nao sejas palhaço
o que sabes tu de mortes???
ja alguma vez deste um tiro, ou sentiste o calor extremo de uma bala a penetrar a carne?
falas...falas...mas nao dizes nada
a maior parte de voces nunca saiu das saias da mama...e anda para ai a debitar o que le no wikipedia...ou o que ouve nos telejornais.
sabes la tu o que é ser portugues? o que é combater nas florestas quentes de africa pela nacao?
ou pensas que o cheiro a cadaver se sente num jogo de computador ou playstation...
ou o crepitar dos ossos quebrados de um camarada esventrado por uma mina mesmo ao teu lado...
sabes la tu o que é ser portugues...quando te perseguem pela mata durante dias, com o corpo coberto de suor e urina e o unico a que te agarras é ao pensamento da terra distante...sabes la tu o que é ser portugues?
Tenho de começar por admitir uma coisa: de facto, a minha experiência militar não me levou a tomar parte num verdadeiro conflito. Por isso, acredite ou não, tenho um profundo respeito por aqueles que sofreram na sua carne a violência de um campo de batalha.
Mas a sua experiência traumatizante deveria ser mais um motivo para rejeitar a violência indiscriminada contra civis inocentes. Como já escrevi, não posso pretender entender o drama pelo que passou o senhor. Foi soldado ? Participou nas guerras coloniais ? Então não me diga que um antigo soldado que conheceu "o crepitar dos ossos quebrados" pode razoavelmente justificar as acções de um grupo terrorista e chamar-lhes "soldados da liberdade". Repito que nada justifica assassínios ou atentados cegos.
Quanto a ser Português, não vou entrar aqui num debate filosófico com o objectivo de definir quem é ou não um bom e verdadeiro Português. Não tenho a pretensão de pensar que possa decidir quem é ou não.
Só mais umas coisas:
1. Não costumo recorrer à wikipedia quando quero informações fiáveis.
2. Não jogo playstation, e conheço perfeitamente a diferença entre um jogo e o mundo real.
3. Apesar das "saias da mama" serem confortáveis, há muito que deixei de me agarrar a elas.
4. Não gosto que me chamem palhaço.