Substituição dos M113

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mafets

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Re: Substituição dos M113
« Responder #375 em: Hoje às 11:13:55 am »
A manutenção e logística é um problema porque existe burrice e incompetência. Se em Portugal existia um M60 em que se fazia toda a manutenção, a lógica era modernizar ou abater, substituindo neste caso pelos Leo2, com contratos de manutenção assinados. Ponto. Então estas carolas, vão buscar um MBT de uma geração diferente e achavam que cá se faria a manutenção, por dá cá aquela palha? Claro, depois descobriram que em vez de fazer a manutenção completa (Nível 5), só tínhamos capacidade para fazer a nível 3.  ::)



Cumprimentos

P.s. Quero ver como vai ser quando terminar os 3 anos de manutenção dos Leo2, devido aos que mandamos para a Ucrânia. Se existirá guita para um novo contrato ou estes 3 anos incluem formação e peças.  ;)

https://th.bing.com/th/id/R.83a2b17764bd519cd11d657a7d86efd7?rik=IQSTaX%2fOVjDHGw&pid=ImgRaw&r=0
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #376 em: Hoje às 03:03:32 pm »
Carolas habituados às mamas e com a postura de que se for havendo para uns exercícios e paradas está bem. Gostam e promovem é beberetes e almoços, presenteando isso como se fosse essência da vida militar(parece ser em alguns casos)
Agora com a guerra da Ucrânia descobriu-se a careca. Mas vão ter 3 anos para resolver o que precisa de ser resolvidos quando a Leopard 2. Já iniciaram o processo? Devem pegar nisso no fim dos 3 anos e queixarem-se.
Dizer que o povo não lhe iam agradar muitos gastos com a despesa é esquecer a TAP e os Bancos. Será que isso aceitaram melhor? Mas ainda assim foi feito e, por diversas vezes
Tretas, o que temos é carolas acomodados e outros fantasistas
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #377 em: Hoje às 04:45:08 pm »
Em primeiro lugar, precisavam (quem está no poder) de deixar a estupidez de lado. Quando temos chefias e governantes que falam de uma indústria de Defesa, mas depois nem o básico temos, como capacidade para manutenção de veículos, como é que é suposto levar isto a sério? A FAP tem a OGMA para os trabalhos com aeronaves, a Marinha tem o Alfeite (infelizmente mal gerido e com falta de investimento) para os navios, o Exército tem o Silva e o Costa com uma chave de fendas. Será que uma empresa do Estado dedicada à manutenção dos veículos não fazia sentido, dado o aumento da complexidade dos sistemas de armas modernos? O Exército não tem pessoal suficiente para a componente operacional, logística, de engenharia, etc, e haveria de ter para uma catrefada de mecânicos especializados?

Se não querem pagar às empresas estrangeiras os contratos de manutenção, então que se arranje uma empresa nacional, existente ou criada do zero, para tratar disso. Criam empregos, criam uma opção de carreira interessante para quem sai das FA, e contribui para indústria de Defesa que tanto falam. Quiçá o trabalho é tão bom, que conseguem clientes internacionais.


Em segundo lugar, sejam consistentes. Não dá para haver queixas da complexidade dos Leopard ou Bradley, num ramo que continua a fantasiar com os seus próprios helicópteros, e ainda por cima de um modelo diferente dos já em uso em Portugal. Querem controlar as despesas com a manutenção, então que comecem a uniformizar as frotas onde possível. Se a nível de meios aéreos, temos já um problema com helicópteros, com demasiados modelos diferentes, para funções que seriam facilmente cumpridas com 3 ou 4 modelos... podemos vir a ter 3 aeronaves a hélice monomotor e bilugar, com a possível vinda da avioneta CAS... a nível de meios terrestres a situação é semelhante, principalmente no que diz respeito à viaturas tácticas médias.
 

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papatango

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Re: Substituição dos M113
« Responder #378 em: Hoje às 05:24:58 pm »


Citação de: Sivispacem
Sinceramente, acho que a opinião pública é um falso argumento. O problema principal é a tibieza dos governantes e a sua vontade de serem reeleitos.

Mas...

A opinião pública, é o que determina a possibilidade de os politicos serem eleitos.
Não há forma de passar por cima da opinião pública, a não ser que acabemos com esse pequeno detalhe que são as eleições.

Só se acabarmos com a necessidade de eleições, é que deixamos de ter o problema da opinião pública, e mesmo assim, com muitas condicionantes, pois em Portugal mesmo no tempo da ditadura a opinião pública era tida em conta.

A Opinião Pública só vai aceitar de bom grado despesas militares, se e quando começar a sentir na pele as consequências, ou então quando lhe demonstrarem por A+B que não há outra alternativa.

Por enquanto, a ideia vigente e predominante, é que nós fazemos parte da NATO e que portanto em caso de problema, a NATO nos defende.
O português médio, acha que tem o direito de pedir aos outros que morram por nós e que gastem dinheiro para nos defender...

Nós aqui somos uma pequena amostra, melhor informada, e por isso completamente fora da bolha em que vive a maior parte da população.
Para nós há coisas que parecem óbvias, e não é de agora, é desde há quase uma vintena de anos.

Para a esmagadora maioria da população, onde muitos não têm dinheiro para pagar uma casa e vivem com medo de ser despejados, ou de não poderem pagar o aumento da renda, despesas militares de milhares de milhões, são impossíveis de aceitar.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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sivispacem

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Re: Substituição dos M113
« Responder #379 em: Hoje às 06:04:32 pm »


Citação de: Sivispacem
Sinceramente, acho que a opinião pública é um falso argumento. O problema principal é a tibieza dos governantes e a sua vontade de serem reeleitos.

Mas...

A opinião pública, é o que determina a possibilidade de os politicos serem eleitos.
Não há forma de passar por cima da opinião pública, a não ser que acabemos com esse pequeno detalhe que são as eleições.

Só se acabarmos com a necessidade de eleições, é que deixamos de ter o problema da opinião pública, e mesmo assim, com muitas condicionantes, pois em Portugal mesmo no tempo da ditadura a opinião pública era tida em conta.

A Opinião Pública só vai aceitar de bom grado despesas militares, se e quando começar a sentir na pele as consequências, ou então quando lhe demonstrarem por A+B que não há outra alternativa.

Por enquanto, a ideia vigente e predominante, é que nós fazemos parte da NATO e que portanto em caso de problema, a NATO nos defende.
O português médio, acha que tem o direito de pedir aos outros que morram por nós e que gastem dinheiro para nos defender...

Nós aqui somos uma pequena amostra, melhor informada, e por isso completamente fora da bolha em que vive a maior parte da população.
Para nós há coisas que parecem óbvias, e não é de agora, é desde há quase uma vintena de anos.

Para a esmagadora maioria da população, onde muitos não têm dinheiro para pagar uma casa e vivem com medo de ser despejados, ou de não poderem pagar o aumento da renda, despesas militares de milhares de milhões, são impossíveis de aceitar.

Há que explicar - temos o aumento dos níveis de insegurança, a nova guerra fria em que se vive, a Ucrânia, o acordo de aumento das contribuições para a Defesa, a ameaça norte-americana e o artº 5º, a situação na Ásia Pacifico, etc... e muitos compreenderão.
Os outros... paciência!

Mas num país que gastou o que gastou com bancos e com a Tap e que não teve uma revolução por causa disso...

Aliás, não nos resta alternativa senão aumentar o actual nível de despesa e o que tem de ser tem muita força....