Deserções nas Forças Armadas e GNR aumentaram 25%

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Marauder

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Deserções nas Forças Armadas e GNR aumentaram 25%
« em: Maio 16, 2006, 01:56:34 pm »
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Deserções nas Forças Armadas e GNR aumentaram 25%
As deserções nas Forças Armadas e na GNR aumentaram 25% em 2005 e foram o crime mais praticado no meio militar, revela um relatório da Polícia Judiciária Militar hoje divulgado pelo Jornal de Notícias.

De acordo com o JN, «o número de deserções nas Forças Armadas e na GNR aumentou cerca de 25 por cento, passando de 146 em 2004 para 183 em 2005, segundo dados do relatório anual da Polícia Judiciária Militar.

«O número de deserções é maior no Exército e menor na Força Aérea, tendo em conta o efectivo, mas na Marinha os números saltaram de 15 para 34 casos, mais do dobro, entre 2004 e 2005», indica o jornal.

«Segundo fontes militares, a deserção ocorre junto do efectivo voluntário e contratado, se bem que acabe também por atingir os militares do quadro permanente», revela o JN.

De acordo com o jornal, «na maioria das situações, o desertor tem por objectivo romper o vínculo com as Forças Armadas ou com a GNR, procurando outra actividade mais lucrativa junto do sector privado».

O relatório dá ainda conta de um aumento do número de processos para investigação entrados na Polícia Judiciária Militar, que passaram de 315 em 2004 para 576 em 2005.

Destes processos por crime, os mais marcantes acabam por ser a deserção e o furto, cada um com 183 casos, da insubordinação (22), furto de material de guerra (20), crime contra o dever militar (17), danos (14), peculato (14) e incumprimento dos deveres do serviço (13).

Há ainda processos por crimes respeitantes a consumo de estupefacientes (11), abusos de autoridade (11), extravio de material de guerra (10), burla (9), difamação/calúnia/injúria (9), crime cometido no exercício de funções públicas (9) e ofensas à integridade física (8).

Diário Digital / Lusa

16-05-2006 8:47:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=227905

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TOMKAT

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Maio 16, 2006, 06:56:13 pm »
Alguns parágrafos interessantes da notícia do JN...

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Segundo fontes militares, a deserção ocorre mais junto do efectivo voluntário e contratado, se bem que acabe também por atingir os militares do quadro permanente. Na maioria das situações o desertor tem por objectivo romper o vínculo com as Forças Armadas ou com a GNR, procurando outra actividade mais lucrativa junto do sector privado.

No entanto, enquanto no caso no caso dos voluntários o acto de deserção não prevê o regresso às fileiras - como veio a acontecer com o desertor detido pela PJM no Bairro da Torre, em Lisboa, na operação "Torre de Controlo" -, já com os militares do quadro permanente essa condição é na maioria das vezes escamoteada pelo ludibriar da lei para conseguir manter a situação militar e actividade privada em paralelo, conseguindo proventos de um lado e outro.

Foi o caso de um capitão piloto-aviador da Força Aérea que foi detido depois de as investigações terem levado à conclusão que a sua ausência - primeiro justificada com assistência à família - estava associada à prestação de serviços para uma empresa de aeronáutica ligada ao combate aos fogos. O oficial foi sancionado com uma medida disciplinar de três meses de cadeia, imposta pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea, e o agora o processo-crime decorre no Ministério Público, se bem que o militar tenha recorrido administrativamente.
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Chico-espertos há em todo o lado,... infelizmente...  :(
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

(sem assunto)
« Responder #2 em: Junho 11, 2006, 11:08:18 pm »
Nada de admirar quando tivemos um desertor a concorrer à Presidência da Republica.
Tenho uma larga experiência militar, e um grande desgosto por não ter continuado nas fileiras. Infelizmente no nosso país os Oficiais Milicianos não são aproveitados, sendo mesmo por certos sectores das Forças Armadas considerados reaccionários.
No entanto e voltando ao tema é meu entender que existe uma grande crise de vocações para a vida militar. Estou até em crer que grande parte dos que se alistam, o fazem unicamente por motivos económicos. Depois chegam à conclusão que estão no local e errado e desertam.