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Conflitos => Conflitos do Futuro => Tópico iniciado por: 3520 em Outubro 30, 2005, 03:29:03 pm

Título: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: 3520 em Outubro 30, 2005, 03:29:03 pm
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Espanha: 71,4% dos catalães querem novo estatuto de autonomia

Para 71,4% dos catalães, é «necessário» um novo estatuto de autonomia da Catalunha, segundo uma sondagem do governo regional (Generalitat) divulgada este domingo pela imprensa espanhola.




De acordo com a sondagem, há 46,9% de habitantes da Catalunha «muito ou bastante satisfeitos» com a actual proposta da Generalitat, que qualifica aquela região do nordeste de Espanha de «nação» e amplia a sua autonomia financeira.

Em contrapartida, 22,4% declaram-se «pouco ou nada satisfeitos» e 12,5% «nem pouco nem muito satisfeitos».

A proposta da Generalitat, aprovada a 30 de Setembro último por 90% dos deputados do parlamento regional, não suscitou qualquer resposta a 18,2% dos inquiridos.

Contra 71,4% que consideram «necessário» um novo estatuto, 16,6% dos catalães julgam o contrário e 12% não têm opinião formada.

O estatuto deverá ser objecto, a partir de quarta-feira, no Congresso de Deputados, em Madrid, de um debate que se anuncia tenso, nomeadamente em vista da forte oposição do Partido popular (PP, direita), que nele vê uma «ameaça» para a unidade de Espanha.

Na opinião de mais de dois terços dos catalães (69,9%), a Catalunha contribui para o Estado espanhol «com mais dinheiro que o que lhe corresponde» pagar.

Ainda segundo a sondagem da Generalitat, uma coligação de socialistas e independentistas, a Catalunha é vista por 60,4% dos inquiridos como «uma nação no seio do Estado espanhol», 31,5% pensam que «não» e 8,1% não têm opinião.

Diário Digital / Lusa

30-10-2005 14:48:00


o que acham disto?  :?
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: dremanu em Outubro 30, 2005, 03:49:36 pm
Citação de: "3520"
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Espanha: 71,4% dos catalães querem novo estatuto de autonomia

Para 71,4% dos catalães, é «necessário» um novo estatuto de autonomia da Catalunha, segundo uma sondagem do governo regional (Generalitat) divulgada este domingo pela imprensa espanhola.

De acordo com a sondagem, há 46,9% de habitantes da Catalunha «muito ou bastante satisfeitos» com a actual proposta da Generalitat, que qualifica aquela região do nordeste de Espanha de «nação» e amplia a sua autonomia financeira.

Em contrapartida, 22,4% declaram-se «pouco ou nada satisfeitos» e 12,5% «nem pouco nem muito satisfeitos».

A proposta da Generalitat, aprovada a 30 de Setembro último por 90% dos deputados do parlamento regional, não suscitou qualquer resposta a 18,2% dos inquiridos.

Contra 71,4% que consideram «necessário» um novo estatuto, 16,6% dos catalães julgam o contrário e 12% não têm opinião formada.

O estatuto deverá ser objecto, a partir de quarta-feira, no Congresso de Deputados, em Madrid, de um debate que se anuncia tenso, nomeadamente em vista da forte oposição do Partido popular (PP, direita), que nele vê uma «ameaça» para a unidade de Espanha.

Na opinião de mais de dois terços dos catalães (69,9%), a Catalunha contribui para o Estado espanhol «com mais dinheiro que o que lhe corresponde» pagar.

Ainda segundo a sondagem da Generalitat, uma coligação de socialistas e independentistas, a Catalunha é vista por 60,4% dos inquiridos como «uma nação no seio do Estado espanhol», 31,5% pensam que «não» e 8,1% não têm opinião.

Diário Digital / Lusa

30-10-2005 14:48:00

o que acham disto?  :?


Pessoalmente, estou nas tintas para essa gente toda.
Título:
Enviado por: pedro em Outubro 30, 2005, 03:54:09 pm
eu acho e que eles querem a independencia mas nunca a vao ter. :D
Título:
Enviado por: 3520 em Outubro 30, 2005, 03:54:30 pm
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Pessoalmente, estou nas tintas para essa gente toda.
 

 :nice:  :nice:
Título:
Enviado por: garrulo em Outubro 30, 2005, 04:09:11 pm
Que quiere decir lo de las tintas?. Gracias.
Título:
Enviado por: pedro em Outubro 30, 2005, 04:15:34 pm
significa que no lhe interesa.
Título: ca
Enviado por: garrulo em Outubro 30, 2005, 04:18:36 pm
GraciasPedro.
Título:
Enviado por: pedro em Outubro 30, 2005, 04:20:37 pm
de nada estoy a su servicio
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 06, 2005, 07:59:43 pm
notei o que um comentador no programa "Eixo do mal" na SIC-Noticias disse sobre a questão do Estatuto Autonómico da Catalunha, e que basicamente foi:

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Este processo, é claramente um processo irreversível.
Não tem volta atrás.
Estamos perante um processo acelerado de separatismo, tão rápido, que nós em Portugal nem sequer nos estamos a aperceber disso.

Depois de o novo estatuto ser definitivamente aprovado (e já passou na generalidade no parlamento espanhol) não haverá grandes diferenças entre a Catalunha e qualquer estado independente.

A "Espanha" vai-se manter, mais do ponto de vista formal, porque terá um governo central, que terá cada vez menos poder real e efectivo.

O Rei, será uma espécie de monarca da Commonwealth, e pouco mais que isso.


E claro, Portugal, estará metido nesta bagunça dentro de pouco tempo.
Não estará na próxima fase, mas estará na seguinte.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: 3520 em Novembro 06, 2005, 08:16:38 pm
papatango, de que forma é que portugal estará metido na dita "bagunça"?
uma vez que portugal não tem nada a ver  com a soberania do estado espanhol
Título:
Enviado por: Johnnie em Novembro 06, 2005, 08:16:41 pm
Talvez um estado federado que compreenda em si as várias nações ibericas seja o mais adquado para  a Espanha e mais fiel á realidade...Afinal há uma nação Espanhola ou a Espanha é o conjunto de várias nações?

Os colegas Espanhois estarão decerto mais habilitados a opinar sobre este tema, já que em Portugal dado vivermos num Estado/Nação, aos Portugueses falta alguma sensibilidade para apreciar esta questão sob o prisma correcto.
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 06, 2005, 09:54:00 pm
Também assisti a essa intervenção de Nogueira Pinto e fiquei um pouco surpreendido com a segurança com que afirmou tal ideia, apesar de fazer a óbvia ressalva de não fazer futurologia. E considero Nogueira Pinto uma pessoa equilibrada.
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 06, 2005, 09:59:21 pm
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E claro, Portugal, estará metido nesta bagunça dentro de pouco tempo.
Não estará na próxima fase, mas estará na seguinte.


Estava a assistir à intervenção de Nogueira Pinto e a pensar exactamente nisso.
Se a tal associarmos toda a propaganda feita à família real espanhola e ao gozo miserável com que tratam a nossa, a aproximação promoção do inter-regionalismo internacional que dilui fronteiras, mais essa ideia de uma "Commonwealth Hispanica" começa a tomar consistência e nitidez.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 06, 2005, 10:47:55 pm
Citação de: "Luso"
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E claro, Portugal, estará metido nesta bagunça dentro de pouco tempo.
Não estará na próxima fase, mas estará na seguinte.

Estava a assistir à intervenção de Nogueira Pinto e a pensar exactamente nisso.
Se a tal associarmos toda a propaganda feita à família real espanhola e ao gozo miserável com que tratam a nossa, a aproximação promoção do inter-regionalismo internacional que dilui fronteiras, mais essa ideia de uma "Commonwealth Hispanica" começa a tomar consistência e nitidez.


Luso um federalismo mais acentuado, especialmente de alguns estados como a Catalhunha e o País basco não será o princípio do fim do estado espanhol como monarquia?

A actual "Commonwealt britânica" não tem nada, mesmo nada a haver com ideia de estado monárquico que os espanhóis têm.
Não estou a ver um Basco com uma autonomia bastante alargada, muito próxima da independência, a submeter-se a um Rei ainda que figura simbólica, que não tem nada a ver com a cultura basca.
Nem estou a ver as tradicionais regiões seguidoras do poder instituido actualmente em Espanha, a deixarem o seu Rei diminuido à simples figura de protócolo, sem poder nunhum.
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 06, 2005, 11:23:45 pm
Citação de: "3520"
papatango, de que forma é que portugal estará metido na dita "bagunça"?
uma vez que portugal não tem nada a ver com a soberania do estado espanhol

Há alguma alteração de fundo na estrutura da Espanha-Estado, ou das várias "Espanhas" em que Portugal não tenha metido o bedelho e vice-versa?
Citação de: "Johnnie"
Os colegas Espanhois estarão decerto mais habilitados a opinar sobre este tema, já que em Portugal dado vivermos num Estado/Nação, aos Portugueses falta alguma sensibilidade para apreciar esta questão sob o prisma correcto.
Eu acho, que os espanhóis, que viveram e foram educados segundo o sistema Castelhano-centrico têm muito mais dificuldades em entender o que lhes está a passar por cima que nós.

Para lhe dar uma ideia, nós temos muito mais facilidade em entender a exigência da Catalunha em querer que a lingua catalã, tenha preferência que a lingua castelhana.

Troquemos de posições:
Em vez de ser Portugal a separar-se dos Habsburgos em 1640, se tivesse sido a Catalunha.
Éramos nós que eramos obrigados a falar castelhano, a utilizar o castelhano como nossa lingua, sob o pretexto de nos entendermos melhor, e isto, mesmo sabendo que a nossa lingua e culturas ocntinuavam a existir.
Não faríamos todos os possiveis para garantir ao português o estatudo de lingua  oficial e não de lingua co-oficial?

Tanto quanto sei, com o novo estatuto é a lingua catalã que será obrigatória, e a lingua castelhana terá um tratamento de subalternidade.
Será que isso não faz mais sentido?

Por tudo isto acho que provavelmente temos mais capacidade para entender o que se passa que os próprios espanhóis, habituados e criados com a ideia de uma Espanha-Nação, que na realidade nunca existiu.

O sentimento "Hispanico" não é necessáriamente castelhano, embora nos últimos três séculos, Castela tenha feito tudo para se transformar na Espanha. Falhou com Portugal e isso já todos sabemos. Agora, é também óbvio que também falhou na Catalunha.

Citação de: "Tomkat"
Nem estou a ver as tradicionais regiões seguidoras do poder instituido actualmente em Espanha, a deixarem o seu Rei diminuido à simples figura de protócolo, sem poder nunhum.

Creio que você se refere a Castela.
E esse é realmente o problema. Ou seja, depois de séculos a criar a ideia de que a Espanha era Castela e que Castela era Espanha, é agora extremamente complicado voltar atrás.

Do ponto de vista dos ibéristas, há que dar alguma coisa a Castela, e ao sentimento castelhano, para não lhes dar a entender que tudo está perdido e que tudo foi em vão.

Alguma coisa tem que ser feita, para mostrar aos castelhanos que não há um processo de desagregação, e que um novo ordenamento juridico-constitucional não passa necessáriamente pela desagregação, mas por um processo que pode mesmo ser de agregação.

Ora, o que é que vamos agregar?  :roll:

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fgomes em Novembro 06, 2005, 11:46:16 pm
Acho que a Catalunha tem tanto direito a ser independente como nós, aliás foi a revolta da Catalunha que em 1640 ajudou muito a nossa restauração.
Quantos aos problemas dos Castelhanos em aceitarem, bem os russos também tiveram que "engolir" o fim do URSS, que além de ter acabado com o regime comunista também foi, na prática, o fim do império russo que tinha durado séculos.
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 07, 2005, 08:51:08 pm
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Acho que a Catalunha tem tanto direito a ser independente como nós, aliás foi a revolta da Catalunha que em 1640 ajudou muito a nossa restauração.
Quantos aos problemas dos Castelhanos em aceitarem, bem os russos também tiveram que "engolir" o fim do URSS, que além de ter acabado com o regime comunista também foi, na prática, o fim do império russo que tinha durado séculos.


Do meu ponto de vista são situações diferentes. Creio que é mais lógico o exemplo da separação da Checoslováquia. O império Russo, tem características diferentes. Eles criaram um império, declaradamente russo. Ao contrário no caso espanhol, embora na prática se trate de um império castelhano, (onde se defendeu durante séculos a castelhanização como forma de unificar a península) faz-se referência a Espanha.

Ora, em toda a peninsula (Portugal incluido) grande parte da literatura anterior a 1715 faz referência a Espanha. A história refere "Espanha". Portanto, os castelhanos criaram um país ao qual deram o nome de "Espanha", tentando fazer referência à "Espanha" que está na história dos vários países ibéricos.

Portanto, segundo a historiografia espanhola, Castela "diluiu-se" na Espanha  e transformou.-se em Espanha.

Nós, em Portugal, reagimos de uma forma feroz e o sentimento anti-castelhano, foi transformado em sentimento anti-espanhol, a partir do momento em que os castelhanos passaram a chamar Espanha ao seu estado.

A historiografia espanhola, acusa "preto no branco" e afirma: Portugal recusou-se a ser Espanha.

Explicando assim, o problema, de uma parte da Espanha (peninsula Hispanica) não fazer parte da Espanha (Estado Espanhol).

A Espanha ignorou Portugal tanto quanto possível (estamos praticamente desinfectados da História Oficial de Espanha). Mas mesmo assim, isso não impediu que alguns independentistas da Catalunha, berrassem em alta-voz nos comicios coisas como : "l´autonomia que ens cal és la de Portugal". Os gritos catalães, parecem tentar fazer o mesmo, ou seja, atacar a Espanya". No entanto, não sei se o sentimento anti-castelhano dos catalães, poderá ser de alguma forma parecido ao português. Creio que eles não têm momentos como Aljubarrota, que quer se queira quer não, são é uma demolidora (literalmente) manifestação de vontade de um povo.

Já aqui referi algumas trocas de impressões que tive no fim do Verão com algumas pessoas em Barcelona sobre estas questões, e devo dizer que me surpreende a facilidade com que o processo está  avançar. Só espero que os vaticinios não se confirmem.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: superbuzzmetal em Janeiro 19, 2006, 04:29:17 am
Penso que é uma questão de tempo até que a Espanha se desfaça em várias regiões autonomas, o alberto joão que se livre de tentar seguir o exemplo :evil:
Título:
Enviado por: sierra002 em Janeiro 19, 2006, 11:24:07 pm
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Penso que é uma questão de tempo até que a Espanha se desfaça em várias regiões autonomas, o alberto joão que se livre de tentar seguir o exemplo


Cuando las barbas de tu vecino veas pelar, pon las tuyas a remojar.
Título:
Enviado por: Dinivan em Janeiro 20, 2006, 04:03:25 am
Querer un nuevo estatuto no significa querer la independencia. Yo por ejemplo estoy a favor de la redacción de un nuevo estatuto únicamente por el tema de la financiación, pues estoy harto de que extremeños y andaluces se lleven el dinero que tanto esfuerzo nos ha costado ganar (y esto vale tanto para nosotros, los catalanes, como para los madrileños). Solidaridad sí, pero hasta un máximo, y eso es precisamente lo que propone el estatuto.
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Janeiro 20, 2006, 08:43:21 am
Do ex-director do 'Diario de Noticias' uma cronica com data de 19-1-2006, publicada no seu antigo jornal, notando o facto de ele proprio ser de origem insular...trata-se de uma opiniao e visao bem pessoal,( para mim) discutivel, mas interessante e 'provocatoria'.

 
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Uma ficção e uma crise preocupante



Mário Bettencourt Resendes
Jornalista    
 
Proponho hoje aos leitores um exercício de ficção imaginemos que a Assembleia Regional dos Açores tinha aprovado, por larga maioria (90 por cento), um projecto de estatuto autonómico que consagrava algumas alterações importantes nos poderes da Região, instituindo também o conceito de "nação açoriana".

Perante uma chuva de protestos dos sectores mais centralistas e conservadores - e um incómodo indisfarçável do Governo socialista da República -, o documento transitava para o Parlamento nacional, para efeitos de debate e eventual aprovação.

Assistia-se, entretanto, a uma campanha de enorme violência contra as instituições autonómicas açorianas. Na primeira linha desse combate estava a imprensa de direita e, para surpresa de muitos, a Rádio Renascença, propriedade da hierarquia da Igreja Católica. Aos microfones da rádio, todos os pretextos eram armas de arremesso apelidava-se o Governo açoriano de "nacional-socialista", insinuava-se que o seu presidente era um "bêbado compulsivo", sugeria-se que, nas ruas dos Açores, eram perseguidos e agredidos todos aqueles que tinham "sotaque continental".

Neste clima de enorme tensão, vinha a público o chefe do Estado-Maior do Exército, declarando que a situação poderia exigir "uma intervenção militar nos Açores". O Governo da República reagia, colocando o general em causa em detenção domiciliária, mas nem por isso evitava a divulgação de um abaixo-assinado de apoio ao detido, subscrito por militares na reserva.

Entretanto, nos Açores, o Conselho do Audiovisual, entidade local com competências no sector, recusava a renovação das frequências da Rádio Renascença na Região. A decisão era depois revogada por sentença judicial, mas o Conselho, com base numa equívoca (e perigosa, em termos democráticos...) capacidade de punir "faltas à verdade", aplicava à rádio uma pesada multa pecuniária.

As reacções ganhavam eco internacional. com associações mundiais de jornalistas a acusar os açorianos da prática de "formas de censura incompatíveis com uma democracia moderna".

Estaríamos, neste cenário, perante uma crise de enorme gravidade. Ora, como se sabe, tudo isto é ficção desde logo, os açorianos têm evidenciado uma apreciável sensatez na consolidação do seu processo autonómico; a Rádio Renascença, por seu lado, é um exemplo de moderação, enquanto a hierarquia da Igreja Católica demonstra, quase sempre, equilíbrio e inteligência, como ainda recentemente se constatou na forma como reagiu à polémica - artificial - sobre os crucifixos nas escolas.

Infelizmente para Espanha, todo este relato é verdadeiro basta substituir Açores por Catalunha e Rádio Renascença por Cadena Cope, propriedade da Conferência Episcopal espanhola.

Por cá, fixamo-nos nas compras e vendas efectuadas por empresas espanholas - e nas vicissitudes futebolísticas do Real e do Barça ... - e temos ignorado aquela que é, provavelmente, a crise mais grave da Espanha democrática das autonomias, desde que, em 1982, Tejero de Molina invadiu as Cortes, de pistola em punho.

Não haja ilusões. A estabilidade do Estado espanhol é hoje fundamental para o progresso de Portugal, seja pela interligação crescente entre as duas economias e ainda porque uma Espanha próspera e "pacificada" é um elemento fundamental para o avanço da União Europeia, a que Portugal, "para o bem e para o mal", tem o seu futuro irremediavelmente associado.

A Catalunha é uma peça-chave na Espanha dos tempos modernos, com uma contribuição de peso para a importância da economia do país. Não foi por acaso que, em 1640, os reis de Madrid, confrontados com a possibilidade de terem de lutar em duas frentes, optaram por "esquecer" Portugal e concentrar forças na repressão da rebelião catalã. E também não está esquecida a brutalidade da punição franquista no final da guerra civil.

José Luis Zapatero e Pascual Maragall, chefe do Governo catalão, têm sobre os ombros uma responsabilidade histórica pesada. Exige-se capacidade negocial e ainda sentido de Estado por parte de outros sectores da sociedade espanhola, incluindo uma hierarquia católica que deveria abster-se de acicatar feridas graves de um passado ainda demasiado próximo e activo no imaginário popular.  
Título:
Enviado por: Leonidas em Janeiro 26, 2006, 04:04:35 am
Saudações guerreiras.

Citação de: "Mário B. Resendes"
Não haja ilusões. A estabilidade do Estado espanhol é hoje fundamental para o progresso de Portugal, seja pela interligação crescente entre as duas economias e ainda porque uma Espanha próspera e "pacificada" é um elemento fundamental para o avanço da União Europeia, a que Portugal, "para o bem e para o mal", tem o seu futuro irremediavelmente associado.


 :arrow: Acham mesmo que esta transcrição é feita por puro devaneio ficcionista (de mau gosto) do autor do texto? Eu não acho. Agora aquilo que tenho a certeza é que dá-me uma enorme vontade de rir se a minha disposição for de levar tudo no gozo. Este é dos tais que só consegue ver com umas palas de lado. Coitado… Não deve saber que para ir de Portugal para a Europa passa-se sempre primeiro pelo Atlântico e vem-me com cantigas (do bandido). Esse é que é o caminho mais direto e sem sobressaltos de origem humana. Quero ver o que ele deve dizer quando os camionistas espanhós barram a circulação aos portugueses entre Portugal e o resto da Europa. Gostava de lhe ver um comentário sobre o apedrejamento de camiões portugueses que constituiem verdadeiros atentados á integridade física desses mesmos camionistas portugueses. Gostava mesmo.  Xissa-penico, não há pachorra.

Desculpem lá esta minha f(r)icção. Foi sem querer.
Título:
Enviado por: ferrol em Janeiro 26, 2006, 10:54:21 am
Citação de: "Leonidas"
Gostava de lhe ver um comentário sobre o apedrejamento de camiões portugueses que constituiem verdadeiros atentados á integridade física desses mesmos camionistas portugueses.
Pois pode vostede gostar. ¿Lémbrase do que dixo Sócrates na primeira visita a España?
Citar
[José Sócrates]...deixou claro que a prioridade do Executivo para a política externa ia ser “Espanha, Espanha, Espanha”.
(diarioEconomico.com)
Pois iso é o que dí o comentario, Portugal non é nada sen Europa, e para chegar a Europa hai que pasar por España.
Título:
Enviado por: Paulo em Fevereiro 06, 2006, 01:38:50 am
Citação de: "ferrol"
Citação de: "Leonidas"
Gostava de lhe ver um comentário sobre o apedrejamento de camiões portugueses que constituiem verdadeiros atentados á integridade física desses mesmos camionistas portugueses.
Pois pode vostede gostar. ¿Lémbrase do que dixo Sócrates na primeira visita a España?
Citar
[José Sócrates]...deixou claro que a prioridade do Executivo para a política externa ia ser “Espanha, Espanha, Espanha”.
(diarioEconomico.com)
Pois iso é o que dí o comentario, Portugal non é nada sen Europa, e para chegar a Europa hai que pasar por España.


 Realmente, e infelizmente, hoje somos pouco sem a Europa.. Não nego a importância que tem para Portugal estar inserido no processo de construção europeia, mas virar as costas para a nossa vertente "atlantista" (Brasil, Palop's) parece-me um erro. Se bem que, na actualidade, pouco podemos fazer face ao poderio económico de outras potências com interesses no Brasil, por exemplo..
Título:
Enviado por: HELLAS em Abril 25, 2008, 12:03:03 pm
Citação de: "superbuzzmetal"
Penso que é uma questão de tempo até que a Espanha se desfaça em várias regiões autonomas, o alberto joão que se livre de tentar seguir o exemplo :evil:


Caro amigo portugues. Espanha, como ja expliquei varias vezes, ja é un pais con regioes autonomas, o mais descentraliçado de Europa, pois ja tem una mentalidade muito avançada nesse aspecto.
Alem disto, estou a ler do Estatudo Catalao, pois bem, o % que votou foi quase a metade apenas, emtao a outra metade pouco importaba o novo estatuto pois as gentes da rua nao pederam isso, apenas os politicos. A suma dos que nao votaram ou dos que votaram nao, e mais dos que votaram que sim.
Tambem, ja expliquei que o unico partido independentista catalao ERC, nao ganha eleiçoes, e mais, nas ultimas baixoa, coisa que a dia de hoje crio una confrontaçao interna.
Acredito que os catalanismas fazem muito ruido e ate sabem mover-se inteligentemente, mas eles tem un tope e de ai nao pasan. Depois se passa que estao a quer promocionar o invento dos Paisos Catalans, absorvendo, mudando, inventando, invadendo, etc...outras culturas, sendo o caso maior a Comunidade de Valencia, ai ate agora tinhan una minima representaçao num partido, o Bloc e tambem ERC presentou-se, resultados? nem uns nem outros tem ja representaçao ai.
Voces tem que ver quando o pancatalanismo quere fazer qualquer acto, manifestaçao, concerto, etc...a quantidade de autocarros que vai de um lado a outro, sempre os mesmos.
Nao façam hipotesis da minha terra. Ah! eu nao sou de Castela.
Título:
Enviado por: zocuni em Abril 26, 2008, 02:42:33 am
Citação de: "HELLAS"
Caro amigo portugues. Espanha, como ja expliquei varias vezes, ja é un pais con regioes autonomas, o mais descentraliçado de Europa, pois ja tem una mentalidade muito avançada nesse aspecto.


Tudo bem,

Sabe que tenho respeito consigo em muitas de suas colocações,mas nesta tenho várias restrições.São atentados bombistas a toda hora,relações de pouca animosidade entre as regiões autónomas,vários fenómenos indepedentistas,todas as regiões querendo ser autónomas.Acha isso uma mentalidade avançada,eu diria do outro mundo,viver nesse contexto e não enxergar o óbvio.Pela minha parte não me interessa que a Espanha se desmembre e que seja fraca,Portugal pouco ganhará com isso,eu muito menos,mas não é o que se constata infelizmente.
Certamente saberão contornar tal problema e sem ajudas de ninguém.

Abraços,
Título:
Enviado por: HELLAS em Abril 26, 2008, 11:38:31 am
Citação de: "zocuni"
Citação de: "HELLAS"
Caro amigo portugues. Espanha, como ja expliquei varias vezes, ja é un pais con regioes autonomas, o mais descentraliçado de Europa, pois ja tem una mentalidade muito avançada nesse aspecto.

Tudo bem,

Sabe que tenho respeito consigo em muitas de suas colocações,mas nesta tenho várias restrições.São atentados bombistas a toda hora,relações de pouca animosidade entre as regiões autónomas,vários fenómenos indepedentistas,todas as regiões querendo ser autónomas.Acha isso uma mentalidade avançada,eu diria do outro mundo,viver nesse contexto e não enxergar o óbvio.Pela minha parte não me interessa que a Espanha se desmembre e que seja fraca,Portugal pouco ganhará com isso,eu muito menos,mas não é o que se constata infelizmente.
Certamente saberão contornar tal problema e sem ajudas de ninguém.

Abraços,


Caro de novo.
Os atentados com bombas apenas sao dos elementos marxistas da ETA, ate outros partidos nacionalistas detestan e condenan.
Acho que temos una concepçao diferente do termo autonomas,pois pemso que para voce quer dizer independente e para mi é o que sao agora, precisamente autonomias, com leis, por vezes linguas, etc...diferentes, descentraliçadas e transferidas.
Os independentismos mais fortes, Pais VAsco, Catalunya e Galiza, por orden de força, pelas suas atitudes ou ja seja que nao sao votados suficentemente nunca ganhan e que melhor referendum que unas eleiçoes para saber o grado de independentismo que a povaçao quere.
Tenho que dizer, que esta "guerra" e una mistura de intereses quase sempre economicos e historicos e ja podes achar que tudos menten e mudan questoes para os seus intereses.
Depois á micronacionalismos que estao de "moda"apenas para quer ganhar protagonismo e posteiormente poder para os seu ideologos,  para posteriormente aproveitar-se.
Curiosamente o que por aqui ja lei de alguns de voces que constatan que Espanha quere anexionar-se Portugal de alguna maneira, defenden depois os nacionalismos em Espanha por ver-se assim mesmo num espejo, mas quriosamente os nacionalismos em Espanha sao anexionistas e espansionistas como tudos os demais do passado, imperio espanhol, imperio portugues, imperio romano, imperio macedonio, imperio persa, nazismo, etc...e vou a enumerar, pois acho interesante este ponto que eles critican contra o Estado espanhol, mas eles tambem practican de alguna maneira. Desculpen mas ja expliquei esto outras vezes e posso resultar cansativo.

GALIZA: quere-se anexionar a comarca leonesa do Bierzo.
PAIS VASCO: querem anexionar-se Navarra, quando em todo caso tinha que ser ao reves, os vascos sao navarros (neste caso posso recomendar un libro muito bom de nome La Navarra Maritima).
CATALUNHA: querem anexionar-se Valencia, Ilhas Baleares, parte de Aragao. Curiosamente nao estao a dar a mesma "autonomia"que eles querem a outra "naçao" o Val d´Aran, que esta na mesma Catalunha.

Tudo esto se gostaras profundiçar mais so tens que peder em algun ponto.

Nao estou a esconder que a certo perigro independentista se os governos centrais espanhois nao saben tratar bem. Neste caso o pior de tudos e que pela sua mentalidade liberal nao sabem tratar esto sao os do PP, depois os de PSOE sao uns vendidos que vao otorgando para manter calados temporalemente os nacionalistas diversos.

Em tudo esto, cada un de nos vamos ter nosso ponto de vista e ca em Espanha a termos ou mentalidades que os portugueses nao vai a perceber porque em muitos pontos voces estao de acordo em pontos dos nacionalistas, eu sei, e por isso em pessoas como o Comanche nunca vai a entrar pensamentos que eu explico ca e que ele diz que estou a mentir, falsear, enganhar, etc...mas é apenas por ignorar o dia a dia de ca, ou porque so quere informar-se do que a ele interesa, assim vai a ser impossivel ter una opinao contrastada.

Tampouco vou a esconder que para min o pior de tudo é o empregamento do termo Castela = Espanha ou castelhano = espanhol, pelo menos a min isso chatea-me muito.
Título:
Enviado por: zocuni em Abril 26, 2008, 12:53:36 pm
Citação de: "HELLAS"
Caro de novo.
Os atentados com bombas apenas sao dos elementos marxistas da ETA, ate outros partidos nacionalistas detestan e condenan.
Acho que temos una concepçao diferente do termo autonomas,pois pemso que para voce quer dizer independente e para mi é o que sao agora, precisamente autonomias, com leis, por vezes linguas, etc...diferentes, descentraliçadas e transferidas.
Os independentismos mais fortes, Pais VAsco, Catalunya e Galiza, por orden de força, pelas suas atitudes ou ja seja que nao sao votados suficentemente nunca ganhan e que melhor referendum que unas eleiçoes para saber o grado de independentismo que a povaçao quere.
Tenho que dizer, que esta "guerra" e una mistura de intereses quase sempre economicos e historicos e ja podes achar que tudos menten e mudan questoes para os seus intereses.
Hellas,eu acredito nessa pluralidade cultural,linguistíca,etc,porém o que vemos são as confederações assentes nesse modelo,em processos de desmembração e ruptura e outros em fase adiantada de degradação,é um conceito muito bonito teóricamente mas na prática funciona enquanto a economia é próspera ao primeiro sinal de crise esses problemas sempre vêm ao de cima,tomara que não aconteça com a Espanha.
Citar
Curiosamente o que por aqui ja lei de alguns de voces que constatan que Espanha quere anexionar-se Portugal de alguna maneira, defenden depois os nacionalismos em Espanha por ver-se assim mesmo num espejo, mas quriosamente os nacionalismos em Espanha sao anexionistas e espansionistas como tudos os demais do passado, imperio espanhol, imperio portugues, imperio romano, imperio macedonio, imperio persa, nazismo, etc...e vou a enumerar, pois acho interesante este ponto que eles critican contra o Estado espanhol, mas eles tambem practican de alguna maneira. Desculpen mas ja expliquei esto outras vezes e posso resultar cansativo.

Portugal não precisa para nada dos nacionalismos espanhóis,nosso conceito de defesa é muito diferente e distinto.Portugal tem soberania há quase 9 séculos,antes pelo contrário é muito comum nesses movimentos radicais terem muita simpatia por Portugal apenas porque conseguimos construir bem ou mal nossa história.

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GALIZA: quere-se anexionar a comarca leonesa do Bierzo.
PAIS VASCO: querem anexionar-se Navarra, quando em todo caso tinha que ser ao reves, os vascos sao navarros (neste caso posso recomendar un libro muito bom de nome La Navarra Maritima).
CATALUNHA: querem anexionar-se Valencia, Ilhas Baleares, parte de Aragao. Curiosamente nao estao a dar a mesma "autonomia"que eles querem a outra "naçao" o Val d´Aran, que esta na mesma Catalunha.

Tudo esto se gostaras profundiçar mais so tens que peder em algun ponto.

Nao estou a esconder que a certo perigro independentista se os governos centrais espanhois nao saben tratar bem. Neste caso o pior de tudos e que pela sua mentalidade liberal nao sabem tratar esto sao os do PP, depois os de PSOE sao uns vendidos que vao otorgando para manter calados temporalemente os nacionalistas diversos.

Em tudo esto, cada un de nos vamos ter nosso ponto de vista e ca em Espanha a termos ou mentalidades que os portugueses nao vai a perceber porque em muitos pontos voces estao de acordo em pontos dos nacionalistas, eu sei, e por isso em pessoas como o Comanche nunca vai a entrar pensamentos que eu explico ca e que ele diz que estou a mentir, falsear, enganhar, etc...mas é apenas por ignorar o dia a dia de ca, ou porque so quere informar-se do que a ele interesa, assim vai a ser impossivel ter una opinao contrastada.

Aqui não emitirei qualquer comentário,uma vez que se trata de sua opinião pessoal e por isso respeito.

Citar
Tampouco vou a esconder que para min o pior de tudo é o empregamento do termo Castela = Espanha ou castelhano = espanhol, pelo menos a min isso chatea-me muito.


Claro que não concorda,para si nada existe existe,Espanha,Portugal,só existe Ibéria e somos todos ibéricos,tam bém é um conceito seu que respeito mas não compartilho.

Abraços,
Título:
Enviado por: old em Maio 02, 2008, 09:00:18 am
Se tienden a confundir regionalismos con separatismos.

El gobierno autonomico de Cataluña es del PSOE y su presidente es un Andaluz :lol: . No se donde esta el separatismo en esa ecuacion..

El unico partido que abiertamente se declaraca independentista es ERC (esquerra republicana de Catalunya) Y en las ultimas elecciones desaparecio del congreso por una perdida brutal de votantes. Asi de simple.

Lo que reclamamos los catalanes en nuestro estatuto es que se nos deje gestionar mejor nuestros impuestos y que desaparezcan privilegios economicos de comunidades como el Pais Vasco o Navarra.

Los nacionalismos sirven como medida de presion para obtener mejores contrapartidas a la hora de negociar las comunidades autonomas con el estado central.
Título:
Enviado por: ferrol em Maio 02, 2008, 11:29:41 am
Citação de: "old"
Lo que reclamamos los catalanes en nuestro estatuto es que se nos deje gestionar mejor nuestros impuestos y que desaparezcan privilegios economicos de comunidades como el Pais Vasco o Navarra.
¿Y qué opináis los catalanes del concepto "solidaridad interterritorial"?
Título:
Enviado por: old em Maio 02, 2008, 03:54:13 pm
Citação de: "ferrol"
Citação de: "old"
Lo que reclamamos los catalanes en nuestro estatuto es que se nos deje gestionar mejor nuestros impuestos y que desaparezcan privilegios economicos de comunidades como el Pais Vasco o Navarra.
¿Y qué opináis los catalanes del concepto "solidaridad interterritorial"?


Supongo que habra de todo, pero mi opinion es que todas los comunidades iguales. No es justo que el Pais Vasco o Navarra tengan privilegios economicos que nadie mas tenemos. Ni Galicia ni Cataluña ni nadie mas, solo ellos porque si.

En fin, habra que rediseñar los estatutos de todas la comunidades.
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Maio 02, 2008, 05:51:35 pm
Sabado estava a jantar num restaurante espanhol em nova iorque e na mesa ao lado estava um espanhol com uns amigos... eu como estava perto fui obrigado a escutar, mas a conversa baseava-se no dito espanhol explicando aos outros a grandeza cultural espanhola e menosprezando a do resto da europa e totalmente ignorando a portuguesa, so fez algumas comparacoes a francesa e italiana! Mas deu para eu deduzir uma coisa! Que o tipico espanhol nao se associa nem hermaniza com portugal, totalmente ignora o conceito da nacao portuguesa! A certa altura olhei para ele e abanei a cabeca em sinal de menosprezo mas acho que ele nao entendeu!
Título:
Enviado por: nelson38899 em Maio 08, 2008, 05:30:41 pm
O que os espanhois pensam da idependencia

http://www.militar.org.ua/foro/viewtopic.php?t=14787&postdays=0&postorder=asc&start=30
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 08, 2008, 11:34:28 pm
Citação de: "nelson38899"
O que os espanhois pensam da idependencia

http://www.militar.org.ua/foro/viewtopic.php?t=14787&postdays=0&postorder=asc&start=30


Nada moi diferente ó que se andaba a dizer aqui ó falar de posible independencia de Madeira :roll:
Título:
Enviado por: old em Maio 09, 2008, 09:34:55 am
Citação de: "Kawa"
Citação de: "nelson38899"
O que os espanhois pensam da idependencia

http://www.militar.org.ua/foro/viewtopic.php?t=14787&postdays=0&postorder=asc&start=30

Nada moi diferente ó que se andaba a dizer aqui ó falar de posible independencia de Madeira :roll:


+1
Título:
Enviado por: Lancero em Maio 09, 2008, 01:04:21 pm
Citação de: "Kawa"
Nada moi diferente ó que se andaba a dizer aqui ó falar de posible independencia de Madeira :roll:


Já temos comediantes, obrigado.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi192.photobucket.com%2Falbums%2Fz212%2Flancero2007a%2Fmaio2%2Fcancaolisboa1.jpg&hash=16a8b980036cd821cb3d39cf41363d2d)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi192.photobucket.com%2Falbums%2Fz212%2Flancero2007a%2Fmaio2%2Fvascosantana.jpg&hash=7e33a0936a845b75356077f9bbd6763a)
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 11, 2008, 11:41:50 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "Kawa"
Nada moi diferente ó que se andaba a dizer aqui ó falar de posible independencia de Madeira :roll:
Título:
Enviado por: HELLAS em Maio 20, 2008, 11:08:09 am
http://www.e-noticies.com/actualitat/un ... 38719.html (http://www.e-noticies.com/actualitat/un-diari-portugu%e8s-critica-el-provincianisme-de-carod-38719.html)
Título:
Enviado por: comanche em Maio 24, 2008, 11:29:22 pm
Entre 52% a 62% dos catalães votariam pela independência da Catalunha



Citar
Entre un 52% y un 62% de los votantes votarían 'sí' en un hipotético referéndum sobre la independencia, dependiendo del voto indeciso, según el estudio Lengua e identidad en Catalunya. 2008 de la Universitat Oberta de Catalunya (UOC), realizado a más 1.108 residentes en esta comunidad mayores de 15 años. El informe, con un margen de error del 3%, muestra que sólo en el caso de que todos los indecisos votasen contra la independencia, el referéndum no se tendría en cuenta en la Unión Europea (UE), según los criterios que fijó para la misma consulta sobre Montenegro: una participación del 50% del censo. Suponiendo que los indecisos se abstuviesen, votasen en ambos sentidos -afirmativo o negativo a la independencia- o que sólo la mitad votase en contra, el referéndum, que tendría una participación del 59%, tendría un resultado avalado por la UE favorable a la independencia.

Según uno de los autores y profesor de estudios de lenguas y culturas de la UOC, Miquel Strubell, sería "impensable" que todos los indecisos votasen en contra, lo que consideró también una opción "extrema y poco probable". Además, resaltó que, con el resto de resultados, "ningún partido ha conseguido nunca" en Catalunya tanto apoyo como el que muestra su informe sobre el referéndum, "ni siquiera en un sondeo de opinión".

El estudio, realizado a principios de año a partir de 1.108 entrevistas entre mayores de 15 años de municipios de todos los tamaños en las cuatro provincias, muestra también que el 22,6% de los analizados se siente solamente catalán, mientras que el 6,8% se siente exclusivamente español. La mayoría es, no obstante, para el grupo que se siente tanto de un lugar como del otro. Además, un 19,4% se siente más catalán que español.

El índice de sentimiento de identidad con Catalunya aumenta entre los nacidos en Catalunya y su entorno, mientras que entre los extranjeros sólo un 10% inmigrantes se siente catalán y un 16% más español que catalán.

El estudio destaca también que la mitad de los ciudadanos catalanes apoya que existan selecciones oficiales catalanas, frente a un 7,8% que estaría en contra bastante o mucho. Sin embargo, a tres de cada diez la cuestión le es indiferente.

Por otro lado, la mitad de los catalanes analizados está totalmente a favor de que las administraciones catalanas pasen a recaudar los impuestos, apoyados por un 20% que están "más bien a favor" de esta opción. Así, pese a que a un 17% le es indiferente, sólo un 6,9% estaría en contra total o parcialmente.

Asimismo, los catalanes darían su apoyo a la transferencia de competencias en transportes para que fuera la Generalitat quien los organizara, con un 57,6% de los encuestados, que estaría totalmente a favor, y un 21,5% que sería partidario de hacerlo. Sólo un 4% está en contra total o parcialmente sobre esta cuestión, mientras que para el 11,7% es indiferente y un 5,2% no contesta.

El informe también pregunta a los analizados sobre la oficialidad de la lengua catalana en el seno de la UE y apunta que más del 72% estaría de acuerdo con igualar a otros idiomas como el checo, el portugués o el danés el catalán.

El estudio no muestra "ninguna evidencia de que el castellano esté en peligro en Catalunya", según Strubell, que apuntó que tanto este idioma como el catalán han incrementado en el número de hablantes, aunque el segundo lo haya hecho de un modo más evidente en los últimos diez años.

Comparado con otro estudio de 1998 sobre el mismo tema -realizado por los mismos autores-, el informe apunta a un incremento global de casi un millón de personas que hablan, escriben, leen y entienden catalán. Destaca, en este sentido, el aumento por encima del millón en el número de lectores, pero sobre todo del de personas que escriben en catalán, que pasan a ser el 55,4% de la población hace diez años a el 61,7% actualmente.

Los valores medios de personas que usan el idioma siguen siendo más bajos en todos estos campos en catalán frente al castellano, que sigue liderando el uso social. Por ello, Strubell descalificó a las "voces que espantan" diciendo que en Catalunya el español está "en peligro".

Por otro lado, el estudio apunta que la primera lengua que se habla en el hogar a los catalanes es el castellano en un 55% de los casos, seguida del catalán en un 37%, un porcentaje inferior que hace años.

Sin embargo, Strubell restó importancia este dato, ya que el informe apunta a un incremento del uso del catalán con los hijos. De hecho, un 45% de los padres habla en catalán a sus niños, mientras que un 32,8% lo hace en castellano, y dos de cada diez lo hacen en ambas lenguas.

Strubell destacó también que el número de hablantes de catalán como lengua habitual es superior a los que lo aprenden en casa. En este sentido, el estudio apunta que hay una diferencia de 366.000 personas más que tienen ahora el catalán como instrumento de comunicación, respecto a los que aprendieron este idioma en su casa. "Son catalanes que se incorporan a la lengua", ilustró. En el sentido contrario, 438.000 personas aprendieron castellano en su hogar de pequeños y ahora no lo hablan.


http://www.diarioiberico.com/actualidad/1/el-52%25-de-votantes-apoyar%eda-la-independencia-catalana-21003.html
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 25, 2008, 02:23:14 am
Mira tu que casualidad Comanche, do mesmo sitio :roll:
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: P44 em Junho 30, 2013, 02:48:17 pm
"Boa noite, independência", desejou-se na Catalunha

PÚBLICO

30/06/2013 - 09:19

Em Barcelona, 90 mil pessoas juntaram-se num concerto a favor da independência.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimagens9.publico.pt%2Fimagens.aspx%2F781519%3Ftp%3DUH%26amp%3Bdb%3DIMAGENS&hash=3d1bbee39a1ca14259f7cc4236ab553d)

Ouviu-se música e poesia catalã no estádio Nou Camp, em Barcelona, na noite de sábado. Segundo o diário espanhol El País, estiveram mais de 90 mil pessoas no concerto organizado pelo Òmnium Cultural – que promoveu a grande manifestação de 10 de Julho de 2010. A Catalunha volta assim a mostrar a Madrid que quer a independência.

"A terra não poderá mais mentir. Viva o país dos catalães" e "Boa noite, independência", foram algumas das frases que se puderam ouvir. Os artistas que participaram no Concerto para a Liberdade pediram o direito da Catalunha à independência.

Os participantes pagaram bilhetes entre 10 e 150 euros e todos os lugares do estádio, à excepção dos que estavam por detrás do palco, estavam ocupados. Muitos membros do governo da região estiveram presentes como a vice-presidente do Governo de Convergência e União, Joana Ortega, que apelou ao "direito do povo catalão de decidir em liberdade o seu futuro", escreve o El País. Ortega sublinhou que o Governo Central devia tomar nota do carácter "cívico" e "reinvindicativo" do concerto e autorizar um referendo sobre a auto-determinação da Catalunha.

Participaram cantores, artistas, desportistas catalães mas também de outras partes de Espanha, como Paco Ibáñez ou Fermín Muguruza e artistas alemães, gregos e italianos.


http://www.publico.pt/mundo/noticia/boa ... 1598786#/0 (http://www.publico.pt/mundo/noticia/boa-noite-independencia-desejouse-na-catalunha-1598786#/0)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimagens0.publico.pt%2Fimagens.aspx%2F781520%3Ftp%3DUH%26amp%3Bdb%3DIMAGENS&hash=b7798184cdf9a5f89589cfe44267bca4)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimagens1.publico.pt%2Fimagens.aspx%2F781521%3Ftp%3DUH%26amp%3Bdb%3DIMAGENS&hash=d573100e16ae53492ae46af713015142)
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: papatango em Julho 21, 2013, 11:55:46 am
E a solução para o problema:

http://www.publico.es/458483/los-barones-del-psoe-concretan-la-configuracion-de-la-espana-federal

Se a solução for em frente, esperem só até o partido do Parque Eduardo VII e o partido de Monsanto tomarem as suas conclusões relativamente a Portugal
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 21, 2014, 05:53:25 pm
"Não haverá independência na Catalunha nem referendo" diz Mariano Rajoy


Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, avisou hoje que enquanto estiver no poder a Catalunha não poderá organizar um referendo sobre a independência, como prevê fazer em novembro o presidente da 'Generalitat' Artur Mas.

"Enquanto eu for primeiro-ministro espanhol, nenhum território acederá à independência", declarou Mariano Rajoy, que é do Partido Popular (direita). "Não haverá nem independência na Catalunha, nem consulta (...) enquanto eu for primeiro-ministro espanhol", sublinhou em entrevista à cadeia de televisão privada Antena 3.
Comentando a decisão tomada a 12 de dezembro por Artur Mas, que anunciou um referendo sobre a independência da Catalunha (autonomia espanhola) a 9 de novembro deste ano, Rajoy indicou que não hesitará em fazer cumprir a lei se tal consulta popular não autorizada avançar. Não deu, porém, mais pormenores. A pergunta que Artur Mas, da Convergência e União (CiU), quer colocar ao eleitorado catalão é dupla: "Quer que a Catalunha seja um Estado?" e se a resposta for "Sim" quer perguntar em seguida: "Quer que a Catalunha seja um Estado independente?".

Comentando logo, nessa altura, o anúncio de Mas, o chefe do Governo espanhol comentou que tal referendo catalão será inconstitucional. A Catalunha, uma das mais ricas regiões autonómicas de Espanha, num total de 17, tem uma identidade cultural e linguística própria que é muito forte entre os seus 7,5 milhões de habitantes. Apesar de o sentimento nacionalista sempre ter existido na sociedade catalã, a crise económica que se vive na União Europeia, sobretudo na zona euro, veio aflorá-lo ainda mais.

DN
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: papatango em Janeiro 29, 2014, 04:20:28 pm
O presidente do governo da Espanha, estava a precaver-se de alguma surpresa perante a possibilidade de a última sondagem à independência da Escócia mostrar resultados muito diferentes dos anteriores.

Aparentemente os escoceses continuam a rejeitar a ideia da independência. Na última sondagem no entanto a independência teve 37% dos votos contra 44% dos que se opõem.
A Escócia é neste momento uma das dores de cabeças dos ministros espanhóis.

Se o referendo falhar, os espanhóis da extrema direita vão dormir mais descansados, mas se ganha, eles vão ter quase que decarar guerra à Escócia, para garantir que a independência não implica permanência dentro da União Europeia.
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2014, 12:30:57 am
Rajoy diz que referendo na Catalunha "não é legal"


O presidente do Governo espanhol afirmou hoje que um referendo sobre a independência da Catalunha "não é legal" e, como tal, não se pode realizar, comprometendo-se a cumprir o seu dever para defender o interesse de "todos os catalães". "Não se assegura o futuro dos catalães nem o seu bem-estar nem a sua convivência, derrubando a lei, correndo aventuras, semeando incertezas ou maquilhando a gravidade das consequências", disse Mariano Rajoy.

Rajoy abriu hoje, com um discurso de 90 minutos, o debate do estado da nação, considerando "o anúncio da futura convocatória de um referendo de autodeterminação na Catalunha" um assunto "de máxima importância política".

"Esse referendo não se pode celebrar. Não é legal. A minha obrigação é cumprir a lei e fazê-la cumprir, o que neste caso significa garantir que ninguém decide pelo conjunto do povo espanhol sobre o futuro de Espanha", disse. "Senhores, tenham por seguro que cumprirei a minha obrigação", afirmou.

Analistas tinham antecipado que Rajoy poderia não fazer uma referência explícita ao tema que, a par da corrupção foi praticamente a única questão política num discurso de 90 minutos do qual dois terços foram subordinados à economia. Ausentes, por exemplo, ficaram questões como a situação no País Basco e o fim da ETA, o debate educativo, a polémica reforma do aborto ou as críticas de empresários e sindicatos às mais recentes reformas do Governo.

O presidente do Governo reiterou a sua oposição à proposta de referendo, afirmando que os espanhóis "não conheceram outra condição além da unidade", que não querem nem convém quebrar.

Afirmando-se preocupado "que se arrisque o bem-estar e futuro" dos catalães, Rajoy afirmou que ninguém "nem o Governo, nem outro poder do Estado" podem "unilateralmente privar o conjunto do povo espanhol do seu direito a decidir sobre o seu futuro". Rajoy afirmou manter-se aberto ao diálogo "mas dentro da Constituição e da lei", mas "todos o que a pretendam modificar possam propô-lo mas seguindo os passos e as regras que a própria Constituição estabelece".

Destacando-se empenhado e comprometido com garantir que "as coisas correm bem na Catalunha", Rajoy prometeu "lutar pelos catalães, pelo seu progresso e pelo seu bem-estar". "Não inventamos a unidade esta semana. Os espanhóis fazemos parte da mesma nação há séculos. Por isso consideramos a unidade com um valor superior, não porque esteja na constituição mas porque (...) referenda uma tradição, uma memória e um património comuns", disse.
"Não é a prosperidade que nos une, mas o contrário: é a unidade que nos faz prósperos", considerou.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Março 10, 2014, 06:28:30 pm
Catalunha independente seria excluída da UE para sempre


O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Garcia-Margallo, advertiu hoje que uma declaração unilateral de independência na Catalunha "condená-la-ia a errar pelo espaço sem reconhecimento e a ser excluída da União Europeia para sempre".

O governante falava durante um encontro com o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia e Desenvolvimento Sustentável da Georgia, Giorgi Kvirikashvili, organizado pelo Fórum Nova Economia, em que foi questionado pelo direito a decidir. "O direito a decidir exerce-se sempre dentro da lei", disse Garcia-Margallo.

O chefe da diplomacia espanhola evocou o caso das regiões separatistas georgianas da Abkházia e Ossétia do Sul, cuja independência foi reconhecida em 2008 pela Rússia. Estas regiões "só contam com o reconhecimento internacional da Rússia, Venezuela, Nicarágua e de três micropaíses do Pacífico", adiantou. "Aqueles dois territórios, de um ponto de vista de reconhecimento internacional, estão num limbo jurídico", insistiu.

Garcia-Margallo assinalou que uma declaração unilateral da independência na Catalunha - "já que outra coisa não é possível, de acordo com a Constituição" - condenaria a Catalunha "a errar pelo espaço sem reconhecimento e a ser excluída da União Europeia para sempre". Os "altíssimos riscos" da decisão devem ser conhecidos pela população da Catalunha, defendeu.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Abril 08, 2014, 07:14:21 pm
Rajoy contra Catalunha «fora de Espanha e da Europa»


O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, declarou hoje que não concebe «uma Catalunha fora de Espanha e da Europa», no debate acerca do referendo sobre a independência daquela região, que os deputados se preparavam para rejeitar maciçamente.

«Juntos, todos ganhamos, e separados, todos perdemos», acrescentou Rajoy, reiterando a sua oposição ao referendo que o Presidente nacionalista catalão, Artur Mas, sob forte pressão da opinião pública, quer realizar a 09 de novembro. «Eu defendo uma Catalunha que permaneça em Espanha, porque não posso conceber uma Espanha sem Catalunha, nem uma Catalunha fora de Espanha e da Europa», sublinhou.

O chefe do executivo espanhol respondeu também aos representantes catalães que deram conta de uma certa «frustração» naquela rica região do noroeste do país.
«Não é verdade que a Catalunha sofra de uma opressão insuportável, não é verdade que nós asfixiemos a língua [o catalão], que destruamos o bem-estar social. E também não é verdade que não ajudemos nas dificuldades», afirmou.

«E também não é verdade que nos países civilizados, quando uma região se quer separar, se lhe abra a porta para que saia», acrescentou, referindo-se à Escócia, onde um referendo sobre a autodeterminação está igualmente previsto.

Esta consulta, se se realizar, representará o ponto alto de um forte movimento nacionalista naquela região de 7,5 milhões de habitantes, orgulhosa da sua língua e da sua cultura, onde os rancores em relação a Madrid foram alimentados pela crise económica.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Abril 23, 2014, 06:27:59 pm
Catalunha insiste no referendo sobre a independência


O presidente do governo da Catalunha, Artur Mas, prometeu hoje insistir na realização de um referendo sobre a independência da região a 09 de novembro, apesar de o parlamento espanhol ter rejeitado a iniciativa. O parlamento espanhol rejeitou, a 08 de abril, por larga maioria a proposta de referendo sobre a independência da Catalunha que o governo regional pretende realizar, mas hoje Mas garantiu que pretende avançar com a votação.

«O referendo será realizado, de certeza, e o povo catalão será chamado às urnas no dia 09 de novembro», afirmou o governante regional, num encontro com jornalistas correspondentes estrangeiros, no dia em que a região celebra o dia do seu patrono, Sant Jordi. «Pode o governo central querer cancelá-lo? Não sei. Isso não depende de mim», disse Mas.

O referendo pretende questionar os eleitores sobre se consideram que a Catalunha deverá ser um Estado e, em caso afirmativo, se esse estado deve ser independente. Muitos catalães tomam como exemplo o caso da Escócia, cujos líderes convocaram um referendo para setembro sobre a independência, um ato autorizado pelo governo britânico.

Em Espanha, no entanto, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, prometeu bloquear o referendo. Com o governo central e principais partidos -- Partido Popular, no poder, e o Partido Socialista, o principal partido da oposição - contra a realização da auscultação popular, o parlamento espanhol rejeitou a pretensão da Catalunha com 299 votos contra e apenas 47 a favor.

Apesar disso, o governo catalão prometeu procurar outros «quadros legais» para organizar a consulta, nomeadamente aprovando uma lei regional autorizando-o a conduzir um referendo consultivo. Mas apelou ao governo espanhol para que não bloqueie a iniciativa, que prometeu realizar desde que venceu as eleições regionais em novembro de 2012. «Pedimos que não obstrua um processo que será estritamente catalão, com uma lei catalã aprovada pelo parlamento catalão», acrescentou.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Julho 30, 2014, 04:07:13 pm
Catalunha insiste na independência que Governo diz ser «ilegal»


O presidente do governo regional da Catalunha, Artur Mas, reafirmou hoje a determinação em realizar um referendo para a independência da Catalunha no próximo dia 09 de novembro, mas o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, considerou a iniciativa como «ilegal».

Os dois políticos mantiveram hoje um encontro de mais de duas horas, o primeiro em 11 meses, durante o qual foram abordados 23 temas, incluindo a questão das aspirações independentistas da Catalunha.

«Eu disse a ele que estamos absolutamente determinados, como eu disse a ele há um ano, em realizar a consulta», disse Artur Mas no final à imprensa, sublinhando que existe um «clima de diálogo aberto», apesar da falta de acordo sobre as negociações sobre a soberania daquela região da Espanha. No entanto, o primeiro-ministro espanhol afirmou que a consulta popular visando a soberania da Catalunha «não pode ser realizada», mas afirmou aos jornalistas que demonstrou a Artur Mas a sua disponibilidade para continuar a trabalhar de forma «franca e leal» em tudo o que beneficia os cidadãos da Catalunha a partir do reconhecimento da sua contribuição para o progresso geral da Espanha.

O presidente do governo regional da Catalunha assegurou que, embora seja «difícil», vai continuar a obter um acordo de concertação com o Estado, porque há uma «base legal» sobre a questão do referendo. Artur Mas lamentou o fato de as autoridades espanholas não terem «nenhuma proposta alternativa (as aspirações independentistas da Catalunha) além de dizer que é ilegal».

Todavia, o líder catalão assinalou que um eventual acordo será feito sempre «dentro de um quadro jurídico». Sondagens recentes feitas sobre a matéria indicam que 80 por cento dos catalães querem ter direito a votar sobre o seu futuro político, e 52 por cento defendem a independência, enquanto 24 por cento são contra e 15,9 por cento se declaram indecisos.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 10, 2014, 09:36:01 pm
É impossível impedir referendo sobre independência da Catalunha, diz Artur Mas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodigital.sapo.pt%2Fimages_content%2F2014%2Farturmas.jpg&hash=32695393666776fa7da8769ef12e1b47)

O presidente catalão, Artur Mas, considerou hoje «praticamente impossível» impedir eternamente a Catalunha de votar sobre o seu futuro, como pretende o governo espanhol.

«Se a população catalã quer votar sobre o seu futuro, é praticamente impossível impedir isso sempre (...). Penso que que é absurdo pretendê-lo e creio que o governo espanhol deve chegar a essa conclusão», declarou Mas, em entrevista à AFP, na véspera de uma grande manifestação em Barcelona pela independência da Catalunha. O presidente do governo nacionalista catalão empenhou-se em organizar, em 09 de novembro próximo, um referendo sobre a independência desta região do nordeste de Espanha. O governo de Madrid quer impedir esta consulta, que considera inconstitucional. As associações independentistas organizam na quinta-feira uma manifestação em favor do referendo que já conta com meio milhão de inscritos.

Mas estimou que a Catalunha vai beneficiar de um voto da Escócia pela sua independência face ao Reino Unido, em caso da vitória do "sim" no referendo de 18 de setembro, e manifestou-se convencido de que a União Europeia iria querer manter a Escócia independente no seu seio. "Se o 'sim' ganhar, estou absolutamente seguro de que vai haver negociações muito rápidas, mesmo imediatas, para procurar manter a Escócia na União europeia", declarou.

A Comissão Europeia tem repetido que, segundo os tratados, um Estado que nasça de uma cisão de um Estado-membro sairá automaticamente da União Europeia e deve seguir um longo processo de adesão. "Não é pragmático tratar estas questões políticas apenas do ponto de vista estritamente legal", estimou Mas.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 16, 2014, 02:23:16 pm
Madrid admite possibilidade de suspender autonomia catalã


O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que «o Governo vai usar todos os meios à sua disposição, absolutamente todos, incluindo tudo o que haja a incluir» para que «não se realize» o referendo sobre a soberania previsto para 9 de Novembro na Catalunha.

Em conferência de imprensa organizada pelo Fórum Europa Press, o ministro se referia-se claramente à aplicação do artigo 155º da Constituição, que prevê a possibilidade de suspender a autonomia catalã «quando ocorra ou ameace ocorrer uma insurreição ou acto de força contra a soberania ou independência de Espanha». «A única coisa que o governo pode fazer é usar todos os meios à sua disposição, toda a lei, só a lei, mas toda a lei, para evitar um referendo sobre a secessão contrária à lei espanhola, rejeitável pela comunidade internacional e que produziria terríveis efeitos na Catalunha, Espanha e na União Europeia», disse Margallo, segundo o El Mundo.

O presidente do Governo regional catalão anunciou segunda-feira que vai convocar formalmente a consulta sobre o futuro da Catalunha para 9 de Novembro depois da aprovação da nova lei de consultas pelo parlamento catalão, na sexta-feira.

«A consulta de 9 de Novembro não é juridicamente vinculante. Tem cariz consultivo, de acordo com a lei que a apoiará. É evidente que tem consequências políticas e não são menores. Mas as consequências são basicamente políticas e é tarefa dos bons políticos soldar a legitimidade com a legalidade», afirmou Artur Mas.
Na sua intervenção, Mas dirigiu fortes críticas ao Governo central espanhol, apesar de reiterar a sua oferta para procurar consensos, caso haja alguém no executivo em Madrid que queira escutar, negociar e dialogar.

Para Mas, a Catalunha e os catalães estão cansados do tratamento de Espanha que nos últimos anos, através do Governo central, disse «não a tudo», desde o Estatuto de autonomia ao pacto fiscal e à consulta sobre a soberania, disse o presidente do Governo regional.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 19, 2014, 05:17:27 pm
Governo catalão diz que via escocesa é o único caminho para resolver conflitos


O presidente do Governo da Catalunha, Artur Mas, afirmou hoje que o exemplo do referendo da Escócia é o «único caminho» que há para "resolver conflitos", porque na sua opinião «votar une e não separa».

Mas referiu-se ao plebiscito realizado quinta-feira na Escócia no qual, com 55% dos votos, os cidadãos recusaram tornar-se independentes do Reino Unido.
O presidente do Governo catalão, numa declaração para avaliar o resultado escocês, afirmou que o processo defensor da soberania catalã «continua» porque se sente «reforçado» após a experiência da Escócia.

Hoje o Parlamento autónomo da Catalunha vota uma lei para convocar uma consulta defensora da soberania, que o executivo dessa região quer que seja realizado a 9 de Novembro, e à qual o governo espanhol se opõe, por considerá-la inconstitucional.

Mas afirmou que «votar une e não separa» e pediu ao governo espanhol que «entenda» que «o que separa é não poder votar». Acrescentou também que o exemplo escocês evidenciou que «quando se deixa votar também se pode ganhar», mas que «deve-se ganhar democraticamente», assegurando que a cada dia que passa é maior o «erro de tentar bloquear um processo político só pela arquitectura legal e pelas leis», quando o «conflito é político». «Cada vez que há um ´não` em Madrid cria-se mais animosidade», disse Mas, dirigindo-se ao governo do Estado, lembrando que «um democrata autêntico não bloqueia um plebiscito».

Segundo Mas, após a «lição britânica e escocesa», o processo defensor da soberania catalã «continua em frente».

Portanto, a aposta do presidente do Governo da Catalunha é realizar agora uma «opção parecida» com o referendo escocês com a consulta defensora da soberania do dia 9 de novembro, já que é «a maneira europeia, a maneira do século XXI» de enfrentar a resolução de «conflitos» como o catalão, assegurou. Por seu turno, a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, fez hoje um apelo à reflexão para «unir e não dividir», lembrando a quem defende o processo de soberania na Catalunha que «todos somos obrigados a respeitar as leis» e a Constituição.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 30, 2014, 12:55:37 am
Artur Mas considera Governo espanhol "hostil"


O presidente catalão Artur Mas considerou hoje "hostil" a atitude do Governo espanhol, por apresentar recursos judiciais contra a consulta independentista, criticando também a "velocidade supersónica" do Tribunal Constitucional (TC) para a travar.

Mas falava na apresentação no Palau da Generalitat, sede do Governo regional, do Livro Branco da Transição Nacional da Catalunha, documento que reúne os 18 relatórios do Conselho Assessor para a Transição Nacional (CATN), produzidos nos últimos meses.

Os comentários de Mas, em Barcelona, foram feitos depois de, em Madrid, o Tribunal Constitucional, reunido num plenário extraordinário, ter admitido a entrada dos dois recursos de inconstitucionalidade contra a consulta independentista aprovados hoje pelo Governo, uma decisão que suspende aquela iniciativa catalã.
O TC, que recebeu os recursos ao início da tarde, convocou de imediato um plenário extraordinário que decorreu em Madrid e seus os 12 elementos do tribunal admitiram a tramitação dos recursos.

Artur Mas rejeitou o argumento do Governo, garantindo que a consulta de 9 de novembro "não é um referendo encoberto" e, como tal, não pode ser considerada ilegal.
Para Mas, em vez de ser um Estado de "convicção democrática plena" que já estaria, neste momento, a debater o voto 'sim' ou 'não', o Governo espanhol prefere adotar a postura de "nem perguntar, nem deixar perguntar" aos cidadãos.

O presidente catalão instou o TC a exercer verdadeiramente o papel de árbitro que lhe confere a lei, procurando ser um tribunal "de todos" e não unicamente de uma parte interessada, a do Governo central.

A suspensão cautelar tem uma vigência de cinco meses, um prazo findo o qual se o TC ainda não ditou sentença, deve decidir se prorroga a medida cautelar ou a levanta.
Especialistas antecipam que não deverá haver uma decisão final antes da data prevista da consulta, a 9 de novembro.

Ainda assim, durante o período de suspensão, a Generalitat, o Governo regional catalão, não poderá levar a cabo qualquer ação relacionada com a consulta, incluindo a campanha que começou no sábado e os preparativos logísticos.

Lusa
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 12, 2014, 04:12:59 pm
Espanha processa presidente da Catalunha por desobediência e desonestidade

Tribunal Constitucional chumbou a realização da consulta popular, mas o presidente da Catalunha decidiu avançar com a iniciativa.

 :arrow: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... did=168499 (http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=168499)
Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Lusitano89 em Maio 23, 2017, 12:45:12 am
Independência da Catalunha debatida em Madrid


Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Túlio em Julho 25, 2017, 07:27:03 pm
Catalunha quer votar, de novo, sua independência. Qual o status da demanda

Rafael Iandoli 12 Jun 2017 (atualizado 12/Jun 22h13)

Governo regional catalão anunciou que o pleito está marcado para outubro, mas primeiro-ministro da Espanha não deve permitir que isso aconteça

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/12/Catalunha-quer-votar-de-novo-sua-independ%C3%AAncia.-Qual-o-status-da-demanda

Título: Re: Catalunha começa a querer independencia?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 22, 2017, 03:35:57 pm
Catalunha: a clara incerteza

A maravilhosa democracia tem destas coisas. Depois dos meses de alta tensão na Catalunha, as eleições locais clarificaram muita coisa mas também deixaram quase tudo por decidir sobre o futuro.

21 de Dezembro de 2017

A primeira nota que é importante destacar é a imensa mobilização política: uma abstenção na casa dos 18% é um valor histórico em termos europeus, que confirma a intensidade com que a política domina a vida na Catalunha. O segundo ponto fundamental é que os catalães recusaram as vozes mais extremadas: penalizaram o Partido Popular de Mariano Rajoy com a irrelevância nas urnas, recusando a intransigência e a violência com que as autoridades reagiram. Nada que as mais sensatas cabeças dos Populares de Madrid não esperassem, mas a verdade é que, perdendo, Rajoy também ganhou: a convocação do artigo 155.º visava repor a normalidade constitucional e essa ocorreu numa eleição absolutamente tranquila. Os extremistas da CUP tiveram uma derrota com dimensão inesperada, trazendo um dado novo: o bloco independentista já não precisa dos radicais que passaram os últimos meses a forçar o confronto — e que tinham mesmo boas razões para recusar as urnas, onde sabiam não ter hipóteses, procurando a força da rua à boa medida da extrema-esquerda populista.

A vitória (à hora da escrita) dos Cidadãos deve-se em grande medida à sensatez de Inés Arrimadas e também à sua capacidade de reunir os consensos de quem não quer ser independente mas também não se revê na intolerância do Partido Popular. Puigdemont, esse sempre-em-pé, confirmou que deu os passos certos para se manter bem vivo. Mesmo a partir de Bruxelas, manteve a sua voz bem audível e consegue mesmo ser o líder do bloco independentista. Ganhou — mas também perdeu, porque a fuga para a Bélgica procurava dar um palco internacional à questão catalã e essa não ocorreu nunca. Nem um único flamengo ou escocês apoiou a declaração unilateral de independência proclamada por Puigdemont, o que não é de somenos numa Europa em que os problemas nacionais estão muito mal resolvidos. Quando quiser voltar a falar com Madrid, terá a voz reforçada pela votação (e pela possível liderança de um novo governo regional), mas também fragilizada pela falta de apoios europeus e por não ter vencido as eleições. A táctica e a estratégia serão determinantes nos próximos tempos, mas será preciso ter enormes doses de bom senso. Puigdemont deverá tentar regressar, mas só se o Estado espanhol abdicar de o prender — o que exigirá alguma ginástica diplomática e retórica. Aliás, caso a lógica impere, Madrid estará obrigada a deixar de tomar decisões em nome dos catalães. Mas a lógica não tem sido a regra e será preciso cedências de parte a parte. Importa recordar que o Governo central só quer negociar os termos da autonomia e que quem agora tem maioria no parlamento catalão só quer negociar os detalhes da... independência.

https://www.publico.pt/2017/12/21/mundo/editorial/catalunha-a-clara-incerteza-1796915?page=/&pos=1&b=stories_cover__breaking_a