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Operação Ágata utiliza o SISFRON na Região Centro-Oeste

Campo Grande (MS) – Considerado um dos maiores programas de defesa do mundo, o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) está em pleno funcionamento em Mato Grosso do Sul e em fase de expansão no Mato Grosso. Concebido pelo Ministério da Defesa e operado pelo Comando Militar do Oeste (CMO), o sistema monitora 1.833 quilômetros de fronteira e é um dos pilares da Operação Conjunta Ágata Oeste.
Integrando o plano de Estratégia Nacional de Defesa com o projeto elaborado nos anos de 2010 e 2011, o SISFRON foi oficialmente lançado em 2014 com operação piloto na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (4ª Bda Cav Mec), em Dourados (MS). Desde então, o sistema está em franco desenvolvimento para atingir o objetivo de proteger 17 mil quilômetros de fronteiras do Brasil com 10 países vizinhos.
Na edição de 2024 da Operação Ágata Oeste, concebida pelo Governo Federal e realizada em conjunto pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, entre os dias 1º e 20 de setembro, dados do SISFRON são utilizados pela Setor de Inteligência para planejar e executar as missões que têm como objetivo combater crimes transfronteiriços.
Chefe do Estado-Maior da Operação Ágata Oeste, o General de Divisão Márcio Luis do Nascimento Abreu Pereira, explica que o programa estratégico do Exército Brasileiro está completamente implementado na área de Mato Grosso do Sul. “Nós temos as infovias, ou seja, várias antenas instaladas ao longo de toda fronteira de Mato Grosso do Sul. Já estamos na fase dois, que é a implantação desse sistema no Mato Grosso. Esse sistema tem a previsão de abarcar toda a fronteira brasileira. Estamos em pleno funcionamento, é um sistema que atende não somente o Exército e as Forças Armadas, mas também outras agências que se beneficiam dessas informações”.
O General detalha, ainda, que o SISFRON permite levar o fluxo de dados de toda a fronteira para análise dos operadores a fim de que seja feito um monitoramento de toda a área da fronteira. Entre os equipamentos que compõem o sistema estão os optrônicos (radar móvel e o binóculo termal), rádios portáteis, estações fixas e os caminhões C2 de Comando e Controle e veículos equipados com radares.
Considerado um sistema de sensoriamento, de apoio à decisão e de atuação operacional, o Sisfron fortalece a presença e a capacidade de ação do Estado na faixa de fronteira. O CMO utiliza atualmente o sistema na consciência situacional em operações como a Ágata Oeste.
Sistema complexo monitora 1,8 mil km de extensão em MS e MT
O Exército Brasileiro opera o SISFRON, no âmbito dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a partir do 9º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica (9º B Com GE), localizado em Campo Grande. Comandante do Batalhão, o Coronel Paulo Barros define o SISFRON como um complexo sistema que oferece meios para que as forças terrestres tenham efetiva presença em áreas de interesse do território nacional.
Na fronteira oeste, o sistema monitora 1.833 km de extensão mediante o funcionamento de sítios de comunicações com alta capacidade de transmissão de dados, proporcionando comunicações confiáveis entre o Comando do CMO e suas organizações militares debruçadas sobre a faixa de fronteira.
“No contexto da Operação Ágata Conjunta, o 9º B Com GE está atuando na área de Comunicações, Guerra Eletrônica e Proteção Cibernética, provendo informações relevantes, com segurança, ao processo decisório do Comandante Conjunto”, detalha o Coronel Paulo Barros.
Desta forma, o SISFRON é usado pelo Exército Brasileiro diretamente em ações para redução de ilícitos transfronteiriços, a preservação ambiental, além da proteção de comunidades indígenas por meio da utilização da capacidade operacional das tropas na selva e em outros ambientes do País, de forma isolada ou em conjunto com outros órgãos governamentais.
Operação Conjunta Ágata Oeste 2024
A Operação Ágata Oeste integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal, e é caracterizada por ações integradas entre as Forças Armadas e diversos órgãos de segurança pública e de fronteira, incluindo agências federais e estaduais. Essa colaboração visa garantir uma resposta coordenada e eficiente às ameaças na região.
Nesta edição, são empregados 1,7 mil militares e utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permite uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.
EB






