Mísseis de Cruzeiro para a Espanha:Implicações para Portugal

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NVF

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« Responder #105 em: Agosto 13, 2005, 12:56:21 pm »
Citação de: "smaerd"
No entiendo las reticencias de Portugal respecto a Espanha y su ridiculo
presupuesto militar (0,86% PiB) y en consonancia sus escasos medios..

¿que ocurriria entonces si invirtiera  como en Italia O Francia O Grecia
o incluso ustedes mismos que triplican el % destinado a defensa respecto al nuestro?

Imagninense
300 Efa,s 300F18 900Leos 18 F100 etc etc etc etc etc.

Espanha  no trata de desequilibrar ninguna balanza estrategica, unicamente moderniza sus escasos medios.

Un saludo


Estive a ler uns enlaces e, segundo a NATO, Espanha gasta com a Defesa 1,3% do PIB e Portugal 1,7%. Mas estes numeros ja' foram longamente discutidos aqui anteriormente.

O que e' impressionate e' que a Espanha, em 20 anos, reduziu os seus efectivos em cerca de 2/3. Assim, e' compreensivel que consigam manter grandes listas de compras, com um orcamento inferior ao italiano, por exemplo. Ja' agora, a Italia ainda tem 315.000 pessoas nas suas FAs versus 124.000 da Espanha. Estao a ver aonde acaba o grosso do orcamento italiano, nao estao?

A Espanha e' livre de comprar o que quiser, mas por favor, parem de fazer a cantiga do desgracadinho. A Espanha, neste momento e militarmente, esta' praticamente ao nivel dos outros grandes da Europa. No futuro, as diferencas serao ainda mais tenues. Como dizia a outra na anedota: "rra' rrega"!

http://www.nato.int/docu/pr/2005/p050609.pdf
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manuel liste

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« Responder #106 em: Agosto 13, 2005, 03:55:18 pm »
Citação de: "Luso"
Aposto que a grande maioria dos nossos políticos não se importavam de delegar a nossa defesa a Espanha para assim poderem ter mais dinheiro para distribuir por tachos e esbanjar nas loucuras das autarquias.


Eso podría ser así siempre que al gobierno español le interesase, cosa poco probable. Nuestro país ya tiene suficientes cargas (garantizar nuestra propia seguridad, por ejemplo).

Deberían probar en los EEUU...  :roll:
 

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C. E. Borges

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« Responder #107 em: Agosto 13, 2005, 09:07:33 pm »
Eu também subscrevo em absoluto que a Espanha trate da sua Defesa como muito bem entender - e pelos vistos fá-lo muitíssimo bem - e que se temos um problema com isso, ele é obviamente interno e nosso.
Na minha opinião, que naturalmente vale o que vale, prende-se com o escrutínio político-partidário das nossas elites (um erro mil vezes repetido) e com a "natureza mole" do semi-presidencialismo. Acho que não é preciso "fazer um desenho" para se perceber como é que chegamos à profunda crise em que nos debatemos, financeira, económica, política, militar, administrativa e de identidade (a pior de todas). Um regime político funciona como um relógio e o nosso, ano após ano e ao longo dos anos, transformou-se numa grande cebola. Qualquer nova Constituição devia prever, sempre e obrigatóriamente, uma Nova Constituinte cada 25 anos, para obviar a esta miserável degradação democrática com tristíssimas repercussões na alma nacional.
 

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nestor

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« Responder #108 em: Agosto 13, 2005, 10:04:05 pm »
Citar
Estive a ler uns enlaces e, segundo a NATO, Espanha gasta com a Defesa 1,3% do PIB e Portugal 1,7%. Mas estes numeros ja' foram longamente discutidos aqui anteriormente.


¿Te refieres al 2004, verdad?

Ahora debes colocar aqui todos los años anteriores que aparecen para obtener una visión global del desorbitado gasto español.

Tambien podias poner cuantos paises de la OTAN tienen un gasto inferior al de España.

Saludos.
 

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NVF

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« Responder #109 em: Agosto 14, 2005, 01:02:03 pm »
Oh Nestor, nao me digas que nao tens paciencia para ler os graficos? Sendo assim, aqui vai.

Gastos da Espanha em % do PIB desde 1980

1980-1984: 2.3% (media)
1985-1989: 2.1% (media)
1990-1994: 1.6% (media)
1995-1999: 1.4% (media)
2000: 1.2%
2001: 1.2%
2002: 1.4%
2003: 1.3%
2004: 1.3%

Ha' 3 paises da NATO que gastam com Defesa menos que a Espanha em termos relativos (% do PIB) e um outro pais que gasta o mesmo. Se queres saber quais sao, faz como eu, le os graficos.

E se quiseres saber os nomes e moradas de todos os soldados dos Exercitos portugues ou Espanhol, vais ter que ser tu a procurar, porque eu nao tenho tempo :jok:
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Jorge Pereira

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« Responder #110 em: Agosto 23, 2005, 01:59:07 am »
Conversando com uma senhora da limpeza que trabalha no pentágono (sim, eu também conheço algumas :D ) aproveitei para lhe perguntar como funcionava a venda de mísseis de cruzeiro e respectivas condicionantes na sua utilização a outros países.

Então é assim: Os ditos mísseis são vendidos “quase” prontos a usar, “quase” porque “só” lhes faltam as referências das bases de dados para o sistema de guia e navegação TERCOM/DSMAC ou para o sistema de navegação por GPS NAVSTAR que têm que ser introduzidas nos mísseis antes do seu lançamento e que os norte-americanos só fornecem quando eles concordam com os alvos a atingir.

Assim sendo, que cada um tire as suas ilações sobre a utilidade desta compra.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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komet

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« Responder #111 em: Agosto 23, 2005, 03:20:47 am »
Bolas... ainda bem que não lhes compramos balas, senão os nossos soldados teriam que pedir autorização aos EUA para disparar contra um alvo caso contrário... kaput
"History is always written by who wins the war..."
 

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typhonman

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« Responder #112 em: Agosto 23, 2005, 03:43:45 am »
Com esse dinheiro ja compravam mais uns EFAS..Ou Mais uns A400M
 

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ferrol

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« Responder #113 em: Agosto 23, 2005, 07:53:08 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Então é assim: Os ditos mísseis são vendidos “quase” prontos a usar, “quase” porque “só” lhes faltam as referências das bases de dados para o sistema de guia e navegação TERCOM/DSMAC ou para o sistema de navegação por GPS NAVSTAR que têm que ser introduzidas nos mísseis antes do seu lançamento e que os norte-americanos só fornecem quando eles concordam com os alvos a atingir..
Como seguro que a señora da limpeza tamén lle comentou, a variante GPS, como vostede seguro adiviñará, non necesita ter ningunha memoria do camiño percorrido, como sí necesitan as variantes guiadas por TERCOM.

Todos sabemos como funciona o GPS. Programas o misil para unhas coordenadas terrestres e o soltas. A precisión do sistema fai que o erro sexa duns poucos metros, como máximo.

A variante TERCOM (TERrain COntour Matching) consiste en almacenar os perfís do terreo polos que ten que pasar o misil. Dese xeito, compara os almacenados cos que vai sobrevoando para atopa-lo obxectivo.

(fas.org)

Daquí se pode deducir que para que os Tomahawk funcionen non é necesario que os americanos proporcionen nada, xa que o GPS é un sistema tamén público, seguro que algún de vostedes ten algún pequeno na casa, e o TERCOM baséase no recoñecemento das alturas do terreo, fácilmente accesible, agora incluso desde o googlemap, xa que case todo o planeta está cartografiado.

Un saúdo.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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typhonman

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« Responder #114 em: Agosto 23, 2005, 02:23:45 pm »
Engraçado que os nossos amigos espanhois tem sempre resposta para tudo..e estão sempre correctos.. :roll:
 

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smaerd

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« Responder #115 em: Agosto 23, 2005, 03:56:50 pm »
Citação de: "Typhonman"
Com esse dinheiro ja compravam mais uns EFAS..Ou Mais uns A400M


Todo el  dinero de los 60 Tomahawk casi no da ni para medio  Ef2000 :wink: .

Mejor los misiles, ya llegaran mas Efas..

Un saludo a todos
 

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papatango

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« Responder #116 em: Agosto 23, 2005, 05:34:24 pm »
Ferrol:

Um missil, seja ele qual for, que possa ser guiado por um sistema autonomo, como um sistema de reconhecimento do terreno, dará ao país que o possuir uma total autonomia na escolha dos alvos.

Um país que tenha armas guiadas por GPS, dependerá a todo o momento do sistema GPS, e do que os americanos decidirem fazer com ele.

Como todos sabemos, o sistema Galileo, foi lançado para dar à Europa autonomia relativamente aos Estados Unidos. Por alguma coisa será.
Nem a China, nem a Russia, nem outros países (penso na India por exemplo) confiam ou alguma vez confiarão, num sistema absolutamente dependente do pentagono.

Quem tem a chave do GPS são os americanos e se amanhã eles quiserem, e para evitar que alguém o utilize contra a vontade deles, os americanos empastelam ou recodificam os sinais, e os Tomahawk espanhóis ou britânicos, tranformam-se em bombas burras.

O GPS é público, só e enquanto os americanos decidirem que é público.

Cumprimentos


PS:
Duvido que alguém se baseie nos dados do Googlemaps para fazer guiar misseis. Principalmente porque muitos dos mapas já têm anos.
E além disso. uma das regras de ouro dos americanos, utilizada por exemplo no que respeita a Israel, é que os clientes não podem utilizar os equipamentos vendidos par afazer adaptações próprias.

Portanto, quem compra um Tomahawk, leva-o com controlo por GPS, que os americanos controlam como querem, e não pode pensar em alterar o sistema de navegação, sob risco de irritar alguém no Pentágono.

O Tio Sam, não permite baldas :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Jorge Pereira

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« Responder #117 em: Agosto 23, 2005, 06:43:56 pm »
ferrol, só uns esclarecimentos:

Não é com mapas do google e um qualquer cabo USB que consegue introduzir dados no sistema de navegação de um tomahawk :lol: .

Se formos pela via do GPS e partindo do princípio que não existem códigos (na posse dos norte-americanos) para aceder ao próprio sistema de programação de alvos e navegação dos mísseis, tenho que lhe lembrar que o sinal de GPS utilizado pelos tomahawks não é aquele vulgar sinal (Standard Positioning Service ou SPS) que utilizam os aparelhos de navegação que nós, por exemplo, temos nos automóveis, é um sinal também de uso restrito designado por PPS (Precise Positioning Service) e que os americanos em qualquer altura, como acontece aliás com o sistema SPS, podem bloquear.

Citar
GPS provides two levels of service, Standard Positioning Service and the Precise Positioning Service .

The Standard Positioning Service (SPS) is a positioning and timing service which will be available to all GPS users on a continuous, worldwide basis with no direct charge. SPS will be provided on the GPS L1 frequency which contains a coarse acquisition (C/A) code and a navigation data message. SPS provides a predictable positioning accuracy of 100 meters (95 percent) horizontally and 156 meters (95 percent) vertically and time transfer accuracy to UTC within 340 nanoseconds (95 percent).

The Precise Positioning Service (PPS) is a highly accurate military positioning, velocity and timing service which will be available on a continuous, worldwide basis to users authorized by the U.S. P(Y) code capable military user equipment provides a predictable positioning accuracy of at least 22 meters (95 percent) horizontally and 27.7 meters vertically and time transfer accuracy to UTC within 200 nanoseconds (95 percent). PPS will be the data transmitted on the GPS L1 and L2 frequencies. PPS was designed primarily for U.S. military use. It will be denied to unauthorized users by the use of cryptography. PPS will be made available to U.S. and military and U.S. Federal Government users. Limited, non-Federal Government, civil use of PPS, both domestic and foreign, will be considered upon request and authorized on a case-by-case basis, provided:
•   It is in the U.S. national interest to do so.
•   Specific GPS security requirements can be met by the applicant.
•   A reasonable alternative to the use of PPS is not available.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

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ferrol

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« Responder #118 em: Agosto 23, 2005, 07:45:46 pm »
Citação de: "papatango"
quem compra um Tomahawk, leva-o com controlo por GPS, que os americanos controlam como querem, e não pode pensar em alterar o sistema de navegação, sob risco de irritar alguém no Pentágono.

O Tio Sam, não permite baldas :shock:  :shock:

Perdon, estou sorprendido, alucinado...  :shock:
¿É vostede o mesmo papatango que hai 2 meses negaba toda posibilidade de que a España lle vendesen tomahawk?¿E agora está discutindo no foro onde se anuncia a venda de tomahawks a España?   :n.idea:

Citar
Como todos sabemos, o sistema Galileo, foi lançado para dar à Europa autonomia relativamente aos Estados Unidos. Por alguma coisa será.
Pois sí, porque da moitos beneficios. Galileo é un sistema pagado pola Unión Europea, i é civil, polo que non ten sentido falar del aquí.
Máis información sobre o Galileo:
http://europa.eu.int/comm/dgs/energy_transport/galileo/documents/brochure_en.htm
Citar
GALILEO Application Sheets:
Agriculture & Fisheries  (133 Kb, June 2002)
 Civil Engineering  (143 Kb, June 2002)
 Energy  (136 Kb, June 2002)
 Environment  (145 Kb, June 2002)
 Finance, Banking, Insurance  (162 Kb, June 2002)
 Telecommunications  (136 Kb, June 2002)
 Aviation  (84 Kb, October 2002)
 Civil Protection  (85 Kb, October 2002)
 Maritime  (83 Kb, October 2002)
 Public Transport  (84 Kb, October 2002)
 Road  (87 Kb, October 2002)
 Rail  (100 Kb, May 2003)
Como ve, non se menciona a defensa... Este é un foro militar, falemos de militaria, non nos dispersemos. Gracias  :lol:
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Jorge Pereira

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« Responder #119 em: Agosto 23, 2005, 08:31:27 pm »
Portanto ferrol, chegou à conclusão que eu acima referi:

Todos os tomahawks espanhóis seja qual for a versão, estarão sempre dependentes da autorização dos Estados Unidos para a sua utilização operacional.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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