Ciclo de Manutenção VDG

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Rui Elias

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« Responder #90 em: Maio 22, 2006, 02:20:42 pm »
Citar
Seria uma solução relativamente economica e eu não vejo de futuro uma marinha portuguesa com muito mais que duas fragatas e umas quantas corvetas/fragatas ligeiras.


 :evil:
 

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luis filipe silva

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« Responder #91 em: Maio 22, 2006, 03:35:24 pm »
Caro Papatango:

O problema é que os NPOs foram construídos com base em requisitos civis, sem resistência estructural a choques e operação de certos armamentos, que afectam a resistência da estructura. As FF Amazon e os DDG Sheffield ingleses, e os DD franceses George Leygues têm reforços no casco quase ao nível do convés, porque os cascos começaram a apresentar fissuras. Em caso de combate, um derivado "simplista" do NPO, não conseguiria suportar danos e ficar a flutuar.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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papatango

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« Responder #92 em: Maio 22, 2006, 03:54:41 pm »
Citação de: "Luis Filipe Silva"
O problema é que os NPOs foram construídos com base em requisitos civis, sem resistência estructural a choques e operação de certos armamentos, que afectam a resistência da estructura

Eu sei disso.
Quando falo nessa possibilidade, eu tenho em consideração exactamente isso.

O problema da absorção dos tiros de canhão, é um problema em todos os navios. O NPO, pode no entanto ser alterado para suportar uma peça de 76mm com a perfuração à frente.

Mas nunca afirmei que fosse só preciso "fazer um buraco e pronto".
Não é assim, e os reforços nessa área teriam que ser considerados.

Não estamos a falar de uma fragata com peças de 127mm, estamos a falar de um navio com uma torre de 76mm. E problemas também os têm as corvetas Baptista de Andrade, com a peça de 100mm.

Eu acredito que as pessoas que na marinha já falaram da possibilidade, estão cientes de que esse problema teria que ser resolvido, mas as dimensões e caracteristicas conhecidas do NPO, não parecem (aliás pelo contrário) impedir tal conversão.

= = =

Rui Elias.

A realidade é a que é.
E a redução do numero de navios combatentes "pesados" é a norma nos dias de hoje.
Por isso, muita sorte teremos se num futuro a longo prazo, conseguirmos manter dois (vá-lá três) navios principais. Mais que isso não é realista.

Cumprimentos

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É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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JQT

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Conversão do NPO em corveta
« Responder #93 em: Maio 22, 2006, 06:25:53 pm »
Meus senhores, não é simplesmente possível converter uma plataforma como o NPO, projectado para tarefas civis, num navio guerra como é uma corveta. Para além do que o Luis Filipe Silva já referiu (a que acrescento questão da redundância, sendo necessária a redistribuição de equipamentos a bordo)há o facto de o NPO ter os espaços habitacionais (alojamentos, sanitários, cantinas, etc..) concentrados a meio-navio, para maior conforto da tripulação, o que faz todo o sentido num navio que não é suposto nunca chegar nem perto de um cenário de combate.


Num navio de guerra passa-se precisamente o contrário: os alojamentos são concentrados nas extremidades porque é para o centro dos navios que são dirigidos os torpedos e os mísseis anti-navio (ou a pontaria dos pilotos, num ataque aéreo clássico). Para mudar os alojamentos é preciso mudar refeitórios, paióis, e tudo o resto que tem por sua vez de mudar de lugar. É um quebra-cabeças em que nenhum engenheiro naval se mete. Não vale a pena puxarem pela vossa imaginação a tentarem dar a volta a um projecto de um navio administrativo para o transformar num navio de guerra.

A única coisa que se poderia aproveitar do NPO para uma corveta seria a forma de casco, e mesmo assim a corveta nunca iria muito além dos 22 nós, por muitos cavalos que lhe pusessem na casa das máquinas.

Um navio de guerra é o resultado final da resposta às perguntas:
- O que é que é preciso fazer?
- Como é que se vai fazer isso?
- Quanto vai custar fazer isso de uma forma eficiente?
- Depois de assimilar todo o equipamento e gente necessária para fazer o navio funcionar numa plataforma (casco, se quiserem) de que tamanho é que o navio fica e se temos dinheiro para pagar isso tudo ao longo de uma vida útil de 30 anos?
- Se a resposta à última pergunta for SIM , então encomendem o navio.

Partir de um casco para o projecto de um navio é possível (sobretudo se for um navio de transporte e grande), mas não deixa de ser começar uma casa pelo telhado. É bom que o telhado tenha provas dadas e seja flexível o suficiente para não se ficar com quartos a menos.

JQT
 

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papatango

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« Responder #94 em: Maio 22, 2006, 06:41:21 pm »
Nada a objectar às considerações do JQT.

Mas a questão é exactamente a de determinar qual é objectivo de uma corveta ou de uma pequena fragata.

O mar, será dominado no futuro por navios de dimensão grande fragata/ contra-torpedeiro entre as 6.500 e as 8.500 toneladas de desolocamento.
A isto juntam-se os submarinos e eventualmente UCAV's recuperaveis e helicopteros.

Os pequenos navios de guerra, não têm função nesse combate "hardcore".

É por isso que o NPO, no meu conceito, se apresta a alterações que o transformem num navio com maior valor militar e alguma capacidade de defesa.

No entanto, no meu conceito de utilização, que necessita desse tipo de navio, os NPO/Corveta destinam-se por exemplo a apoiar um navio de apoio logistico, com capacidade ASW, que pode apoiar um desembarque feito por lanchas e garantir alguma capacidade de defesa de ponto.

Não é um navio para combater outros navios, quando muito tería capacidade para combater contra pequenas lanchas ou patrulhas.

Para essa função, a redução de custos é da maior importância, e o casco do NPO, com as características que tem, pode não chegar a uma velocidade muito elevada (estou de acordo), mas não precisa de muito mais de 22 a 24 nós. Afinal isso é a onde conseguem chegar as João Belo (e vá lá com sorte).

O NPO / Corveta, é uma solução de compromisso, que está muito longe de ser a melhor, mas em principio é mais barato, e pode ser desenvolvido em Portugal.

E esse não é um factor a desprezar.

Cumprimentos
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Rui Elias

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« Responder #95 em: Maio 23, 2006, 04:41:07 pm »
É isso que eu penso:

Nunca imaginaria colocar uma corveta ou um NPO mais "artilhado" a fazer frente a uma AB   :?

Mas para missões de patrulhamento mais musculado e apoio a certas operações anfíbias poderia servir, libertando as fragatas de certas tarefas "menores".

Mas já agora, seria extremamente interessante se a Marinha colocasse a público as pretensas alterações ao projecto do NPO, e que em conjunto com as limalhas atiraram o programa dos NPO's para muito mais tarde que o previsto.
 

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JQT

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Re:
« Responder #96 em: Maio 23, 2006, 06:55:42 pm »
O que o Papatango queria era isto (OPV para a Marinha Chilena). Também eu...

http://www.fassmer.de/english/produkte/ ... shore.html

JQT
 

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luis filipe silva

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« Responder #97 em: Maio 23, 2006, 09:39:23 pm »
JQT escreveu:

Citar
O que o Papatango queria era isto (OPV para a Marinha Chilena). Também eu...


Pois isso é practicamente o desenho básico dos NPO. Vocês veêm aquelas duas chaminézinhas uma  a cada bordo? Nas chilenas não está pevisto, mas esse espaço nos NPO, servia para o hângar do heli.
De resto, a diferença é a peça de 76mm.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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»»Submarinista»»

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« Responder #98 em: Setembro 27, 2006, 01:35:23 am »
Meu Deus, quanta baboseira aqui foi escrita, isto de realmente cada um dar a sua opinião sobre o que deveria ser feito e o que cada navio deveria ter feito é tudo muito bonito mas na realidade quem está lá (2006)  é que sabe, não me venham com conjecturas dos anos 70.
Vejo realmente que o pessoal está relativamente bem informado no que diz respeito a determinados assuntos, mas a realidade é muito diferente.
Vejo que o sharkzi é uma pessoa que sabe o diz, isto porque eu sei que realmente o que se passa é o que ele disse e não o que foi comentado por outros teimosos :?
Atentamente
 

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Luso

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« Responder #99 em: Setembro 27, 2006, 09:25:09 am »
Desculpe, oh submarinista:
Então vem para aqui cantar de alto apenas para dizer que aqui só se escrevem baboseiras?
E o que é que acrescentou até agora?
Em que é que nos corrigiu?
Vem para aqui para fazer desinformação ou desestabilizar como alguns o fizeram no passado?
O estilo é o mesmo: atacar a credibilidade e pouco ou nada acrescentar.

Não digo que o que aqui se escreve é verdadeiro, em todo ou em parte. Mas são os raciocínios possíveis com a informação possível de obter.

Portanto, ou o Sr. Submarinista contribui para os esclarecimentos e para corrigir os nossos erros  - que poderão ser inúmeros - ou então não queira fazer parte do problema.
Ou nos ajuda ou ignoramo-lo.
Como vê é simples.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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»»Submarinista»»

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« Responder #100 em: Setembro 27, 2006, 02:31:43 pm »
Como eu disse num tópico anterior:

Até que estou de acordo com alguns aspectos aqui realçados e eu como apreciador da verdade dos factos e dentro do possivel tentarei "dizer" ou repor a verdade ou algumas menos verdades que por aqui se escrevem, isto dentro do possivel porque não posso divulgar tudo visto eu próprio ser militar e não posso divulgar tudo o que vocês gostariam de saber como de resto espero que compreendam.
 
Não era intenção da minha parte ofender ninguém, peço desculpas a todos, tentarei ser mais racional. :oops:
Atentamente
 

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Luso

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« Responder #101 em: Setembro 27, 2006, 02:42:27 pm »
Citação de: "Submarinista"
Não era intenção da minha parte ofender ninguém, peço desculpas a todos, tentarei ser mais racional. :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...