E a aquisição das KD parece, assim, invalidar as OHP. Duvido que a Armada opere sete fragatas de três classes distintas com os custos logísticos e humanos que isso implica. Aliás, as OHP, face aos seus custos operativos, eram descritas por alguns militares como "um presente envenenado"... honestamente, e isto é uma opinião meramente pessoal, penso que ficariam na mesma situação dos M60 da BrigMec ou, utilizando outro caso, das da marinha polaca.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
Pedro:
Eu também acho, de acordo com o que julgo saber, que Portgal fará melhor negócio com as KD, ainda que eventualmente a um custo maior na aquisição, que com as OHP.
A única vantagem das OHP seria ensaiar em Portugal uma nova doutrina de utilização de fragatas de desfesa aérea, ainda que algo limitada e vetusta, para eventuais futuras compras nesse campo.
E também não me parece que venham as 2 KD e as 2 OHP, a menos que muita coisa mudasse.
Se bem que desde há umas décadas era tradicional a existência de 7 fragatas na nossa Armada (4
João Belo + 3
Pereira da Silva, e depois as mesmas 4
João Belo + 3 VdG), nunca houve 3 classes distintas de navios/fragatas, o que complicaria muito a coisa.
Acharia mais racional, se tal se achasse muito necessário, que Portugal tentasse convencer os holandeses a venderem mais uma ou duas das que lhes restarem da classe KD.
A minha observação final levanta apenas a questão de que Portugal poderá ficar mal visto junto dos EUA por ter aceite uma "oferta" de 2 fragatas, ter pedido para eles as guardarem lá por uns anos, e na data limite acabar por recusá-las.
Se no futuro Portugal precisar de algo, será que tem cara para bater na porta do Pentágono?
No entanto nestas coisas, cada um faz o que achar melhor e "amigos, amigos, negócios à parte".
Quanto ao Alm. Vieira Matias nem eu coloco em causa a sua competência técnica e militar, nem a sua honorabilidade, e apenas critico aquela atitude que foi mais política que outra coisa, o que fica mal a um militar com a responsabilidade dele, num país democrático.