segundo a Eurocopter isso não era líquido: "The cancellation is in fact due to a disagreement between the concerned parties over whether or not certain weapon system integration work was to be included in the tasks assumed by Eurocopter as part of the contract. "
[...]
o exército parece que se lembrou dos misseis depois de lançado o contrato
Os comunicados de imprensa da Eurocopter são de graça. Já o cancelamento de um concurso público não é.
Se o Governo não tivesse bons fundamentos para cancelar o contracto, a Eurocopter não teria deixado de exigir compensações. Num concurso militar, há uma certa flexibilidade para negociações e o lançamento de misseis pode ter sido adicionado durante a fase de negociação.
Mas decerto estava no contrato que foi assinado com a Eurocopter ou o Estado não teria rescindido o contracto com tanta impunidade.
A realidade é que é perfeitamente normal os fornecedores de material militar assinarem contractos em que se comprometem a fornecer coisas que só existem no papel, principalmente quando a alternativa é o contrato ser adjudicado a outro concorrente.
oficialmente o Estado denunciou o contrato por causa do atraso na entrega dos aparelhos...não foi por causa dos misseis
http://www.mdn.gov.pt/Destaque/historic ... pteros.htmSim, porque de facto, os aparelhos não foram entregues no prazo.
E não foram entregues porque a Eurocopter ainda não tinha as certificações necessárias exigidas pelo contrato.
como !? eu sugeri que se renegociasse a entrega dos aparelhos, o que foi aceite pela Eurocopter: "All the requests made by the Portuguese Defense Ministry concerning delivery time delays were accepted by Eurocopter, and furthermore, a new delivery schedule had been agreed on that was deemed satisfactory by the armed forces. "
a questão dos misseis foi um capricho do exército depois de lançado o contrato, deveria-se desistir dessa valência
Não compreendeu.
Não coloquei em causa a boa vontade da Eurocopter para nos fornecer os aparelhos sem a dita certificação. Contudo, o mais provável seria que os
concorrentes derrotados processassem o Estado no caso de este aceitar os helicópteros em tais condições.
E não vejo porque é que o Exército deva precindir da capacidade de lançamento de misseis nos helicópteros ligeiros do GALE.
além que segundo creio existe um atraso na certificação, ou seja, o heli até é capaz de lançar misseis
Já aqui se discutiu e creio que ainda não há conclusões sobre se o aparelho já tem a dita certificação.
Contudo, a verdade é que nos prazos previstos no contracto, a Eurocopter não nos entregou os aparelhos com a dita certificação.
para verificar que este não foi o verdadeiro problema, é o mesmo modelo que considera a vir a adquirir novamente
Calma! Tanto quanto sabemos, o novo concurso ainda nem foi lançado.
Só estamos a fazer alguma especulação sobre o assunto e a comentar sobre o que parecem ser as preferências informais dentro do Exército.
Até porque ao que parece, a FA prefere um mono-motor para substituir o Alouette III.
nos Pandur II tb não houve polémica e concurso não foi para a frente?
Não compreendo o seu ponto aqui. Polémica e recurso em tribunais em concursos públicos é extremamente vulgar. Alguns continuam em frente, outros não.
Caro Mar Verde,
a meu ver, a ideia que você está a propor é extremamente improvável e requer mais provas que uma interpretação muito discutivel dos factos expostos até agora.
É que essa ideia é, resumidamente, que um Governo lance concursos públicos "armadilhados" para estoirarem no futuro de forma a não terem de gastar dinheiro, sendo que o "futuro" tipicamente é noutra legislatura, provavelmente com outra cor politica.
O concurso para os helicópteros ligeiros, que foi cancelado pelo Sr Paulo Portas, foi lançado e assinado por governos do PS, quando o Sr António Guterres era Primeiro-Ministro.
O concurso da G3, que está a ser defendido em Tribunal por um Governo PS foi lançado no tempo do Sr Paulo Portas.