Gripen e Rafale prevê se que voem até à próxima década de 60, sim. E não é suposto que durante esse período a FAP tenha de enfrentar F-22 ou Su-57.
Acho que valia a pena considerar caso o programa de substituir os F-16 estivesse em andamento, e os novos aviões estivessem totalmente operacionais até 2030.
Agora, se for para empurrar com a barriga para a frente, então que se faça isso bem. Mais vale seguir a linha apresentada acima pelo NVF, e manter os F-16 até ao limite. Daqui a 10/15 anos muita coisa será diferente, não conseguimos discutir esse concurso hoje.
Concordo em absoluto que se deve procurar um equilíbrio de meios, e não investir forte num ou dois. Ter caças 5G não nos torna relevantes internacionalmente por si só, nem nos garante uma supremacia defensiva. Sobretudo quando falta tanta coisa, transporte, reabastecimento, defesa antiaérea, e por aí fora..
A questão é que os nossos F-16, até os do PA I, não aguentam até essa data, mesmo com o SLEP e o "V".
Outra questão é, se todos os membros com algum peso na NATO, Bélgica,Holanda,Dinamarca,Polónia,Noruega etc, pensassem como o "tuga", do tipo a "NATO" e os outros que paguem os F-35, teriamos um problema grave, mas como no seio da NATO só os tugas é que andam com estes filmes, veja-se os Romenos, que já querem o F-35A.
A 5º geração vai ser mais que "hardware", será sobretudo "software", integração de dados, transmissão de dados, ELINT, SIGINT, uma situational awareness, que não é possível em 4 e 4,5G etc, cabe portanto a FAP e ao MDN, saber aproveitar este tipo de meios, (integrando em missões NATO) ou domésticamente, integrando com P-8A por ex, ou mesmo UAV, ou HIMARS.
A NATO mais cedo ou mais tarde vai entrar num conflito regional, seja na fronteira leste com a Rússia, Mediterrâneo, ou mesmo com os Chineses, via USA, convêm estar preparados, ou então optar pela deriva "irlandesa" ou "nova zelândia" e abolir a componente de caça, apostanto em MPA, etc, e missões "arco iris", da ONU e UE.
É uma questão de escolha política, sabendo de antemão, que no que toca a soberania, os "espaços vazios" serão sempre ocupados, seja no fundo do oceano, seja a superfície ou mesmo o espaço aéreo.
Por isso defendo ( e provavelmente será este o caminho), 12 F-35A, para a linha da frente, complementados com 19 F-16V, perfazendo 31 aparelhos, onde os "V", poderiam ser valorizados militarmente, com a aquisição de munições JSOW e JASSM, além de munições comuns, como o AIM-9X, as GBU-38, GBU-12 e SDB, além de Harpoon II.
Dependerá também do governo que em 2025 estará em funções, bem como o acordo "Lajes", estado estrutural dos F-16 do PA I, etc.
Quanto a aeronaves com 2 motores, será quase impossível, mais do que o F-35.