Isso das garrafas de agua deve ser apenas a ponta do icebergue...
Mas não se admirem porque é assim em TODO o lado! Vimos o caso das messes da Força Aérea.
No Exército é mais do mesmo! Ou porque acham que existem tantos impedimentos para que se possa receber a alimentação a dinheiro?
Estava tudo a mamar na antiga Manutenção Militar! Então aqueles civis que lá trabalhavam eram os piores.
Agora a escala é mais pequena, mas continua.
O saco azul, é muito grande e sem fundo HSMW.
Nas unidades por onde passei, quando estava de Oficial de dia, nunca sobrava comida, enquanto houvesse pessoal que quisesse repetir e houvesse morfos, era até deixarem de querer mais.
Não foi uma nem duas nem três vezes que fui chamado á atenção por diversos 2ºs Cmdts das unidades, mas continuei a fazer sempre o mesmo.
Comigo como Oficial de dia, todo o pessoal de serviço comia todo no refeitório das Praças, e os cozinheiros de dia tinham ordens para alterar o menu, quando nos fins de semana, mandava fazer, bifes, e lá comiam satisfeitos havendo quem trocasse os serviços de piquete/guarda/reforço, quando sabiam que aqui o tenente estava escalado.
Poderia contar várias Estórias, mas deixo apenas aqui uma.
Um belo fim de semana em Vendas Novas depois de ter assistido ás pesagens dos generos para o dia seguinte, saí da cozinha em direcção ao Gab do Of de dia, e a meio do caminho notei que me tinha esquecido da esferográfica, dada pelo meu pai, e voltei atrás.
Quando estava quase a entrar na cozinha reparo que dois impedidos da cozinha, estavam a empurrar dois carrinhos com alguns fardos de bacalhau, dos que tinham sido pesados, de volta ao depósito dos géneros.
Claro que saiu logo uma caralhada da ordem e os dois praças ficaram brancos como a cal da parede, e quando perguntei para onde ia o bacalhau disseram-me que de volta ao deposito, por ordem do capitão, vagomestre da Escola.
Tudo ficou quieto que nem rato morto, e mandei chamar o cozinheiro para voltar a colocar o bacalhau onde deveria estar, e depois mandei chamar o furriel do piquete, com dois homens, ordenei que caso alguém retirasse, uma batata da cozinha as ordens eram para enfiar um tiro num pé/perna no portador da dita.
Claro está que no dia seguinte, depois do render da parada, lá foi o tenente chamado ao cmdt da unidade para esclarecer o sucedido, pois o sr capitão tinha-se queixado, mas coitado alguns dias depois foi agarrado por mim a tentar sair da unidade com o seu Ford Taunos, carregado até mais não e as consequências do não concretizado, desvio de bens, para o sr capitão do serviço geral, não foram nada meigas.
Desculpem a lenga lenga, mas é apenas para reforçar os comentários do HSMW, a história do gamanço repete-se !!
Abraços