Interessante.
Pelas minhas contas este livro foi escrito ou em 1976/77 ou em 1984/85 que foi quando Mario Soares era Primeiro Ministro.
No entanto, falando em Conselho da Revolução, e dado que este foi extinto no inicio dos anos 80, a conclusão é que se fala do Mário Soares de 76/77.
É portanto um livro com quase 30 anos.
Não tendo lido, apenas posso dizer qualquer coisa de muito superficial.
A China não tinha fragatas com alcance para atingir Moçambique. Considero também como algo estranha a possibilidade de a marinha da China se meter em operações muito longe das suas águas, com os submarinos que tinha na altura, os classe Kilo. Que precisavam de bastante apoio para operar tão longe das bases chinesas.
Lembro que Portugal se preparava para reconhecer a República Popular da China nos anos 60, e durante (ou no periodo imediatamente anterior) a invasão de Goa, falou-se na possibilidade de autorizar a instalação de uma base chinesa em Goa.
Havia relações de Portugal com a China, embora indirectas, via Macau. Sinceramente não estou a ver a China a efectuar este tipo de operação. Se fosse a União Soviética, não lhe faltaríam meios, mas mesmo assim sería dificil.
Eu diria que, considerando que não havia nenhum tipo de navio capaz de desafiar a marinha portuguesa em África, este tipo de operação foi provavelmente efectuado ao estilo dos ataques de piratas na Ásia. Dois navios rápidos, que se aproximam durante a noite, e tomam um navio lento e desprotegido. Não é dificil de fazer.
Uma história interessante. No entanto, o excerto sobre a China, deixa-me a torcer o nariz.
cumprimentos