Pois, ou temos um pre-aviso com minimo de 5h, por exemplo bombardeiros russos a passar a Noruega, e por qualquer motivo suspeitemos que se dirigem aos Acores.
Ou deixamos passar, mas também o principal é proteger o país, se eles querem andar às voltas sobre o mar afastados da costa, não nos faz mal, e em alguma altura vão ter que voltar para trás ou aterrar, mas aqui já entramos no campo da suposição, o ideal seria acompanhar em permanência, principalmente aeronaves não amigáveis.
O problema é que a tecnologia evoluiu, e bombardeiros no Atlântico, não vão sobrevoar e bombardear os Açores, podem atacar a centenas de km de distância, com recurso a mísseis de cruzeiro. Quem diz os Açores, diz Madeira ou o continente, o que considerassem um alvo de alto valor.
Sim mas só podem fazer uma missão de cada vez, por isso ou estão de prevenção 24h/dia com os módulos de abastecimento instalados e prontos ou não estão disponíveis para isso. Por isso é que digo que para uso domestico exclusivo em tempo de paz não faz sentido, e em tempos de necessidade apenas só faz sentido integrado numa unidade.
Provavelmente sairia mais barato ter 2 parelhas de F-16 em QRA (1 no continente e outra nos açores) do que ter 1 Parelha de F-16 e um Tanker de prevenção, isto para não falar de que provavelmente e dependendo do tipo de missão ia ser preciso uma segunda parelha de F-16 para que a primeira pudesse reabastecer pois apesar de levar cerca de 5 minutos o reabastecimento, seria imprudente aproximar o tanker do local da missão (ex: Escolta aviões Russos).
PS: Alguém sabe que tipo de proteção a base das Lajes tem ou teve (quando era mais usada pelos Americanos), ou por ser um "posto de reabastecimento" a proteção é assegurada por nós?
Não é bem assim. Os sistemas de abastecimento, que eu saiba, são permanentes no aparelho, isto é, o Boom e a consola para controlar o abastecimento. Mas mesmo que hipoteticamente tivessem que ser retirados para outra missão, que outra missão teria cariz urgente, ao ponto de ser um problema retirar os ditos módulos? Por exemplo se tiverem que ir buscar 200 pessoas a um PALOP, não se vai de forma súbita, é sempre um voo planeado, além de que nada impede a aeronave de já estar equipada com os assentos, quando fosse fazer AAR. Ou seja, o avião não está "preso" por ter capacidade AAR
Depois, a aeronave não precisa de estar em QRA como estão os F-16 (prontidão de 15 minutos). Se poder descolar em 1 hora, hora e meia, é suficiente.
Quanto a custos, não, não deve ser mais caro que ter uma parelha QRA nos Açores (então e a Madeira? Se calhar geograficamente justifica tanto ou mais que os Açores). Até porque o MRTT, estaria na sua base operacional, e não num destacamento, enquanto QRA nos arquipélagos, obrigava a criação da infraestrutura necessária, e de ter também pessoal de terra e equipamento para conseguir trabalhar nas aeronaves. Depois é o desafio de ter, em vez dos 4 actuais, o dobro dos pilotos em QRA permanente, se também tivesse parelha de reserva. Se juntarmos a Madeira, mais 4 pilotos e 4 aeronaves... No fim, 12 pilotos e 12 aeronaves em QRA. Impraticável, e se vier o F-35, ainda mais complicado será.
Do que se vê, os americanos não aparentam ter nada de baterias Patriot nem nada que se pareça. No passado não sei, mas pelo menos no presente, só se estiverem arrumadinhos. Da nossa parte, não temos nada para defender a base de ameaças aéreas. Quanto muito Bitubos e Stingers, e mesmo assim... Nem Monte Real tem mais que isso!