General Loureiro dos Santos alerta p/ desespero de militares

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Trafaria

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« Responder #60 em: Outubro 31, 2008, 11:02:00 pm »
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Há subsidios sim mas não há horas extraordinárias para todas as noites e fins de semana que se passa na unidade (os outros portugueses tem), há a condição militar que impõe muitas restrições (que os outros portugueses não tem), há a insegurança de ser transferido de unidade para o outro lado do pais (que um outro portugues que trabalhe para o estado não tem) e por fim a tal assistencia médica que já está pior que a assistencia médica dos funcionários publicos.


Nao se pode ter tudo, muito menos o sol na eira e a chuva no nabal...

Às horas a mais poderiamos contrapor os dias e dias, semanas e semanas, meses e meses... (alguns até a vida toda) sem fazer a ponta dum corno.
Em cima disso lá vem uma reforma quando ainda se está a tempo de gozar a vidinha... reforma essa que é sempre actualizada, nao afectada pela inflação ... nao me fale das agruras da vida militar, eu conheço-as.

Sabe, eu fui militar, vivi a realidade dos quartéis, para mim a diferença entre estar de serviço e nao estar apenas significava que tinha de dormir no quartel. Como já lá dormia ... era igual ao litro. Mas isto era extensivo a todos excepto os da guarda e reforço - todavia só lá voltavam dai a um mês... era portanto serviço que os nao matava!

Tenho um irmão, oficial contratado, faz de oficial de piquete de 20 em 20 dias - mas o trabalho dele é substituir o oficial de dia porque esse passa a noite de serviço como eu passava a minha, a dormir.

Já lá vão uns anitos, fui militar no inicio dos anos 90 (smo+contrato) mas há coisas que nunca mudam...
::..Trafaria..::
 

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Lightning

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« Responder #61 em: Outubro 31, 2008, 11:22:15 pm »
Citação de: "Trafaria"

Às horas a mais poderiamos contrapor os dias e dias, semanas e semanas, meses e meses... (alguns até a vida toda) sem fazer a ponta dum corno.

Você está sempre a bater na mesma tecla, que os militares não fazem nada, eu apoio que os cargos que sejam dispensáveis que sejam eliminados, mas de certeza que há funções que não são dispensáveis, como já disse atrás, para as unidades da Força Aérea, da Marinha e do Exército funcionarem e executarem as suas funções alguém tem que trabalhar de certeza, e tem que ser pagos.

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Em cima disso lá vem uma reforma quando ainda se está a tempo de gozar a vidinha... reforma essa que é sempre actualizada, nao afectada pela inflação ... nao me fale das agruras da vida militar, eu conheço-as.

A reforma é aos 60 anos, mas para mim ainda falta muito tempo.

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Sabe, eu fui militar, vivi a realidade dos quartéis, para mim a diferença entre estar de serviço e nao estar apenas significava que tinha de dormir no quartel. Como já lá dormia ... era igual ao litro.

Mas o que você fazia não quer dizer que todos os outros tenham que o fazer durante toda a vida, eu quando acabei o curso de praças fui para os açores BA4 e só vinha a casa nas férias (em ano e meio vim 3 ou 4 vezes), passei muitas madrugadas a arranjar Aviocars e Pumas, mas como era solteiro, vivia na base, tinha 19 anos, era igual ao litro, até gostei da esperiencia, aos 20 anos tudo é giro (exempto ir parar a uma guerra). Agora um militar que queira constituir familia e já tenha mais alguns anos já não é a mesma coisa, eu agora já não ia achar "giro" especialmente porque como praça só tive que lá passar ano e meio mas como sargento já ia ter que passar uns 3 anos e a minha namorada não ia achar muita piada a isso.

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Tenho um irmão, oficial contratado, faz de oficial de piquete de 20 em 20 dias - mas o trabalho dele é substituir o oficial de dia porque esse passa a noite de serviço como eu passava a minha, a dormir.


Há serviços melhores e outros piores, Eu quando estou de serviço pouco durmo, faço rondas com intervalo máximo de 6 horas, dá para dormir nesses espaços se não houver problema nenhum senão não há soninho para ninguém.
 

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SSK

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« Responder #62 em: Novembro 01, 2008, 08:52:48 am »
As Forças Armadas agora são profissionais e existem exigências e avaliações às unidades, já não é o que era e vê-se bem a diferença de nível, acredite!!!

Comentários da velha guarda e pessoal do sudeste rijo que não esteja a par do que se passa nas unidades operacionais das Forças Armadas são completamente inválidos.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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P44

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« Responder #63 em: Novembro 01, 2008, 10:08:32 am »
Mal-estar geral nos quartéis
01h19m
CARLOS VARELA
Nos quartéis o ambiente está quente, com cortes na saúde, nas carreiras e ainda o espartilho do orçamento. A resposta dos militares limita-se para já a reuniões e debates, mas já se fala em acções de rua. E há generais a criticar o CEMGFA.

O mal-estar vivido nos quartéis e que veio a público na sequência das declarações do general Loureiro dos Santos teve ontem reflexo no jantar-debate de oficiais que decorreu em Lisboa. O encontro foi organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e o presidente daquela estrutura, coronel de artilharia Alpedrinha Pires, não limitou as preocupações a uma questão de classe e de direitos profissionais: "A vida nas unidades é desastrosa e dramática", estendendo, assim, o mal-estar à falta de verba até para o funcionamento regular das unidades.

Alpedrinha Pires conhece o anunciado reforço do orçamento por parte do Ministério da Defesa (MDN), mas diz que não chega, uma vez que "há unidades onde falta verba para a luz, para a água e para a gestão corrente. As coisas só estão bem em algumas forças ou naquelas que vão ser destacadas para o exterior". E quanto a um maior investimento no reequipamento, "vamos a ver, porque o mais habitual é o desvio de verbas da Lei de Programação Militar".

O mote foi dado pelo general Loureiro dos Santos quando na quarta-feira, no lançamento do seu livro "Como Evitar Golpes de Estado", criticou a passividade do Governo perante a falta de soluções para os principais problemas dos militares do Quadro Permanente das Forças Armadas, as questões da remuneração, da saúde e das pensões. No jantar, no entanto, adiantou acreditar que o MDN tenha vontade política para resolver os problemas, se bem que tenha reafirmado o receio relativamente a atitudes individuais mais preocupantes.

Ontem, o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), citado pela agência Lusa, veio reconhecer que "há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm que ser resolvidas", lembrando que vêm de "há dez anos". Mas Valença Pinto também lembrou que é um processo que tem que ser "vivido com absoluta compreensão do quadro geral de dificuldades do país".

As explicações de Valença Pinto não foram bem aceites no jantar de oficiais, mesmo entre os generais. O general Eduardo Silvestre, antigo inspector-geral da Força Aérea, foi categórico: "Se há problemas que se arrastam há 10 anos e se é o próprio CEMGFA que o diz e o reconhece, então o CEMGFA é incapaz de resolver a crise". Também o tenente-coronel Vasco Lourenço mostrava preocupação: "os militares não cortam estradas, mas o Governo não pode continuar a ignorar-nos. Pode haver pessoas que queiram fazer coisas feias".

Entre os sargentos, o ambiente também não é o melhor. "Há problemas de toda a ordem. Têm-nos chegado alguns casos em que chega a não haver verba nem para comprar papel higiénico. São casos pontuais, mas existem", apontou Lima Coelho, presidente da ANS. E quanto aos cortes na saúde e nas carreiras Lima Coelho adiantou que a ANS vai começar a realizar reuniões por todo o país: "A primeira é Viseu, na próxima semana, depois em Braga". E a opção de mais acções de rua é uma das soluções, "claro que vamos estudar essa opção, vamos reunir e decidir o que fazer".

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1037144
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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« Responder #64 em: Novembro 01, 2008, 03:03:02 pm »
Só sinto tristeza ao ler e ver aqui certos comentários. Se os governos deste país queriam criar forças profissionais sabiam que tinham de lhe dar condições. E não estou a falar de salários.

Não penso nem nunca pensei (mesmo quando ganhava 5.700$00/mês) que era mal pago.

Não estou dentro do que se passa nas unidades mas, nas conversas que tenho com quem ainda lá está dentro é que a questão salarial, pelo menos para os praças, nem sequer é central. O que se queixam é da falta de assistencia médica, do facto de terem de comprar o proprio papel higiénico e material de limpeza para as instalações, das instalações com dezenas de anos e em mau estado de conservação, do material decrépito a roçar o perigoso, das leis de incentivo criadas pelo governo que na prática não são cumpridas entre outras coisas.

Não me parece que a indignação e descontentamento dos militares esteja errada e espero que as coisas sejam compreendidas pelos governantes antes que se tornem mesmo graves.
 

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Camuflage

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« Responder #65 em: Novembro 01, 2008, 03:22:41 pm »
Fala-se muito em mal-estar, mas a realidade é que não mostram os pontos de mal-estar a imprensa limita-se a especular sobre os mesmos.

Se fossemos a um referendo em que a pergunta fosse: "Considera útil a existência de Forças Armadas em Portugal?" creio que muitos dos que por cá andam e dos militares ficariam abismados com a resposta negativa.

As Forças Armadas Portuguesas a meu ver estão completamente desadaptadas aos tempos actuais, não por falta de meios, mas por falta de vontade e por serem lideradas por velhos do restelo. O modelo das mesmas é o mesmo que havia no tempo da guerra colonial, actualizaram apenas algum equipamento e tácticas, fora os aumentos no quadro de oficiais.

É tempo de mudar e constituir algo que trabalhe na nossa sociedade e não se limite a participar em missões da NATO/UE/ONU porque têm que ser ou porque é bom sustentar mercenários, pois não tenham duvidas que é esta a imagem que os jovens que vão para o estrangeiro têm junto duma grande parte da população e ao fim de uns anos o contrato acaba-se e surgem as questões: quantos jovens ex-militares estão ligados a redes de crime organizado? Quantos participam ou participaram nos últimos incidentes de crime violento registados este ano no país?

Um país como o nosso têm 3 opções e só uma é viável:

-Abdicar das forças armadas;
-Contratar Empresas Militares Privadas para defesa ou serviços de países terceiros;
-Criar um Comando Militar, que integre os 3 ramos, mas com poucos elementos, todos eles altamente especializados e onde o acesso seja restritivo com variadíssimas provas eliminatórias onde só os melhores singram!
 

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tyr

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« Responder #66 em: Novembro 01, 2008, 05:10:34 pm »
o problema é que para grande parte do pessoal (sobretudo pessoal de lisboa e do porto) as forças armadas são inuteis pois não sonham o que elas fazem.
a autoridade aerea e maritima em portugal é exclusivamente militar, se acabarem com a marinha e a força aerea acaba se criando uma outra coisa, mas que no fundo é igual, mas como o pessoal é civil, o rombo nos cofres do estado será muito maior.
a nivel de reacção a catastrofes (sejam elas guerra (altamente improvavel), terramotos (que ocorrem normalmente nos açores), cheias, incendios florestais de grandes proporções, resgate de cidadãos nacionais em zona de conflito, etc..) só as forças armadas têm capacidade de reforçar a protecção civil, quendo não se da o caso de serem as unicas com capacidade de intervir (e muitas vezes tambem são dos poucos que conseguem apoiar o governo civil de uma forma economica, como por exemplo na criação de corta fogos, pontes militares para substituir temporariamente outra ponte, abertura de estradas municipais, etc...).

as forças armadas a meu ver (e digo isto como um militar ja com uns aninhos) somos a reserva para quando as coisas correm mal (e por acaso tambem estamos armados).


se me disserem que as forças armadas estão mal estruturadas, que têm equipamento desadequado às missões, que têm quarteis, generais e oficiais superiores a mais, ai tenho que concordar, agora que são inuteis revela desconhecimento.



relativamente à fuzão dos 3 ramos, na teoria sim parece bem, na pratica poderia se ter um comando, uma logistica e um sistema de instrução unificado, mas os meios navais continuariam a ser Marinha, os aereos Força Aerea e os terrestres Exército.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Akagi

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« Responder #67 em: Novembro 01, 2008, 05:21:42 pm »
Citação de: "Edu"
Vejo os militares a preocuparem-se muito com os seus salarios e regalias e a preocuparem-se pouco por exemplo com a renovação de equipamentos de forma a poderem desempenhar em condições as suas tarefas. Os militares não ganham assim tão pouco e têm até bastantes regalias, têm de ter em conta que todos os Portugueses estão a passar sacrificios, porque não hadem passar tambem eles algum sacrificio tal como todos os Portugueses?

Esses supostos jovens que se podem revoltar não se esqueçam que juraram bandeira, eles devem obdência ao povo que os alimenta e lhes dá as regalias todas que têm, qualquer militar que se revolte contra o povo que representa e que o alimenta merece a pena que não está incluida na contituição Portuguesa. Um militar tem como obrigação defender a sua nação e como tal defender o seu povo!! E não usar a força para defender os seus interesses, espero que haja lealdade perante o povo por parte dos nossos militares.

Conservava uma grande consideração pelo general Loureiro dos Santos, mas esta aqui caiu-me um pouco mal....



Muito bem!

Mas não esquecer que estes mesmos principios tambem o deviam ser para os militares que no 25/A que se revoltaram. Pois tambem eles juraram Bandeira, e tambem era o povo que os alimentava e pagava as regalias que tinham, que até eram superiores ás actuais.

O principio deve ser igual para todos, e não se segundo as nossas conveniências ou principios ideologicos!
 

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Edu

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« Responder #68 em: Novembro 01, 2008, 07:05:40 pm »
Caro foristas há a meu ver aqui uma questão fundamental no meio disto tudo, de facto para muita pena minha, pois eu sou daqueles que dou muito valor a umas forças armadas bem equipadas e bem treinadas, é verdade que para grande parte da população portuguesa as nossas forças armadas são dispensaveis, muita gente acha de facto que apenas deviamos de ter policia e gnr. Mas porque é que isto acontece? a meu ver isto até tem razão de ser, as formas armadas para existirem tal como qualquer outro emprego tem de ser util tem de mostrar que faz muita falta se deixasse de existir, acontece que para a população no seu geral elas não demonstram ser eficientes ou eficazes. A mentalidade do português comum em relação ás forças armadas é esta: E se entrassemos em guerra com tal país (porque para a pessoa comum as forças armadas, "a tropa", serve para andar em guerra)? E é obviu que esta resposta para todos os portugueses era, os espanhois são mais fortes que nós, os estados unidos são mais fortes que nós, a frança é mais forte que nós, a inglaterra é mais forte que nós, e todos os portugueses sabem que caso fossemos invadidos por um país nosso vizinho as nossas forças armadas sozinhas eram sempre derrotadas. Então se elas são sempre derrotadas sozinhas não servem para nada, é assim que o português comum pensa...E nós acabamos por não ter grande medo da guerra porque estamos na NATO e dizemos assim "á se alguem se metesse connosco tinhamos a NATO do nosso lado" quer dizer neste modo de ver as coisas de facto é dificil fazer ver aos portuguêses a utilidade das forças armadas. E se o povo não reconheçe a utilidade das mesmas muito mais dificil é aceitar que elas venham a pedir boas condições.

A culpa disto é das forças armadas? Como é obvio não, elas de facto têm alguma culpa, mas a principal culpa não é delas, a culpa é de termos umas forças armadas que apenas vivem para a NATO, que nem sequer equacionam qualquer acção fora da NATO. Tenho a certeza que se as nossas forças armadas se mostrassem mais capazes a opinião dos portugueses em relação ás mesmas era mais favoravel. Voltando á forma de pensar do português comum, se se olhasse para as nossas forças armadas e vissemos umas forças armada que por exemplo fossem capaz de hipoteticamente fazer frente aos espanhois sem duvida que elas tinham muito mais valor, a função delas era proteger-nos hipoteticamente dos espanhois e ai até o povo era de acordo que tivessem mais meios para cumprir essa tarefa. Agora a realidade é que os espanhois até sobrevoam as nossas ilhas com caças e nós nem um helicoptero lá temos, os americanos estam á borla nas nossas bases aereas, as nossas forças armadas apemnas servem como reforço das dos outros países nos teatros internacionais, quer dizer com isto de facto é impossivel que o povo veja utilidade nas mesmas.
A partir do momento em que o povo vê pouca utilidade nas forças armadas os governos dão menos dinheiro ás mesmas, com menos dinheiro menos capacidades, e então menos utilidade têm e isto é um circulo vicioso de decadencia das forças armadas. Tornasse obvio que perante esta realidade de pouca utilidade das forças armadas e crise económica aparecerem oficiais queixarem-se que ganham pouco acaba por ser um pouco ultrajante...
Se as forças armadas querem ter mais condições têm de começar a dar mais expectaculo para o povo (com operações de maior visibilidade sozinhas e não como complemento das forças de outros países), e tem de mostrar mais capacidade (com mais paradas, maior numero de equipamentos e mais pessoal) que é para os Portugueses pensarem temos umas forças armadas que nos protegem dos espanhois (porque para o portugues comum os espanhois são os maiores inimigos, historicamente), e por isso vamos-lhe dar mais dinheiro para garantirem ainda mais a nossa capacidade de sermos independentes.

Cumprimentos a todos  :wink:
 

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Lightning

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« Responder #69 em: Novembro 01, 2008, 07:19:35 pm »
Citação de: "tyr"
o problema é que para grande parte do pessoal (sobretudo pessoal de lisboa e do porto) as forças armadas são inuteis pois não sonham o que elas fazem.
a autoridade aerea e maritima em portugal é exclusivamente militar, se acabarem com a marinha e a força aerea acaba se criando uma outra coisa, mas que no fundo é igual, mas como o pessoal é civil, o rombo nos cofres do estado será muito maior.
a nivel de reacção a catastrofes (sejam elas guerra (altamente improvavel), terramotos (que ocorrem normalmente nos açores), cheias, incendios florestais de grandes proporções, resgate de cidadãos nacionais em zona de conflito, etc..) só as forças armadas têm capacidade de reforçar a protecção civil, quendo não se da o caso de serem as unicas com capacidade de intervir (e muitas vezes tambem são dos poucos que conseguem apoiar o governo civil de uma forma economica, como por exemplo na criação de corta fogos, pontes militares para substituir temporariamente outra ponte, abertura de estradas municipais, etc...).

Exacto, para que uma (ou várias) organizações civis fizessem o que as Forças Armadas fazem a nivel de apoio à comunidade (e aqui nem se fala em unidades de combate) seria um rombo enorme no orçamento, só o que se teria que gastar em horas extraordinárias diáriamente, os ordenados de pilotos civis para as missões SAR e de vigilancia maritima, uma guarda costeira, equipas NBQ, equipas EOD e outras coisas que nem tenho conhecimento.
E no fim de pagarmos isto tudo ainda não tinhamos nem F-16, nem fragatas, nem Brigadas de combate, etc.

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as forças armadas a meu ver (e digo isto como um militar ja com uns aninhos) somos a reserva para quando as coisas correm mal (e por acaso tambem estamos armados).

se me disserem que as forças armadas estão mal estruturadas, que têm equipamento desadequado às missões, que têm quarteis, generais e oficiais superiores a mais, ai tenho que concordar, agora que são inuteis revela desconhecimento.

relativamente à fuzão dos 3 ramos, na teoria sim parece bem, na pratica poderia se ter um comando, uma logistica e um sistema de instrução unificado, mas os meios navais continuariam a ser Marinha, os aereos Força Aerea e os terrestres Exército.


Existem paises que tem as forças armadas unificadas (Canadá, Bélgica, etc), mas a (ainda) não existencia desse sistema em Portugal não pode ser justificação para se atirar pedras aos militares, isso cabe ao poder politico e às chefias militares de mais alta patente.

No Canadá e na Bélgica os meios militares estão muito bem separados pelas três componentes operacionais, a Componente Aérea tem tudo o que voa, a Componente Marítima tem tudo o que navega e a Componente Terrestre tem tudo o que é forças terrestres, isso a ser feito em Portugal iria mexer em muitas quintinhas e pequenas unidades especializadas em certos ramos, como por exemplo o Corpo de Fuzileiros e a Esquadrilha de Helicopteros da Marinha, a Unidade de Aviação Ligeira do Exército e talvez a Polícia Aérea.

Cá em Portugal se sempre for para a frente uma reorganização do género já me ficava satisfeito com certas coisas como a existencia de um unico Estado-Maior em vez de quatro, a fusão de certos Comandos Logisticos, de Pessoal, de Instrução e um sem numero de Direcções que fazem exactamente a mesma coisa mas cada um para o seu ramo, porque a nivel de unidade territorial (Regimento, Base Aérea) não me parece mal organizado, mas uma visão exterior é capaz de achar o contrário e talvez ou não também devessem ser reorganizadas.
 

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tyr

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« Responder #70 em: Novembro 01, 2008, 08:35:08 pm »
a nivel da FAP e da armada, não sei se existem ou não unidades a mais, mas no exercito, isso é uma realidade, pois temos unidades que consomem pessoal só para as manter, mas que a nivel operacional andam perto do zero (essas unidades a mais são uma herança do dispositivo de defesa territorial contra uma invasão espanhola).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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nelson38899

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« Responder #71 em: Novembro 01, 2008, 09:27:36 pm »
Eu vou dar um exemplo, havia pessoal da empresa onde trabalho que criticavam sempre as forças armadas que não servem para nada posso apenas dizer que desde que passou na rtp a reportagem sobre os f16 a ideias deles mudaram. Acho que as forças armadas precisavam de uma publicidade que limpassem a imagem, talvez com o apoio da televisão publica isso se conseguisse.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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typhonman

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« Responder #72 em: Novembro 01, 2008, 11:12:05 pm »
Na TVE espanhola havia um programa que em cada episódio retratava a vida e as missões de uma unidade de um dos 3 ramos das FA´s espanholas.Sem dúvida um meio essencial para "mostrar" as FA´s ao povo.

Aqui em Portugal, o povo é estupido, burro e ignorante, está instalada a ideia que os militares "não fazem nada" "são parasitas" e "estão de barriga cheia".


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... omentarios

Já ha sugestões para acabar com o  "desperdicio"...
 

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Camuflage

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« Responder #73 em: Novembro 02, 2008, 02:00:25 am »
Citação de: "Typhonman"
Na TVE espanhola havia um programa que em cada episódio retratava a vida e as missões de uma unidade de um dos 3 ramos das FA´s espanholas.Sem dúvida um meio essencial para "mostrar" as FA´s ao povo.

Aqui em Portugal, o povo é estupido, burro e ignorante, está instalada a ideia que os militares "não fazem nada" "são parasitas" e "estão de barriga cheia".


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... omentarios

Já ha sugestões para acabar com o  "desperdicio"...


LOL o zé é quem sustenta a função publica e quem mais sofre, estão no direito de protestarem contra quem mais regalias têm na sociedade e quem mais protesta.

Vamos ver o cenário actual, hoje em dia quem se junta às forças armadas é quem está desesperado por um emprego, um salário e de preferência um trabalho de escritório, para evitar provas fisicamente desgastantes. Ao fim dumas renovações, se tiverem sorte de as ter, vêm embora, muitos são os que nem sequer completaram o secundário e acabam em empregos ligados à área da segurança ou do crime (o grande tabu de que se evita falar). Se estiveram na área administrativa poderão ter a sorte de arranjar algo semelhante.
Pronto salvo algumas excepções de aventureiros ou por quem sonhou sempre ser militar.

Depois temos os oficiais que estão no quadro com a vida garantida, quando saírem esperam uma choruda reforma, sem terem tido necessidade de alguma vez participarem num cenário de guerra, nem dispararem um único tiro. Alegando o famoso cliché militar "Eu servi o meu país!". As missões de paz ou de apoio humanitário são coisas recentes do século XX, não foi para isto que as forças armadas foram inicialmente concebidas, apenas se adaptaram a estes papeis por possuírem os meios ou porque necessitavam de se encaixar para além do típico papel.

Existe um grande desperdício de $ na aquisição de material militar, formação e treinos, mas o retorno que a sociedade portuguesa obtém não é nenhum ou limitado.
É muito giro falar-se em incêndios ou catástrofes, mas quando os militares são enviados, irão apenas complementar as falhas civis em recursos humanos, grande parte das vezes com unidades que nem sequer estão preparadas para lidar com este tipo de cenários.
Longe vão os tempos dos C-130 equipados com retardador e o principal papel em solo nacional, a nível humanitário são as missões salva-vidas que a força aérea conduz, uma vez que não há uma guarda-costeira.

Vou dar um exemplo do que seria o perfil dum candidato para forças armadas profissionais:

-Ter no mínimo 12º ou equivalente
-Dominar 2 línguas estrangeiras
-Conhecimentos da óptica de utilizador de informática
-Robustez física

As provas de selecção passariam por provas físicas e exames que durariam não menos que um 1 mês.
Entrada para curso de oficiais, sargentos ou para forças especiais requeria o mínimo de 2 anos de experiência militar.

Chamar alguns consultores de empresas militares privadas para reorganizar e adaptar as nossas forças conforme o orçamento e necessidades actuais, também não seria má ideia. Até podem dizer que temos pessoal capaz, mas o problema é que podem estar a sujeitar-se às influências internas...
 

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Miguel

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« Responder #74 em: Novembro 02, 2008, 09:09:21 am »
Estou profundamente chocado com a atitude das chefias militares.

E com estes tipos que defendemos a patria?? que olhem primeiro para a carteira??

Isso quer dizer que eu sendo um inimigo de Portugal, pago os chefes militares e consigo conquistar Portugal em 2 horas??

TRAIDORES

Exigo o fim desses actos, substituiçao desses oficiais, voltar ao SMO etc.....