Fusão entre PSP e GNR

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Lightning

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« Responder #45 em: Agosto 02, 2006, 04:27:15 pm »
Mas esta página é sobre a fusão das várias forças de segurança ou é sobre o material que deve ou não equipar as forças armadas? :lol:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #46 em: Agosto 02, 2006, 04:29:48 pm »
Hélder deixa lá o lecavo se explicar...até ele poder, não estamos a ajudar ao diálogo.  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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lecavo

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Resposta ao Jorge Pereira
« Responder #47 em: Agosto 02, 2006, 05:44:00 pm »
Viva!
Então vamos lá.
Portugal é um país com muito poucos recursos naturais. Tirando o nosso mar (Continente; Açores e Madeira) e as nossas florestas, pouco mais nos resta. A verdade é que todos os dias os espanhóis e outros, nos entram pelos Açores adentro e ROUBAM TUDO O QUE LÁ HÁ. Conheço alguma coisa dos Açores, também lá tenho familiares e posso-lhe dizer que os “fundos” dos Açores, que há dez anos eram riquíssimos, hoje estão “secos” ou quase. Os nossos vizinhos espanhóis têm lá barcos constantemente a pescar e a matar o que não pescam. Como o leito do mar dos Açores é muito rochoso, devido à sua origem vulcânica, as artes de pesca rasgam-se e ficam lá por baixo a matar permanentemente. Não sei o que se passa na região da Madeira, mas presume que o mesmo (há 3 anos estive 15 dias em Porto Santo e só por uma vez vi um navio de guerra a passar ao largo). O Continente não está melhor. Se falarem com os nossos pescadores, ficam a saber que os nossos vizinhos também por cá andam a rapinar o “pescado”. Quando falava nos submarinos, trocados por navios de pequeno porte, de fácil manutenção, baixo consumo e grande rapidez, não pretendia dizer que a marinha de guerra deveria passar a ser equipada com traineiras! Mas em vez de meia dúzia de fragatas e outras tantas corvetas e dois submarinos, podia ter as tais fragatas e corvetas e dezenas de embarcações mais ligeiras devidamente equipadas com meios electrónicos de ponta a ocupar os nossos mares e a defender convenientemente os tais recursos marinhos. Quando o meu amigo dizia: “Nas questões de defesa não há vazios. Estes preenchem-se rapidamente e pagam-se caro. Quem é que acha que preencheria o nosso se abdicarmos de tudo aquilo que mencionou? Percebe agora a questão do passaporte?” – pois meu caro amigo, é isso mesmo que os espanhóis e outros estão fazer-nos neste momento. Como não estamos no nosso mar, eles estão a ocupá-lo. Não é futuro, é presente. Fale com os pescadores do continente e das ilhas, que eles corroboram-lhe a minha afirmação.

No que diz respeito aos aviões, anda o governo tão aflito porque não tem dinheiro para comprar aviões de combate aos fogos, mas tem dinheiro para comprar F16. As nossas florestas, o outro recurso natural arde ano após ano, porque não há meios, etc., etc. O dinheiro de cinco F16 davam para comprar helicópteros e aviões de combate a incêndios e de resgate no mar, etc., para dar e vender. A utilidade dos F16 na minha opinião é nenhuma, quando comparada com aviões de vigilância e observação da nossa zona económica exclusiva, vulgo mar. Repare que todos esses meios aéreos podiam e deviam ficar entregues à força aérea, que em vez de ter uma orgânica e equipamento ofensivo (grande poder bélico ofensivo), ficaria com outras valências na área da vigilância, observação (não perderia a sua utilidade no seio da OTAN) e defesa dos nossos recursos naturais.

Carros de combate: Carros de combate de lagartas (M60; Leopard; Abrahams, etc) de aquisição muito dispendiosa e de utilidade duvidosa, seriam substituídos por carros blindados de rodas. Permitia-nos ter meios blindados, mas muito mais ligeiros. Aliás têm sido meios blindados deste genro, os utilizados pelas nossas tropas nas diversas missões no estrangeiro, em que têm participado.  Que eu saiba, nunca foi levado um M60 nessas missões.

Haverá ainda muita gente a pensar que Portugal é uma potência mundial, com possessões espalhadas pelo mundo e a necessitar de umas forças armadas capazes de enfrentar qualquer ameaça contra essas ditas possessões. Mas a realidade é outra. Portugal está perfeitamente integrado numa Europa pacificada, onde não se coloca sequer a hipótese de qualquer conflito militar entre os países desta União Europeia. Não creio que a nossa vizinha Espanha seja uma ameaça militar para nós. Eles não ambicionam tomar militarmente falando o nosso território (pelo menos enquanto tivermos o Alberto João Jardim, podemos estar descansados, estrategicamente ele vale por vários porta-aviões). Nós somos ingovernáveis, eles metiam-se numa alhada do arco-da-velha. Para eles é muito mais fácil, pacifico, barato e lucrativo assaltar-nos com embarcações de pesca e com as “Zaras” e “El Corte Inglês”.

A verdadeira ameaça está nos grupos terroristas árabes, que enviam pequenas células acéfalas capazes de pôr a nossa segurança em grande risco. Os americanos e o 11 de Setembro são disso um exemplo. Não tenho qualquer receio de uma invasão em massa por parte dos espanhóis ou dos marroquinos, mas já não digo o mesmo em relação a estes grupos terroristas. Aliás, basta estar atento ao que se está a passar no Líbano. Reparem no poderio militar de Israel e na sua enorme dificuldade em conseguir derrotar um “pequeno” grupo terrorista que coloca constantemente em perigo as suas populações civis e Israel tem cometido as maiores atrocidades nesta guerra (em que muita gente tem fechado os olhos – eu também!) onde quase tudo vale para exterminar o Hezbollah, com um sucesso muito comedido. Julgo que este é o melhor exemplo da verdadeira ameaça que paira sobre as nossas cabeças.

Para terminar e como disse anteriormente, sou um leigo nestas matérias. Não pretendo nem por sombras fazer escola com as minhas ideias. É apenas a minha opinião sobre o assunto, que aqui abordei de uma forma muito singela. Claro que a problemática em torno das forças armados é muito mais abrangente e complexa.

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

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pedro

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« Responder #48 em: Agosto 02, 2006, 06:37:02 pm »
Caro lecavo um dos pilares mais importante dum pais e as suas forcas armadas para a defesa do pais, quanto a isso de mais barcos para patrulhar as costas pois ja somos dois mas ha um problema e se como sempre o governo de madrid manda os seus patrulhas o Bams para defender as suas traneiras, nao e com patrulhas com os NPOs que nos nos vamos defender mas sim com poucas mas boas fragatas e com f-16 etc... o nao??? :wink:
 

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Lightning

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« Responder #49 em: Agosto 02, 2006, 07:11:59 pm »
Eu sinceramente acho que essa ideia que o dinheiro dos submarinos devia ter sido gasto em mais NPOs ou o dinheiro dos F-16 gasto em mais aviões e helicopteros para combater os incêndios e todas essas possiveis compras acho um perfeito disparate, se ouver realmente interesse em ter mais NPO, helicopteros ou qualquer outro material não há necessidade nenhuma de cancelar a compra de outros equipamentos porque esse dinheiro existe, e quando falam que em vez de andarmos a comprar equipamento para as forças armadas deviam era melhorar as escolas, os hospitais e etc só me dá vontade de rir, Portugal já é dos paises que mais investe na saude e educação, gostava que comparassem o orçamento desses ministérios comparado com o ministério da defesa, o problema não é falta de investimento é sim o mau investimento, é do estilo há x euros para melhorar o piso do hospital mas em vez de por um chão novo no corredor, tapar os buracos do tecto e por portas novas acham melhor comprar um ar condicionado para o gabinete do senhor director e comprar uns computadores de ultima geração, e coisas assim do género.

Eu até posso dar um exemplo nas forças armadas, certo dia o senhor comandante ficou com a ideia que os militares da sua unidade tinham muitos carros mas existiam um reduzido de lugares de estacionamento e decidiu construir um parque de estacionamento num parque relvado, passado uns anos esse senhor foi promovido e veio outro para ocupar o seu lugar, esse ficou com a ideia que os militares tinham poucos lugares para practicar desporto e no lugar do parque de estacionamento decidiu construir um ringue desportivo. Enqunto isso tudo acontecia existiam alojamentos com portas rachadas, casas de banho com canalizações arrebentadas, janelas empenadas, etc, talvez até o dinheiro para melhoraria das condições venham de outro lado mas isso vai da prioridade dada a cada assunto e as coisas podiam ser mais bem oganizadas.
 

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Marauder

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Re: Resposta ao Jorge Pereira
« Responder #50 em: Agosto 02, 2006, 07:17:14 pm »
Citação de: "lecavo"
Viva!
Então vamos lá.
Portugal é um país com muito poucos recursos naturais. Tirando o nosso mar (Continente; Açores e Madeira) e as nossas florestas, pouco mais nos resta. A verdade é que todos os dias os espanhóis e outros, nos entram pelos Açores adentro e ROUBAM TUDO O QUE LÁ HÁ. Conheço alguma coisa dos Açores, também lá tenho familiares e posso-lhe dizer que os “fundos” dos Açores, que há dez anos eram riquíssimos, hoje estão “secos” ou quase. Os nossos vizinhos espanhóis têm lá barcos constantemente a pescar e a matar o que não pescam. Como o leito do mar dos Açores é muito rochoso, devido à sua origem vulcânica, as artes de pesca rasgam-se e ficam lá por baixo a matar permanentemente.

http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... 0(Portugal)&Hasnote=1&typeOut=4&Tx=1 (faça copy paste senão não abre)
Perante factos não há argumentos.
Também li uma noticia que se não me engano era dos Açores, que considerava os Açores como um exemplo de como proteger os oceanos e seus recursos. Estava no Diário Digital à um mês atrás. Com um pouco de esforço até a consigo encontrar..

Citação de: "lecavo"
Não sei o que se passa na região da Madeira, mas presume que o mesmo (há 3 anos estive 15 dias em Porto Santo e só por uma vez vi um navio de guerra a passar ao largo). O Continente não está melhor. Se falarem com os nossos pescadores, ficam a saber que os nossos vizinhos também por cá andam a rapinar o “pescado”.

Madeira
http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... 0(Portugal)&Hasnote=1&typeOut=4&Tx=1 (faça copy paste senão não abre)

Continente
http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... Out=4&Tx=1

Citação de: "Lecavo"
Mas em vez de meia dúzia de fragatas e outras tantas corvetas e dois submarinos, podia ter as tais fragatas e corvetas e dezenas de embarcações mais ligeiras devidamente equipadas com meios electrónicos de ponta a ocupar os nossos mares e a defender convenientemente os tais recursos marinhos.
P-3 Orion fazem a vigilancia aérea e quando descobrem ilegalidade mandam as coitadas das corvetas e fragatas. No futuro para além do P-3, o C-295 também realizará vigilância, e mandaremos as NPO.

Desde que foi inventado o Radar e mecanismos avançados de vigilância não é preciso ter assim tantos meios lecavo. Logo, existe dinheiro para fragatas e submarinos, e os interesses dos pescadores são preenchidos.

E não sei do que eles se queixam. Caso não saiba, no outro dia estavam em greve porque aparentemente a polícia marítima estava a fiscalizá-los demasiado. Hum, estranhamente apenas 1 TERÇO das embarcações estava a usar redes ilegais, mas coitados dos pescadores, é uma autentica perseguição.

Citação de: "Lecavo"
Como não estamos no nosso mar, eles estão a ocupá-lo. Não é futuro, é presente. Fale com os pescadores do continente e das ilhas, que eles corroboram-lhe a minha afirmação.

Estranho, os nossos também vão pescar noutros países, vamos começar agora com nacionalismos com o mar é? Espanhóis a pescar é mais no continente com deu para ver nos dados, que pode consultar em:

http://www.seaaroundus.org/eez/eez.aspx

Sim, até já estou a ver os pescadores a chorar que o governo não faz nada (ao mesmo tempo que fazem greves acerca da fiscalização da polícia maritima), e nem devem ter reparado que os aviões que passam andam a controlar as operações. E também não devem ler as notícias que de vez em quando ainda existem algumas escaramuças entre patrulhas portugueses e pescadores espanhóis, principalmente para os lados de V.N. de Santo António e Guadiana.


Citação de: "Lecavo"
No que diz respeito aos aviões, anda o governo tão aflito porque não tem dinheiro para comprar aviões de combate aos fogos, mas tem dinheiro para comprar F16.
É melhor informar-se antes de falar, os F-16 já estão comprados já à uns valentes anos, e não é por falta de dinheiro que não existem aviões de combate aos fogos. Aliás, caso não saiba, estes sempre os houve, simplesmente o governo achou que seria no melhor interesse do país que fossem alugados, devido à sazonalidade de seu uso.

Citação de: "lecavo"
Carros de combate: Carros de combate de lagartas (M60; Leopard; Abrahams, etc) de aquisição muito dispendiosa e de utilidade duvidosa, seriam substituídos por carros blindados de rodas. Permitia-nos ter meios blindados, mas muito mais ligeiros. Aliás têm sido meios blindados deste genro, os utilizados pelas nossas tropas nas diversas missões no estrangeiro, em que têm participado.  Que eu saiba, nunca foi levado um M60 nessas missões.
Se tivessemos blindados em condições secalhar até os levavamos, ou nunca penso nisso? E isso da substituição de lagartas por carros blindados de rodas, na internet encontra muita informação o porquê ninguém faz isso, ou pelo menos a esmagadora maioria. Existem outros fóristas aqui que melhor explicam este facto também.

Citação de: "Lecavo"
Portugal está perfeitamente integrado numa Europa pacificada, onde não se coloca sequer a hipótese de qualquer conflito militar entre os países desta União Europeia. Não creio que a nossa vizinha Espanha seja uma ameaça militar para nós. Eles não ambicionam tomar militarmente falando o nosso território (pelo menos enquanto tivermos o Alberto João Jardim, podemos estar descansados, estrategicamente ele vale por vários porta-aviões). Nós somos ingovernáveis, eles metiam-se numa alhada do arco-da-velha. Para eles é muito mais fácil, pacifico, barato e lucrativo assaltar-nos com embarcações de pesca e com as “Zaras” e “El Corte Inglês”.

Segundo essa ideia, então deviamos só ter polícias como a Costa Rica. Eu também acredito que no medio/longo prazo a UE ainda se vai manter, mas no entanto, não é por não haver perigo neste periodo de tempo que vamos acabar com as FA. Garanto-lhe que tal política saíria muito má ao país no futuro. Só a titulo de exemplo, bastaria que a UE desse o ultimo passo para a federação para que muitas nações "abandonassem o navio" (segundo a minha opinião), e depois como é que é?  


Citação de: "lecavo"
A verdadeira ameaça está nos grupos terroristas árabes, que enviam pequenas células acéfalas capazes de pôr a nossa segurança em grande risco. Os americanos e o 11 de Setembro são disso um exemplo. Não tenho qualquer receio de uma invasão em massa por parte dos espanhóis ou dos marroquinos, mas já não digo o mesmo em relação a estes grupos terroristas. Aliás, basta estar atento ao que se está a passar no Líbano. Reparem no poderio militar de Israel e na sua enorme dificuldade em conseguir derrotar um “pequeno” grupo terrorista que coloca constantemente em perigo as suas populações civis e Israel tem cometido as maiores atrocidades nesta guerra (em que muita gente tem fechado os olhos – eu também!) onde quase tudo vale para exterminar o Hezbollah, com um sucesso muito comedido. Julgo que este é o melhor exemplo da verdadeira ameaça que paira sobre as nossas cabeças.

Sim, mas não com o combate aos grupos terroristas com apenas polícias que se vai a algum lado. É como existir uma fonte de extremistas no estrangeiro, mas a gente só os pode atacar em Portugal com os polícias. Não é com apenas polícias em Israel que este consegue dialogar, também precisa ter o "braço armado", nem que seja como força dissuadora. Aliás no caso israelita aonde existe alguma lógica na causa deve existir diálogo e o conflicto só assim será resolvido. Noutros casos em que os objectivos dos grupos terroristas são "Morte ao infiel" e "Riscar Israel do Mapa", pois aí já não passa muito pelo diálogo.
 

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lecavo

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« Responder #51 em: Agosto 03, 2006, 11:56:45 am »
Viva!
Caros amigos, como disse, sou leigo no assunto, não percebo nada de estratégia militar, não percebo mesmo nada disto, apenas dei a minha opinião.

Desculpem-me, não é para fujir à discução, mas não quero continuar a a falar sobre este assunto, não que não seja importante, mas porque não percebo nada sobre o referido assunto e também porque este é um tema dirente do que se está aqui a ser discutir.

Um abraço a todos.
Um abraço.

--Lecavo
 

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Marauder

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« Responder #52 em: Agosto 03, 2006, 12:07:09 pm »
Citação de: "lecavo"
Viva!
Caros amigos, como disse, sou leigo no assunto, não percebo nada de estratégia militar, não percebo mesmo nada disto, apenas dei a minha opinião.

Desculpem-me, não é para fujir à discução, mas não quero continuar a a falar sobre este assunto, não que não seja importante, mas porque não percebo nada sobre o referido assunto e também porque este é um tema dirente do que se está aqui a ser discutir.

Um abraço a todos.


Oh caro colega, mas as opiniões podem se alterar né? Tal como as pessoas podem aprender coisas novas.

Aliás, a minha definição de velhos e jovens é que os velhos tem opiniões imutáveis, e os "jovens" estão dispostos a alterar estas à face de novos dados. Como é obvio, existem velhos que na realidade são "jovens", e "jovens" que são na realidade "velhos". Eu tenciono ser jovem até morrer :lol:

Este é um bom sítio para troca de ideias e ganhar mais conhecimentos a nível de tópicos relancionados com defesa, etc. Ou pelo menos ter opiniões diferentes de outras pessoas.

E isso de Off-topic, é verdade, mas até que o Lince, Jorge, Luso, Papatango nos "dêem" nas orelhas vale tudo. Tou a brincar é claro.

Cumprimentos

PS: As opiniões dos pescadores tem o valor que tem, portanto não podemos levar as afirmações directamente como factos.
 

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lecavo

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« Responder #53 em: Agosto 03, 2006, 10:27:48 pm »
Viva!
Quanto ás afirmações dos pescadores, digo-lhe que são as afirmações dos nossos pescadores. Dos pescadores portugueses. As dos espanhóis serão diferentes, mas essas não me interessam.

Se um dia for a Vigo, durante um fim-de-semana, dê uma olhadela ao porto de pesca deles. Têm ali uma frota de meter medo (mas têm mais portos de pesca, aquele é apenas um). Os nossos barquitos de pesca todos juntos não chegam a um terço da frota acostada em Vigo.

Quanto ao Açores, posso-lhe garantir que isto é verdade. O departamento de Oceanografia da Universidade do Açores tem feito muitos relatórios acerca do assunto. O mar dos Açores está a ficar "seco", e não são os nossos pescadores. Esses, coitados pescam "com cana e linha" não estão equipados com autenticas fábricas flutuantes (quase todas espanholas) que por ali andam completamente à vontade a roubar o que é nosso. É triste, mas é a realidade, uma realidade que não é possível escamotear, existe mesmo. O que me dói, é o facto do nosso governo nada fazer para por termo a esta invasão. Não é segredo nenhum. Nos Açores toda a gente sabe. Não acredito que a Secretaria Regional da Agricultura e Pescas não saiba e não transmita ao governo do Continente. É um verdadeiro caso de polícia!

Mas enfim….. é o país que temos.

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

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lecavo

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Resposta ao Marauder
« Responder #54 em: Agosto 03, 2006, 10:42:29 pm »
Viva!

Amigo Marauder, pelos visto Israel com tamanho poderio militar não está a conseguir aniquilar o Hezbollah, pelo menos a fazer fá nas noticias que as TV’s nos trazem.

Agora até já só dizem que o objectivo é enfraquece-lo!!!!!! Estranho não? Para quem há uns dias, no início da operação, dizia que o objectivo era destruir completamente o hezbollah!!! E olhe que eles têm feito para lá tropelias do arco-da-velha. Se aquilo se passa-se num país da Europa caía o Carmo e a trindade. Mas como é sobre aqueles “desgraçados”….. deixa correr!!!!!  Pessoas (velhos, mulheres e crianças) a serem chacinadas a torto e a direito!!!!! Não creio que sejam todas do Hezbollah.

Portanto a guerra contra o terrorismo não se combate apenas com um exército muito “potente”. Combate-se com informação, muita informação e total controlo sobre os movimentos terroristas. Impedindo que eles se financiem. Que se consigam “impor” no seio da população, que cresçam em importância e numero, etc., etc. etc.

Isto do combate ao terrorismo é uma coisa muito complexa. Não se explica em duas linhas.

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

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ricardonunes

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« Responder #55 em: Agosto 03, 2006, 10:55:27 pm »
Sr. lecavo esta discusão já tem um tópico proprio: Israel vs Hezbollah no Libano, e é bem vindo por lá (é uma mais valia), mas deixe que lhe diga o sr. Marauder, não é propriamente a pessoa que defenda as barbaridades israelitas.
Potius mori quam foedari
 

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Marauder

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« Responder #56 em: Agosto 04, 2006, 05:58:01 am »
Citação de: "lecavo"
Quanto ao Açores, posso-lhe garantir que isto é verdade. O departamento de Oceanografia da Universidade do Açores tem feito muitos relatórios acerca do assunto. O mar dos Açores está a ficar "seco", e não são os nossos pescadores. Esses, coitados pescam "com cana e linha" não estão equipados com autenticas fábricas flutuantes (quase todas espanholas) que por ali andam completamente à vontade a roubar o que é nosso. É triste, mas é a realidade, uma realidade que não é possível escamotear, existe mesmo. O que me dói, é o facto do nosso governo nada fazer para por termo a esta invasão. Não é segredo nenhum. Nos Açores toda a gente sabe. Não acredito que a Secretaria Regional da Agricultura e Pescas não saiba e não transmita ao governo do Continente. É um verdadeiro caso de polícia!


Boas, se puder arranjar dados para confirmar isso agradeço. Como os dados que lhe mostrei, os pescadores espanhóis aparentemente deixaram de pescar nos Açores a partir de 2000. Mas admito que somente consultei aquele site, logo, poderei estar errado.

Relativamente a Israel, estamos a falar de guerras não convencionais, tal como o Iraque e o Afeganistão. O poderio militar não se traduz no domínio da situação e estabilidade no terreno (todos os dias acontece algo no Iraque, que está numa quase guerra civil, e no Afeganistão quase todos os dias morre algum soldados ocidental ou algum atentado). Existem tópicos específicos para falar disso. Eu sou mais a favor da dignidade humana, mas reconheço que quando o inimigo luta "próximo de civis" é fácil surgirem mortes inocentes. Mas pronto, ao menos já se abandonou a ideia de "strategic bombing" que se fazia na 2ª guerra mundial :twisted:
 

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lecavo

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Resposta ao sr. ricardo nunes
« Responder #57 em: Agosto 04, 2006, 08:38:06 am »
Viva!

Nunca tal me passou pela cabeça. Aliás se ler os meus post's, não vê lá qualquer menção de que considero o marauder "apoiante" da acção militar de Israel no Sul do Líbano. Repare que usei a palavra "apoiante", já que para muita gente é aceitável este tipo de "efeitos colaterais", que na realidade não é mais do que malhar na população "civil". Mais uma vez repare que coloquei a palavra civil entre comas, já que numa guerra em que o inimigo se esconde no meio da população civil, fica-se sem saber quem é quem.

Israel comporta-se como um terrorista neste combate ao hezbollah (organização terrorista reconhecida como tal pela própria ONU).

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

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lecavo

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Resposta ao Marauder
« Responder #58 em: Agosto 04, 2006, 08:50:39 am »
Viva!

Amigo Marauder, para saber mais sobre os relatórios do Departamento de Oceanografia da UA, julgo que deve ser fácil encontra-los na net. (as cópias que li foram-me enviadas por um familiar, vou ver se consigo novamente obtê-los ou pelo menos saber onde possa procurá-los). Acerca da existência dos navios espanhóis a pescar no mar dos Açores, obtive esta informação de um familiar que trabalha como formador de pescadores no arquipélago. Ouvi essa afirmação muitas vezes da boca dele e de muitos outros pescadores locais. Eu próprio vi durante a noite dezenas de luzes no mar, que contadas eram em número superior à totalidade de navios com licença para pescar nos Açores (e isto apenas numa ilha e no nosso ângulo de visão). Perante isto, só se pode chegar a uma conclusão, os pescadores açorianos têm razão.

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

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Marauder

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Re: Resposta ao Marauder
« Responder #59 em: Agosto 04, 2006, 09:29:33 am »
Citação de: "lecavo"
Eu próprio vi durante a noite dezenas de luzes no mar, que contadas eram em número superior à totalidade de navios com licença para pescar nos Açores (e isto apenas numa ilha e no nosso ângulo de visão). Perante isto, só se pode chegar a uma conclusão, os pescadores açorianos têm razão.

As luzes não querem dizer nada, ou agora as luzes espanholas são diferentes das portuguesas?

 :wink:

Acerca de pescadores espanhóis, bem, tive a ver e eles tiveram permissão para pescar lá em 2004. Entre 2000 e 2003 não. O facto de aquele gráfico que lhe mostrei estar um pouco desactualizado pode ser um factor determinante. :roll:

Relativamente ao Departamento de oceanografia. Eles tem um site, mas não relatórios ou estatísticas on-line. Aliás, estas estão "em construção".

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Hezbollah não é reconhecido pela ONU como organização terrorista.
http://en.wikipedia.org/wiki/Hezbollah

Citar
The United Nations Deputy Secretary-General, Mark Malloch Brown, contested characterisations of the Lebanese militia as a terrorist organisation in the mould of al-Qaeda.[2] and the United States and the international community must respect Hezbollah as a political party, not a terrorist organization. [3]

The United States, Canada and Israel consider Hezbollah a terrorist organization, claiming that the organization initiates attacks against civilians and ideologically supports such attacks by other similar organizations.

The United Kingdom, Australia and the Netherlands officially list only the External Security Organization of Hezbollah (ESO) as a proscribed organisation.[24][25][26]

The European Union does not list Hezbollah as a 'terrorist organization',[27] but does list Imad Mugniyah,[28] who is widely believed to be heading the international branch of the Hezbollah.[citation needed]

Russia does not list Hezbollah as a terrorist organization[29].


Recomendo a leitura do tópico acerca de "Portugal deve enviar tropas para o Líbano?" na secção do Exército. Houve para lá um off-tópic a que faço mea-culpa, que pode a ajudar a perceber o relativismo que está por detrás da classificação de organizações terroristas.