Foi publicado um artigo, de 12 páginas, no Área Militar da autoria do P.Mendonça e J.P.Brás intitulado Aeroportos em Portugal: Estudos e bom senso, que analisa a localização do novo aeroporto e juntamente com o TGV. Nada mau o artigo, vale mesmo a pena passar alguns minutos a lê-lo - fica aqui uma dica: leiam-no enquanto comem mousse de chocolate, que foi o meu caso.
O tema desta análise não se relaciona directamente com questões militares excepto quando as últimas duas localizações referidas para o possível futuro aeroporto de Lisboa são ou onde já se encontram instalações da Força Aérea, ou onde a Força Aérea efectua exercícios de tiro.
A importância e dimensão estratégica do investimento, bem como as suas possíveis consequências para o futuro do país, levam no entanto a que pelo menos nos permitamos coligir alguns dados e colocar algumas questões, perante uma «quase decisão» que praticamente ninguém entende.
A análise, tem em atenção as duas opções para a construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, que o governo de Portugal aceitou que fossem analisadas. As duas opções correspondem a um aeroporto na região da Ota, e a um aeroporto na área correspondente ao Campo de Tiro de Alcochete, que é referido também como «C.T.A.» nos mapas e gráficos.
[continua]
Cumprimentos,
Boa tarde!
Já tive a oportunidade de ler o artigo em questão, que achei muito interessante, e uma ajuda para formar opinião.
Não que tenha muitas duvidas quanto á necessidade para Lisboa da desactivação do Aeroporto da Portela (penso que apesar das viagens aéreas serem muito seguras hoje em dia, há sempre o perigo latente da queda de um avião, lembram-se do Concorde ou da queda de um Jumbo de Carga em Amsterdão há uns anos?) e da construção de um novo Aeroporto de grande capacidade e com possibilidades de expansão.
Diz-me o meu senso (comum) que o melhor local para isso seria efectivamente a margem sul, podendo ser em Alcochete, não só por ser mais perto do que a Ota (para mim) como também ter possibilidade de expansão (e porque não instalar as OGMA e a futura fábrica do Skylander num novo Aeroporto?), como também permitir a potencial utilização por um maior numero de passageiros (Portugueses e Espanhóis) se a linha de TGV tiver uma estação no Aeroporto (Schipool tem uma estação de CF no sub-solo), tornando o maior numero de passageiros e de instalações técnicas o investimento mais rentavel.
Uma coisa não ficou clara para mim neste estudo. No caso de uma hipotética construção em Alcochete, como acederiam ao Aeroporto os Lisboetas, que representariam a maior parte dos passageiros? É que não obstando a ligação ao TGV que tem lógica para transporte a longa distância, não teria muita lógica apanhar um TGV na gare do oriente para viajar pouca mais de 20 Km. Teria mais sentido um comboio sub-urbano ligado á malha ferroviaria que já existe ou então utilizando a linha do TGV para atravessamento do Tejo pela nova ponte?
Cumprimentos!