aérea brasileira, mostra uma controladora a informar a aeronave que a pista está molhada por causa da chuva, mas sem indicação de que estaria escorregadia.

«Chuva leve contínua. A pista está molhada, mas ainda não foi reportada que está escorregadia. Curva para a direita», disse a controladora ao piloto da TAM.

Somente pouco antes das rodas das aeronave tocarem o chão, os pilotos do Airbus A-320 teriam sido avisados que a pista estava escorregadia.

A gravação comprova ainda que os pilotos não fizeram qualquer menção a problemas no voo.

O instante final da gravação não foi divulgado ao público, numa decisão dos deputados em respeito aos familiares das vítimas.

A chamada CPI do Apagão Aéreo ouviu hoje também os depoimentos dos controladores aéreos que trabalhavam no aeroporto de Congonhas no dia do maior desastre da aviação brasileira, a 17 de Julho.

Um dos controladores admitiu que a velocidade do avião estava alta no momento do pouso. «A velocidade me chamou a atenção. Eu esperava uma manobra, mas ele manteve a velocidade até o final», disse Celso Domingos Alves.

A aeronave acabou por chocar contra um prédio da própria companhia TAM, antes de explodir.

Das 199 vítimas do acidente, 178 já foram identificadas. O trabalho de identificação é complexo, porque muitos corpos foram carbonizados.

Lusa/SOL

 

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« Responder #8 em: Agosto 12, 2007, 03:27:16 pm »
Por que Lula demorou 73 horas a falar sobre o acidente*

Fonte: www.folha.com.br

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Falta de informação segura sobre a causa do acidente da TAM. Receio de que palavras suas pudessem ser interpretadas por familiares dos mortos como tentativa de se eximir de eventual responsabilidade ou de mostrar solidariedade apenas por cálculo político. Decisão de anunciar medidas concretas em resposta à crise aérea, que ganhava então sua feição mais dramática.

Evitar conflito com setores da oposição e da mídia que apontavam culpa do governo por conta da suspeita de pista lisa em tempo chuvoso. Inflamação da pálpebra no dia seguinte à tragédia que exigiu cirurgia, tapa-olho com gelo e sedativo que o fez dormir boa parte da tarde. Por último, dificuldade para lidar com a morte --tema que evoca lembranças dos falecimentos de sua primeira mulher, Maria de Lourdes, em 1971, e de sua mãe, Eurídice Ferreira de Melo, chamada de dona Lindu, em 1980.

Segundo integrantes da cúpula do governo, esse conjunto de razões levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a demorar 73 horas para se manifestar diretamente, em pronunciamento em rádio e TV, a respeito do maior acidente aéreo da história do Brasil.

A seguir, a reconstituição dos bastidores da reação inicial do presidente ao acidente com o Airbus-A320 da TAM, vôo 3054, que matou 199 pessoas ao sair da pista do aeroporto de Congonhas às 18h50 no dia 17 de julho.

Lula estava em seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto quando o brigadeiro Joseli Parente Camelo, chefe das missões aéreas da Presidência, lhe disse que um acidente acontecera no aeroporto de Congonhas. "O gabinete ficou cheio de gente em frente da televisão, num ambiente de velório e tensão", de acordo com um dos presentes.

Lula criou um gabinete de crise com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação de Governo), Waldir Pires (Defesa) e assessores, como o seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. Perguntas óbvias foram feitas pelo presidente. Quantos morreram? Havia sobreviventes? Causas?

Enviado para São Paulo, o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, conversaria com o presidente por telefone mais tarde e deixaria claro que a dimensão do acidente fora tremenda. Relatou que provavelmente não havia sobreviventes. A tese de "tragédia anunciada", levantada por jornalistas, políticos da oposição e pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, causou preocupação no gabinete de crise.

Segundo relato de auxiliares, Lula pediu "calma" em relação ao que foi chamado no Palácio do Planalto de "ataque furioso da imprensa". O presidente disse que o acidente seria investigado, que não adiantava ficar brigando e que não falaria enquanto não tivesse o mínimo de informação segura. Autorizou apenas a nota de pesar lida pelo porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach. O presidente e os ministros deixaram o Planalto depois da meia-noite.

No dia seguinte, Lula acordou com "um terçol do tamanho de um bonde", nas palavras de um auxiliar. De manhã, fez pequena cirurgia na pálpebra superior do olho direito. Antes de tomar sedativo, o presidente decidiu que precisava demitir Waldir Pires da Defesa rapidamente.

Autocrítica feita por Lula e toda a equipe: o governo demorou a entender a gravidade da crise aérea e errou ao não substituir Pires no final de 2006, quando o presidente já havia tomado a decisão de tirá-lo. O presidente aguardava um momento de trégua na crise aérea para trocar Pires, mas acabou demitindo-o nas piores circunstâncias possíveis para quem desejava preservá-lo pessoal e politicamente.

O presidente determinou que emissários voltassem a convidar para o cargo o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim, que já havia recusado a tarefa semanas antes da tragédia. (Dias depois, numa operação que envolveu amigos e até um oposicionista, Jobim aceitaria o cargo.)

Feita a cirurgia, o presidente foi para o Palácio do Planalto, onde deu as orientações para a nova tentativa de convencer Jobim a assumir a Defesa. Dirigiu-se por volta das 13h para o Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Sob medicação, Lula dormiu até o fim da tarde do dia 18 de julho, uma quarta-feira. No início da noite, o gabinete de crise voltou a se reunir no Palácio da Alvorada. Lula recusou sugestão de "mostrar presença solidária", indo ao local do acidente ou se manifestando pessoalmente. Julgou que poderia soar como ato de marketing. Optou por falar em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, mas somente depois de adotar medidas concretas e de ter alguma noção da causa do acidente.

Lula marcou reunião da cúpula do governo e do Conac (Conselho de Aviação Civil) para a manhã seguinte. Acelerou a adoção de medidas que estavam em estudo: fim de escalas e conexões em Congonhas em 60 dias, proibição de vôos fretados no aeroporto, redistribuição de vôos para outros aeroportos e apresentação em 90 dias de estudo sobre o local de novo aeroporto em São Paulo.

O texto do pronunciamento foi escrito por Franklin Martins, com sugestões do marqueteiro João Santana, de outros ministros e do próprio Lula. Na noite de sexta-feira, 20 de julho, mais de 73 horas depois da tragédia, Lula disse em cadeia de rádio e TV que estava com "o coração sangrando". Pediu que não fossem feitos julgamentos "precipitados".

Um amigo antigo de Lula conta que em poucos episódios o viu tão abatido. Diz que ele repetia um bordão nos dias posteriores à tragédia. "Nada do que a gente fizer vai resolver o principal: devolver a vida a essas pessoas".

De acordo com esse amigo, Lula lida mal com a morte. Dois episódios contribuiriam para isso. No ano de 1971, a primeira mulher, Maria de Lourdes, grávida de sete meses, chegou ao hospital com hepatite. Suposta negligência no atendimento resultou na morte dela e do bebê. Quando a mãe de Lula morreu, em 1980, ele estava preso devido a greve no ABC. Foi liberado pelo então delegado Romeu Tuma, hoje senador pelo DEM de São Paulo, para acompanhar o velório e o enterro. Depois, retornou ao Dops, órgão de repressão política da ditadura militar.

A tragédia da Airbus da TAM e a lembrança das mortes da primeira mulher e da mãe teriam deixado o presidente algo paralisado em alguns momentos.

*KENNEDY ALENCAR
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« Responder #9 em: Agosto 17, 2007, 09:01:14 pm »
Manifestações marcam um mês do acidente com o Airbus

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Manifestações assinalaram hoje, no Brasil, o primeiro mês sobre o acidente do Airbus A-320 da companhia TAM, no aeroporto de São Paulo, a maior tragédia da história da aviação brasileira, em que morreram 199 pessoas.
Em São Paulo, cerca de 2.000 pessoas, entre elas vários artistas, participaram numa homenagem às vítimas do acidente de aviação, promovido pelo «Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros».

Com o slogan «Cansei», este movimento, lançado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), está a protestar contra todos os factos que causam indignação à sociedade brasileira, como crise aérea, corrupção, violência e impostos excessivos.

Na abertura do evento na Praça da Sé, centro de São Paulo, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio em memória aos mortos no acidente, a que se seguiu uma celebração ecuménica. No final, os presentes entoaram o Hino Nacional.

Segundo o presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D`Urso, um dos criadores do «Cansei», o movimento é «apartidário», mas pretende «acordar o Brasil», para que cada cidadão se posicione e manifeste sua indignação de forma colectiva.

No Rio de Janeiro, em Porto Alegre e outras cidades do Rio Grande do Sul também decorreram manifestações em memória das vítimas do acidente com o avião da TAM.

Diversas hipóteses sobre as causas da tragédia foram levantadas, sendo a mais forte a de que o avião da TAM não travou devido a um erro no posicionamento de uma das duas alavancas que regulam o funcionamento das turbinas.

O alegado erro do comandante da aeronave teria feito com que as turbinas do Airbus funcionassem em sentidos opostos: enquanto a esquerda ajudava o avião a travar, como era desejado, a direita fazia acelerar, impedindo o aparelho de parar.

O acidente ocorreu às 18:50 horas de Brasília (22:50 horas de Lisboa) do dia 17 de Julho.

O Airbus A-320 da TAM que saíra de Porto Alegre chegou a pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas, sob chuva, mas não conseguiu parar.

A aeronave saiu da pista para chocar contra um prédio da própria TAM e explodir, matando as 187 pessoas que estavam a bordo e outras 12 que estavam no edifício e num posto de gasolina que também foi atingido pelo avião desgovernado.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #10 em: Setembro 10, 2007, 06:27:55 pm »
Local da maior tragédia da aviação brasileira será um parque

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O local da maior tragédia da história da aviação brasileira será transformado num parque, em São Paulo, com cerca de 7.300 metros quadrados, anunciaram hoje as autoridades locais.

A Praça dos Ipês Amarelos, como será chamada, ficará ao lado do aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país, em memória das 199 vítimas mortais do acidente com o Airbus da companhia TAM, entre as quais um cidadão português.

No dia 17 de Julho, o avião da TAM despistou-se quando tentava aterrar em Congonhas, colidindo em seguida com um edifício da própria companhia, ao lado da pista.

O local do acidente foi declarado de utilidade pública pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para a construção da praça projectada pelo arquitecto Marcos Cartum, com inauguração prevista para 2008.

A companhia aérea anunciou a doação do terreno, onde funcionava a sede da sua subsidiária de cargas, a TAM Express, para a construção da praça.

O projecto da praça foi desenvolvido após estudos de uma comissão formada por integrantes de diversos órgãos da Prefeitura de São Paulo, segundo um comunicado distribuído à imprensa.

Na demolição do prédio da TAM Express, cujas paredes calcinadas pelo incêndio que se seguiu ao acidente ameaçavam desmoronar, foram utilizados 75 quilos de explosivos, no dia 05 de Agosto.


Diário Digital / Lusa