Lisboa, 18 Abr (Lusa) - O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 0,9 por cento em Março, face a igual mês do ano pass ado, mostram os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), hoje divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Solidaried ade.No final de Março estavam inscritos nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas 480.164 desempregados, o que representa uma dimin uição de 1,6 por cento face ao número de inscritos verificado em Fevereiro.Em comunicado, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade refere que " esta é a maior redução em cadeia verificada em Fevereiro desde 2000, quer em ter mos absolutos, quer em termos relativos" e que, em termos anuais, "este é o prim eiro mês desde Fevereiro de 2002 em que se assiste a uma diminuição" do número d e inscritos face ao mesmo mês no ano anterior.Por regiões, segundo o Ministério, o desemprego registado desceu em tod as, face aos números apurados em Fevereiro, e caiu também em termos homólogos, c om excepção para a região Norte, que registou um aumento de 1 por cento, e para os Açores, onde o número de inscritos subiu 5,5 por cento.O número de ofertas de emprego recebidas pelos centros de emprego aumen tou 26,2 por cento em Março, face a Fevereiro, para 9.796.Este número traduz uma evolução homóloga de 5,1 por cento, fazendo com que Março fosse o 12º mês consecutivo de aumento das ofertas de emprego no Conti nente, "facto que indicia um maior dinamismo da actividade económica", acrescent a o Ministério do Trabalho e da Solidariedade.RSF.Lusa/Fim
Redução de inscritos nos centros indicia evolução positiva, diz IEFPO presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) disse segunda-feira que a redução do número de desempregados inscritos nos centros de emprego indicia uma evolução positiva da economia portuguesa. O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social divulgou hoje dados do IEFP que indicam que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 0,9% em Março, face a igual mês do ano passado.No final de Março estavam inscritos nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas 480.164 desempregados, o que representa uma diminuição de 1,6% face ao número de inscritos verificado em Fevereiro.Em declarações à Agência Lusa, o presidente do IEFP, Francisco Madelino, explicou que estes dados - juntamente com outros que mostram um aumento de 21%, face ao mês anterior, do número de desempregados colocados no mercado pelos centros de emprego - confirmam sinais positivos.Contudo, o responsável defende que estes sinais devem ser olhados com um optimismo moderado porque o volume do desemprego (480 mil desempregados) é significativo para as características da sociedade portuguesa. «É preciso ter sinais mais significativos. Não podemos com honestidade intelectual olhar para os dados e dizer que tudo vai de vento em popa», disse, acrescentando que «há sinais de esperança mas a batalha tem de continuar».Em comunicado, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social refere ainda que esta redução de 0,9% «é a maior em cadeia verificada em Fevereiro desde 2000, quer em termos absolutos, quer em termos relativos».Em termos anuais, o Ministério refere que «este é o primeiro mês desde Fevereiro de 2002 em que se assiste a uma diminuição» do número de inscritos face ao mesmo mês no ano anterior.Por regiões, segundo o Ministério, o desemprego registado desceu em todas, face aos números apurados em Fevereiro, e caiu também em termos homólogos, com excepção para a região Norte, que registou um aumento de 1%, e para os Açores, onde o número de inscritos subiu 5,5%.O número de ofertas de emprego recebidas pelos centros de emprego aumentou 26,2% em Março, face a Fevereiro, para 9.796.Este número traduz uma evolução homóloga de 5,1%, fazendo com que Março fosse o 12º mês consecutivo de aumento das ofertas de emprego no Continente, «facto que indicia um maior dinamismo da actividade económica», acrescenta o Ministério do Trabalho e da Solidariedade.Diário Digital / Lusa 17-04-2006 15:28:00
Portugal levanta barreiras à entrada de trabalhadores de lesteOs trabalhadores dos novos Estados- membros da União Europeia (UE) vão poder circular livremente em Portugal a partir de segunda-feira.Isto na sequência da decisão do Governo de levantar as restrições dois anos após o alargamento. As autoridades portuguesas, que comunicaram a sua decisão a Bruxelas no início de Março, estão convictas de que a abertura do mercado de trabalho aos trabalhadores de Leste «não terá um impacto significativo», sublinhando antes a importância «política» do gesto. O levantamento das barreiras ocorre assim precisamente no segundo aniversário do alargamento da UE de 15 a 25 Estados-membros. O receio de uma «invasão de mão-de-obra barata»-ilustrado pelo famoso exemplo do «canalizador polaco» em França-levou a que no Tratado de Adesão assinado em 16 de Abril de 2003 fossem introduzidas disposições de restrições temporárias à entrada de trabalhadores dos oito novos países comunitários da Europa Central e Oriental: Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Letónia, Estónia e Lituânia (ficaram de fora Chipre e Malta). Doze dos 15 antigos Estados-membros (excepto a Irlanda, a Suécia e o Reino Unido) decidiram fazer uso desse período de transição - que se pode prolongar por sete anos-, tendo Portugal, Espanha e Finlândia decidido antecipar o levantamento das restrições nacionais terminada a primeira fase (dois anos) da transição, uma decisão saudada pela Comissão Europeia. Os restantes países vão manter as restrições durante a segunda fase do período de transição (2006-2009), ou levantar as barreiras apenas em alguns sectores. No Conselho de Emprego e Assuntos Sociais realizado no início de Março em Bruxelas, o ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, explicou que a decisão do Governo se baseou em «razões de duas naturezas», a primeira das quais a de contribuir, ainda que «de forma singela», para o processo de construção europeia, ao antecipar relativamente aos novos Estados-membros o direito de circulação, um dos «direitos mais relevantes» do espaço europeu. Vieira da Silva lembrou que Portugal, que aderiu à UE algumas décadas depois da sua constituição, «também foi alvo de processos de transição em vários domínios, incluindo este», pelo que sabe bem da importância de acelerar os processos com vista a uma plena integração. A segunda razão fundamental que levou o Governo português a decidir levantar as restrições, assinalou, foi a «análise concreta da situação que se vive hoje na Europa e em Portugal» e do relatório elaborado pela Comissão Europeia, que concluiu que «não houve impacto negativo» nos países que abriram as suas fronteiras, enquanto que «nalguns que o não fizeram» aumentou o desemprego. Actualmente, o número de trabalhadores legais em Portugal oriundos dos novos Estados-membros em Portugal ronda apenas o milhar.