Combate a fogos pela F.A.P.

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #495 em: Setembro 12, 2016, 03:36:34 pm »
Offtopic
Essa frase muito provavelmente é mito.

Muito provavelmente foi criada por nós próprios sobre nós. Normalmente nós criticamos muito nos cafés, mas se tivéssemos oportunidade de estarmos cara-a-cara com algum político, estávamos calados a cumprimentar o fulano e a recolher o cromo/autocolante para a caderneta!

Abraço
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #496 em: Setembro 12, 2016, 04:31:51 pm »
O tal general romano era, supostamente, Júlio César. Em inglês, a citação refere "na Ibéria profunda", que parece ter sido  adaptada para a "parte ocidental". Mas em qualquer dos casos, não encontro qualquer referência credível.

Há, no entanto, outra citação de Júlio César relativamente à Ibéria (que ele conhecia bem); diz algo do género: "Antes número um numa pequena vila ibérica do que número dois em Roma". Também deve ser de credibilidade duvidosa.
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #497 em: Setembro 13, 2016, 01:59:10 am »
Não façam muito barulho senåo os pilotos ainda fogem para espanha! um piloto de combate a incendeos florestais ganha em espanha o dobro do que ganha um em Portugal 13 mil euros.

Interessante e verificar que o piloto ganha o dobro mas o kamov voa muito mais baratinho que em Portugal,  6000 euros/h
« Última modificação: Setembro 13, 2016, 02:02:41 am por ICE 1A+ »
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #498 em: Setembro 13, 2016, 09:52:11 am »
Não façam muito barulho senåo os pilotos ainda fogem para espanha! um piloto de combate a incendeos florestais ganha em espanha o dobro do que ganha um em Portugal 13 mil euros.

Interessante e verificar que o piloto ganha o dobro mas o kamov voa muito mais baratinho que em Portugal,  6000 euros/h

As trafulhices são tantas que é mesmo só para rir, não é ICE ???????? :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :conf: :conf: :conf: :conf: :conf: :conf: :conf: :conf: :conf:
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Raul Neto

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #499 em: Setembro 13, 2016, 04:10:21 pm »
Vejam este sistema Sul-Coreano para operação nocturna com o Kamov Ka-32: https://www.youtube.com/watch?v=SGbjTYvvIXo
« Última modificação: Setembro 13, 2016, 04:12:24 pm por Raul Neto »
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #500 em: Setembro 14, 2016, 10:46:17 am »
Offtopic
Essa frase muito provavelmente é mito.

Muito provavelmente foi criada por nós próprios sobre nós. Normalmente nós criticamos muito nos cafés, mas se tivéssemos oportunidade de estarmos cara-a-cara com algum político, estávamos calados a cumprimentar o fulano e a recolher o cromo/autocolante para a caderneta!

Abraço
Pior. Se calhar basta teres um tipo com um inquérito à frente e o discurso muda logo ou então influências da "política de massas do café" como o Kurt Lewin bem explica com as suas teorias sobre o efeito das multidões sobre o individuo.  ;D.  Não é à toa que muita gente critica tudo e mais alguma coisa, desde as finanças aos militares e depois realizam-se estudos de investigação e os dados  pintam uma realidade muito diferente.  ;)

Agora, não sei se a tal frase do general romano é mito ou não (existe referência a ter sido o General Galba http://alvorecer-escriba.blogspot.pt/2011/04/um-povo-que-nao-se-governa-nem-se-deixa.html, mas no que diz respeito à Banca Rota a mesma é tão ancestral como Portugal. Desde o tempo do povoamento do pais que se fala das péssimas contas do reino e desde que é contabilizado estatisticamente que por exemplo a dívida pública cresce, com um ou outro período de interrupção. O mais curioso é que pouco ou nada muda em 800 anos e a historia repete-se com uma frequência assustadora, e as razões são sobejamente conhecidas. As negociatas sobre os meios aéreos de combate aos fogos florestais é apenas uma gota que engrossa o caudal do rio.    ;)

Já agora, farto-me do ouvir dizer inclusive por quem está no ramo, que os Puma não servem para combater incêndios. Na Coreia que até tem os Kamov: 

Cumprimentos



« Última modificação: Setembro 14, 2016, 10:48:55 am por mafets »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #501 em: Setembro 14, 2016, 12:07:53 pm »
Sem dúvida :)

Mas eu acrescentaria o livro do médico francês Gustave Le Bon que na minha opinião, explica na perfeição o que é a política e como esta influencia as multidões, mesmo mais de 100 anos depois de escrito!!! (Gustave Le Bon: A psicologia das multidões). É divinal.
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #502 em: Setembro 14, 2016, 03:34:00 pm »
Citar
mafets
Já agora, farto-me do ouvir dizer inclusive por quem está no ramo, que os Puma não servem para combater incêndios. Na Coreia que até tem os Kamov: 

Cumprimentos

Boas!
caro mafets acho que nao tem a ver com os pumas em geral ,  mas sim em específico com os nossos velhinhos e gastos pumas

Convem  esclarecer uma coisa:
ninguem correu com a FAP dos incendeos florestais , foi a FAP , que dada a falta de meios,  se foi excluindo.
Mesmo  quando havia 2 kits para os C130, nunca o dispositivo funcionou com os dois aparelhos em simultáneo devido a falta de disponibilidade de C130 pela FAP que os tinha ocupados  noutras missões, com o inicio das missões no exterior , Bosnia, kosovo etc etc cada vez menos a FAP tinha avioes disponíveis , ate que lentamente deixou de os disponibilizar e o sistema foi desativado.
Quando se falou na compra de Canadairs a FAP recusou operar outra frota  de avioes diferentes, e informou que precisava de avioes de transporte e nao Canadair, e so encarava o uso de uma frota diferente se fosse para substituir outra ja  existente na sua totalidade.
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #503 em: Setembro 15, 2016, 01:41:51 pm »
Citar
mafets
Já agora, farto-me do ouvir dizer inclusive por quem está no ramo, que os Puma não servem para combater incêndios. Na Coreia que até tem os Kamov: 

Cumprimentos

Boas!
caro mafets acho que nao tem a ver com os pumas em geral ,  mas sim em específico com os nossos velhinhos e gastos pumas

Convem  esclarecer uma coisa:
ninguem correu com a FAP dos incendeos florestais , foi a FAP , que dada a falta de meios,  se foi excluindo.
Mesmo  quando havia 2 kits para os C130, nunca o dispositivo funcionou com os dois aparelhos em simultáneo devido a falta de disponibilidade de C130 pela FAP que os tinha ocupados  noutras missões, com o inicio das missões no exterior , Bosnia, kosovo etc etc cada vez menos a FAP tinha avioes disponíveis , ate que lentamente deixou de os disponibilizar e o sistema foi desativado.
Quando se falou na compra de Canadairs a FAP recusou operar outra frota  de avioes diferentes, e informou que precisava de avioes de transporte e nao Canadair, e so encarava o uso de uma frota diferente se fosse para substituir outra ja  existente na sua totalidade.
Não Ice. A questão dos Puma teve a ver com os usados pelos suíços (super puma), nomeadamente vistos nesta foto. Desde o facto de "não servirem", à "excepcional" frase de que "os suíços não tem fogos florestais", passando pelo "é para a fotografia", tudo foi dito por essas redes sociais fora. Já agora, os únicos Puma sobejamente criticados foram os da Policia de Fronteira alemã que cá estiveram, segundo quem anda no ramo "a não fazer nada"(segunda foto). 


A questão dos MAFFS na FAP não foi assim. Os dispositivos eram dois, um quando funcionava o outro estava de reserva. Segundo um piloto, quando o sistema era usado chegou a fazer 30 descargas num dia. Quem activava o sistema não era a FAP mas sim, pelo que percebi, os Bombeiros via MAI, algo que deixou de acontecer no inicio dos anos 90, sendo a FAP retirada do dispositivo de combate a incêndios. Apesar disso a FAP manteve um sistema a funcionar canibalizando outro até meio dos anos 90 e só com a obsolescência do sistema e face ao que o poder político fez, é que foi desactivado.


Existem diversos sistemas organizacionais possíveis que não tem de passar obrigatoriamente por meios como Cl415 ou Fire Boss. Nos EUA nenhum dos ramos possui meios específicos para combater incêndios e todos o fazem, desde os Marines à Marinha,  passando pela USAF e Exercito, também por uma questão de organização. Nenhum MAFF ou inclusive a calda é da USAF (ou da guarda costeira, que também usa os seus C130 para combater incêndios), mas sim do US Forest Service, o qual apenas contrata meios privados para o dispositivo regular, mas quando estes não estão disponíveis ou são impossíveis de alugar, activa os meios das Forças Armadas com quem estabelece protocolos (paga os sistemas, horas de voo e fornecimento da calda, se for o caso, enquanto que os ramos fornecem os meios, pessoal e fazem a manutenção). Com a FAP poderia ser algo do género o que eliminava a necessidade de ter aparelhos mais específicos como os Cl415 ou Fire Boss/Air Tractor. Portanto é uma questão de ter um modelo que sirva tanto a FAP como o MAI/Bombeiros/ANPC, e que possa simplesmente disponibilizar meios quando estes não existem ou são caros de alugar, de forma a  que o aluguer de meios aéreos de combate aos fogos florestais não esteja dependente de qualquer "cartel do fogo".




É certo que na Espanha ou na Croácia por exemplo a organização sub-entende os tais Anfíbios. Mas em Portugal não tem obrigatoriamente de ser assim.



Saudações
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #504 em: Setembro 15, 2016, 11:52:30 pm »
Esta noticia já se falou, mas é só para salientar a participação da Força Aérea.

Citar
IGAI encontrou “falhas notórias” no controlo dos Kamov

Segundo o Público, a análise técnica da documentação das aeronaves foi feita pela Inspeção Geral da Força Aérea, que prestou apoio técnico aos instrutores da IGAI e que, com base nessa avaliação, conclui que existiram “falhas notórias na esfera da gestão da aeronavegabilidade” por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/igai-encontrou-falhas-notorias-no-controlo-dos-kamov/
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #505 em: Setembro 16, 2016, 09:25:46 pm »
Seria possível o financiamento, por parte da UE, quase total dos meios aéreos desde que eles fossem principalmente utilizados em missões de âmbito civil?

CL-415/Be 200 como meios anfíbios pesados de combate a incêndios e Busca e salvamento, Patrulha e Fiscalização marítima, combate à poluição.

Kamov - Heli pesado combate a incêndios, busca e salvamento.

Heli Ligeiro - Combate a incêndios, instrução de pilotos da FA.
« Última modificação: Setembro 17, 2016, 06:07:28 pm por HSMW »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #506 em: Setembro 19, 2016, 03:27:56 pm »
Seria possível o financiamento, por parte da UE, quase total dos meios aéreos desde que eles fossem principalmente utilizados em missões de âmbito civil?

CL-415/Be 200 como meios anfíbios pesados de combate a incêndios e Busca e salvamento, Patrulha e Fiscalização marítima, combate à poluição.

Kamov - Heli pesado combate a incêndios, busca e salvamento.

Heli Ligeiro - Combate a incêndios, instrução de pilotos da FA.
A noticia original falava de 50 milhões num negócio de duas aeronaves por possivelmente um máximo de 80 milhões (apesar de cada C415 custar abaixo dos 40 milhões e não perto dos 50 milhões a unidade, de que falava um governante anónimo actual ao subir o total do negócio para 3 aparelhos por 140 milhões http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-08-28-Portugal-recusou-50-milhoes-da-UE-para-compra-de-avioes ). Na continuidade da tal notícia, de facto era dito que o financiamento poderia ir até aos 85%.
Citar
O convite esteve aberto até 29 de fevereiro de 2016, mas o estado português optou por não apresentar qualquer candidatura. Em causa estavam €50 milhões, a fundo perdido, para comparticipar, até 85%, a compra das duas aeronaves.

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« Última modificação: Setembro 19, 2016, 03:47:49 pm por mafets »
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P-3 Orion - Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #507 em: Outubro 02, 2016, 11:37:25 am »
Vou aproveitar que ainda tem estado calor para "reanimar" este tópico.

Outra opção, embora seja uma aeronave não tão flexível como o Canadair, seria obter uns P-3 em segunda-mão e os converter para combate aos incêndios ou até mesmo ver se ainda existem P-3 water bombers da Aero Union que faliu ainda à venda.

Pode até não ser um avião anfíbio, com as mesmas capacidades e possibilidade de locais de reabastecimento como o Canadair e o Beriev Be-200, mas já temos uma logística e pessoal formado visto que já operamos os P-3C. Seria uma questão de aumentar o número de horas de voo para formar mais tripulações na esquadra 601 e as formar para o combate aos incêndios.

Estes P-3 também parecem ter uma capacidade de água ou calda retardante (~11356 litros) ligeiramente superior aos Beriev. Fora da época de incêndios poderiam ser utilizados para treino das tripulações de P-3, vigilância marítima e para transporte de passageiros.



Obviamente que os CL-415 continuam a ser uma opção mais sensata em termos de capacidade de reabastecimento anfíbio no nosso território e em termos de custo de aquisição.

Cumprimentos,
« Última modificação: Outubro 02, 2016, 04:35:01 pm por Get_It »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #508 em: Novembro 10, 2016, 12:25:05 pm »
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/governo-vai-avaliar-viabilidade-da-forca-aerea-operar-meios-para-combater-incendios
Citar
Numa resposta enviada à agência Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, adianta que estão previstas alterações ao nível dos meios aéreos de combate a incêndios.

Uma das alterações passa por avaliar a viabilidade da Força Aérea Portuguesa (FAP) em garantir a operação dos meios aéreos do Estado, sendo esta avaliação feita após a cessação dos atuais contratos com os operadores privados.

De acordo com o gabinete de Jorge Gomes, nas decisões de aquisição de aeronaves pela FAP vai pesar a capacidade de combate a incêndios florestais.

O gabinete do secretário de Estado da Administração Interna avança também que vai ser feito um estudo comparativo, incluindo análise custo-benefício, entre aquisição e locação de meios aéreos dedicados ao combate a incêndios florestais, a operar pela FAP, que discrimine os custos do período crítico dos incêndios.


Em 2006, o Estado português adquiriu dez meios aéreos – seis helicópteros pesados Kamov e quatro helicópteros ligeiros B3-Ecureuil -, mas atualmente apenas estão operacionais três Kamov e três B3.

A frota começou a ficar mais pequena logo em 2007, quando um B3 se despenhou no Gerês e o piloto morreu.

Dos seis Kamov do Estado, apenas três estão atualmente aptos para voar, estando dois inoperacionais e outro acidentado, desde 2012. O Orçamento do Estado para 2017 tem uma verba prevista para a reparação dos dois helicópteros pesados inoperacionais.

Com a extinção da Empresa de Meios Aéreos, em outubro de 2014, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ficou responsável pela gestão dos contratos de operação e manutenção dos meios aéreos próprios do Estado.

Em fevereiro de 2015, a empresa Everjets ganhou o concurso público internacional de operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado para quatro anos, num valor superior a 46 milhões de euros.

Anteriormente era a Heliportugal a empresa responsável.

Durante o processo de transferência, verificou-se “uma série de não conformidades graves no estado das aeronaves”, estando apenas operacionais, na altura, um dos seis helicópteros.

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #509 em: Dezembro 08, 2016, 04:04:45 pm »
Este senhor doutor tanto diz umas coisas sensatas como depois diz outras coisas a mostrar o seu verdadeiro ADN de político.

Citação de: SAPO 24
Falou no combate aos incêndios, há quem defenda que o financiamento devia ser feito pela prevenção e não por fogo apagado, caso contrário está-se a estimular uma indústria que vive deste negócio. Concorda?

Que haja uma dimensão económica do combate a incêndio, naturalmente que sim, basta a circunstância da contratualização com privados que, não tendo de ser bons samaritanos, presume-se que querem ter um lucro razoável. Isso nem sequer me constrange particularmente. Quanto ao modelo, a estratégia de combate aos incêndios, é essencialmente pensada e executada pela Administração Interna, portanto não quero pronunciar-me sobre isso. Pronunciei-me quando fui perguntado e o primeiro-ministro, numa intervenção que fez quando fomos visitar as delegações de países estrangeiros que vieram ajudar no combate aos incêndios, expôs em 20 ou 25 minutos porque é que se esperava que as Forças Armadas, em particular a Força Aérea, tivessem um papel mais significativo aí.

Vai ser a Força Aérea a combater incêndios?

Isto envolve questões, uma delas é o equipamento. Sem prejuízo de não ter que me preocupar com qual o equipamento para combate a incêndios, sei que tenho in-house pilotos do melhor que há, sei que algum equipamento está previsto com o duplo uso neste sentido, civil e militar, e seria desperdício deixar de lado. Depois, há a circunstância de a Força Aérea desempenhar já inúmeras missões que têm um carácter civil, no sentido não estritamente militar ou bélico, como o transporte de doentes, o salvamento de pessoas ou missões de fiscalização e vigilância da nossa costa, das nossas águas. A questão que se coloca é a do modelo. O modelo está a ser pensado, mas não é extraordinariamente urgente, porque o governo anterior prolongou até 2017 o contrato com privados e isso dá-nos o tempo para, de uma vez por todas, enfrentarmos a questão: quem está mais vocacionado, quem tem mais capacidade de planeamento, mais capacidade operacional.

António Costa defendeu, enquanto ministro de Estado e da Administração Interna, que devia ser a Força Aérea a combater os incêndios. A criação da EMA, na altura, foi uma escolha condicionada.

É impensável, é uma doença portuguesa, falarmos sempre do que aconteceu no passado para explicar porque não acontece no presente ou não vai acontecer no futuro. Não tenho a certeza que as Forças Armadas estivessem vocacionadas ou tivessem especial vontade nessa altura. Há circunstâncias em que é difícil uma visão completa do que aconteceu.

Mas a Força Aérea já se mostrou disponível.

Quando?

No governo anterior.

Isso, felizmente, já parece a pré-história. A situação a que se refere mudou. A questão principal colocou-se em 1999. Agora vamos estudar o modelo.

Não existem já estudos feitos?

Não, isso é outro mito. O estudo mais recente ficou a meio. Não só ficou a meio, como as partes que o elaboraram colocaram uma nota em que declararam não concordar com a interpretação dos termos fundamentais utilizados, como operações, empenhamento. E apontavam para a possibilidade ou a vantagem do maior envolvimento da Força Aérea, mas faltava a segunda parte, uma coisa que as pessoas esquecem, que é dizer como seria esse envolvimento. Se ler o relatório, que eu li de fio a pavio, não está lá. Ora, demorou dois anos a fazer um relatório que, no fundo, não passa da sopa. Agora mal passou um ano e já se avançou muito, já se consensualizou que a Força Aérea pode e deve ter um papel no combate aos incêndios e nas missões de interesse público e já se está a falar, não de estudos, mas de algo no plano executivo.

Qual será o próximo passo?

Vão ser lançados concursos públicos para a aquisição dos helicópteros que vêm substituir os que deixam de poder voar no início de 2018, o que quer dizer que temos de andar com celeridade.

Vão comprar mais Kamov?

Nunca comprei Kamov. Eu sou muito aborrecido, porque repito sempre a mesma coisa, pareço a grafonola do Eça. Também existe a questão do avião de transporte, mais tarde ou mais cedo vai ter de ser enfrentada a substituição dos C-130. A questão não é dramática, o Ministério da Defesa lançou já um concurso para a modernização dos novos C-130, infelizmente menos um por causa da tragédia do 11 de Julho, um momento terrível. Temos um modelo, que é o KC390, de que tanto se fala, porque tem uma componente nacional forte, quer através da investigação e concepção, quer através da produção, uma vez que a parte exterior da fuselagem, mais de 50%, é produzida em Portugal. O primeiro-ministro anunciou a decisão para breve e vamos ver se assim será. Se assim for, esse tipo de aeronave tem possibilidade de adaptação de um kit contra incêndio - deixando eu claro que é óbvio que não é com estes kits que vamos ter capacidade para enfrentar os incêndios, mas também com os nossos pilotos.
Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/azeredo-lopes-e-possivel-fazer-diferente-esta-e-outra-licao-extraordinaria-que-a-esquerda-da

Então acha que não é urgente por causa do contrato com privados até 2017. Até parece que vai ser de um instante para o outro que se vai treinar os pilotos necessários para a FAP executar as missões e para adquirir o equipamento necessário.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque: