i-Garment: Fato para bombeiros que envia dados por wi-fi

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i-Garment: Fato para bombeiros que envia dados por wi-fi
« em: Dezembro 08, 2005, 08:57:08 pm »
Encontrei á bocado duas notícias no Google News (Terra,  unmediated) acerca de um projecto da ESA e da YDreams em parceria com o nosso Departamentdo [Português] de Defesa Civil, para o desenvolvimento de um fato para bombeiros que envia a posição e os sinais vitais do bombeiro por wi-fi.

Alguém tem mais informações acerca deste projecto?
Quem sabe mais tarde também seja possível adaptar este fato para as forças militares - embora provavelmente a ESA não vá gostar muito.

Ver também:
Página acerca do projecto no website da ESA
Página acerca do projecto no website da YDreams
:snip: :snip: :Tanque:
 

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« Responder #1 em: Dezembro 09, 2005, 03:16:35 am »
Muitíssimo interessante. E passível de outras aplicações (militares por exemplo).

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Exame Informática

À flor da pele

Os uniformes de bombeiros podem ser básicos ou inteligentes. I-Garment pretende ser inteligente. E muito tecnológico. Para os soldados da paz, o futuro começa já em 2004.

Um fato, mas também há quem lhe chame um computador. Um computador de vestir que serve para combater os fogos. Vai ter processador, circuitos, sensores, sistema GPS, comunicação de dados e voz sem fios. Também vai proteger do fogo e alertar para a presença de substâncias tóxicas na atmosfera. Ydreams, Instituto de Telecomunicações e Miguel Rios Designer são os pais do projecto. Chama-se I-Garment, o primeiro fato inteligente para bombeiros criado em Portugal. O primeiro protótipo deverá estar concluído no fim de 2004.

«No I-Garment, tudo comunica com um microprocessador, que transfere os dados de cada bombeiro para um computador ou um PDA que se encontra com um chefe de equipa ou no posto de comando», explica Ivan Franco, director de Investigação e Desenvolvimento da Ydreams. Com um pequeno computador integrado na retaguarda, os fatos de bombeiro inteligentes pretendem acelerar a transmissão de dados úteis e ajudar a coordenação do combate às intempéries. O projecto contempla a inclusão de microfones e auscultadores, bem como sensores que avaliam os níveis de óxido de carbono, um sistema de localização por GPS e uma bússola que permite seguir o movimento de cada soldado da paz.

Além dos dados relativos ao meio envolvente, os fatos I-Garment podem revelar-se úteis no que toca à informação sobre o estado físico de quem os usa. O projecto prevê a integração de um termómetro que indica a temperatura corporal, sensores que permitem saber o nível de torsão de pernas e braços, inclinómetros que fornecem informação sobre o torso e os braços e uma pulseira que regista o ritmo cardíaco.

Para o novo vestuário, foram escolhidos tecidos constituídos por Kevlar, Nomex e esponjas à prova de fogo e com características impermeabilizantes. Mais leve que os fatos usados actualmente, o I-Garment promete ter vantagens no que toca à ergonomia. Isto sem perder de vista «a necessidade de proteger os sistemas de comunicação e facilitar a manutenção dos dispositivos que vão ser integrados no vestuário», lembra Miguel Rios, designer do projecto.

Um por todos...

Com I-Garment, a comunicação entre o campo de operações e os superiores hierárquicos processa-se a dois níveis: entre os bombeiros que se encontram na “frente de combate” e o camião que coordena a equipa deverão ser utilizados sistemas de comunicação Wireless (também estão em ponderação Bluetooth e Zigbee); e do camião para o posto de comando central as comunicações deverão recorrer a comunicações GSM ou, para efeitos de redundância, à constelação de satélites Globalstar. «Cada bombeiro vai poder actuar como um computador portátil autónomo, que recolhe informação actua-lizada do terreno. Se quisermos ver a coisa por outro prisma, também podemos dizer que cada bombeiro pode actuar como uma página Web, onde estão expostos todos os dados úteis para quem coordena uma equipa», acrescenta Nuno Borges Carvalho, investigador do Instituto de Telecomunicações.

Para que o sistema fique completo, o consórcio vai desenvolver um soft-ware para a integração de dados recebidos na hora com mapas detalhados da área envolvente e modelos de previsão de fogos, temperatura e ventos (vai ser aproveitado o sistema Premfire, criado pelo Instituto Geográfico Português). Estes dados podem ser visualizados através de PDA ou portáteis, não só por chefes de equipa que se encontram no terreno, como também nos comandos centrais onde se poderá fazer um balanço geral das várias frentes.

Ainda que não tenha passado da fase de investigação, o I-Garment conta já com o apoio da Agência Espacial Europeia, que financiou o projecto. O custo de cada unidade ainda está por apurar, podendo variar consoante se trate de uma versão mais evoluída ou mais simplificada. Não menos importante para o preço final, será a procura demonstrada pelos serviços de protecção civil. E aí, o consórcio conta não só com o mercado nacional, como também o estrangeiro.

Este artigo já é velhinho e diz que deveria haver um protótipo no final de 2004. Ou seja, há um ano atrás... Não sei de nada. Será que foi um projecto demasiado ambicioso? Lá caro deve ficar.

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Sapo.pt

O consórcio formado pela empresa de tecnologia de informação YDreams, o gabinete de design e consultoria Miguel Rios Designer e o Instituto de Telecomunicações ganhou o primeiro projecto para a European Space Agency (ESA), que visa a criação de um uniforme inteligente para combate a incêndios.

O projecto I-GARMENT, pioneiro em Portugal, envolve o design das peças de vestuário, a integração de sensores, telecomunicações e desenvolvimento de interfaces para dispositivos móveis (PDA, PC, Portáteis e SmartPhones).

Os uniformes integrados, cuja prototipagem será desenvolvida na empresa portuguesa Lousafil, para além de virem a ser equipados com sensores de localização, sistemas que permitem detectar movimento e condições ambientais, serão concebidos, na óptica do design, de modo a que se satisfaça o utilizador a nível da alta segurança (com resistência à abrasão, características ignífugas e à prova de água), alta visibilidade e funcionalidade, tendo em conta as normas europeias, definidas para uniformes com estas características. Um fato de duas peças com mochila incorporada e um sistema de bolsos funcionais constituem a base formal deste uniforme.

Para além da aplicação de materiais compósitos de alta resistência térmica e estabilidade mecânica, o uniforme em questão deverá ser atractivo, do ponto de vista do conforto para o utilizador (maleabilidade dos materiais aplicados ao nível de forros e tecido(s) externo(s), abotoaduras, sistema de regulação da temperatura do corpo, manuseamento, utilização de tecidos nonsmell, anti-bacterial e hidrófilos), prevendo-se um estudo ergonómico aprofundado, realizado pelo gabinete Miguel Rios Designer, no que respeita a protecção e mobilidade do utilizador, bem como, a manutenção necessária do sistema a integrar no uniforme.

O I-GARMENT vai ser desenvolvido entre Janeiro de 2004 e Janeiro de 2005 e é financiado pelo programa ARTES 5.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner