Aos extremos a que se pode levar uma greve!!!!!!!!!!!!!!

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papatango

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« Responder #45 em: Junho 12, 2008, 12:06:28 am »
Atenas não era uma República mas sim uma Democracia.
E a democracia americana já está a dever uns anos à ditadura...
Muitos países, desde que foram criados, são democracias, e praticamente nunca conheceram outra realidade.
Alguns países aceitaram estados de excepção temporários, para depois voltarem à Democracia.

A verdade é que além da Democracia nunca nenhum sistema - com todos os seus óbvios defeitos - teve tanto sucesso.

O sistema (a Democracia) no entanto tem pontos fracos. E uma dessas debilidades tem a ver com o facto de a Democracia necessitar da Liberdade para sobreviver.
Quando há elementos que colocam em causa a Liberdade dos cidadãos, então é a própria Democracia que está - ou pode estar - em causa.

Como cidadão, não aceito ficar refém dos proprietários de pequenas e médias empresas de camionagem.
Os bloqueios na estrada são ilegais, e o Estado tem a obrigação de garantir a liberdade de circulação dos cidadãos.

São pessoas que mentem, quando afirmam que não fazem mal a ninguém, mas que utilizam a violência e a coação para impedir quem quer trabalhar de prosseguir. Essa gente não tem o direito de colocar em causa a liberdade dos cidadãos.

É mentira que os bloqueios sejam pacíficos e não eu não só conheço uma forma de controlar gente que se comporta de forma violenta.

Está em causa a velha máxima: A Liberdade de cada um acaba onde acaba a liberdade do vizinho.

Ao que parece, já foi considerada a possibilidade de declarar Estado de Emergência, já que a requisição civil não funciona nestes casos.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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LuisC

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« Responder #46 em: Junho 12, 2008, 02:48:14 am »
Não ponho em causa as motivações desta greve, nem tão pouco o direito á greve, que existe para este ou qualquer outro sector.
Mesmo sendo directamente afectado, compreendo e tento aceitar, as consequências que a mesma está a provocar…se as greves não tivessem impactos negativos visíveis, certamente que não fariam sentido.
O que não posso aceitar é que quem entenda não aderir seja impedido de trabalhar. Julgo que uma das elações a tirar destes triste acontecimentos por parte dos responsáveis deste país, se é que os há, é efectivamente clarificar muito bem o papel dos chamados piquetes de greve.
Devo confessar que nunca aderi a nenhuma greve, nem nunca fui confrontado com tentativas de bloqueio de acesso ao meu local de trabalho, se o tivesse sido, provavelmente teria agido da mesma forma.
 

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legionario

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« Responder #47 em: Junho 12, 2008, 09:55:10 am »
Alguns foristas reclamam-se de democratas, republicanos, etc .... mas criticam este movimento social dos transportadores ! Nao percebo ;)
« Última modificação: Junho 12, 2008, 10:18:52 pm por legionario »
 

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P44

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« Responder #48 em: Junho 12, 2008, 03:20:32 pm »
Legionário

 :Palmas:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #49 em: Junho 12, 2008, 03:48:22 pm »
Citação de: "legionario"
Se as greves, protestos e reclamaçoes da sociedade civil fossem ordeiros, limpos, "respeitadores" etc, entao seria um combate sem armas, seria um combate desigual porque a relaçao de forças entre o establishment e os que reclamam, seria por demais favoravel aos primeiros.


Devo portanto concluir, que como eu estou indignado com os senhores patrões das pequenas empresas, (que pagam salários mais miseráveis que as empresas maiores), tenho o direito de agarrar em pedras e cortar o transito em protesto ?

Tenho eu o direito de em nome dos meus pontos de vista começar a parar o trânsito, a queimar automóveis, e a insultar pessoas no meio da rua ?

O que o legionario disse é na prática que devemos aceitar a Anarquia.
Veja o que aconteceu aos partidos anarquistas nos anos 30.
Foi por causa dos anarquistas que muitas experiências de democracia faliram.

Numa democracia tem que haver ordem. Porque é essa ordem que garante a Liberdade dos cidadãos. As revoluções fazem-se nas urnas, usando o Direito de Voto.

Só essas são legítimas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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legionario

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« Responder #50 em: Junho 12, 2008, 04:57:11 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "legionario"
Se as greves, protestos e reclamaçoes da sociedade civil fossem ordeiros, limpos, "respeitadores" etc, entao seria um combate sem armas, seria um combate desigual porque a relaçao de forças entre o establishment e os que reclamam, seria por demais favoravel aos primeiros.

Devo portanto concluir, que como eu estou indignado com os senhores patrões das pequenas empresas, (que pagam salários mais miseráveis que as empresas maiores), tenho o direito de agarrar em pedras e cortar o transito em protesto ?

Tenho eu o direito de em nome dos meus pontos de vista começar a parar o trânsito, a queimar automóveis, e a insultar pessoas no meio da rua ?

O que o legionario disse é na prática que devemos aceitar a Anarquia.
Veja o que aconteceu aos partidos anarquistas nos anos 30.
Foi por causa dos anarquistas que muitas experiências de democracia faliram.

Numa democracia tem que haver ordem. Porque é essa ordem que garante a Liberdade dos cidadãos. As revoluções fazem-se nas urnas, usando o Direito de Voto.

Só essas são legítimas.


Sem querer ser abusivo nas comparaçoes, como estariamos hoje sem a revoluçao francesa ou o 5 de outubro de 1910 ? sem a revoluçao do 28 de maio ou sem a do 25 de abril ?
As rupturas do velho com o novo nem sempre sao pacificas, às vezes ha um preço a pagar.

Eu aprecio a ordem e a harmonia nas coisas, mas tambem aprecio a justiça e a liberdade... Nao vale a pena falar de justiça com as assimetrias sociais conhecidas, e nao vale a pena falar de liberdade se nao temos as condiçoes para  ser livres.

A resposta esta nas urnas, é verdade... mas em quem irao as pessoas votar se um dia ficarem completamente desencantadas com o sistema ?
ou sera que  é so na taxa de abstençao que o descontentamento se vai manifestar?

Esta greve dos transportadores (assim como as outras) sao um sinal dum mal estar social que cresce . Os responsaveis deveriam estar atentos.
 

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Miguel Sá

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« Responder #51 em: Junho 12, 2008, 07:14:11 pm »
Citação de: "legionario"
Citação de: "papatango"
Citação de: "legionario"
Se as greves, protestos e reclamaçoes da sociedade civil fossem ordeiros, limpos, "respeitadores" etc, entao seria um combate sem armas, seria um combate desigual porque a relaçao de forças entre o establishment e os que reclamam, seria por demais favoravel aos primeiros.

Devo portanto concluir, que como eu estou indignado com os senhores patrões das pequenas empresas, (que pagam salários mais miseráveis que as empresas maiores), tenho o direito de agarrar em pedras e cortar o transito em protesto ?

Tenho eu o direito de em nome dos meus pontos de vista começar a parar o trânsito, a queimar automóveis, e a insultar pessoas no meio da rua ?

O que o legionario disse é na prática que devemos aceitar a Anarquia.
Veja o que aconteceu aos partidos anarquistas nos anos 30.
Foi por causa dos anarquistas que muitas experiências de democracia faliram.

Numa democracia tem que haver ordem. Porque é essa ordem que garante a Liberdade dos cidadãos. As revoluções fazem-se nas urnas, usando o Direito de Voto.

Só essas são legítimas.

Sem querer ser abusivo nas comparaçoes, como estariamos hoje sem a revoluçao francesa ou o 5 de outubro de 1910 ? sem a revoluçao do 28 de maio ou sem a do 25 de abril ?
As rupturas do velho com o novo nem sempre sao pacificas, às vezes ha um preço a pagar.

Eu aprecio a ordem e a harmonia nas coisas, mas tambem aprecio a justiça e a liberdade... Nao vale a pena falar de justiça com as assimetrias sociais conhecidas, e nao vale a pena falar de liberdade se nao temos as condiçoes para  ser livres.

A resposta esta nas urnas, é verdade... mas em quem irao as pessoas votar se um dia ficarem completamente desencantadas com o sistema ?
ou sera que  é so na taxa de abstençao que o descontentamento se vai manifestar?

Esta greve dos transportadores (assim como as outras) sao um sinal dum mal estar social que cresce . Os responsaveis deveriam estar atentos.


Não foi uma greve de transportadores mas sim um bloqueio.

Talvez uma busca na net e perceberá o que é Greve.

Quanto ao clima de mau-estar, é cíclico. Portugal tem graves problemas que nunca foram resolvidos o que resulta de uma forte dependência económica externa. Cada vez que a economia mundial espirra Portugal constipa-se e quando a economia mundial se constipa apanhamos cá uma gripe!!!!.......

Costuma-se dizer que a liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade de outra.
Caso não tenha reparado mas o país esteve às beira de ficar sem combustível e sem comida. A chegarmos a este ponto acho que começariam a chover pedras na direcção contrária.
Existem neste país pesoas e sobretudo doentes, crianças e idosos que se alimentam, e não venham com conversa de que os camioes com esses bens podiam passar. Se assim fosse não seria necessário escolta para os camiões do grupo jerónimo martins.
O País ficou refem de um grupo minoritário que quis resolver os seus problemas.
Será pois legítimo que os donos dos hiper, super e minimercados fechem as portas e reivindiquem apoios especiais porque os preços dos bens que vendem subiram muito. Ou que os donos das farmácias possam fazer o mesmo, etc.....

Além de que não há garantias caso o barril do petróleo suba para 150usd ou 200usd que estes cavalheiros não voltem a fazer o mesmo.

O Governo e os políticos pedem ser maus, mas os maus agora foram outros. E é escusado branquear o compotamento daqueles grupos

É verdade que as mudanças surgem com rupturas. Mas aqui quem saía a ganhar não era a população e o país.

O 25 de Abril sendo feito pelos militares que viram terminar uma guerra de 14 anos, foi bem aceite e apoiado pelo resto do país porque todos viram os benefícios que todos iriam ter.
 

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papatango

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« Responder #52 em: Junho 12, 2008, 07:26:48 pm »
Citar
Sem querer ser abusivo nas comparaçoes, como estariamos hoje sem a revoluçao francesa ou o 5 de outubro de 1910 ? sem a revoluçao do 28 de maio ou sem a do 25 de abril ?
As rupturas do velho com o novo nem sempre sao pacificas, às vezes ha um preço a pagar.


Quanto à revolução francesa, foi um modelo inspirador de muitas revoluções, mas a verdade é que muitas revoluções seriam dispensáveis.
Se não tivesse havido 5 de Outubro de 1910, se calhar não teria havido 28 de Maio de 1926. E se não fosse o 28 de Maio, se calhar não tinha havido 25 de Abril de 1974, porque pura e simplesmente não teria sido preciso.

O que a realidade nos mostra, é que a maioria das revoluções deram em corrupção e levaram a situações piores que as que existiam antes.
Os países mais desenvolvidos da Europa, são aqueles que tiveram menos revoluções.

A mais poderosa nação da terra teve uma revolução, e uma guerra civil no século XIX, e só depois disso é que se tornou uma super-potência.

As revoluções fazem sentido quando os cidadãos não podem escolher livremente os seus representantes. Se a maioria escolhe um governante durante quatro anos, então esse governante deve mostrar o que vale. Se não o conseguir fazer, escolha-se outro.

É assim que funcionam as coisas nos países sérios, onde se resolvem as crises com trabalho e não com revoluções, onde quem não tem força acaba sempre na mó de baixo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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legionario

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« Responder #53 em: Junho 12, 2008, 09:36:49 pm »
Eu citei aquelas revoluçoes (sem simpatias nenhumas) para mostrar que as sociedades se agitam quando a miseria e as desigualdades se instalam ; é uma resposta natural do individuo quando luta pela sua sobrevivencia ou pelo seu estatuto de homem que Deus criou livre.

A reaçao de uns està ligada à acçao de outros e geralmente duma forma porpocional...ou seja neste caso dos transportadores : tomaram as atitudes necessarias e suficientes para fazer valer as suas reclamaçoes. Se o governo nao tivesse sido autista (como foi em relaçao à manifestaçao pacifica de 200 000 pessoas), nao teria sido necessario esta radicalizaçao de comportamentos.
 
Em nome da paz social nao podemos obrigar os deserdados do sistema ao silencio e à submissao . Isso seria imoral. Em contrapartidda, seria muito sensato dar ouvidos às multiplas vozes que se elevam para denunciar o estado calamitoso de muitas familias portuguesas. Estas por enquanto sao silenciosas ; até quando ?

cumprimentos
 

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Lancero

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« Responder #54 em: Junho 12, 2008, 11:45:22 pm »
Certo dia, naquelas greves de maquinistas da Linha de Sintra, o povo passou-se de estar há cinco horas sem poder ir para casa (já eram 23h00, eu tentava regressar da faculdade), invadiu a linha e bloqueou o primeiro comboio que passou. O representante sindical viu o caso mal parado e, no local, pediu solidariedade social. Olha logo para quem!! Escusado dizer que o homem teve de se refugiar no escritório do chefe de estação - e a greve foi desmobilizada às 24h00.
A liberdade de uma classe para se "revoltar" acaba quando não permite aos outros a liberdade de, por exemplo, regressar a casa após um dia de trabalho.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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« Responder #55 em: Junho 13, 2008, 04:40:48 am »
Citação de: "Lancero"
Certo dia, naquelas greves de maquinistas da Linha de Sintra, o povo passou-se de estar há cinco horas sem poder ir para casa (já eram 23h00, eu tentava regressar da faculdade), invadiu a linha e bloqueou o primeiro comboio que passou. O representante sindical viu o caso mal parado e, no local, pediu solidariedade social. Olha logo para quem!! Escusado dizer que o homem teve de se refugiar no escritório do chefe de estação - e a greve foi desmobilizada às 24h00.
A liberdade de uma classe para se "revoltar" acaba quando não permite aos outros a liberdade de, por exemplo, regressar a casa após um dia de trabalho.


Ou seja as pessoas só pensam nelas próprias,mas não pensam nos que estão a trabalhar pra elas a exigirem melhores condições usando a greve para se manifestar.
Eu trabalho no atendimento ao publico e vejo que as pessoas são mal educadas e não respeitam quem trabalha,só querem saber delas e não se preocupam com os outros,a isto chama-se egoismo,é por isso que este povo merecia viver em pobreza extrema.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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JQT

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« Responder #56 em: Junho 13, 2008, 09:46:39 pm »
Legionário: disse movimento social dos transportadores?  :wink:

Do DE, de hoje:
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Porta-voz dos camionistas é militante activo do PSD

António Lóios, o auto-intitulado porta-voz da comissão de camionistas responsável pela paralisação nacional da última semana, tem uma carreira política intimamente ligada ao PSD, segundo apurou o Diário Económico. O que confirma as acusações que lhe têm sido dirigidas por parte de vários membros da direcção da ANTRAM.

Jaime Martins Alberto

Lóios entrou para o Partido Social-Democrata logo em 1974. Primeiro como 'jota' e depois como um dos seus militantes mais activos. Filho de um maquinista da CP e de uma operária de uma tabaqueira, ambos comunistas, o jovem decidiu seguir o seu próprio percurso profissional e político. Licenciou-se em engenharia informática e seguiu as tradicionais etapas de ascensão partidária.

Foi membro da Assembleia Municipal de Arraiolos (de onde a sua família é natural) pelo PSD na década de 90 – durante a presidência de Jerónimo Lóios, o seu primo comunista com quem não fala. Foi membro da direcção do PSD de Évora. E, recentemente, fez parte da comissão de honra da candidatura de Fernando Negrão à presidência da câmara de Lisboa.

No último mês, foi o director de campanha de Mário Patinha Antão nas eleições internas do partido. Patinha Antão convidou-o por indicação de "amigos comuns", mesmo sem o conhecer pessoalmente. "Ele aceitou logo", conta o deputado ao Diário Económico, reconhecendo-lhe "grande competência" nesse cargo.

A relação de Lóios com os camionistas e transportadores não é directa. O engenheiro não é, nem nunca foi, camionista ou possuiu qualquer empresa nesta área. Apesar de ter familiares que o são.

Nos últimos anos, Lóios tem trabalhado como representante português de um grupo espanhol na área das energias renováveis.

Neste momento, António Lóios está a ponderar criar uma associação de defesa de pequenos empresários ligados às mais diversas áreas de actividade.


http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 34425.html

Ou seja:
- militante activo do PSD
- assumiu-se publicamente como representante dos transportadores mas não está directamente ligado ao transporte rodoviário
- está directamente ligado a uma empresa espanhola na área das energias renováveis e reclamava uma alteração na fiscalidade (baixa do Imposto Sobre Combustíveis, que inclui os biocombustíveis) por parte do governo.

Ainda acreditam em movimentos sociais?

JQT
 

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Luso

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« Responder #57 em: Junho 13, 2008, 11:13:46 pm »
E os tipos do Buzinão de há 13 anos (irmãos camionistas) também tinham arranjinhos com PS.

Mas esta é descarada. Vendo a História constata-se que a grande maioria dos "movimentos" começam motivados por espertalhaços.
No ENTANTO, para que o fogo pegue é preciso que a lenha esteja seca, ou seja, é preciso que o ambiente esteja propício a tais fenómenos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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legionario

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« Responder #58 em: Junho 14, 2008, 09:52:26 am »
Amigo JQT,

So os "esquerdistas" é que têm o direito de se mobilizar ? O tal Antonio Loios, por ser do PSD, nao tem o direito de reclamar ?
Ora essa ! ja la vai o tempo em que so os comunas e afins faziam greves e manifestaçoes ! ... e sempre houve oportunismo por parte das oposiçoes para se aproveitarem dos problemas e fomentar a agitaçao social ! ... isto nao é novo e  nao retira credibilidade às justissimas queixas da sociedade civil.

Eu nao penso em termos de "partidos" , penso em termos de "pessoas" e de problemas das pessoas , e isto nao tem nada a vêr com as lutas entre os caciques partidarios.
 

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LM

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« Responder #59 em: Junho 14, 2008, 10:34:54 am »
Ainda acredito, raramente é certo, em movimentos "sociais" espontâneos... e o PSD da MFL não tem este estilo - só se é um plano ainda do tempo do (mais) populista e tactico Menezes  :wink:

Mas sobre a situação: democracia não é anarquia (ou não devia ser) nem o arquivar do estado de direito quando não dá jeito... autoridade em democracia é autoridade legitima e não ausente. Estamos também reféns das corporações e dos seus interesses, é estranho como o corporativismo ficou tão infiltrado na nossa sociedade... juizes com sindicatos, policias/guardas um dia destes à espera do OK do sindicato/associação para repor a ordem democratica face ao protesto ilegal mas "contra ao governo", médicos com ordem que não impõe disciplina e padrões de qualidade profissional aos seus membros mas que luta contra a entidade patronal da maioria dos seus membros, etc...

Para construir um Estado Democratico (e Republicano, já agora) não basta decretos de lei e eleições, está visto...
Quidquid latine dictum sit, altum videtur