Boa noite,
Mas ao contrário, é que quem está a impedir o acesso dos produtos são os Marroquinos e não os Espanhóis.
E talvez tenham razões para isso! Repare no seguinte:
Protestar contra maus tratos da polícia espanhola sobre cidadãos marroquinos, dizem. Embora haja quem diga que o verdadeiro problema é o facto de muitos dos agentes fronteiriços espanhóis serem do sexo feminino.
(…)
O Sindicato Unificado de Polícia espanhol denunciou, ao mesmo tempo, a pressão e a humilhação a que estão a ser submetidas as mulheres-polícias que trabalham na fronteira.
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…Espanha não pode consentir que "Marrocos a impeça de pôr mulheres nas fronteiras".
Porque é que ainda insistem em ter mulheres-polícias num local tão “sensível”?
Já sabemos que a religião deles é sensível ao facto de ser uma mulher a interpelar um homem, e, vice-versa. Os espanhóis também sabem isso, e insistem nesta prática. Isso é mesmo uma provocação.
Entrevistado pelo El País, (Mounaim Chaouki, coordenador da sociedade civil do Norte de Marrocos e responsável pelas relações externas daquele comité) explicou em tom exaltado os motivos do protesto: "Não podem imaginar como se comporta a polícia espanhola e como agride os marroquinos que querem entrar em Ceuta e Melilla." Todos os dias, 35 mil marroquinos atravessam a fronteira para trabalhar ou vender produtos em Espanha.
Talvez aqui haja um pouco de exagero, no entanto, não me admira se a policia se comporta de modo arrogante. Afinal, aos olhos de Espanha, Marrocos é um estado inferior.
Os marroquinos em protesto parecem ter apoio do Governo, pois só em Julho o Ministério dos Estrangeiros divulgou cinco comunicados sobre o assunto. Em quatro deles, diz o El País, denunciava a "propensão racista" das forças de segurança espanholas.
Espanha tem andado a “esticar a corda”.
O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse estar pronto a "dialogar, informar e esclarecer" Rabat sobre "as acções da polícia espanhola na fronteira com Melilla".
Foi preciso um bloqueio para Espanha estar pronta a “dialogar, informar e esclarecer”.
O próprio Rei de Espanha, Juan Carlos, pegou quarta-feira no telefone para falar com o Rei de Marrocos, Mohamed VI.
O Rei da nação superior, a “telefonar” ao Rei da nação inferior.
O bloqueio aos enclaves espanhóis devia ser definitivo, e, Espanha que se encarregasse de os abastecer. Afinal será que, a arrogante e prepotente Espanha, alguma vez admitiria ter, no seu território, dois enclaves pertencentes a um pais estrangeiro?
Cumprimentos