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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: Marauder em Julho 05, 2006, 10:03:54 am
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Excedentes nas Forças Armadas
Há 460 oficiais a mais em relação ao previsto na lei
As Forças Armadas têm mais 460 oficiais do que o previsto na lei. De acordo com o Correio da Manhã, os excedentes custam ao Estado cerca de 250 milhões de euros, quase 15 por cento do orçamento da Defesa para 2006.
SIC
Um decreto-lei de 1993, aprovado pelo segundo Governo de Cavaco Silva, fixa os quadros de pessoal de cada um dos ramos das Forças Armadas, mas, avança o jornal, esses limites não são cumpridos.
De acordo com o Correio da Manhã, há 460 oficiais a mais, nos diferentes ramos das Forças Armadas, entre almirantes, generais, tenentes, coronéis e capitães. Segundo números avançados pelo jornal, existirão em excesso 236 oficiais no Exército, 145 na Força Aérea e 79 na Marinha.
Os excedentes custam cerca de 250 milhões de euros ao Estado, entre despesas com vencimentos, Segurança Social, saúde e transportes.
de:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais ... rmadas.htm (http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20060705_Excedentes+nas+Forcas+Armadas.htm)
Esses 250milhões bem que fazem falta para comprar equipamento...
Mas sim...concordo com a exportação de oficiais, e de FDPs do governo também..
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Esta noticia nao me espanta nada essa noticia ja eu a sabia a anos por ouvir falar.
Cumprimentos
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custam ao Estado cerca de 250 milhões de euros
= 2 Fragatas KAREL DORMAAN :twisted:
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O dedo na ferida, e a razão pela qual as chefias militares têm assumido uma posição passiva, nomeadamente nas exigências das associações sindicais.
Uma achega:
Esse dinheiro pagava as duas Karel Doorman TODOS OS ANOS.
Ao longo de um periodo de vida útil de um submarino, por exemplo (qué é de 35 anos) esses valores atingem 8.750 milhões de Euros).
Esse dinheiro daría para comprar:
17 Submarinos U-209PN, ou
1300 tanques Leopard-2A6, ou
13 Contratorpedeiros de defesa aérea tipo LCF ou F-100, ou
130 caças F-16 Block 60 novos, ou
30 Navios de Apoio Logístico, ou
437 Navios de Patrulha Oceânica
Ou ainda, qualquer combinação destes vários meios, o que poderia permitir a Portugal ter uma força armada minimamente digna, em vez do mostruario museologico, disfarçado com a operacionalidade de pequenas forças que é o que temos.
É infelizmente um problema que existiu sempre em Portugal desde que temos uma força armada paga pelo estado.
Sem conflitos, e sem exigências, as Forças Armadas tendem a se transformar numa força relativamente grande mas pouco eficiente, que era o que tinhamos quando Portugal foi invadido pelas hostes napoleonicas, embora o país ainda vivesse com o monopolio do comercio com o Brasil e com a riqueza (se bem que aparente) que isso proporcionava.
Parece que finalmente alguém tem a coragem de colocar o dedo na ferida.
Resta saber se alguns dos visados vão mostrar a cara.
Cumprimentos
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- Mortal, Papatango!
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Com 400 e tal oficiais a mais, não acham que as conta estão mal feitas?
São 50 milhões de contos...
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Parece-me que ha' por aqui um zero a mais, 25 milhoes de euros faria mais sentido.
Umas simples contas de merceeiro demonstram que o valor de 250 milhoes de euros e' exagerado. Senao vejamos:
a) para simplificacao vamos admitir que todos estes excedentarios custam ao OE 5.000 euros / mes (salario + ss).
b) multiplica-se pelos 14 meses e da' 70.000 euros / ano
c) multiplica-se o custo anual por pessoa pelo total de 420 e da' quase 30 milhoes de euros.
Nao sei quanto custa transportar toda esta gente anualmente, mas 220 milhoes parece-me excessivo - a menos que se desloquem todos de F-16
Assim, refazendo as contas do PT, ao longo de 35 anos estes fundos davam para adquirir o seguinte equipamento (arredondado 'a unidade):
2 Submarinos U-209PN, ou
130 tanques Leopard-2A6, ou
1 Contratorpedeiros de defesa aérea tipo LCF ou F-100, ou
13 caças F-16 Block 60 novos, ou
3 Navios de Apoio Logístico, ou
43 Navios de Patrulha Oceânica
Ainda assim impressionante!
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Com 400 e tal oficiais a mais, não acham que as conta estão mal feitas?
São 50 milhões de contos...
Como é que fez as contas?
A mim, fazendo por cabeça 20mil euros (O QUE É SUPER EXCESSIVO) por mês dá-me 128milhões.
Eles lá devem ter as suas formas de cálculo e suas..."regalias"..mas provavelmente existe algum erro...esperemos nós..
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E as nossas forças de mobilização?
Talvez esses generais, devem ser os quadros das divisões a levantar por mobilização ?
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Com 400 e tal oficiais a mais, não acham que as conta estão mal feitas?
São 50 milhões de contos...
Como é que fez as contas?
Converteu de euros para escudos. :mrgreen:
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As dúvidas fazem todo o sentido.
Eu também fiz contas relativamente a esses valores e concluí que de facto o valor deve estar enflacionado.
No entanto, há uma questão que ressalta quando se lê a noticia.
O valor, pelo que eu entendi, é relativo ao pessoal a mais e não só relativamente aos oficiais. Portanto, também há excedentes na classe de sargentos.
Mas o seu a seu dono.
Haverá até eventualmente €250 milhões gastos a mais.
Já vi serem apontados valores próximos para a necessidade de redução de custos (salários e custos correntes).
Mas da forma como a noticia foi dada, há que reconhecer exagero na notícia, no que respeita aos oficiais.
No entanto, o problema mantém-se, mesmo que não tenha a expressão que as contas da extrapolação lhe poderiam dar. A doença existe, mesmo que não se expresse com estes numeros.
É um tema interessante para continuar a analisar.
Cumprimentos
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http://www.vozsurda.blogspot.com/ (http://www.vozsurda.blogspot.com/)
Militares a mais nas Forças Armadas
O número de militares a mais nas Forças Armadas implica um custo financeiro anual na ordem de 250 milhões de euros, valor que representa cerca de 15 por cento do orçamento total de 2077 milhões de euros do Ministério da Defesa para 2006. Em causa, está um universo superior a dez mil militares.
Os oficiais são um caso exemplar desta realidade: em pelo menos seis postos, estarão em excesso 460 oficiais no conjunto da Marinha, Força Aérea e Exército.
(...)
A partir dos dados obtidos pelo CM, constata-se que existirão em excesso 236 oficiais no Exército, 145 na Força Aérea e 79 na Marinha.
(...)
No Exército, apesar de o Decreto-Lei 60, de 21 de Março de 2006, determinar uma redução de vagas no posto de tenente-general de 11, como determinava o diploma de 1993, para oito, mas existem, neste momento, segundo o CM apurou, 17 militares com aquela patente. E disparidade semelhante existe nos outros dois ramos: a lei estabelece seis vagas para vice-almirante na Marinha e outras seis para tenente-general na Força Aérea, mas, na realidade, segundo apurámos, existem oito vice-almirantes e nove tenente-generais.
Mas a lista de postos com um número de oficiais não fica por aqui: as patentes de contra-almirante/major-general, capitão-de-mar-e-guerra/coronel, capitão-de-fragata/tenente-coronel, capitão-tenente/major são também abrangidas (ver quadro da pág. 5). Só entre os chamados oficiais-generais existirá um total de 129 militares com os postos de almirante/general, vice-almirante/tenente-general e contra-almirante/major-general, quando o diploma de 1993 fixa o total em 83, um aumento de 55 por cento.
(...)
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Não havia por aí um tópico que tinha uma tabela de vencimentos para oficiais generais?
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Não havia por aí um tópico que tinha uma tabela de vencimentos para oficiais generais?
Eu pessoalmente não é o caso de um general ganhar 5.000 euros/mês que me chateia, de certeza que há por aí gestores de empresas publicas a ganhar muito mais, o meu problema nesta situação é existirem 55 generais em excesso, e quem diz os generais diz o restantes 460 oficiais em excesso...
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Pois, mas estava a tentar descobrir quanto é que esses 55 custam, aproximadamente.
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É infelizmente um problema que existiu sempre em Portugal desde que temos uma força armada paga pelo estado.
:shock:
Porquê? :?
Então assim as Karel Dormann podiam ser patrocinadas pela Sagres, ou Super-Bock.
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A notícia fala da globalidade dos militares - alegadamente um excesso de 10 mil - e dá como exemplo os oficiais. Os 250 milhões são relativos aos 10 mil. Pelo menos é esta a leitura que faço.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... dCanal=181 (http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=207378&idCanal=181)
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E não se arranja "jobs" para estes "boys" fora das FA :?: :?: Com a esperiência em liderar pessoal, seria canja..............
PS: não levar a sério...........
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E não se arranja "jobs" para estes "boys" fora das FA :?: :?: Com a esperiência em liderar pessoal, seria canja..............
PS: não levar a sério...........
Os "jobs for the boys" é que são o problema.
O EFEITO DOS SERVIÇOS FORA DO RAMO
A colocação de militares em serviço fora dos ramos é uma porta aberta para novas promoções. Sempre que um oficial é colocado como chefe de gabinete no Ministério da Defesa ou como adido militar numa embaixada, surge uma vaga no seu posto. Se este oficial for promovido, quando abandonar o novo cargo só voltará ao seu ramo se houver vaga nesse posto. Se não houver, passa a integrar a lista de supranumerários, mantendo todos os seus direitos.
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É infelizmente um problema que existiu sempre em Portugal desde que temos uma força armada paga pelo estado.
:shock:
Porquê? :?
Então assim as Karel Dormann podiam ser patrocinadas pela Sagres, ou Super-Bock.
Eu estava-me a referir ao periodo em que não havia exército regular, quando os municipios tinham como obrigação fornecer uma determinada quantidade de homens de pé e a cavalo para o exército, em caso de necessidade de defesa do reino.
O numero dependia da carta de foral.
Cumprimentos
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Eu dúvido destes números...acho que são simplesmente demasiado excessivos para ser verdade.
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Com a notícia dos 10mil elementos a mais já não é assim tão excessivo..
10mil x €1500 (a atirar ao calhas para valor médio) x 14 meses= 210 milhões...
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Com a notícia dos 10mil elementos a mais já não é assim tão excessivo..
10mil x €1500 (a atirar ao calhas para valor médio) x 14 meses= 210 milhões...
€1500...??? :?
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Dos casos que conheço... 1 sargento FZ, ex-combatente da guerra de África, e 1 sargento da Força Aérea, bem mais novo, ex-..."combatente" das bases da NATO na Europa, €2500 não chegam para lhes pagar a reforma ao fim do mês...
Que eu saiba nas forças armadas os ordenados e as reformas são recebidas em conformidade com o posto do militar e não do a especialidade que possui ou por quais unidades foi colocado, no caso desses dois sargentos tanto podem ser primeiros-sargentos e terem um ordenado/reforma na ordem dos 1000 euros (mais ou menos depois depende de escalões no posto) ou até no posto de Sargento-Mor que penso que seja na ordem dos 1500 ou 2000 euros não sei bem mas é por aí perto.
Existem é casos especiais em que ganham mais devido a suplementos adicionais ao ordenado mas isso já não tem nada a ver com o ordenado-base mas agora sim com a função que se tem por exemplo, os para-quedistas recebem um suplemento de risco por saltarem, os pilotos recebem um suplemento de risco por voarem, etc...
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os pilotos recebem um suplemento de risco por voarem, etc...
E que também será recebido pelos que ...não voam.
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Que eu saiba nas forças armadas os ordenados e as reformas são recebidas em conformidade com o posto do militar e não do a especialidade que possui ou por quais unidades foi colocado,...
Correcto, o "problema" são os etc's...
Os dois caso que mencionei sairam do activo no topo da carreira e com alguns etc's no currículo...
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Eu concordo com o Luso que o problema seja certas exepções que existem mas eu acho que no geral seria injusto todos os militares com o mesmo posto receberem exactamente o mesmo ordenado, acha que por exemplo que um primeiro-sargento (só por exemplo) que seja tripulante de uma aeronave qualquer o que logo implica voos nocturnos, voos ao fim de semana, destacamentos fora da unidade durante largos periodos de tempo que podem ir até vários meses, tenha o mesmo ordenado que um outro primeiro-sargento que está na secretaria e que trabalha das 9 às 5, de segunda a sexta.
O ordenado de um 1º Sargento é de 1000 euros e o subsidio de risco é de mais uns 500 euros, não me parece nada absurdo, e quero lembrar que na FAP só os pilotos é que recebem sempre o subsidio de risco já que as restantes especialidades não, os outros tripulantes são sargentos e praças a maioria mecanicos de aviões que tira um curso especifico para uma certa aeronave (operador de acusticos no P-3, recuperador-salvador no EH101, loadmaster no C-130, etc), e que passam a receber esse subsidio mas caso sejam transferidos para outra base é lógico que vão parar a uma aeronave diferente e aí já não vão voar nem receber subsidio, se quiserem terão que fazer tudo de novo, mas isso não existe em todas as bases por exemplo alguém que seja mecanico do F-16 é claro que nunca será tripulante
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Eu concordo com o Luso que o problema seja certas exepções que existem mas eu acho que no geral seria injusto todos os militares com o mesmo posto receberem exactamente o mesmo ordenado, acha que por exemplo que um primeiro-sargento (só por exemplo) que seja tripulante de uma aeronave qualquer o que logo implica voos nocturnos, voos ao fim de semana, destacamentos fora da unidade durante largos periodos de tempo que podem ir até vários meses, tenha o mesmo ordenado que um outro primeiro-sargento que está na secretaria e que trabalha das 9 às 5, de segunda a sexta.
Por essas e por outras é que costumam existir subsídios de deslocação e coisas do género.
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Por essas e por outras é que costumam existir subsídios de deslocação e coisas do género.
O que é que isso tem a ver com o que eu disse? Desculpe lá mas não percebi...
O subsidio de deslocamento é por exemplo um militar que mora em Lisboa, está colocado numa unidade em Lisboa ou arredores e o mandam para o Porto por exemplo, esse subsidio não tem nada a ver com missões.
Por exemplo os médicos só são obrigados a mudar de hospital dentro do mesmo concelho, os militares podem ser transferidos para qualquer parte do pais incluindo as ilhas, de tiver errado gostava que me corrigissem mas penso que estou correcto.
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Por essas e por outras é que costumam existir subsídios de deslocação e coisas do género.
O que é que isso tem a ver com o que eu disse? Desculpe lá mas não percebi...
O subsidio de deslocamento é por exemplo um militar que mora em Lisboa, está colocado numa unidade em Lisboa ou arredores e o mandam para o Porto por exemplo, esse subsidio não tem nada a ver com missões.
Por exemplo os médicos só são obrigados a mudar de hospital dentro do mesmo concelho, os militares podem ser transferidos para qualquer parte do pais incluindo as ilhas, de tiver errado gostava que me corrigissem mas penso que estou correcto.
Não me referia a subsídios de deslocação nas FA (que não sei como funcionam), mas na ideia geral do subsídio, em que duas pessoas supostamente com o mesmo posto teriam o mesmo ordenado base, mas o que tivesse um cargo que exigisse despesas adicionais teria direito a subsídios para compensar. Numa empresa, se duas pessoas têm o mesmo estatuto na hierarquia mas uma delas trabalha na sede enquanto a outra tem que fazer o seu trabalho a horas estranhas e deslocar-se constantemente, a primeira recebe o ordenado base enquanto a segunda pessoa terá direito a subsídios de deslocação, subsídios de turno ou isenção de horário, e coisas semelhantes, que criam uma diferença efectiva de vencimento.
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Não me referia a subsídios de deslocação nas FA (que não sei como funcionam), mas na ideia geral do subsídio, em que duas pessoas supostamente com o mesmo posto teriam o mesmo ordenado base, mas o que tivesse um cargo que exigisse despesas adicionais teria direito a subsídios para compensar. Numa empresa, se duas pessoas têm o mesmo estatuto na hierarquia mas uma delas trabalha na sede enquanto a outra tem que fazer o seu trabalho a horas estranhas e deslocar-se constantemente, a primeira recebe o ordenado base enquanto a segunda pessoa terá direito a subsídios de deslocação, subsídios de turno ou isenção de horário, e coisas semelhantes, que criam uma diferença efectiva de vencimento.
Nesse aspecto parece-me que é idêntico, mas acha mal?
Acho que há é aqui um aspecto que está a ser confundido, há algo que não sei bem o nome mas que é um subsidio para todos os militares que vão em missão para o estrangeiro, daí o pessoal que vai para o Kosovo, Bosnia, Timor, Afeganistão, etc a receber o bem bom, penso que este subsidio também varia com várias coisas, o risco em cada local, se tem que pagar alojamento e alimentação do proprio bolso ou se isso é fornecido por alguma unidade militar local, etc
Outra coisa é o chamado subsidio de voo, que é para os tripulantes, já que muitas missões da FAP são feitas sobre Portugal e por isso não recebem subsidios de missões internacionais, se não recebessem esse subsidio de risco de voo não haveria diferença entre esses militares que voam e os que não voam, e até havia outra diferença mas que agora acabou que era, devido ao desgaste fisico desses militares tripulantes, por cada ano a voar contava um ano e mais um tempo que desconheço, penso que era por cada 4 anos contavam 5 ou algo assim do género, não sei os valores ao certo mas funcionava dessa maneira, por cada X anos a voar contava X+Y para a reforma, isto fez com que muitos militares, que voaram muitos anos, se reformassem com 40 e tal anos porque ia equivaler aos 50 e tal anos de idade que era preciso ter para se reformarem, isso agora acabou, quem quer voar voa, e recebe o subsidio de risco mas o tempo de voo é igual ao tempo a trabalhar no chão.
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Disse que nesse aspecto era idêntico mas li há pressa :shock:
Mas agora já nem se sabe se os militares são militares ou se são funcionários publicos, os direitos ou regalias como há quem diga dos militares vão sendo reduzidos para ficarem idênticos aos funcionários publicos mas as obrigações a que implica serem militares continuam na mesma, nesse aspecto já não são funcionários publicos.
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Reforma das Forças Armadas não mexe no número de generais
As Forças Armadas deverão ter 18 605 militares dos quadros permanentes (QP) no activo, menos 1286 do que os 19 891 actualmente autorizados, embora o número de oficiais generais se mantenha inalterado. No plano financeiro, esta redução de pessoal implica uma poupança de 26,3 milhões de euros anuais (menos 6%).
A proposta consta do relatório final sobre as carreiras militares, a cargo do grupo de trabalho (GT) liderado pelo vice-almirante Correia Gonçalves e a que o DN teve acesso na íntegra. O quadro final propõe mais um oficial (para a Armada) do que as necessidades totais apresentadas pelos três ramos (18 604 efectivos) em Junho passado.
A redução de 1286 efectivos, entre o quadro existente e o proposto pelo GT, é de 622 militares na Armada, 664 no Exército e de um na Força Aérea, o que corresponde a uma diminuição de 6,4% do total de efectivos nos três ramos.
Registe-se que os quadros legais de pessoal em vigor não estão preenchidos na totalidade, pelo que a redução efectiva de encargos será inferior aos citados 26,3 milhões de euros anuais. O relatório alerta, também, que os números relativos ao pessoal podem não ser os definitivos, dado haver estudos de reestruturação cujos resultados não eram conhecidos à data da conclusão do documento (Outubro de 2007).
O relatório tipifica os efectivos existentes fora dos ramos e que terão de se somar aos 18 605 propostos para a Armada, Exército e Força Aérea: 640 colocados no Estado-Maior General das Forças Armadas e 903 fora da estrutura militar (462 dos quais podem ser ocupados por militares na reserva) - o que perfaz um total de 20 148 militares ao serviço do Estado, menos 1356 do que os 21 148 agora autorizados.
"Os quadros de pessoal dos QP, que foram calculados, satisfazem as necessidades actualizadas dos ramos, (...) e respeitam os novos modelos de carreira", lê-se na conclusão do capítulo 5 do relatório. Dada a necessidade de garantir a normalidade nos fluxos de carreira, o GT conclui ser necessário incorporar, por ano, 223 oficiais (carreiras de comando, direcção e apoio, técnica) e 453 sargentos. Em relação às praças, só existentes na Armada, não foi feita qualquer proposta.
Por postos, constata-se que o GT deixa inalterado o quadro de 79 oficiais generais e o seu limite de idade de passagem à reserva - reduzido para 57 anos nos restantes postos de oficial - face aos quantitativos em vigor nos três ramos (aprovados em 1993 e reduzidos, em 2006, em quatro postos para o Exército). Ao nível dos oficiais superiores, capitães e subalternos, há uma redução de 551 efectivos entre o quadro vigente e o proposto. Regista-se também um decréscimo de 316 sargentos e de 418 praças - apesar de, nesta categoria, se criar o posto de cabo-mor.
Note-se que, na classe de sargentos do Exército, o número pode subir dos 4013 propostos para os 4398, se não forem preenchidas 385 vagas com os futuros contratados de "longa duração" - que podem estar até 12 anos nas fileiras. Para o GT, a "operacionalização do Regime de Contrato de Longa Duração depende significativamente dos eventuais incentivos que venham a ser considerados para esta forma de prestação de serviço e das eventuais perspectivas profissionais que se coloquem aos militares abrangidos, nas Forças Armadas ou fora dela".
Remunerações
Relativamente aos problemas detectados ao nível salarial, o GT identificou "possíveis hipóteses de medidas tendentes a minimizar ou solucionar" as assimetrias existentes, com os correspondentes impactos financeiros. Contudo, a ausência de "suficiente informação sobre as disponibilidades financeiras para a revisão" do sistema retributivo das Forças Armadas levou a que não fossem "formalizadas propostas concretas" nessa matéria.
Mas as hipóteses consideradas variam entre uma poupança de 16,7 milhões de euros (corrigindo apenas problemas de sobreposição de índices entre postos), um aumento de 89,2 milhões de euros (corrigindo a desvalorização salarial dos últimos 17 anos face às carreiras de referência da Administração Pública, como os médicos, professores universitários, diplomatas ou magistrados).
Quanto ao Suplemento de Condição Militar, o mais importante dos subsídios auferidos pelos militares s que ascendeu a 49 milhões de euros em 2007 (só para o pessoal dos QP no activo), o aumento num ponto percentual da componente variável - 14,5% do salário base de cada militar - implica um acréscimo anual de 3,4 milhões de euros.
DN (http://http)
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Boas!
Apesar de haver este excedentário de oficiais, na minha opinião, os 40 e tal mil militares que temos são poucos, na minha opinião mais uma vez, acho que deveriamos ter umas forças armadas com mais pessoal; maiores (não estou a dizer como os EUA ou a China, mas com um número mais considerável).
Queria saber a vossa opinião.
Cumps.
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Senhores
Portugal há muito que deveria de repensar o conceito de forças armadas dada a fraca influência no palco global que é o mundo...deveriamos de ter poucos mas bem pagos e bem treinados mas os filhos deste e daquele não podem ir para determinados postos e por isso não se alteram as candidaturas à Academia Militar...esta é a realidade do provinciano Portugal...
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Sinceramente não entendo como é que ainda gastamos dinheiro nas Forças Armadas,nós já estamos na NATO,Nações Unidas,UE,..pra quê termos um exercito quando ele não é produtivo para o país??
Porque é que não se faz como a suiça (salvo erro)que em vez de ter um exercito,tem policia militarizada e em prol da sociedade,tipo não fazem só trabalho de policia,e todas as despesas vão para essa area,nós aqui temos de gastar para a PSP,GNR,BT,Policia Maritima,Forças Armadas (Marinha,Exercito,Aerea),axo desnecessário haver tanta "policia",o gasto é mto superior visto assim haver mto mais oficiais,sargentos,coroneis,bla bla bla....
Acabava-se com isso tudo e juntava-se criando assim uma só Força Nacional,e todo o nosso dinheiro de contribuinte apenas iria só para essa Força.
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Sinceramente não entendo como é que ainda gastamos dinheiro nas Forças Armadas,nós já estamos na NATO,Nações Unidas,UE,..pra quê termos um exercito quando ele não é produtivo para o país??
Porque é que não se faz como a suiça (salvo erro)que em vez de ter um exercito,tem policia militarizada e em prol da sociedade,tipo não fazem só trabalho de policia,e todas as despesas vão para essa area,nós aqui temos de gastar para a PSP,GNR,BT,Policia Maritima,Forças Armadas (Marinha,Exercito,Aerea),axo desnecessário haver tanta "policia",o gasto é mto superior visto assim haver mto mais oficiais,sargentos,coroneis,bla bla bla....
Acabava-se com isso tudo e juntava-se criando assim uma só Força Nacional,e todo o nosso dinheiro de contribuinte apenas iria só para essa Força.
Está a ser irónico ou enganou-se de fórum?
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E ainda por cima a Suíça que deve ser dos países mais militarizados da Europa, considerando que todos os homens têm de cumprir serviço militar obrigatório e de fazer exercícios anuais de reservistas até pelo menos aos 34 anos de idade... :shock:
Polícia "Militarizada" não têm, isso é mais no sul da Europa, ex: Portugal-GNR, Espanha-Guardia Civil, França-gendarmerie, Itália-Carabinieri, etc.
Parece que a nossa Armada é um "bocadinho" maior e melhor que a Suíça, mas por pouco .
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NATO???? como é que conseguimos cumprir os compromissos militares que temos com a NATO sem forças militares para os cumprir.
Portugal tem tirado muitos dividendos politicos (mas mal aproveitados pelos nossos governantes) das participações das nossas forças armadas no estrangeiro sob a egide da ONU (e tem cumprido (mal) as obrigações militares para com a NATO).
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Esses 460 oficiais a mais são acima de tudo e antes de mais um indicador da má gestão continuada por parte de quem tem estado à frente dessa instituição. Completa negligencia e incompetência por parte de quem tipicamente não tem de se preocupar onde arranjar com que lhes pagar ao fim do mês e se está marimbando para o assunto.
E ainda dizem eles que a instituição militar reflecte e se identifica com o profundo sentir da nação…
Para mim há números ainda bem piores.
Li para ai num lado qualquer (procurei o link para repor aqui mas não encontrei) que no exército em 22 mil elementos apenas 10 mil são praças. Ou seja, por cada soldado/cabo há mais que um graduado em média. Não existirá aqui algo de fundamentalmente errado de alto abaixo da instituição militar?
Portanto, se a desproporção é assim tão radicalmente anormal (na minha opinião) o excesso nalgum lado tem que existir… logo os 460 oficiais são apenas pouco mais que um pormenor de um erro muito maior.
Só dão razão e munições ao que se revelam contra os gastos com as FA.
(Nota: Na PSP, também somos 22 mil. Desses apenas mil são oficiais. Parece-me uma proporção ajustada, 1 para 22.
Subchefes e Chefes (equivalente policial ao sargento) andarão pelos 2 mil. Numa proporção de 1 para 10. Aqui a proporção parece-me algo desajustada, mas por defeito.)
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Parece que a nossa Armada é um "bocadinho" maior e melhor que a Suíça, mas por pouco
:roll: :lol: :lol: :lol:
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Esses 460 oficiais a mais são acima de tudo e antes de mais um indicador da má gestão continuada por parte de quem tem estado à frente dessa instituição. Completa negligencia e incompetência por parte de quem tipicamente não tem de se preocupar onde arranjar com que lhes pagar ao fim do mês e se está marimbando para o assunto.
E ainda dizem eles que a instituição militar reflecte e se identifica com o profundo sentir da nação…
Para mim há números ainda bem piores.
Li para ai num lado qualquer (procurei o link para repor aqui mas não encontrei) que no exército em 22 mil elementos apenas 10 mil são praças. Ou seja, por cada soldado/cabo há mais que um graduado em média. Não existirá aqui algo de fundamentalmente errado de alto abaixo da instituição militar?
Portanto, se a desproporção é assim tão radicalmente anormal (na minha opinião) o excesso nalgum lado tem que existir… logo os 460 oficiais são apenas pouco mais que um pormenor de um erro muito maior.
Só dão razão e munições ao que se revelam contra os gastos com as FA.
(Nota: Na PSP, também somos 22 mil. Desses apenas mil são oficiais. Parece-me uma proporção ajustada, 1 para 22.
Subchefes e Chefes (equivalente policial ao sargento) andarão pelos 2 mil. Numa proporção de 1 para 10. Aqui a proporção parece-me algo desajustada, mas por defeito.)
Situação em 2005:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg140.imageshack.us%2Fimg140%2F5109%2Fpessoal1gt8.jpg&hash=774b6beeb430803144ec0b2c182489e7)
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Boas. Não me espanta minimamente esta notícia. O que estavam à espera?? É claro que os senhores da guerra têm que ser bonzinhos para eles e os da sua "classe". São muitos sim, mas na maioria dos casos 2 não fazem 1. E isso estende-se para os restantes postos da categoria. O número de militares que disseram existir não está muito mal, deviam era de ser melhor preparados tecnicamente e não deixar entrar qualquer um como hoje em dia. Só falta irem buscar os reclusos para a tropa. Mas é o que temos, os praças no fundo só servem para um único propósito, ajudar na progressão das carreiras dos oficiais. Como se fossem bonequinhos para ali e para lá para ter tudo bonito e o senhor general receber os louros. E nas cerimónias lá vão eles todos cheios de medalhas que nem cabem mais na farda como se fossem grandes heróis portugueses.. Que vergonha. Mais herói foi o meu avô e muitos outros que foram para o ultramar obrigados e deixaram cá quem amavam e muitos não regressaram. E onde está a medalha dele? Ou o louvor? Ou mesmo a cruz de guerra? Nada. Se for preciso o meu avô fica anos em fila de espera num hospital para ter um tratamento qualquer e esses oficiais vão ao hospital militar e têm tudo o que querem na hora. Eles e as esposas que também se sentem superiores.inclusive passam à frente de praças que estão sentados com dores à horas, isto vsto por mim. Mas felizmente com o General Pina Monteiro na frente acredito que isto mude algumas coisas. Parece que ele é um pouco diferente.