Tudo bem,Luis Filipe
Além do Chile não estar interessado nas Bremen, continuo a afirmar que 60% do orçamento da marinha vai para salários.
Veja o texto abaixo:
2.1. As Forças Armadas portuguesas, aliás o sector geral da Defesa, vive há décadas com um orçamento estruturalmente muito distorcido devido ao
excessivo peso da componente dos encargos com Pessoal em relação às duas outras rubricas principais: a dos encargos de Operação/Manutenção e a respeitante ao Investimento.
2.2 A concretização do crescimento do orçamento para o valor médio percentual, em relação ao PIB, tal como praticado pelos nossos aliados europeus e recomendado pela NATO, poderia ter atenuado a distorção existente mas não seria, por si só, suficiente para colocar a estrutura orçamental segundo o modelo geralmente utilizado entre países aliados e amigos (nunca mais de 50% da despesa global com Pessoal – preferentemente, cerca de 40% - e os restantes 50%/60% repartidos de igual modo entre Operação/Manutenção e Investimento). Este objectivo, como se comprovou em anteriores trabalhos,[4] requereria também ou um maior esforço financeiro do País com a Defesa ou a equivalente redução dos encargos com Pessoal, através de uma redução dos efectivos mantidos ao serviço, preferentemente as duas.
2.3. O tempo, obviamente, não resolverá este problema; nem sequer as medidas pontuais que, aqui e ali, têm sido tomadas para tentar ir corrigindo a situação ou pelo menos não a deixar agravar. Décadas de persistência do problema já tornaram óbvia a necessidade de uma nova aproximação a esta questão, ou seja, uma política continuada, desenhada para a sua correcção, condicionando todas as demais, e a materializar num plano a 10 anos, como proposto em anteriores trabalhos.
3.A evolução dos efectivos e do orçamento
3.1. No período sob análise, verificou-se uma diminuição de 1475 efectivos no total da Defesa (militares e civis); passou-se de um total de 48174 para 46699, o que corresponde a uma redução de 3%, ou a uma redução média anual de 295 efectivos. A redução global é o resultado do balanço entre as reduções verificadas nos Quadros Permanentes (995), nos Voluntários (2398) e nos Civis (3806) e o aumento do número de Contratados (5724).
3.2. Em termos orçamentais, a esta evolução correspondeu uma diminuição do peso da componente Pessoal de 70.76% para 66.37% na Marinha, de 79.94% para 78.25% no Exército e de 57.45% para 54.71% na Força Aérea.
Em média, no período, o Pessoal consumiu 69.97% dos recursos financeiros da Marinha, 78.06% no Exército e 56.03% na Força Aérea.3.3. O orçamento, globalmente considerado, manteve-se ao nível de 1.2% do PIB nos três primeiros anos do período mas cresceu para 1.3 e 1.4%, respectivamente em 2003 e 2004. A relação Despesas de Defesa/Despesas Públicas também aumentou de 3.2% em 2000/2001 para 3.4% em 2002, 4.2% em 2003 e 4.6% em 2004. No entanto, o crescimento das despesas de Defesa, na última década, evoluiu a um ritmo mais moderado (3.5%) do que o crescimento do PIB (5.6%) e do crescimento das despesas do Sector Público Administrativo (12.6%). Especialmente preocupante para o cumprimento dos objectivos de modernização e reequipamento das Forças Armadas tem sido o baixo nível percentual do investimento (por exemplo, 16% em 2005, quando o valor recomendado deveria rondar 25%).[5]
http://www.jornaldefesa.com.pt/conteudo ... asp?id=448Bem Luis Filipe,você é que mencionou que 60% dos gastos da Marinha eram com salários,foi você que escreveu.Eu,apenas afirmei que era com leasing,e que realmente não entendia tanto leasing,mas também penso estar resolvida essa questão.
Quanto às fragatas da classe Bremen,realmente li nessa revista e é de 2002,e aqui vai o link.
http://www.segurancaedefesa.com/chile.htmlE já agora,penso que efetivamente a Marinha alemã,com a nova classe Sachsen,deverá efetivamente alienar tal classe,pois não fará muito sentido.Portugal poderia estar atento e não chegar tarde como chegou nas Karel Doorman,onde a Bélgica comprou duas e o Chile outras duas.Efetivamente seria muito bom termos uma terceira,mas pelo menos temos duas,honra seja feita.
A corveta "Barroso",foi baptizada e lançada ao mar em 20/12/2002 e infelizmente tal projecto ficou por aí,assim como nós a Marinha brasileira passa por séria crise de reposição,só se tem desmantelado,a última foi uma fragata,penso ser a Redmaker(por falta de verba),em compensação comprou-se um porta-aviões dos anos 60,com 32.000 toneladas para ser usado como porta-helicópteros,mas com isto devem os brasileiros se preocupar.
Sei que estou a ser algo chato,até mesmo parecendo o "Bastos" e seu bordão "onde estavas no 25 de abril",mas é bom discutirmos como reverter tal situação,embora não a resolvamos,pelo menos tentaremos,é do futuro que pretendo falar.
Que meios poderemos ter,do que efetivamente precisamos e uma vez que temos pouco dinheiro,temos de o usar de uma forma muito criteriosa.
Abraços,
Zocuni